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2018 Legislacao brasileira sobre educacao 4ed

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LEGISLAÇÃO 
BRASILEIRA SOBRE 
EDUCAÇÃO 
4ª edição
LEGISLAÇÃO BRASILEIRA SOBRE EDUCAÇÃO – 4ª edição
A série Legislação reúne textos legais sobre temas 
específicos, com o objetivo de facilitar o acesso da 
sociedade às normas em vigor no Brasil.
Por meio de publicações como esta, a Câmara dos 
Deputados cumpre a missão de favorecer a prática da 
cidadania e a consolidação da democracia no país.
Conheça outros títulos da Edições Câmara em: 
livraria.camara.leg.br
Série 
Legislação
Brasília 2017
Câmara dos 
Deputados
LEGISLAÇÃO 
BRASILEIRA SOBRE 
EDUCAÇÃO
Mesa da Câmara dos Deputados
55ª Legislatura – 2015-2019
Presidente
Rodrigo Maia
1º Vice-Presidente
Fábio Ramalho
2º Vice-Presidente
André Fufuca
1º Secretário
Giacobo
2ª Secretária
Mariana Carvalho
3º Secretário
JHC
4º Secretário
Rômulo Gouveia
Suplentes de Secretário
1º Suplente
Dagoberto Nogueira
2º Suplente
César Halum
3º Suplente
Pedro Uczai
4º Suplente
Carlos Manato
Diretor-Geral
Lucio Henrique Xavier Lopes
Secretário-Geral da Mesa
Wagner Soares Padilha
Câmara dos 
Deputados
LEGISLAÇÃO BRASILEIRA 
SOBRE EDUCAÇÃO
4ª edição
Centro de Documentação e Informação
Edições Câmara
Brasília | 2017
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Diretoria Legislativa
Diretor: Afrísio de Souza Vieira Lima Filho 
Consultoria Legislativa
Diretor: Luiz Fernando Botelho de Carvalho
Centro de Documentação e Informação
Diretor: André Freire da Silva
Coordenação Edições Câmara dos Deputados
Diretora: Ana Lígia Mendes 
Coordenação de Organização da Informação Legislativa
Diretor: Frederico Silveira dos Santos
Projeto gráfico de capa: Janaina Coe
Projeto gráfico de miolo: Patrícia Weiss
Diagramação: Mariana Rausch Chuquer
Revisão: Ana Teresa Cavaignac, Luzimar Paiva e Luisa Souto
2009, 1ª edição; 2013, 2ª edição; 2015, 3ª edição. 
Câmara dos Deputados
Centro de Documentação e Informação – Cedi
Coordenação Edições Câmara – Coedi
Anexo II – Praça dos Três Poderes
Brasília (DF) – CEP 70160-900
Telefone: (61) 3216-5809
editora@camara.leg.br
SÉRIE 
Legislação 
n. 269 PDF
Dados Internacionais de Catalogação-na-publicação (CIP)
Coordenação de Biblioteca. Seção de Catalogação.
Legislação brasileira sobre educação [recurso eletrônico] / Câmara dos Deputados. – 4. ed. – 
Brasília : Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2017. – (Série legislação ; n. 269 PDF)
Versão PDF.
Modo de acesso: livraria.camara.leg.br
Disponível, também, em formato impresso.
ISBN 978-85-402-0611-3
1. Educação, legislação, Brasil. I. Brasil. Congresso Nacional. Câmara dos Deputados. II. Série.
CDU 37(81)(094)
ISBN 978-85-402-0610-6 (papel) ISBN 978-85-402-0611-3 (PDF)
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .....................................................................................................................9
DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
[Dispositivos referentes à educação.] ..................................................................................................13
LEIS
LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996
(Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional)
Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. .................................................................27
LEI Nº 9.424, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1996
(Lei do Fundef)
Dispõe sobre o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de 
Valorização do Magistério, na forma prevista no art. 60, § 7º, do Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias, e dá outras providências. ...............................................................69
LEI Nº 9.766, DE 18 DE DEZEMBRO DE 1998
Altera a legislação que rege o salário-educação, e dá outras providências. ............................73
LEI Nº 11.096, DE 13 DE JANEIRO DE 2005
(Lei do Prouni)
Institui o Programa Universidade para Todos (Prouni), regula a atuação de entidades 
beneficentes de assistência social no ensino superior; altera a Lei nº 10.891, de 9 de 
julho de 2004, e dá outras providências. ............................................................................................76
LEI Nº 11.128, DE 28 DE JUNHO DE 2005
(Lei do Prouni)
Dispõe sobre o Programa Universidade para Todos (Prouni) e altera o inciso I do 
art. 2º da Lei nº 11.096, de 13 de janeiro de 2005. .............................................................................86
LEI Nº 11.494, DE 20 DE JUNHO DE 2007
(Lei do Fundeb)
Regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de 
Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), de que trata o art. 6º do Ato das 
Disposições Constitucionais Transitórias; altera a Lei nº 10.195, de 14 de fevereiro 
de 2001; revoga dispositivos das Leis nos 9.424, de 24 de dezembro de 1996, 10.880, de 
9 de junho de 2004, e 10.845, de 5 de março de 2004; e dá outras providências. .....................87
Anexo - Nota explicativa .....................................................................................................................112
LEI Nº 11.738, DE 16 DE JULHO DE 2008
(Lei do Piso Salarial)
Regulamenta a alínea e do inciso III do caput do art. 60 do Ato das Disposições Cons-
titucionais Transitórias, para instituir o piso salarial profissional nacional para os 
profissionais do magistério público da educação básica. ............................................................117
LEI Nº 11.788, DE 25 DE SETEMBRO DE 2008
(Nova Lei do Estágio)
Dispõe sobre o estágio de estudantes; altera a redação do art. 428 da Consolidação das 
Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e a 
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996; revoga as Leis nos 6.494, de 7 de dezembro de 
1977, e 8.859, de 23 de março de 1994, o parágrafo único do art. 82 da Lei nº 9.394, de 
20 de dezembro de 1996, e o art. 6º da Medida Provisória nº 2.164-41, de 24 de agosto 
de 2001; e dá outras providências. .....................................................................................................120
LEI Nº 11.892, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2008
(Lei da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica)
Institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, cria os 
institutos federais de educação, ciência e tecnologia, e dá outras providências. .................127
LEI Nº 12.711, DE 29 DE AGOSTO DE 2012
(Lei de Cotas de Ingresso nas Universidades)
Dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais de 
ensino técnico de nível médio e dá outras providências. ............................................................142
LEI Nº 13.005, DE 25 DE JUNHO DE 2014
(Lei do PNE)
Aprova o Plano Nacional de Educação (PNE) e dá outras providências. ................................145
DECRETOS
DECRETO Nº 3.276, DE 6 DE DEZEMBRO DE 1999
Dispõe sobre a formação em nível superior de professores para atuar na educação 
básica, e dá outras providências. .......................................................................................................193
DECRETO Nº 5.154, DE 23 DE JULHO DE 2004
Regulamenta o § 2º do art. 36 e os arts. 39 a 41 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro 
de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e dá outras 
providências. .................................................................................................................................... 196
DECRETO Nº 5.493, DE 18 DE JULHO DE 2005
Regulamenta o disposto na Lei nº 11.096, de 13 de janeiro de 2005. ....................................... 200
DECRETO Nº 5.773, DE 9 DE MAIO DE 2006
Dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de institui-
ções de educação superior e cursos superiores de graduação e sequenciais no sistema 
federal de ensino. ..................................................................................................................................206
DECRETO Nº 6.003, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2006
Regulamenta a arrecadação, a fiscalização e a cobrança da contribuição social do sa-
lário-educação, a que se referem o art. 212, § 5º, da Constituição, e as Leis nos 9.424, de 
24 de dezembro de 1996, e 9.766, de 18 de dezembro de 1998, e dá outras providências. ........234
DECRETO Nº 6.253, DE 13 DE NOVEMBRO DE 2007
Dispõe sobre o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de 
Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), regulamenta a Lei nº 11.494, de 
20 de junho de 2007, e dá outras providências. ............................................................................. 240
DECRETO Nº 6.986, DE 20 DE OUTUBRO DE 2009
Regulamenta os arts. 11, 12 e 13 da Lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008, que 
institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e cria os 
institutos federais de educação, ciência e tecnologia, para disciplinar o processo de 
escolha de dirigentes no âmbito destes institutos. .......................................................................249
DECRETO Nº 7.022, DE 2 DE DEZEMBRO DE 2009
Estabelece medidas organizacionais de caráter excepcional para dar suporte ao processo 
de implantação da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, 
criada pela Lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008, e dá outras providências. .................254
DECRETO Nº 7.611, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2011
Dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado e dá 
outras providências. ..............................................................................................................................256
DECRETO Nº 7.824, DE 11 DE OUTUBRO DE 2012
Regulamenta a Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012, que dispõe sobre o ingresso nas 
universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio.........260
DECRETO Nº 8.142, DE 21 DE NOVEMBRO DE 2013
Altera o Decreto nº 5.773, de 9 de maio de 2006, que dispõe sobre o exercício das 
funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior 
e cursos superiores de graduação e sequenciais no sistema federal de ensino, e dá 
outras providências. ............................................................................................................................. 264
DECRETO Nº 8.752, DE 9 DE MAIO DE 2016
Dispõe sobre a Política Nacional de Formação dos Profissionais da Educação Básica. ......265
DECRETO Nº 9.057, DE 25 DE MAIO DE 2017
Regulamenta o art. 80 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as 
diretrizes e bases da educação nacional. .........................................................................................275
LISTA DE OUTRAS NORMAS E INFORMAÇÕES DE INTERESSE ................... 283
Legislação brasileira sobre educação
4ª edição 9
APRESENTAÇÃO
Este livro da Série Legislação, da Edições Câmara, traz o texto atualizado 
das normas que dispõem sobre educação no Brasil: dispositivos constitucio-
nais, leis e decretos.
