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Aula 1 O CRISTÃO E O MUNDO OS DESAFIOS DA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA

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O cristão e os desafios das correntes culturais de hoje: oportunidades e serviços de fronteira
A vida cristã integral: o exercício de uma “mundanidade santa”
A formação do pensamento cristão: construindo valores da moral fundamental
Ser e agir: em busca da formação do homem ideal
Um mundo em transformação: a relevância do cristão na sociedade contemporânea
O cristão e os desafios das correntes culturais de hoje: oportunidades e serviço de fronteira
“A desintegração da ordem e a consequente autodestruição da comunidade começa com as janelas quebradas que não são consertadas. A seguir, prostitutas e vagabundos começam a ficar por ali, e são tolerados. Logo, os delinquentes e as gangues de jovens percebem que podem agir com impunidade, e a esta altura o bairro já está a meio caminho da desintegração”.
Andrew Peyton Thomas, advogado norte-americano
Os nossos estudos têm como foco propor uma reflexão sobre a pós-modernidade e sua crise – um cristianismo pós-cristão – onde há novas questões e novos sujeitos no seio do Cristianismo histórico e a situação do cristianismo atual. Temos novas questões e novos sujeitos no cristianismo hoje.
Esta busca, no entanto, segundo Bingemer (1993, p. 41), não é isenta de conflitos.
Problemática causadora de mal-estar, segundo alguns, fonte de perplexidade, segundo outros, a identidade cristã, hoje, parece não tornar fácil a tarefa dos que tentam interpretá-las e compreendê-la.
Assim, a cidade revela um homem perplexo, e o cristão pode ser o sinal de esperança. A vida no contexto da cidade é o ponto de perspectiva, dela se olha para a fé cristã, a fim de ver como reage no duplo movimento de interpretação e de crítica:
Repensar a fé em sua autocompreensão e em sua prática cotidiana.
Não abdicar de sua vocação profética e missionária da fé cristã.
A história do cristianismo está vinculada às questões da cidade, onde o viver a fé (cristã) traduz uma percepção, conforme bem articulada na Escritura Sagrada, da presença de Deus. Pois, como afirma Comblin (1999, p. 64): clique na imagem
Eis apenas algumas características urbanas revelam o impacto nocivo à vida saudável.
“a cidade é violenta, ruidosa e perigosa. O transporte é fonte de cansaço e nervosismo. Filas, atropelamentos, irritação, neuroses e assim por diante”.
Surge, então, a necessidade de uma radicalidade evangélica, expressa em duas perspectivas.
IT: Interioridade e transcendência
ACS: Amizade, comunhão e fraternidade
Outra marca da cidade é a diversidade. Comblin (1999, p. 10) diz que “a cidade é a diversidade de pessoas, ideais, religiões, culturas, modos de viver, profissões, atividades, projetos, partidos, grupos”. E cada grupo precisa de um tratamento específico. Contudo, a ação cristã é sempre uma tarefa inacabada. Sempre haverá realidades desconhecidas e estratégias novas a implementar, por conta dos novos desafios.
Parece importante que, ao pensar a fé em sua autocompreensão e dimensão da prática cotidiana, o primeiro passo que precisamos dar no sentido de ser relevante o contexto urbano é tornar a vocação cristã profética e missionária.
Para tal, será necessário fazer uma evangelização de inculturação do evangelho. Lucas (1999, p. 8) diz que a inculturação implica em identificar, evangelicamente, com a cultura do povo. Por isso, é necessário ver seus padrões de comportamento para se aproximar deles.
Entender sua autenticidade, seu modo de viver, de comer, sua parte, seus valores que marcam as diferentes maneiras de solucionar os problemas, e, a partir dessa cultura, poderemos evangelizar esse povo.
O processo de inculturação do Evangelho implica que Jesus deve ser encarnado por meio do seu povo. O evangelho não é apenas expositivo, não é apenas catecismo, não é apenas estilo narrativo, não é apenas estilo teológico. Mas, fundamentalmente, encarnacional.
Nesta perspectiva, as cidades transformaram-se em centros apropriados à prática da fé e para realização do desígnio histórico de Deus. De fato, os fenômenos da modernização, industrialização e urbanização trouxeram um enorme impacto sobre a sociedade, incluindo a vivência cristã tradicional, mas também inúmeras oportunidades evangelizadoras. Assim, o cristão precisa aprender a se reinterpretar e assumir posição crítica diante da sociedade contemporânea, sem se fechar nos horizontes 
da história.
