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Resumo historia do direito av1 e av2

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Por que o direito luso-brasileiro tem raízes romano-germânicas? O sistema jurídico da CIVIL LAW ou romano-germanico, que se baseia na vontade de quem faz a lei (legisladores) prevendo situações futuras. Ao juiz cabe tão somente aplicar as regras produzidas. Aqui a fonte mais importante do direito é a lei. Há um outro sistema denominado COMMON LAW, cuja fonte mais importante do direito são os costumes (países anglo saxões).
O que eram as ordenações do reino e quais foram? No processo histórico de formação e de individualização do direito português, o período que se inicia por volta de meados do século XV foi marcado pela produção de compilações de um imenso conjunto de tipos normativos que se encontravam em vigência em Portugal desde sua formação como uma monarquia independente em meados do século XII. Estas compilação ficaram conhecidas como ordenações do reino: Ordenações Afonsivas (1446/47); ordenações manuelinas (1521); ordenações filipinas (1603) e confirmadas por D. Joao IV (1643). (A LEGISLAÇÃO EM VIGOR NO BRASIL QUANDO DESCOBERTO É A MESMA EM VIGOR EM PORTUGAL, AS ORDENAÇÕES, DEPENDENDO DA ÉPOCA). 
Qual foi o primeiro documento legal internacional produzido sem a participação da Igreja? Em 1494 foi firmado o Tratado de Tordesilhas (ato inaugural da diplomacia moderna, já que foi o primeiro acordo entre Estados, sem a interferência do Papa) – por este Tratado, a linha de demarcação entre as áreas portuguesas e espanholas passaria a 370 leguas a oeste dos arquipélagos de Açores e Cabo Verde. A Espanha não aceitava a mudança essa linha demarcatória, o tratado era feito pela Igreja (chamado de Bula). O Tratado é o primeiro documento internacional assinado por dois soberanos sem intermédio da Igreja.
 O PROCESSO DE COLONIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO BRASIL COLONIA: Para a colonização do Brasil, Portugal adotou o sistema de capitanias hereditárias, plantation e o pacto colonial como seu sistema colonial econômico. Sistema colonial econômico: monocultura: a utilização de um só produto agrícola; grandes extensões de terra: latifúndios; mão de obra escrava: plantation. Pacto colonial: a metrópole tem total monopólio econômico e comercial sobre a colônia, tudo o que se compra precisa ser da metrópole e toda a produção só pode ser vendida para a metrópole que repassava para o restante do mundo, então os portugueses vinham ao Brasil buscar a produção e pagavam o preço que queriam. 
Quais os documentos legais regulamentavam o sistema das capitanias hereditárias? CARTAS DE DOAÇÃO: estabeleciam as dimensões territoriais de cada uma das capitanias hereditárias. CARTAS FORAIS: regulamentavam os direitos e deveres fiscais e os privilégios dos donatários, além de estabelecer os tributos régios. LEI DAS SESMARIAS: utilizada para a distribuição das terras nas colônias portuguesas. Em 1549 é criado o cargo de Ouvidor Geral, autoridade maior em termo de justiça. Em 1548 chega ao Brasil o Rei de Portugal, que cria o Governo Geral.
 Quais são as causas e as principais consequências da mudança da Família Real para o Brasil, em 1808? Napoleão promove um bloqueio continental europeu, esse bloqueio vai pressionar Portugal, porque Portugal era um parceiro comercial histórico da Inglaterra, Napoleão representava os direitos comerciais da França, pressionados a Família Real não tem outra opção a não ser vir para o Brasil. Com a saída da Família Real, Napoleão invade Portugal e bloqueia os portos português para a Inglaterra. No brasil D. Joao faz a abertura dos portos para nações amigas, quebrando o pacto colonial. 
Que rebeliões ocorreram no Brasil Colônia e qual o principal motivo? A partir do século XVII houve uma serie de rebeliões, geralmente motivadas por questões de ordem econômica, mas expressavam um descontentamento da população da colônia em razão do excessivo controle da metrópole, são elas: revolta de Beckman (1684, Maranhão),guerra dos Emboabas (1708, Pernambuco), guerra dos Mascates (1707, Pernambuco), Revolta de Felipe dos Santos (1720, Vila Rica), Conjuração Mineira (1789) e Conjuração Baiana (1798).
 Que tipos de penas estavam previstas nas Ordenações Filipinas, e qual foi aplicada a Tiradentes? O livro V das Ordenações Filipinas previa uma serie de penas: perda e confisco dos bens e multas, prisão simples e prisão com trabalhos forçados, galés temporárias ou perpétuas, desterro, degredo, banimento ou exilio, açoites, decepação dos membros e vários tipos de penas de morte (natural (forca), natural com crueldade (tortura), natural para sempre (exposição do cadáver na forca), morte atroz (cadáver esquartejado)). A pena de Tiradentes foi a morte natural para sempre, que tem um aspecto religioso, que acredita que a alma só tem paz se o corpo tiver enterrado e outro aspecto é a morte civil, a imagem da pessoa desaparece da cidade, uma outra conotação era o status, por falta dele, apenas Tiradentes foi condenado à morte.
Por que apesar de se comemorar a independência no dia 07/09, podemos dizer que muito antes disso, ainda que parcial, a independência já estava devidamente consumada para a grande maioria? Porque quando D. Joao chegou no Brasil em 1808 ele abriu os portos para nações amigas, ao abrir ele liberou, deu a independência econômico-financeira. E a independência politica se deu em 1822. 