Com a publicação da legislação federal brasileira em vigor, a Câmara dos 
Deputados vai além da função de criar normas: colabora também para seu 
efetivo cumprimento ao torná-las conhecidas e acessíveis a toda a população.
Os textos legais compilados nesta edição são resultado do trabalho dos par-
lamentares, que representam a diversidade do povo brasileiro. Da apresen-
tação até a aprovação de um projeto de lei, há um extenso caminho de con-
sultas, estudos e debates com os variados segmentos sociais. Após criadas, 
as leis fornecem um arcabouço jurídico que permite a boa convivência em 
sociedade.
A Câmara dos Deputados disponibiliza suas publicações na Livraria da 
Câmara (livraria.camara.leg.br) e na Biblioteca Digital (bd.camara.leg.br/bd). 
Alguns títulos também são produzidos em formato audiolivro e EPUB. O ob-
jetivo é democratizar o acesso a informação e estimular o pleno exercício da 
cidadania.
Dessa forma, a Câmara dos Deputados contribui para levar informação so-
bre direitos e deveres aos principais interessados no assunto: os cidadãos.
Deputado Rodrigo Maia
Presidente da Câmara dos Deputados
DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS
Legislação brasileira sobre educação
4ª edição 13
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO 
BRASIL1
[Dispositivos referentes à educação.]
[...]
TÍTULO III 
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
[...]
CAPÍTULO VI 
DA INTERVENÇÃO
Art. 34. A União não intervirá nos estados nem no Distrito Federal, exceto 
para:
[...]
VII – assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
[...]
 2e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos esta-
duais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção 
e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
Art. 35. O estado não intervirá em seus municípios, nem a União nos muni-
cípios localizados em território federal, exceto quando:
[...]
3III – não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manu-
tenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde;
[...]
1 Publicada no Diário Oficial da União, Seção 1, de 5 de outubro de 1988.
2 Alínea acrescida pela Emenda Constitucional nº 14, de 12-9-1996, e com redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 29, de 13-9-2000.
3 Inciso com redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 13-9-2000.
Série
Legislação14
TÍTULO VIII 
DA ORDEM SOCIAL
[...]
CAPÍTULO III 
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO
Seção I 
Da Educação
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será 
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno 
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua 
qualificação para o trabalho.
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a 
arte e o saber;
III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de 
instituições públicas e privadas de ensino;
IV – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
4V – valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma 
da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público 
de provas e títulos, aos das redes públicas;
VI – gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
VII – garantia de padrão de qualidade.
5VIII – piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação 
escolar pública, nos termos de lei federal.
6Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores consi-
derados profissionais da educação básica e sobre a fixação de prazo para a 
elaboração ou adequação de seus planos de carreira, no âmbito da União, dos 
estados, do Distrito Federal e dos municípios.
4 Inciso com redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 19-12-2006.
5 Inciso acrescido pela Emenda Constitucional nº 53, de 19-12-2006.
6 Parágrafo acrescido pela Emenda Constitucional nº 53, de 19-12-2006.
Legislação brasileira sobre educação
4ª edição 15
Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-científica, admi-
nistrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de 
indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.
7§ 1º É facultado às universidades admitir professores, técnicos e cientistas 
estrangeiros, na forma da lei.
8§ 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa científica 
e tecnológica.
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a ga-
rantia de:
9I – educação básica obrigatória e gratuita dos quatro aos dezessete anos de 
idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não 
tiveram acesso na idadeprópria;
10II – progressiva universalização do ensino médio gratuito;
III – atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, 
preferencialmente na rede regular de ensino;
11IV – educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até cinco anos 
de idade;
V – acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação ar-
tística, segundo a capacidade de cada um;
VI – oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
12VII – atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por 
meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, 
alimentação e assistência à saúde.
§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.
§ 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público, ou sua 
oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente.
§ 3º Compete ao poder público recensear os educandos no ensino funda-
mental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela 
frequência à escola.
Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições:
I – cumprimento das normas gerais da educação nacional;
7 Parágrafo acrescido pela Emenda Constitucional nº 11, de 30-4-1996.
8 Idem.
9 Inciso com redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 11-11-2009.
10 Inciso com redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 12-9-1996.
11 Inciso com redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 19-12-2006.
12 Inciso com redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 11-11-2009.
Série
Legislação16
II – autorização e avaliação de qualidade pelo poder público.
Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de 
maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais 
e artísticos, nacionais e regionais.
§ 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos 
horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.
§ 2º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, 
assegurada às comunidades indígenas também a utilização de suas línguas 
maternas e processos próprios de aprendizagem.
Art. 211. A União, os estados, o Distrito Federal e os municípios organizarão 
em regime de colaboração seus sistemas de ensino.
13§ 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos territórios, fi-
nanciará as instituições de ensino públicas federais e exercerá, em matéria 
educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir equaliza-
ção de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino 
mediante assistência técnica e financeira aos estados, ao Distrito Federal e 
aos municípios.
14§ 2º Os municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na 
educação infantil.
15§ 3º Os estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino 
fundamental e médio.
16§  4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os estados, o 
Distrito Federal e os municípios definirão formas de colaboração, de modo 
a assegurar a universalização do ensino obrigatório.
17§ 5º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino regular.
Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os estados, 
o Distrito Federal e os municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da 
receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, 
na manutenção e desenvolvimento do ensino.
13 Parágrafo com redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 12-9-1996.
14 Idem.
15 Parágrafo acrescido pela Emenda Constitucional nº 14, de 12-9-1996.
16 Parágrafo acrescido pela Emenda Constitucional nº 14, de 12-9-1996, e com redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 59, de 11-11-2009.