Partindo do caminho aberto por Jesus, o cristão tem uma mensagem a dizer que somente ele pode dizer:
Não é uma mensagem a mais que se apresenta como alternativa em face de outras tantas, mas o único Caminho ou a possibilidade de salvação. Esta mensagem não é puro raciocínio, nem verbalização de uma experiência, mas uma Pessoa, diante da qual os homens devem tomar uma decisão de salvação.
Para Lucas (1999, p. 28), a evangelização se refere também à vida social. Nem precisamos insistir neste princípio, como a base da doutrina social da igreja. Mas a vida social da cidade é complexa, e requer discernimento e criatividade. Toda pessoa urbanizada que se converte a Jesus, deve assumir um serviço.
Para Lucas (1999, p. 30), as novas gerações nascidas na cidade são muito fragilizadas. Sabem como se virar na cidade, mas não acham satisfação. O modo de viver que a sociedade oferece deixa frustrações – solidão, estresse, dificuldade, insatisfação com tudo que parece “sem sabor”. Mas, temos o evangelho, que vem anunciar o amor de Jesus. Jesus te ama!
Do ponto de vista puramente social, a vocação cristã se remete à relação de diálogo com a sociedade, com o serviço profético, de forma pertinente e crítica, fazendo articulação entre a fé e a vida.
O grande questionamento é como a fé cristã pode acompanhar as radicais mudanças que estão ocorrendo em nosso tempo. Certamente, a “pluralidade de culturas” é desafiante a Identidade Cristã e a forma de compreensão dos dados da Revelação Divina.
Outro desafio para dar consistência e solidez ao compromisso com a justiça do Reino são as constantes transformações culturais acompanhadas pelos avanços tecnológicos.
O “projeto do Evangelho” – no dizer de Brakemeier (2014, p. 25) – é a resposta para o dilema do mundo. O Evangelho, então, é o sinônimo de um “projeto de paz”, promovido por Deus em favor de um mundo mortalmente ameaçado por conflitos, observado nas cidades – especialmente as grandes metrópoles –, que ocupam a maior parte das informações midiáticas, com os dramas da criminalidade, poluição, problemas de transporte, tráfico de drogas, armas 
e todo tipo de contrabando, estresse, cansaço, nervosismo, e assim por diante.
Pergunta: O que faz o cristão no meio desse drama na cidade?
Ele não deve apenas “fugir” do contágio, mas orientar, penetrar no “tecido” da cidade e assumir seus desafios de forma responsável. Isto inclui estar presente e tornar-se mais ativo na vida política no sentido antigo da palavra, ou seja, na vida da cidade (polis) como organização política.
Especialistas afirmam que o século 20 fez aumentar a ansiedade acerca do lugar da humanidade no universo como nenhum outro século antes. Essa ansiedade revela no século 21 as novas buscas por transcendência, por uma fonte de significado e por uma esperança que vá além do mundo autossuficiente, da ciência e filosofia iluministas.
Mas a sociedade pós-moderna em sua organização étnica, raças, povos, nações, instituições, tem estruturado suas crenças e, consequentemente, formulado sua conduta de vida, deixando Deus fora do seu contexto de vida, vivendo como se Deus não existisse.
Nesse padrão de vida, a verdade absoluta e a realidade espiritual, incluindo a identidade individual, foram se desfigurando pela articulação do humanismo vigente no 
pós-modernismo, como produtos de uma sociedade secularizada, que influencia o cidadão comum nas escolas, a televisão, nos filmes, jornais e revistas.
O mundo, com seu sistema social relativista (o relativismo equivale afirmar que não há verdades nem preceitos absolutos), nunca fará absolutamente nada para andar nos caminhos de Deus. Quando se percebe um comportamento certo, estecerto é parcial, quando é do seu interesse até evoca-se a Escritura Sagrada, contudo, nunca para glorificar a Deus.
Porém, essa rebeldia humana contra Deus e seus princípios não é de hoje, mas sim desde os primórdios. Mudam os autores, mas o enredo é sempre o mesmo. A diferença em nossos dias é que há alguns toques sutis da pós-modernidade.
O cristão e o desafio do relativismo moral
Como o cristão deve agir?
Ação: A ação do cristão na cidade deve considerar que o primeiro pensamento da nossa cultura atual antagônica à comosvisão bíblico-cristã é o relativismo moral.