Constituição de 1824 e suas repercussões: constituição que não foi promulgada e sim outorgada; adoção de um regime monárquico; divisão em quatro poderes: executivo, legislativo, judiciário e moderador(determinante para a instauração de um regime semi-absolutista,); voto censitário baseado na renda; estabelecimento do catolicismo como religião oficial do Brasil, sendo a Igreja subordinada ao Estado – Estado Confessional. 
Por que se afirma que o Código Criminal de 1830 tem feições luministas? A ideia de proporcionalidade entre crime e pena; a impossibilidade da pena ultrapassar a pessoa do infrator; a humanização da pena de morte, sem a tortura; a proibição da penas cruéis, embora ainda tenham persistido algumas penas previstas pelas Ordenações Filipinas.
 Período Regencial: difícil período de estabilização da independência. Quais as causas da crise do Primeiro Reinado e a abdicação de D. Pedro I? o autoritarismo de que era acusado o monarca, por causa do poder moderador; o suposto privilegio que o mesmo estaria concedendo aos interesses portugueses em detrimento do interesse “brasileiro”; a crise econômica que passava o país, em razão dos gastos com guerras; a sucessão ao trono de Portugal.
 Qual a importância do Ato Adicional de 1834 no período regencial? Institucionalizou, de forma mais aprofundada, o processo de descentralização do poder, havendo quem considerasse que o Estado unitário do Império somente não teria transformado em uma forma de Estado plenamente federal pelo fato dos presidentes de provinciais terem continuado a ser indicados pelo poder central. De qualquer forma, este é um dos marcos jurídicos fundamentais do período.
 Como era o acesso a terra antes e como ficou depois da Lei de Terras 1850? O acesso as terras antes de 1850 se dava pela doação de terras através das sesmarias desde o período colonial ou ainda pela compra e, principalmente, ocupação e posterior posse de terras devolutas. A partir da aprovação da Lei de Terras de 1850, as terras desocupadas se tornaram propriedades do Estado e somente poderiam ser adquiridas mediante compra e venda ou por autorização do rei.
Lei Eusébio de Queiroz, 1850: foi uma modificação que ocorreu em 1850 na legislação escravista brasileira. A lei proibia o tráfico de escravos para o Brasil. É considerado um dos primeiros passos no caminho em direção à abolição da escravatura no Brasil. A Lei Eusébio de Queirós não surtiu efeitos imediatos. O tráfico ilegal ganhou vitalidade e num segundo momento o tráfico interno de escravos aumentou. Foi somente a partir da década de 1870, com ao aumento da fiscalização, que começou a faltar mão-de-obra escrava no Brasil. 
Lei do ventre livre, 1871: também conhecida como “Lei Rio Branco” foi uma lei abolicionista,promulgada em 28 de setembro de 1871 (assinada pela Princesa Isabel). Esta lei considerava livre todos os filhos de mulher escravas nascidos a partir da data da lei. Como seus pais continuariam escravos (a abolição total da escravidão só ocorreu em 1888 com a Lei Áurea), a lei estabelecia duas possibilidades para as crianças que nasciam livres. Poderiam ficar aos cuidados dos senhores até os 21 anos de idade ou entregues ao governo. O primeiro caso foi o mais comum e beneficiaria os senhores que poderiam usar a mão-de-obra destes “livres” até os 21 anos de idade. A Lei do Ventre Livre tinha por objetivo principal possibilitar a transição, lenta e gradual, no Brasil do sistema de escravidão para o de mão-de-obra livre. Vale lembrar que o Brasil, desde meados do século XIX, vinha sofrendo fortes pressões da Inglaterra para abolir a escravidão. 
Lei dos Sexagenários, 1885: previa liberdade aos sujeitos escravizados que tivessem mais de sessenta anos de idade e estabelece também normas para libertação gradual dos cativos, mediante indenização. O objetivo, contudo, era conter os abolicionistas mais radicais. Mesmo assim a lei não atinge sua principal proposta e o movimento abolicionista ganha cada vez mais força no final do século XIX. 
Lei Aurea, 1888: marcou o fim da escravidão, sendo o Brasil o último país independente a findar este sistema. Um dos problemas em torno da abolição é que ela foi apresentada pelo estado monárquico como um presente, e não como conquista e resultado de lutas travadas por atores fundamentais. Mas, a libertação tardia marca também o fim da monarquia por uma crise instaurada neste cenário. Mesmo a assinatura da lei sendo considerada o ato mais popular do Império não agradou um grupo importante do cenário político: os proprietários rurais. Mesmo agraciados com o título de baronato a falta de indenização fez com que rompessem com o Estado, já que suas fortunas se concentravam na posse de escravos, e assim aderem à causa republicana.
O Império no Brasil caiu por conta de suas crises, quais foram elas? A propagação das ideias republicanas; a crise entre Igreja e Estado; a abolição da escravidão, que tirou o apoio dos senhores de escravos ao regime imperial, principalmente por não terem recebido as indenizações do governo, a que achavam fazer jus; a questão militar, que representou uma serie de conflitos entre oficiais do exercito brasileiro e a monarquia e que acarretou no fortalecimento da campanha republicana entre os militares.

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