17 Parágrafo acrescido pela Emenda Constitucional nº 53, de 19-12-2006.
Legislação brasileira sobre educação
4ª edição 17
§ 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos esta-
dos, ao Distrito Federal e aos municípios, ou pelos estados aos respectivos 
municípios, não é considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo, 
receita do governo que a transferir.
§ 2º Para efeito do cumprimento do disposto no caput deste artigo, serão con-
siderados os sistemas de ensino federal, estadual e municipal e os recursos 
aplicados na forma do art. 213.
18§ 3º A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendi-
mento das necessidades do ensino obrigatório, no que se refere a universa-
lização, garantia de padrão de qualidade e equidade, nos termos do plano 
nacional de educação.
§ 4º Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde previstos 
no art. 208, VII, serão financiados com recursos provenientes de contribuições 
sociais e outros recursos orçamentários.
19§ 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento 
a contribuição social do salário-educação, recolhida pelas empresas na forma 
da lei.
20§ 6º As cotas estaduais e municipais da arrecadação da contribuição social do 
salário-educação serão distribuídas proporcionalmente ao número de alunos 
matriculados na educação básica nas respectivas redes públicas de ensino.
Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo 
ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas 
em lei, que:
I – comprovem finalidade não lucrativa e apliquem seus excedentes finan-
ceiros em educação;
II – assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, 
filantrópica ou confessional, ou ao poder público, no caso de encerramento 
de suas atividades.
§ 1º Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas 
de estudo para o ensino fundamental e médio, na forma da lei, para os que 
demonstrarem insuficiência de recursos, quando houver falta de vagas e 
cursos regulares da rede pública na localidade da residência do educando, 
18 Parágrafo com redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 11-11-2009.
19 Parágrafo com redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 19-12-2006.
20 Parágrafo acrescido pela Emenda Constitucional nº 53, de 19-12-2006.
Série
Legislação18
ficando o poder público obrigado a investir prioritariamente na expansão 
de sua rede na localidade.
21§ 2º As atividades de pesquisa, de extensão e de estímulo e fomento à inovação 
realizadas por universidades e/ou por instituições de educação profissional e 
tecnológica poderão receber apoio financeiro do poder público.
22Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração de-
cenal, com o objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime 
de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de imple-
mentação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em 
seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos 
poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a:
I – erradicação do analfabetismo;
II – universalização do atendimento escolar;
III – melhoria da qualidade do ensino;
IV – formação para o trabalho;
V – promoção humanística, científica e tecnológica do país.
23VI – estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação 
como proporção do produto interno bruto.
[...]
ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS
[...]
24Art. 60. Até o décimo quarto ano a partir da promulgação desta emenda 
constitucional25, os estados, o Distrito Federal e os municípios destinarão 
parte dos recursos a que se refere o caput do art. 212 da Constituição Federal 
à manutenção e desenvolvimento da educação básica e à remuneração con-
digna dos trabalhadores da educação, respeitadas as seguintes disposições:
I – a distribuição dos recursos e de responsabilidades entre o Distrito Federal, 
os estados e seus municípios é assegurada mediante a criação, no âmbito de 
cada estado e do Distrito Federal, de umFundo de Manutenção e Desenvol-
vimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação 
(Fundeb), de natureza contábil;
21 Parágrafo com redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 26-2-2015.
22 Caput do artigo com redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 11-11-2009.
23 Inciso acrescido pela Emenda Constitucional nº 59, de 11-11-2009.
24 Artigo com redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 19-12-2006.
25 Emenda Constitucional nº 53, de 19-12-2006.
Legislação brasileira sobre educação
4ª edição 19
II – os fundos referidos no inciso I do caput deste artigo serão constituídos por 
vinte por cento dos recursos a que se referem os incisos I, II e III do art. 155; 
o inciso II do caput do art. 157; os incisos II, III e IV do caput do art. 158; e as 
alíneas a e b do inciso I e o inciso II do caput do art. 159, todos da Constituição 
Federal, e distribuídos entre cada estado e seus municípios, proporcionalmente 
ao número de alunos das diversas etapas e modalidades da educação básica 
presencial, matriculados nas respectivas redes, nos respectivos âmbitos de atua-
ção prioritária estabelecidos nos §§ 2º e 3º do art. 211 da Constituição Federal;
III – observadas as garantias estabelecidas nos incisos I, II, III e IV do caput 
do art. 208 da Constituição Federal e as metas de universalização da educa-
ção básica estabelecidas no Plano Nacional de Educação, a lei disporá sobre:
 a) a organização dos fundos, a distribuição proporcional de seus recursos, 
as diferenças e as ponderações quanto ao valor anual por aluno entre 
etapas e modalidades da educação básica e tipos de estabelecimento 
de ensino;
 b) a forma de cálculo do valor anual mínimo por aluno;
 c) os percentuais máximos de apropriação dos recursos dos fundos 
pelas diversas etapas e modalidades da educação básica, observados 
os arts. 208 e 214 da Constituição Federal, bem como as metas do 
Plano Nacional de Educação;
 d) a fiscalização e o controle dos fundos;
 e) prazo para fixar, em lei específica, piso salarial profissional nacional 
para os profissionais do magistério público da educação básica;
IV – os recursos recebidos à conta dos fundos instituídos nos termos do 
inciso  I do caput deste artigo serão aplicados pelos estados e municípios 
exclusivamente nos respectivos âmbitos de atuação prioritária, conforme 
estabelecido nos §§ 2º e 3º do art. 211 da Constituição Federal;
V – a União complementará os recursos dos fundos a que se refere o inciso II 
do caput deste artigo sempre que, no Distrito Federal e em cada estado, o 
valor por aluno não alcançar o mínimo definido nacionalmente, fixado em 
observância ao disposto no inciso VII do caput deste artigo, vedada a utili-
zação dos recursos a que se refere o § 5º do art. 212 da Constituição Federal;
VI – até dez por cento da complementação da União prevista no inciso V do 
caput deste artigo poderá ser distribuída para os fundos por meio de programas 
direcionados para a melhoria da qualidade da educação, na forma da lei a 
que se refere o inciso III do caput deste artigo;
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Legislação20
VII – a complementação da União de que trata o inciso V do caput deste 
artigo será de, no mínimo:
 a) R$ 2.000.000.000,00 (dois bilhões de reais), no primeiro ano de vigência 
dos fundos;
 b) R$ 3.000.000.000,00 (três bilhões de reais), no segundo ano de vigência 
dos fundos;
 c) R$ 4.500.000.000,00 (quatro bilhões e quinhentos milhões de reais), 
no terceiro ano de vigência dos fundos;
 d) dez por cento do total dos recursos a que se refere o inciso II do caput 
deste artigo, a partir do quarto ano de vigência dos fundos;
VIII – a vinculação de recursos à manutenção e desenvolvimento do ensino 
estabelecida no art. 212 da Constituição Federal suportará, no máximo, trinta 
por cento da complementação da União, considerando-se para os fins deste 
inciso os valores previstos no inciso VII do caput deste artigo;
IX – os valores a que se referem as alíneas a, b, e c do inciso VII do caput deste 
artigo serão atualizados, anualmente, a partir da promulgação desta emenda 
constitucional26, de forma a preservar, em caráter permanente, o valor real 
da complementação da União;
X – aplica-se à complementação da União o disposto no art. 160 da Consti-
tuição Federal;
XI – o não cumprimento do disposto nos incisos V e VII do caput deste artigo 
importará crime de responsabilidade da autoridade competente;
XII – proporção não inferior a sessenta por cento de cada fundo referido no 
inciso I do caput deste artigo será destinada ao pagamento dos profissionais 
do magistério da educação básica em efetivo exercício.