Isso indica que não é uma ação simples. Pois não é puramente humana; é obra do espírito santo. Não é um trabalho técnico, mas de testemunhas, que devem acontecer por um conjunto de ações, que se dão de forma progressiva: testemunho, anúncio e adesão.
Neste processo, a Escritura Sagrada (fonte legítima da vontade de Deus) estabelece os princípios éticos e morais, as virtudes e os valores necessários à boa conduta que se espera de uma sociedade. Segundo Erickson (2011, p. 72), ética é o “estudo do certo e do errado para determinar o que fazer ou o que é bom para a humanidade”.
Ética: Na perspectiva bíblica, a ética é o sistema de certo e errado baseado ou encontrado na Bíblia. Assim, a ética cristã consiste nos “ensinamentos do cristianismo sobre o certo e o errado”. (ERICKSON, 2011, p. 72).
Para os cristãos, os preceitos bíblicos são permanentes e se constituem na base inamovível para uma sociedade mais justa e fraterna. Nisto, “na atuação de Jesus, salvar é salvar o homem na sua totalidade antropológica e histórica. É salvar o homem na sua corporeidade e histórica” (PISO, 1991, p. 26).
Uma análise simples dos últimos noticiários da mídia visual nas áreas da política, educação, religião, saúde e entretenimento (especialmente filmes, novelas e peças de teatros), faz perceber o quanto os valores éticos e morais bíblico-cristãos estão ausentes da sociedade contemporânea.
Mídia: De fato, a mídia, com seus mais variados meios de comunicação, tem sido a principal responsável pela promoção da filosofia antropocêntrica no mundo de hoje. Ela se utiliza dos formadores de opinião (especialmente artistas), cujos exemplos negativos estimulam decisivamente as pessoas a repetirem comportamentos de libertinagem.
Ora, não havendo transcendência divina, nem padrão moral universal (uma lei superior que diga à sociedade o que fazer), abre-se precedente para a desordem moral e social tão evidente no mundo contemporâneo.
Moral: A cultura ocidental está mergulhada no relativismo moral - pensamento humano (teoria filosófica) que afirma não existir norma moral ou ética válida para todas as pessoas. Acredita-se que as normas variam de cultura para cultura, de pessoa para pessoa, e que não há verdades ou valores que sirvam para todas as pessoas em todos os lugares.
“A moral é ditada por uma situação particular à luz de uma cultura específica ou posição social. Os valores morais são questões de opinião pessoal ou julgamento individual, e não algo fundamentado na verdade objetiva”. (WHITE, 2010, p. 27).
Então, uma vez que a verdade é considerada relativa, existindo apenas no âmbito de nossas opiniões e preferências particulares, não há espaço na vida dos indivíduos para os valores absolutos, isto é, os princípios imutáveis da Escritura Sagrada, válidos para todas as pessoas em qualquer época.
Nestes tempos pós-modernos, a prática da moral e da ética depende da experiência de cada indivíduo. Ou como disse o filósofo grego Protágoras, “o homem é a medida de todas as coisas”.
Bingemer (1993, p. 44) diz que o cristianismo está sendo questionado pelos movimentos alternativos e pela pergunta ecológica desencadeada pela ameaça apocalíptica que passa sobre o planeta.
esus Cristo é o centro da nossa fé e da nossa história cristã. 
Nele se encontra o projeto fundamental da identificação do ser cristão. 
Por outro lado, “o homem é o ser cujo projeto é ser deus”.
A filosofia antropocêntrica vigente na mente pós-moderna endeusa o homem, como se ele fosse senhor absoluto de si mesmo e do seu próprio destino. Esta visão de vida estimula o homem viver e trabalhar apenas em função de seus bens materiais e prazer. É uma visão de vida?
“O deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus” (2Co 4.4)
Como resultado, temos uma sociedade centrada no homem, que se faz seu próprio “deus”, capaz de impor a sua própria vontade como se esta fosse completa e suficiente para a realização humana, esquecendo que o ser humano é apenas criatura!
Dentro do debate do relativismo moral está inserido o individualismo autônomo. Ser autônomo significa ser independente. White (2010, p. 29) observou que o individualismo autônomo afirma que cada pessoa é independente, em termos de destino e de responsabilidade.
A autoridade moral, em última análise, é autogerada. Só devemos responsabilidade a nós mesmos, pois, na verdade, tudo depende de nós. As escolhas são somente nossas, determinadas por nosso prazer pessoal, e não por alguma autoridade moral superior.
Nesse processo, o relativismo também “destrói” os valores espirituais. Então, a crença no Deus Bíblico – o Senhor de todo o Universo – passa a não ser mais uma necessidade vital, mas uma mera opção pessoal.