§ 1º A União, os estados, o Distrito Federal e os municípios deverão assegurar, 
no financiamento da educação básica, a melhoria da qualidade de ensino, de 
forma a garantir padrão mínimo definido nacionalmente.
§ 2º O valor por aluno do ensino fundamental, no fundo de cada estado e do 
Distrito Federal, não poderá ser inferior ao praticado no âmbito do Fundo de 
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valrização do 
Magistério (Fundef), no ano anterior à vigência desta emenda constitucional27.
§ 3º O valor anual mínimo por aluno do ensino fundamental, no âmbito do 
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização 
26 Emenda Constitucional nº 53, de 19-12-2006.
27 Idem.
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dos Profissionais da Educação (Fundeb), não poderá ser inferior ao valor 
mínimo fixado nacionalmente no ano anterior ao da vigência desta emenda 
constitucional28.
§ 4º Para efeito de distribuição de recursos dos fundos a que se refere o inciso I 
do caput deste artigo, levar-se-á em conta a totalidade das matrículas no ensino 
fundamental e considerar-se-á para a educação infantil, para o ensino médio 
e para a educação de jovens e adultos um terço das matrículas no primeiro 
ano, dois terços no segundo ano e sua totalidade a partir do terceiro ano.
§ 5º A porcentagem dos recursos de constituição dos fundos, conforme o 
inciso II do caput deste artigo, será alcançada gradativamente nos primeiros 
três anos de vigência dos fundos, da seguinte forma:
I – no caso dos impostos e transferências constantes do inciso II do caput do 
art. 155; do inciso IV do caput do art. 158; e das alíneas a e b do inciso I e do 
inciso II do caput do art. 159 da Constituição Federal:
 a) 16,66% (dezesseis inteiros e sessenta e seis centésimos por cento), no 
primeiro ano;
 b) 18,33% (dezoito inteiros e trinta e três centésimos por cento), no se-
gundo ano;
 c) 20% (vinte por cento), a partir do terceiro ano;
II – no caso dos impostos e transferências constantes dos incisos I e III do 
caput do art. 155; do inciso II do caput do art. 157; e dos incisos II e III do caput 
do art. 158 da Constituição Federal:
 a) 6,66% (seis inteiros e sessenta e seis centésimos por cento), no primeiro 
ano;
 b) 13,33% (treze inteiros e trinta e três centésimos por cento), no segundo 
ano;
 c) 20% (vinte por cento), a partir do terceiro ano.
§ 6º (Revogado.)
§ 7º (Revogado.)
[...]
Art. 101. Os estados, o Distrito Federal e os municípios que, em 25 de março 
de 2015, estiverem em mora com o pagamento de seus precatórios quitarão 
até 31 de dezembro de 2020 seus débitos vencidos e os que vencerão dentro 
desse período, depositando, mensalmente, em conta especial do tribunal de 
justiça local, sob única e exclusiva administração desse, 1/12 (um doze avos) 
28 Emenda Constitucional nº 53, de 19-12-2006.
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Legislação22
do valor calculado percentualmente sobre as respectivas receitas corren-
tes líquidas, apuradas no segundo mês anterior ao mês de pagamento, em 
percentual suficiente para a quitação de seus débitos e, ainda que variável, 
nunca inferior, em cada exercício, à média do comprometimento percentual 
da receita corrente líquida no período de 2012a 2014, em conformidade com 
plano de pagamento a ser anualmente apresentado ao tribunal de justiça local.
§ 1º Entende-se como receita corrente líquida, para os fins de que trata este 
artigo, o somatório das receitas tributárias, patrimoniais, industriais, agro-
pecuárias, de contribuições e de serviços, de transferências correntes e outras 
receitas correntes, incluindo as oriundas do § 1º do art. 20 da Constituição 
Federal, verificado no período compreendido pelo segundo mês imediata-
mente anterior ao de referência e os 11 (onze) meses precedentes, excluídas 
as duplicidades, e deduzidas:
I – nos estados, as parcelas entregues aos municípios por determinação 
constitucional;
II – nos estados, no Distrito Federal e nos municípios, a contribuição dos 
servidores para custeio de seu sistema de previdência e assistência social e as 
receitas provenientes da compensação financeira referida no § 9º do art. 201 
da Constituição Federal.
§ 2º O débito de precatórios poderá ser pago mediante a utilização de recursos 
orçamentários próprios e dos seguintes instrumentos:
I – até 75% (setenta e cinco por cento) do montante dos depósitos judiciais e 
dos depósitos administrativos em dinheiro referentes a processos judiciais ou 
administrativos, tributários ou não tributários, nos quais o estado, o Distrito 
Federal ou os municípios, ou suas autarquias, fundações e empresas estatais 
dependentes, sejam parte;
II – até 20% (vinte por cento) dos demais depósitos judiciais da localidade, 
sob jurisdição do respectivo tribunal de justiça, excetuados os destinados à 
quitação de créditos de natureza alimentícia, mediante instituição de fundo 
garantidor composto pela parcela restante dos depósitos judiciais, destinando-se:
 a) no caso do Distrito Federal, 100% (cem por cento) desses recursos ao 
próprio Distrito Federal;
 b) no caso dos estados, 50% (cinquenta por cento) desses recursos ao 
próprio estado e 50% (cinquenta por cento) a seus municípios;
III – contratação de empréstimo, excetuado dos limites de endividamento 
de que tratam os incisos VI e VII do art. 52 da Constituição Federal e de 
quaisquer outros limites de endividamento previstos, não se aplicando a 
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esse empréstimo a vedação de vinculação de receita prevista no inciso IV do 
art. 167 da Constituição Federal.
[...]
Art. 105. Enquanto viger o regime de pagamento de precatórios previsto no 
art. 101 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, é facultada 
aos credores de precatórios, próprios ou de terceiros, a compensação com 
débitos de natureza tributária ou de outra natureza que até 25 de março de 
2015 tenham sido inscritos na dívida ativa dos estados, do Distrito Federal 
ou dos municípios, observados os requisitos definidos em lei própria do ente 
federado.
Parágrafo único. Não se aplica às compensações referidas no caput deste ar-
tigo qualquer tipo de vinculação, como as transferências a outros entes e as 
destinadas à educação, à saúde e a outras finalidades.
[...]
LEIS
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LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 199629
(Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional)
Estabelece as diretrizes e bases da edu-
cação nacional.
O presidente da República
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
TÍTULO I 
DA EDUCAÇÃO
Art. 1º A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na 
vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino 
e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas 
manifestações culturais.
§ 1º Esta lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve, predominante-
mente, por meio do ensino, em instituições próprias.
§ 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática 
social.
TÍTULO II 
DOS PRINCÍPIOS E FINS DA EDUCAÇÃO NACIONAL
Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de 
liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno 
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e 
sua qualificação para o trabalho.
Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensa-
mento, a arte e o saber;
29 Publicada no Diário Oficial da União, Seção 1, de 23 de dezembro de 1996, p. 27833.
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Legislação28
III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
IV – respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V – coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII – valorização do profissional da educação escolar;
VIII – gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da legislação 
dos sistemas de ensino;
IX – garantia de padrão de qualidade;
X – valorização da experiência extraescolar;
XI – vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais;
30XII − consideração com a diversidade étnico-racial.
TÍTULO III 
DO DIREITO À EDUCAÇÃO E DO DEVER DE EDUCAR
Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado me-
diante a garantia de:
31I − educação básica obrigatória e gratuita dos quatro aos dezessete anos de 
idade, organizada da seguinte forma:
 32a) pré-escola;
 33b) ensino fundamental;
 34c) ensino médio;
35II − educação infantil gratuita às crianças de até cinco anos de idade;
36III − atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com 
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou 
superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferen-
cialmente na rede regular de ensino;
37IV − acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e médio para todos 
os que não os concluíram na idade própria;
V – acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação ar-
tística, segundo a capacidade de cada um;
30 Inciso acrescido pela Lei nº 12.796, de 4-4-2013.
31 Inciso com redação dada pela Lei nº 12.796, de 4-4-2013.
32 Alínea acrescida pela Lei nº 12.796, de 4-4-2013.
33 Idem.
34 Idem.
35 Inciso com redação dada pela Lei nº 12.796, de 4-4-2013.
36 Idem.
37 Idem.
Legislação brasileira sobre educação
4ª edição 29
VI – oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
VII – oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com carac-
terísticas e modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, 
garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e perma-
nência na escola;
38VIII − atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por 
meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, 
alimentação e assistência à saúde;
IX – padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e 
quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvi-
mento do processo de ensino-aprendizagem.
39X – vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino fundamental 
mais próxima de sua residência a toda criança a partir do dia em que com-
pletar quatro anos de idade.
40Art. 5º O acesso à educação básica obrigatória é direito público subjetivo, 
podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, orga-
nização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída e, ainda, 
o Ministério Público, acionar o poder público para exigi-lo.
41§ 1º O poder público, na esfera de sua competência federativa, deverá:
42I − recensear anualmente as crianças e adolescentes em idade escolar, bem 
como os jovens e adultos que não concluíram a educação básica;
II – fazer-lhes a chamada pública;
III – zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola.
§ 2º Em todas as esferas administrativas,o poder público assegurará em 
primeiro lugar o acesso ao ensino obrigatório, nos termos deste artigo, con-
templando em seguida os demais níveis e modalidades de ensino, conforme 
as prioridades constitucionais e legais.
§ 3º Qualquer das partes mencionadas no caput deste artigo tem legitimidade 
para peticionar no Poder Judiciário, na hipótese do § 2º do art. 208 da Consti-
tuição Federal, sendo gratuita e de rito sumário a ação judicial correspondente.
38 Inciso com redação dada pela Lei nº 12.796, de 4-4-2013.
39 Inciso acrescido pela Lei nº 11.700, de 13-6-2008. 
40 Caput com redação dada pela Lei nº 12.796, de 4-4-2013.
41 Parágrafo com redação dada pela Lei nº 12.796, de 4-4-2013.
42 Inciso com redação dada pela Lei nº 12.796, de 4-4-2013.
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Legislação30
§ 4º Comprovada a negligência da autoridade competente para garantir o 
oferecimento do ensino obrigatório, poderá ela ser imputada por crime de 
responsabilidade.
§ 5º Para garantir o cumprimento da obrigatoriedade de ensino, o poder 
público criará formas alternativas de acesso aos diferentes níveis de ensino, 
independentemente da escolarização anterior.
43Art. 6º É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças 
na educação básica a partir dos quatro anos de idade.
Art. 7º O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições:
I – cumprimento das normas gerais da educação nacional e do respectivo 
sistema de ensino;
II – autorização de funcionamento e avaliação de qualidade pelo poder público;
III – capacidade de autofinanciamento, ressalvado o previsto no art. 213 da 
Constituição Federal.
TÍTULO IV 
DA ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO NACIONAL
Art. 8º A União, os estados, o Distrito Federal e os municípios organizarão, 
em regime de colaboração, os respectivos sistemas de ensino.
§ 1º Caberá à União a coordenação da política nacional de educação, articulando 
os diferentes níveis e sistemas e exercendo função normativa, redistributiva 
e supletiva em relação às demais instâncias educacionais.
§ 2º Os sistemas de ensino terão liberdade de organização nos termos desta lei.
Art. 9º A União incumbir-se-á de:
I – elaborar o Plano Nacional de Educação, em colaboração com os estados, 
o Distrito Federal e os municípios;
II – organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais do sis-
tema federal de ensino e o dos territórios;
III – prestar assistência técnica e financeira aos estados, ao Distrito Federal 
e aos municípios para o desenvolvimento de seus sistemas de ensino e o 
atendimento prioritário à escolaridade obrigatória, exercendo sua função 
redistributiva e supletiva;
IV – estabelecer, em colaboração com os estados, o Distrito Federal e os 
municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino 
43 Artigo com redação dada pela Lei nº 12.796, de 4-4-2013.
Legislação brasileira sobre educação
4ª edição 31
fundamental e o ensino médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos 
mínimos, de modo a assegurar formação básica comum;
44IV-A – estabelecer, em colaboração com os estados, o Distrito Federal e os 
municípios, diretrizes e procedimentos para identificação, cadastramento e 
atendimento, na educação básica e na educação superior, de alunos com altas 
habilidades ou superdotação;
V – coletar, analisar e disseminar informações sobre a educação;
VI – assegurar processo nacional de avaliação do rendimento escolar no ensino 
fundamental, médio e superior, em colaboração com os sistemas de ensino, 
objetivando a definição de prioridades e a melhoria da qualidade do ensino;
VII – baixar normas gerais sobre cursos de graduação e pós-graduação;
VIII – assegurar processo nacional de avaliação das instituições de educação 
superior, com a cooperação dos sistemas que tiverem responsabilidade sobre 
este nível de ensino;
45IX – autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectiva-
mente, os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos 
do seu sistema de ensino.
§ 1º Na estrutura educacional, haverá um Conselho Nacional de Educação, com 
funções normativas e de supervisão e atividade permanente, criado por lei.
§ 2º Para o cumprimento do disposto nos incisos V a IX, a União terá acesso 
a todos os dados e informações necessários de todos os estabelecimentos e 
órgãos educacionais.
§ 3º As atribuições constantes do inciso IX poderão ser delegadas aos estados 
e ao Distrito Federal, desde que mantenham instituições de educação superior.
Art. 10. Os estados incumbir-se-ão de:
I – organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus 
sistemas de ensino;
II – definir, com os municípios, formas de colaboração na oferta do ensi-
no fundamental, as quais devem assegurar a distribuição proporcional das 
responsabilidades, de acordo com a população a ser atendida e os recursos 
financeiros disponíveis em cada uma dessas esferas do poder público;
44 Inciso acrescido pela Lei nº 13.234, de 29-12-2015.
45 A Lei nº 10.870, de 19-5-2004, instituiu Taxa de Avaliação in loco, em favor do Instituto Nacional de 
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), pelas avaliações periódicas que realizar, 
quando formulada solicitação de credenciamento ou renovação de credenciamento de instituição de 
educação superior e solicitação de autorização, reconhecimento ou renovação de reconhecimento 
de cursos de graduação.
Série
Legislação32
III – elaborar e executar políticas e planos educacionais, em consonância com 
as diretrizes e planos nacionais de educação, integrando e coordenando as 
suas ações e as dos seus municípios;
IV – autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectiva-
mente, os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos 
do seu sistema de ensino;
V – baixar normas complementares para o seu sistema de ensino;
46VI – assegurar o ensino fundamental e oferecer, com prioridade, o ensino 
médio a todos que o demandarem, respeitado o disposto no art. 38 desta lei;
47VII – assumir o transporte escolar dos alunos da rede estadual.
Parágrafo único. Ao Distrito Federal aplicar-se-ão as competências referentes 
aos estados e aos municípios.
Art. 11. Os municípios incumbir-se-ão de:
I – organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus 
sistemas de ensino, integrando-os às políticas e planos educacionais da União 
e dos estados;
II – exercer ação redistributiva em relação às suas escolas;
III – baixar normas complementares para o seu sistema de ensino;
IV – autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu sistema 
de ensino;
V – oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e, com prioridade, 
o ensino fundamental, permitida a atuação em outros níveis de ensino so-
mente quando estiverem atendidas plenamente as necessidades de sua área 
de competência e com recursos acima dos percentuais mínimos vinculados 
pela Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento do ensino.