Assim, prevalece a tese relativista de que a sociedade detém o direito de convencionar entre si o padrão ético que melhor lhe convém, sem admitir como referenciais inabaláveis e eternos os valores da Escritura Sagrada. Isso leva ao antropocentrismo, cujos ideólogos e promotores tentam invalidar, portanto, a ideia de transcendência de Deus, colocando em dúvida os desígnios divinos.
Segundo Lucas (1999, p. 50), a cultura atual, e em geral a sociedade, caracterizam-se por um forte materialismo consumista em cujo interior há uma procura de interioridade, e por um individualismo em cujo interior move um chamado ao fato comunitário.
E na prática .. E na prática ... clique na charge. clique na charge
Na prática, o relativismo se constitui numa visão materialista da vida, onde tudo se limita à matéria, descartando princípios e valores eternos. Logo, cada pessoa vai construindo seu próprio pensamento, de acordo com o que vive, pensa e acredita, estabelecendo uma filosofia de vida como se a existência humana fosse constituída pelas escolhas individuais.
Este é o erro de procurar dar sentido à existência mediante a liberdade dos atos individuais. No contraponto, o cristão entende que nada faz sentido se Deus não for seu supremo bem (Ec 5.1,19-20; 11.9-10; 12.1-4). Pois, para ele, a Bíblia continua sendo o recurso exato da formação de bons hábitos e bons costumes do cidadão.
Já ouviu falar em corrupção da natureza?
Para uma sociedade onde os valores bíblico-cristãos tornaram-se relativos e parciais, a questão em pauta não é a natureza, mas a corrupção da natureza. Desta forma, o mundo como sociedade não é inimigo do cristão. Em outras palavras, o problema não é a nossa humanidade ou o mundo na sua essência.
A atividade relativa ao mundo é sancionada e ordenada por Deus, mas o secularismo consiste na doença da alma que infecta o homem de hoje quando este molda suas ideias, crenças, métodos, conformando seu estilo de vida de acordo o padrão anticristão.
Sob tal espírito, quando uma medida inibidora é tomada, logo a sociedade reage apelando para o relativismo, apoiada na frouxidão moral que estende os seus tentáculos para todas as esferas sociais, passando a encarar a degradação moral como algo normal.
Entretanto, existe um clamor desesperado e silencioso por autenticidade, integridade e verdade, no mundo. O cristão precisa exibir o caráter de Deus em suas relações sociais, tendo o amor de Cristo como principal fundamento. Pois, a evangelização se processa inicialmente pelo testemunho de vida, que se manifesta e se cultiva na comunidade visível, e se concretiza no anúncio da salvação.
Desta forma, sempre que houvercristãos genuínos comprometido com a Verdade e com o seu impacto sobre uma cultura em decadência, ocorrerão mudanças e transformações sociais.
Com efeito, sem uma moral absoluta, não existe uma base real para a ética. O cristão precisa exemplificar, na própria vida, que a lei moral absoluta é a de Deus, lei que não confina as pessoas em uma camisa de força de puritanismo exacerbado.
A sociedade sempre irá debater as fronteiras da lei moral e as suas variadas aplicações, mas a própria ideia do certo e do errado só faz sentido se houver um padrão final, uma medida de referência, pela qual poderemos fazer julgamentos morais. (COLSON & PEARCEY, 2006, p. 161-162).
Contudo, como afirma Horton (2006, p. 83), não há razão para ver este mundo – a sociedade a nossa volta – como inerentemente mau, um campo de batalha pelo controle do planeta e do universo, cujo resultado é determinado pela habilidade de “alquimistas espirituais” em amarrar os demônios e fazer o mapeamento espiritual das regiões.
Horton (2006, p. 83) denomina esta perspectiva de “ficção cristã”. No caso de grande parte da ficção sobre guerra espiritual, a teologia é claramente sub-bíblica, pois a sua cosmologia (visão do universo) tem mais a ver com o dualismo neoplatônico (gnóstico), em deixar o resultado da história para pecadoras (inclusive os cristãos), pois, “segundo a sua vontade, ele opera no exército do céu e nos moradores da terra” (Dt 4.35).
Embora nós, homens e mulheres pecadores, tenhamos transformado este mundo num lugar de rebeldia, maldade e desordem, satanás não tem a mínima chance de vitória final. Ele não tem, em tempo algum, vitória sobre os propósitos de Deus e nem pode frustrar os objetivos de Deus. No entanto, ele é incansável em tentar enfraquecer a confiança do cristão na graça de Deus. A resposta a isso é um entendimento mais profundo do evangelho.