48VI – assumir o transporte escolar dos alunos da rede municipal.
Parágrafo único. Os municípios poderão optar, ainda, por se integrar ao sistema 
estadual de ensino ou compor com ele um sistema único de educação básica.
Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as 
do seu sistema de ensino, terão a incumbência de:
I – elaborar e executar sua proposta pedagógica;
II – administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;
III – assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas;
46 Inciso com redação dada pela Lei nº 12.061, de 27-10-2009.
47 Inciso acrescido pela Lei nº 10.709, de 31-7-2003.
48 Idem.
Legislação brasileira sobre educação
4ª edição 33
IV – velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;
V – prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento;
VI – articular-se com as famílias e a comunidade, criando processosde in-
tegração da sociedade com a escola;
49VII – informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o 
caso, os responsáveis legais, sobre a frequência e rendimento dos alunos, bem 
como sobre a execução da proposta pedagógica da escola.
50VIII – notificar ao conselho tutelar do município, ao juiz competente da 
Comarca e ao respectivo representante do Ministério Público a relação dos 
alunos que apresentem quantidade de faltas acima de cinquenta por cento 
do percentual permitido em lei.
Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de:
I – participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de 
ensino;
II – elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica 
do estabelecimento de ensino;
III – zelar pela aprendizagem dos alunos;
IV – estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento;
V – ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar 
integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao de-
senvolvimento profissional;
VI – colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e 
a comunidade.
Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática 
do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades 
e conforme os seguintes princípios:
I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pe-
dagógico da escola;
II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou 
equivalentes.
Art. 15. Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de 
educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica 
49 Inciso com redação dada pela Lei nº 12.013, de 6-8-2009.
50 Inciso acrescido pela Lei nº 10.287, de 10-9-2001.
Série
Legislação34
e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de 
direito financeiro público.
Art. 16. O sistema federal de ensino compreende:
I – as instituições de ensino mantidas pela União;
II – as instituições de educação superior criadas e mantidas pela iniciativa 
privada;
III – os órgãos federais de educação.
Art. 17. Os sistemas de ensino dos estados e do Distrito Federal compreendem:
I – as instituições de ensino mantidas, respectivamente, pelo poder público 
estadual e pelo Distrito Federal;
II – as instituições de educação superior mantidas pelo poder público municipal;
III – as instituições de ensino fundamental e médio criadas e mantidas pela 
iniciativa privada;
IV – os órgãos de educação estaduais e do Distrito Federal, respectivamente.
Parágrafo único. No Distrito Federal, as instituições de educação infantil, 
criadas e mantidas pela iniciativa privada, integram seu sistema de ensino.
Art. 18. Os sistemas municipais de ensino compreendem:
I – as instituições do ensino fundamental, médio e de educação infantil 
mantidas pelo poder público municipal;
II – as instituições de educação infantil criadas e mantidas pela iniciativa 
privada;
III – os órgãos municipais de educação.
Art. 19. As instituições de ensino dos diferentes níveis classificam-se nas 
seguintes categorias administrativas:
I – públicas, assim entendidas as criadas ou incorporadas, mantidas e admi-
nistradas pelo poder público;
II – privadas, assim entendidas as mantidas e administradas por pessoas 
físicas ou jurídicas de direito privado.
Art. 20. As instituições privadas de ensino se enquadrarão nas seguintes 
categorias:
I – particulares em sentido estrito, assim entendidas as que são instituídas 
e mantidas por uma ou mais pessoas físicas ou jurídicas de direito privado 
que não apresentem as características dos incisos abaixo;
Legislação brasileira sobre educação
4ª edição 35
51II – comunitárias, assim entendidas as que são instituídas por grupos de 
pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas, inclusive cooperativas 
educacionais, sem fins lucrativos, que incluam na sua entidade mantenedora 
representantes da comunidade;
III – confessionais, assim entendidas as que são instituídas por grupos de 
pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas que atendem a orien-
tação confessional e ideologia específicas e ao disposto no inciso anterior;
IV – filantrópicas, na forma da lei.
TÍTULO V 
DOS NÍVEIS E DAS MODALIDADES DE EDUCAÇÃO E ENSINO
CAPÍTULO I 
DA COMPOSIÇÃO DOS NÍVEIS ESCOLARES
Art. 21. A educação escolar compõe-se de:
I – educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e 
ensino médio;
II – educação superior.
CAPÍTULO II 
DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Seção I 
Das Disposições Gerais
Art. 22. A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, 
 assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania 
e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.
Art. 23. A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos 
semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não 
seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por 
forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de apren-
dizagem assim o recomendar.
51 Inciso com redação dada pela Lei nº 12.020, de 27-8-2009.
Série
Legislação36
§ 1º A escola poderá reclassificar os alunos, inclusive quando se tratar de 
transferências entre estabelecimentos situados no País e no exterior, tendo 
como base as normas curriculares gerais.
§ 2º O calendário escolar deverá adequar-se às peculiaridades locais, inclusive 
climáticas e econômicas, a critério do respectivo sistema de ensino, sem com 
isso reduzir o número de horas letivas previsto nesta lei.
Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada 
de acordo com as seguintes regras comuns:
52I – a carga horária mínima anual será de oitocentas horas para o ensino 
fundamental e para o ensino médio, distribuídas por um mínimo de duzen-
tos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames 
finais, quando houver;
II – a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a primeira do ensino 
fundamental, pode ser feita:
 a) por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a 
série ou fase anterior, na própria escola;
 b) por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas;
 c) independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação 
feita pela escola, que defina o grau de desenvolvimento e experiência 
do candidato e permita sua inscrição na série ou etapa adequada, 
conforme regulamentação do respectivo sistema de ensino;
III – nos estabelecimentos que adotam a progressão regular por série, o regi-
mento escolar pode admitir formas de progressão parcial, desde que preser-
vada a sequência do currículo, observadas as normas do respectivo sistema 
de ensino;
IV – poderão organizar-se classes, ou turmas, com alunos de séries distintas, 
com níveis equivalentes de adiantamento na matéria, para o ensino de línguas 
estrangeiras, artes, ou outros componentes curriculares;
V – a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:
 a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com 
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos 
resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais;
 b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar;
 c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação 
do aprendizado;
52 Inciso com redação dada pela Lei nº 13.415, de 16-2-2017.
Legislação brasileira sobre educação
4ª edição 37
 d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;
 e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos 
ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem 
disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos;
VI – o controle de frequência fica a cargo da escola, conforme odisposto no seu 
regimento e nas normas do respectivo sistema de ensino, exigida a frequência 
mínima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas para aprovação;
VII – cabe a cada instituição de ensino expedir históricos escolares, declara-
ções de conclusão de série e diplomas ou certificados de conclusão de cursos, 
com as especificações cabíveis.
53§ 1º A carga horária mínima anual de que trata o inciso I do caput deverá 
ser ampliada de forma progressiva, no ensino médio, para mil e quatrocentas 
horas, devendo os sistemas de ensino oferecer, no prazo máximo de cinco anos, 
pelo menos mil horas anuais de carga horária, a partir de 2 de março de 2017.
54§ 2º Os sistemas de ensino disporão sobre a oferta de educação de jovens 
e adultos e de ensino noturno regular, adequado às condições do educando, 
conforme o inciso VI do art. 4º.
Art. 25. Será objetivo permanente das autoridades responsáveis alcançar 
relação adequada entre o número de alunos e o professor, a carga horária e 
as condições materiais do estabelecimento.
Parágrafo único. Cabe ao respectivo sistema de ensino, à vista das condições 
disponíveis e das características regionais e locais, estabelecer parâmetro 
para atendimento do disposto neste artigo.
55Art. 26. Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do 
ensino médio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em 
cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte 
diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, 
da cultura, da economia e dos educandos.