Este é o entendimento, de João 17.14-19, cujo ensino afirma que somos santificados (separados, santo), não porque temos nos separado progressivamente do mundo, mas porque o próprio Cristo se separou do mundo e nós estamos em Cristo, para viver numa sociedade que perdeu todos os modelos de referências, modelos para gerar um novo tipo de desenvolvimento, onde os valores devem ser postos em questão.
Assim, a ação cristã na cidade visa influenciar e transformar a sociedade, começando pelo indivíduo. Para tanto, é indispensável uma vivência prática e a valorização dos aspectos humanos básicos. A consciência que o indivíduo tem do seu próprio valor é essencial.
Com isso, o cristão precisa se envolver eficazmente com modelos produtivos em todos os setores da sociedade – especialmente onde não se tem deixado espaços para a fé – consciente de que a salvação do homem é um processo que tanto tem uma dimensão antropológica pessoal como também uma dimensão social de edificação do Reino de Deus, como sinal denso e ativo do próprio Deus.
O cristão e o desafio do multiculturalismo
O multiculturalismo diz respeito à assimilação mútua de modelos culturais diversos entre os povos em virtude do fenômeno mundial da globalização, onde a doutrina filosófica do pluralismo, que reconhece que há uma multiplicidade de culturas, religiões, posições ética e morais conflitantes, mas podem coexistir, como se cada uma dessas ideias contraditórias trouxesse parte da verdade e, nenhuma, a verdade completa ou absoluta.
Por trás deste multiculturalismo está camuflada a negação dos valores divinos, por deixar evidente que não há nenhuma verdade universal.
A mídia, segundo os especialistas, talvez seja um dos maiores desafios à reflexão cristã. Como podemos ver, a “cultura pagã” controla todos os espaços de propaganda mais valiosos. Neste sentido, White (2010, p. 69) chama atenção que, devido às influências da mídia sobre nosso mundo – e nossa mente –, é decisiva a dinâmica da reflexão sobre o discurso cultural (que é geralmente feito pela mídia).
O cristão da cidade há de ser consciente, que fez opção pela liberdade que há em Cristo. Do contrário, sua fé pode vir a “dissolver” mesmo sem que ele se dê conta. Senão, um dia, o cristão “acorda” e constata que perdeu a fé bíblica e a religião verdadeira.
O cristão e o desafio da educação materialista
A educação materialista, secularizada e relativista, desde o ensino fundamental até a universidade, contesta os valores bíblico-cristão. Algumas vezes, os professores seculares ridicularizam a fé cristã abertamente. As teorias empregadas em algumas instituições são fundamentadas no ateísmo, no antropocentrismo e no relativismo moral.
Muitas escolas e universidades são até reconhecidas pela excelência e qualidade, todavia, suas filosofias são antagônicas às Sagradas Escrituras, “inspirada por Deus”.
Boa parte dos educadores não se cansa e, diariamente, tentam entrar nas mentes dos adolescentes e jovens, com suas filosofias anticristãs. Esses perigos estão, também, dentro de casa: na internet, nos filmes, nas novelas, etc.
Um currículo acadêmico, por mais impressionante que seja, mas que está profundamente enraizado nas atuais teorias filosóficas e psicológicas educacionais materialistas, irá produzir, indiscutivelmente, mentes ateístas.
Pode-se dizer, então, que essa educação materialista tem como pressupostos o naturalismo, o humanismo, o pluralismo, entre outros “ismos”, ideias com base na cultura atual. Onde, como diz Lucas (1999, p. 86), a “evangelização inculturada” tem como meta levar o cristo, feito palavra viva, na pessoa do evangelizador. Neste sentido, não podemos pensar que a evangelização deve substituir uma cultura por outra, as culturas são respeitadas como patrimônio de cada povo.
O naturalismo, como o próprio termo deixa entender, parte da falsa ideia de que tudo no Universo se reduz à matéria. A visão naturalista é o ramo da ciência que sustenta que a vida é acidental, que não há nada além de nós mesmos que possa trazer ordem, razão ou explicação.
Nesta perspectiva, a realidade consiste apenas naquilo que pode ser visto, degustado, ouvido, cheirado ou tocado, e depois verificado, sendo passível de repetição mediante a experimentação. O conhecido é “reduzido” a esse tipo de saber. Se não puder ser examinado de modo tangível e científico, não será incognoscível, mas também desprovido de significado (WHITE, 2010, 31).
Desta forma, o naturalismo descarta por completo a dimensão espiritual da vida; não aceita a realidade transcendental, por julgá-la contrária à razão. Esta é uma forma de ateísmo! Onde se pode perceber essa tendência? Está presente nos discursos dos governantes, quando se expressam como se o mundo se resumisse à matéria e não houvesse nada.
Além das imposições ideológicas, existem também as imposições socioeconômicas, em que os bens materiais, simbolizados pelo dinheiro, transformam-se na coisa mais importante da vida. Com efeito, a cultura contemporânea, pautada na filosofia materialista, tem estabelecido suas próprias leis, sem a mínima consideração pelos valores bíblico-cristãos. As teorias deles são contraditórias, como são seus autores: humanos e falhos.
O cristão, porém, está alicerçado nos princípios definidos claramente por Jesus, que instrui naturalismo: “Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33). Esta é a essência da cosmovisão cristã! Fundamento da expressão prática em forma de conduta, compostura, costumes, hábitos.
A cidade tem uma história, com datas e lugares que evocam seu passado e memórias. A presença cristã é percebida nos momentos do passado e do presente. Não deve permanecer indiferente. Conforme Lucas (1999, p. 53) pode suceder uma coisa semelhante:
Dar o significado aos fatos que ilustraram a cidade ou lhe afetaram a vida.
Dar o significado que não coincida necessariamente com o que dão as autoridades.
Cabe aos cristãos permanecer conscientes da sua missão. A orientação bíblica é no sentido de que os princípios morais, que são os mais abrangentes e importantes conceitos éticos, não se aplicam a algumas atividades, mas a todas,onde cada um perceba sua própria carência e a do outro e, em conjunto, busca enchê-la para além de si mesmo, no mundo do outro.
São, portanto, princípios sem exceção, que não cedem a qualquer tipo de conveniência. Nunca estamos dispensados de agir em justiça e amor. Observe estes dois princípios neste contexto. Ambos se referem à pessoa, a maneira justa de tratá-las, e interesse em seu bem (bem mais elevado, e não apenas alegria ou sucesso na vida).
Para Holmes (2000, p. 60), assim como o ‘Senhor faz... justiça a todos os oprimidos’ (Sl 103.6) nós devemos fazê-lo também. Leis justas, governo justo, economia justa, preços justos, salários justos, relações justas entre marido e mulher relações pacíficas entre as relações deste mundo.
Temos, então, um grande desafio para o cristão na cidade. Na reivindicação do caráter absoluto do cristianismo não vai existir diálogo inter-religioso em nível de igualdade com outras religiões. Não é possível um diálogo em detrimento das exigências do caráter absoluto do cristianismo. Isso não significa ter de convencer as pessoas de que o que está aí é sem valor, mas afirmar que Deus é absoluto, o único, objeto de todo o nosso amor, e que Jesus Cristo é o mediador único e absoluto para este Deus.
Um desses absolutos é a Bíblia, Palavra de Deus! Deus é o autor da Bíblia. Deus escolheu alguns homens, e serviu-se desses, com suas faculdades e suas capacidades, para agir por meio deles, para escreverem tudo e só o que ele próprio queria:
“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repressão, para correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2Tm 3.16-17)
Pois bem, a Bíblia é inspirada por Deus, fonte e origem da vida. Sua Palavra é viva e vivificante. É o conteúdo da educação da fé. Ela é exata, sua realidade pode se ver e tocar, é verdadeira – sua realidade traz vida e gera dinamismo na vida das pessoas.
Quando o cristão tem uma resposta biblicamente inteligente, que se contrapõe à educação materialista, deve esboçar um projeto de educação que cultiva o respeito e a obediência à Verdade Absoluta, pautado em princípios, tais como: 
No que quer que façamos: No que quer que façamos, precisamos começar com uma base teológica. A teologia precisa direcionar o nosso pensar.
A Verdade: A Verdade como alicerce do conhecimento, teoria e prática.
Ensinar a Próxima: Uma geração deve ensinar a próxima geração sobre a verdade.
Paternidade: Educação deve ser baseada na paternidade e na adoção através de famílias.
Comunidades: As comunidades como instrumento de Deus para a restauração.
Princípios e Valores: A recuperação dos princípios e valores é o restabelecimento da proteção da sociedade.