§ 1º Os currículos a que se refere o caput devem abranger, obrigatoriamente, 
o estudo da língua portuguesa e da matemática, o conhecimento do mundo 
físico e natural e da realidade social e política, especialmente do Brasil.
53 Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.415, de 16-2-2017.
54 Idem.
55 Caput com redação dada pela Lei nº 12.796, de 4-4-2013.
Série
Legislação38
56§ 2º O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais, consti-
tuirá componente curricular obrigatório da educação básica.
57§ 3º A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é compo-
nente curricular obrigatório da educação básica, sendo sua prática facultativa 
ao aluno:
I – que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas;
II – maior de trinta anos de idade;
III – que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar, 
estiver obrigado à prática da educação física;
IV – amparado pelo Decreto-Lei nº 1.044, de 21 de outubro de 1969;
58V – (vetado);
VI – que tenha prole.
§ 4º O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das di-
ferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente 
das matrizes indígena, africana e europeia.
59§ 5º No currículo do ensino fundamental, a partir do sexto ano, será ofer-
tada a língua inglesa.
60§ 6º As artes visuais, a dança, a música e o teatro são as linguagens que 
constituirão o componente curricular de que trata o § 2º deste artigo.
61§ 7º A integralização curricular poderá incluir, a critério dos sistemas de 
ensino, projetos e pesquisas envolvendo os temas transversais de que trata 
o caput.
62§ 8º A exibição de filmes de produção nacional constituirá componente 
curricular complementar integrado à proposta pedagógica da escola, sendo 
a sua exibição obrigatória por, no mínimo, duas horas mensais.
63§ 9º Conteúdos relativos aos direitos humanos e à prevenção de todas as 
formas de violência contra a criança e o adolescente serão incluídos, como 
temas transversais, nos currículos escolares de que trata o caput deste ar-
tigo, tendo como diretriz a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da 
56 Parágrafo com redação dada pela Lei nº 13.415, de 16-2-2017.
57 Parágrafo com redação dada pela Lei nº 10.793, de 1-12-2003.
58 Inciso proposto e vetado no projeto que foi transformado na Lei nº 10.793, de 1-12-2003.
59 Parágrafo com redação dada pela Lei nº 13.415, de 16-2-2017.
60 Parágrafo acrescido pela Lei nº 11.769, de 18-8-2008, e com redação dada pela Lei nº 13.278, de 
2-5-2016. 
61 Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.608, de 10-4-2012, e com redação dada pela Lei nº 13.415, de 
16-2-2017.
62 Parágrafo com redação dada pela Lei nº 13.006, de 26-6-2014.
63 Idem.
Legislação brasileira sobre educação
4ª edição 39
Criança e do Adolescente), observada a produção e distribuição de material 
didático adequado.
64§ 10. A inclusão de novos componentes curriculares de caráter obrigatório 
na Base Nacional Comum Curricular dependerá de aprovação do Conselho 
Nacional de Educação e de homologação pelo ministro de Estado da Educação.
65Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino mé-
dio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura 
afro-brasileira e indígena.
§ 1º O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos 
aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população 
brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história 
da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a 
cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da socie-
dade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica 
e política, pertinentes à história do Brasil.
§ 2º Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos 
indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, 
em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.
Art. 27. Os conteúdos curriculares da educação básica observarão, ainda, as 
seguintes diretrizes:
I – a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres 
dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática;
II – consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada 
estabelecimento;
III – orientação para o trabalho;
IV – promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não 
formais.
Art. 28. Na oferta de educação básica para a população rural, os sistemas de 
ensino promoverão as adaptações necessárias à sua adequação às peculiari-
dades da vida rural e de cada região, especialmente:
I – conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades 
e interesses dos alunos da zona rural;
64 Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.415, de 16-2-2017.
65 Artigo acrescido pela Lei nº 10.639, de 9-1-2003, e com redação dada pela Lei nº 11.645, de 10-3-2008.
Série
Legislação40
II – organização escolar própria, incluindo adequação do calendário escolar 
às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas;
III – adequação à natureza do trabalho na zona rural.
66Parágrafo único. O fechamento de escolas do campo, indígenas e quilombo-
las será precedido de manifestação do órgão normativo do respectivo siste-
ma de ensino, que considerará a justificativa apresentada pela Secretaria de 
Educação, a análise do diagnóstico do impacto da ação e a manifestação da 
comunidade escolar.
Seção II 
Da Educação Infantil
67Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como 
finalidade o desenvolvimento integral da criança de até cinco anos, em seus 
aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da 
família e da comunidade.
Art. 30. A educação infantil será oferecida em:
I – creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade;
68II − pré-escolas, para as crianças de quatro a cinco anos de idade.
69Art. 31. A educação infantil será organizada de acordo com as seguintes 
regras comuns:
70I − avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento 
das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino 
fundamental;
71II − carga horária mínima anual de oitocentas horas, distribuída porum 
mínimo de duzentos dias de trabalho educacional;
72III − atendimento à criança de, no mínimo, quatro horas diárias para o turno 
parcial e de sete horas para a jornada integral;
73IV − controle de frequência pela instituição de educação pré-escolar, exigida 
a frequência mínima de sessenta por cento do total de horas;
66 Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.960, de 27-3-2014.
67 Caput com redação dada pela Lei nº 12.796, de 4-4-2013.
68 Inciso com redação dada pela Lei nº 12.796, de 4-4-2013.
69 Caput com redação dada pela Lei nº 12.796, de 4-4-2013.
70 Inciso acrescido pela Lei nº 12.796, de 4-4-2013.
71 Idem.
72 Idem.
73 Idem.
Legislação brasileira sobre educação
4ª edição 41
74V − expedição de documentação que permita atestar os processos de desen-
volvimento e aprendizagem da criança.
Seção III 
Do Ensino Fundamental
75Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração de nove anos, gra-
tuito na escola pública, iniciando-se aos seis anos de idade, terá por objetivo 
a formação básica do cidadão, mediante:
I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos 
o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II – a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tec-
nologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III – o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a 
aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV – o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade 
humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
§ 1º É facultado aos sistemas de ensino desdobrar o ensino fundamental em 
ciclos.
§ 2º Os estabelecimentos que utilizam progressão regular por série podem 
adotar no ensino fundamental o regime de progressão continuada, sem prejuízo 
da avaliação do processo de ensino-aprendizagem, observadas as normas do 
respectivo sistema de ensino.
§ 3º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, 
assegurada às comunidades indígenas a utilização de suas línguas maternas 
e processos próprios de aprendizagem.
§ 4º O ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utili-
zado como complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais.
76§ 5º O currículo do ensino fundamental incluirá, obrigatoriamente, conteúdo 
que trate dos direitos das crianças e dos adolescentes, tendo como diretriz a 
Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que institui o Estatuto da Criança e do 
Adolescente, observada a produção e distribuição de material didático adequado.
77§ 6º O estudo sobre os símbolos nacionais será incluído como tema trans-
versal nos currículos do ensino fundamental.
74 Inciso acrescido pela Lei nº 12.796, de 4-4-2013.
75 Caput com redação dada pela Lei nº 11.274, de 7-2-2006.
76 Parágrafo acrescido pela Lei nº 11.525, de 25-9-2007.
77 Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.472, de 1-9-2011.
Série
Legislação42
78Art. 33. O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da 
formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das 
escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade 
cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo.
§ 1º Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição 
dos conteúdos do ensino religioso e estabelecerão as normas para a habilitação 
e admissão dos professores.
§ 2º Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes 
denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do ensino religioso.
Art. 34. A jornada escolar no ensino fundamental incluirá pelo menos quatro 
horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo progressivamente ampliado 
o período de permanência na escola.
§ 1º São ressalvados os casos do ensino noturno e das formas alternativas de 
organização autorizadas nesta lei.