Retidão e Integridade: A Verdade estabelece um padrão de retidão e de integridade.
Amor ao Próximo: Educação deve ser baseada no amor e no serviço ao próximo.
Proteção: A educação deve proporcionar proteção para os direitos fundamentais.
Cooperadores: A educação no Reino forma Cooperadores/
Agentes de transformação.
O cristão e o desafio do hedonismo narcisista
Ao descrever os indivíduos dos últimos tempos, a Bíblia expõe uma de suas características mais marcantes: o hedonismo: “mais amigos dos prazeres que amigos de Deus” (2Tm 3.4).
White (2010, p. 31) explica que na mitologia grega, Narciso era a personagem que de tal maneira se enamorou do próprio reflexo na água que dedicou o resto da vida ao culto da aparência. Daí o termo “narcisista” para significar a preocupação do indivíduo consigo mesmo.
A síntese do hedonismo diz respeito ao pensamento segundo o qual o prazer individual e imediato é o supremo bem possível da vida humana. Desta forma, a fé cristã reluta constantemente contra um individualismo que contraria radicalmente sua prática, que é fundamentalmente comunitária e de serviço ao outro.
O cristão e o desafio do sincretismo religioso
Deus é “mistério”. Jesus revelou o “mistério” de Deus por meio de sua vida terrena. Jesus é o ponto alto da Revelação de Deus ao homem. Segundo Bingemer (1993, p.57), toda forma de falar de Deus é colocada em xeque e recordada sua radical inadequação. A experiência radical do mistério questiona um discurso moderno que pretendia ter muito claras todas as coisas, inclusive a “retirada” de Deus e sua morte.
Porque é mistério, ao mesmo tempo escondido e manifestado, Deus não pode ser apropriado e manipulado pelo homem. A Bíblia diz que nem sequer é permitida ao ser humano a aproximação familiar de sua majestade.
No campo do “mistério”, na história do cristianismo, os cristãos sempre tiveram que lidar com certos tipos de “espiritualidades” que, em nome de normas e práticas, não raramente induziam as pessoas a prescindir a Bíblia – Palavra de Deus – para ficarem apenas com as suas experiências.
Falar de Deus na perspectiva da fé cristã sempre foi, mas talvez hoje o seja mais do que nunca, falar de uma experiência ou, mais ainda, talvez, falar a partir de uma experiência. Uma experiência que, no fundo, porque é divina, é profundamente humana, desde o momento em que, na plenitude dos tempos, a fé cristã proclama que o próprio Deus se fez carne, se fez humanidade, Verbo Encarnado, em Jesus Cristo. (BINGEMER, 1993, p. 61).
Somos um mistério? Para Castro (2008, p. 20): sim!
O personagem a seguir tem algumas respostas. Clique nele e veja...
Nós, seres humanos, também somos um mistério, e para nós mesmos! Existem muitos aspectos de nossa vida pessoal a serem conhecidos e aprofundados, porque o conhecimento de si mesmo é um processo, cada pessoa é um mistério. Conhecemos alguém à medida que este se revela a nós com suas palavras, atitudes, por meio da convivência.
O certo é que o homem é dotado de um ardente e incontrolável desejo de relacionar-se com o “Mistério”, de entrar em comunhão com essa incompressível realidade, de tocar e ser tocado pela Beleza Infinita; de estremecer de amor ao ser possuído pela santidade divina, que passa a governar sua vida e transformá-la segundo a inexorabilidade e a radicalidade de sua vontade.
Uma radiografia do campo religioso brasileiro revela um Brasil sensivelmente envolto no misticismo. A questão do fenômeno religioso chega à noção de sagrado, unificando todos os fatos religiosos, ou seja: objeto sagrado, lugares sagrados, templo sagrado, ritual sagrado, palavra sagrada, escritura sagrada, homem sagrado (sacerdote, feiticeiro), sociedade sagrada (ordem religiosa, família) como elementos constitutivos da religião.
No plano espiritual, esse é o entrave da religiosidade sincrética: sua abertura para certos tipos de “espiritualidades” e mistura de crenças, quase sempre, antagônicas ao cristianismo bíblico. Portanto, o que vemos na realidade brasileira é um aglomerado de pedaços e partes de diversas crenças espiritualistas, configurando um mero espiritualismo.
O caráter do espiritualismo é uma filosofia. O sufixo “ismo” leva a isso – crenças distantes da doutrina do cristianismo, independente de procurar experiências espirituais, é sistema místico ligado à sociedade secular. Já a verdadeira espiritualidade é uma cultura bíblico-espiritual, na imitação da pessoa de Jesus, onde encontramos o Deus verdadeiro que se tornou humano verdadeiro. Consiste, também, em assumir a perspectiva de Deus do ser humano, do mundo e da história.
Isto significa que a verdadeira experiência do sagrado, como diz Bingemer (1993, p. 83) não é uma experiência de possuir e ter domínio sobre a Transcendência e recorrer a Ele quando se necessita preencher as próprias carências afetivas ou “viajar” a outros mundos ou a outros “estados” psíquicos, ou de qualquer espécie.
É, pelo contrário, experiência de estar possuído, de ser vencido, subjugado e atraído – doce ou violentamente pouco importa. Por isso a palavra “sedução” se torna tão adequada para descrever semelhante experiência.
Agora você vai conferir uma experiência de um pastor norte americano, que vai nos ajudar a entender a abrangência da religião místico-sincréticabrasileira e seu desafio para o cristianismo hoje.
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Tive uma experiência surpreendente, há alguns anos, numa livraria evangélica. Adoro livrarias evangélicas e sou um frequentador assíduo delas. Mas dessa vez estava comprando um livro para um amigo não cristão para ajudá-lo a aprender sobre o cristianismo de um jeito que ele entendesse. Entrei na loja e de imediato notei uma grande fileira de camisetas cristãs, muitas com slogans bonitos e inteligentes. Mas, à medida que comecei a pensar nesse meu amigo, tentei imaginar o que ele acharia daquilo e fiquei apreensivo. As palavras nas camisetas tinham a intenção de ser evangelísticas, mas senti que a maioria delas, na verdade, poderia ser ofensiva ou parecer tola para ele.
Fui até o departamento de música, onde estavam CDs com um grande número de celebridades evangélicas, todas desconhecidas para o meu amigo. Os estilos musicais e a aparência dos músicos pareciam imitar determinadas bandas seculares, desde o cabelo, passando pelas roupas, até as expressões faciais. Música Evangélica punk, heavy metal evangélico, country evangélico – havia de tudo. Vi diversos outros produtos em liquidação – testeiras evangélicas com palavras bíblicas, saquinhos de chá evangélicos com versículo, balas evangélicas e até (não estou exagerando) bolas de golfe evangélicas. Encontrei bonecas e bonés evangélicos, joias evangélicas e objetos de arte evangélicos muito feios (em minha opinião).
Então fui para a seção de Bíblias e de novo imaginei a confusão de meu amigo. Encontrei Bíblias para líderes, Bíblias para mulheres, a “Bíblia de Jesus”, a Bíblia dos Finais dos Tempos, a Bíblia do atleta, a Bíblia do afro-americano, Bíblias recomendas por diversos pregadores famosos, e dezenas de Bíblias classificadas por seguimento de mercado. Até me surpreendi por não encontrar uma Bíblia para canhotos ou uma Bíblia para ruivos. Sei que essas Bíblias são publicadas para ajudar as pessoas, mas alguma coisa nesse tipo de marketing de nicho me deixou incomodado, principalmente quando tentei me imaginar explicando ao meu amigo que, mesmo com todas essas Bíblias, a maioria dos cristãos é biblicamente analfabeta.
Sentido-me incomodado, esbarrei num display promocional de tamanho natural de um famoso pregador de rádio que anunciava seu novo livro. A essa altura eu estava tão confuso com toda aquela experiência que saí da loja sem comprar nada. Sentei no meu carro em silêncio por uns vinte minutos tentando compreender o que eu havia acabado de vivenciar.
KIMDALL, Dan. A Igreja Emergente. São Paulo: Vida, 2008, p. 104
Concluindo, o entendimento de que “a finalidade do Mistério é ser desvelado, revelado por Deus e conhecido pelo homem”. Mas não apenas há graus neste conhecimento, como também um processo, que depende das disposições humanas, mas, sobretudo, da livre iniciativa de Deus. E o progresso na apreensão do mistério se desdobra e desenvolve desde o simples conhecimento da fé e as primeiras experiências de iniciação até uma experiência de união, posse e alteração, que é, ao mesmo tempo, uma vida e um conhecimento místico. (BINGEMER, 1993, p. 83).
A fé e a revelação bíblica (como encontro imprevisível do humano com o divino) expressas nas vivências plurais contextualizadas, implicam em diálogo, mas nem por isso significa num cristianismo imerso e acomodado as correntes culturais anticristã.

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