§  2º O ensino fundamental será ministrado progressivamente em tempo 
integral, a critério dos sistemas de ensino.
Seção IV 
Do Ensino Médio
Art. 35. O ensino médio, etapa final da educação básica, com duração mínima 
de três anos, terá como finalidades:
I – a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no 
ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
II – a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para 
continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade 
a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
III – o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação 
ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;
IV – a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos 
produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.
79Art. 35-A. A Base Nacional Comum Curricular definirá direitos e obje-
tivos de aprendizagem do ensino médio, conforme diretrizes do Conselho 
Nacional de Educação, nas seguintes áreas do conhecimento:
78 Artigo com redação dada pela Lei nº 9.475, de 27-7-1997.
79 Artigo acrescido pela Lei nº 13.415, de 16-02-2017.
Legislação brasileira sobre educação
4ª edição 43
I – linguagens e suas tecnologias;
II – matemática e suas tecnologias;
III – ciências da natureza e suas tecnologias;
IV – ciências humanas e sociais aplicadas.
§ 1º A parte diversificada dos currículos de que trata o caput do art. 26, defi-
nida em cada sistema de ensino, deverá estar harmonizada à Base Nacional 
Comum Curricular e ser articulada a partir do contexto histórico, econômico, 
social, ambiental e cultural.
§ 2º A Base Nacional Comum Curricular referente ao ensino médio incluirá 
obrigatoriamente estudos e práticas de educação física, arte, sociologia e 
filosofia.
§ 3º O ensino da língua portuguesa e da matemática será obrigatório nos 
três anos do ensino médio, assegurada às comunidades indígenas, também, 
a utilização das respectivas línguas maternas.
§ 4º Os currículos do ensino médio incluirão, obrigatoriamente, o estudo 
da língua inglesa e poderão ofertar outras línguas estrangeiras, em caráter 
optativo, preferencialmente o espanhol, de acordo com a disponibilidade de 
oferta, locais e horários definidos pelos sistemas de ensino.
§ 5º A carga horária destinada ao cumprimento da Base Nacional Comum 
Curricular não poderá ser superior a mil e oitocentas horas do total da carga 
horária do ensino médio, de acordo com a definição dos sistemas de ensino.
§ 6º A União estabelecerá os padrões de desempenho esperados para o ensino 
médio, que serão referência nos processos nacionais de avaliação, a partir da 
Base Nacional Comum Curricular.
§ 7º Os currículos do ensino médio deverão considerar a formação integral 
do aluno, de maneira a adotar um trabalho voltado para a construção de 
seu projeto de vida e para sua formação nos aspectos físicos, cognitivos e 
socioemocionais.
§ 8º Os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação processual e for-
mativa serão organizados nas redes de ensino por meio de atividades teóricas 
e práticas, provas orais e escritas, seminários, projetos e atividades on-line, de 
tal forma que ao final do ensino médio o educando demonstre:
I – domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção 
moderna;
II – conhecimento das formas contemporâneas de linguagem.
Série
Legislação44
80Art. 36. O currículo do ensino médio será composto pela Base Nacional 
Comum Curricular e por itinerários formativos, que deverão ser organizados 
por meio da oferta de diferentes arranjos curriculares, conforme a relevância 
para o contexto local e a possibilidade dos sistemas de ensino, a saber:
81I – linguagens e suas tecnologias;
82II – matemática e suas tecnologias;
83III – ciências da natureza e suas tecnologias;
84IV – ciências humanas e sociais aplicadas;
85V – formação técnica e profissional.
86§1º A organização das áreas de que trata o caput e das respectivas com-
petências e habilidades será feita de acordo com critérios estabelecidos em 
cada sistema de ensino.
87I – (revogado);
88II – (revogado);
89III – (revogado).
90§ 2º (Revogado.)
91§ 3º A critério dos sistemas de ensino, poderá ser composto itinerário for-
mativo integrado, que se traduz na composição de componentes curriculares 
da Base Nacional Comum Curricular – BNCC e dos itinerários formativos, 
considerando os incisos I a V do caput.
92§ 4º (Revogado.)
93§ 5º Os sistemas de ensino, mediante disponibilidade de vagas na rede, 
possibilitarão ao aluno concluinte do ensino médio cursar mais um itinerário 
formativo de que trata o caput.
80 Caput com redação dada pela Lei nº 13.415, de 16-2-2017.
81 Inciso com redação dada pela Lei nº 13.415, de 16-2-2017.
82 Idem.
83 Idem.
84 Idem.
85 Inciso acrescido pela Lei nº 13.415, de 16-2-2017.
86 Parágrafo com redação dada pela Lei nº 13.415, de 16-2-2017.
87 Inciso revogado pela Lei nº 13.415, de 16-2-2017.
88 Idem.
89 Inciso revogado pela Lei nº 11.684, de 2-6-2008.
90 Parágrafo revogado pela Lei nº 11.741, de 16-7-2008.
91 Parágrafo com redação dada pela Lei nº 13.415, de 16-2-2017.
92 Parágrafo revogado pela Lei nº 11.741, de 16-7-2008.
93 Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.415, de 16-2-2017.
Legislação brasileira sobre educação
4ª edição 45
94§ 6º A critério dos sistemas de ensino, a oferta de formação com ênfase 
técnica e profissional considerará:
I – a inclusão de vivências práticas de trabalho no setor produtivo ou em am-
bientes de simulação, estabelecendo parcerias e fazendo uso, quando aplicável, 
de instrumentos estabelecidos pela legislação sobre aprendizagem profissional;
II – a possibilidade de concessão de certificados intermediários de qualifi-
cação para o trabalho, quando a formação for estruturada e organizada em 
etapas com terminalidade.
95§ 7º A oferta de formações experimentais relacionadas ao inciso V do caput, 
em áreas que não constem do Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos, de-
penderá, para sua continuidade, do reconhecimento pelo respectivo Conse-
lho Estadual de Educação, no prazo de três anos, e da inserção no Catálogo 
Nacional dos Cursos Técnicos, no prazo de cinco anos, contados da data de 
oferta inicial da formação.
96§ 8º A oferta de formação técnica e profissional a que se refere o inciso V 
do caput, realizada na própria instituição ou em parceria com outras insti-
tuições, deverá ser aprovada previamente pelo Conselho Estadual de Edu-
cação, homologada pelo Secretário Estadual de Educação e certificada pelos 
sistemas de ensino.
97§ 9º As instituições de ensino emitirão certificado com validade nacional, 
que habilitará o concluinte do ensino médio ao prosseguimento dos estudos 
em nível superior ou em outros cursos ou formações para os quais a conclusão 
do ensino médio seja etapa obrigatória.
98§ 10. Além das formas de organização previstas no art. 23, o ensino médio 
poderá ser organizado em módulos e adotar o sistema de créditos com ter-
minalidade específica.
99§ 11. Para efeito de cumprimento das exigências curriculares do ensino 
médio, os sistemas de ensino poderão reconhecer competências e firmar 
convênios com instituições de educação a distância com notório reconheci-
mento, mediante as seguintes formas de comprovação:
I – demonstração prática;
94 Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.415, de 16-2-2017.
95 Idem.
96 Idem.
97 Idem.
98 Idem.
99 Idem.
Série
Legislação46
II – experiência de trabalho supervisionado ou outra experiência adquirida 
fora do ambiente escolar;
III – atividades de educação técnica oferecidas em outras instituições de 
ensino credenciadas;
IV – cursos oferecidos por centros ou programas ocupacionais;
V – estudos realizados em instituições de ensino nacionais ou estrangeiras;
VI – cursos realizados por meio de educação a distância ou educação presen-
cial mediada por tecnologias.
100§ 12. As escolas deverão orientar os alunos no processo de escolha das áreas 
de conhecimento ou de atuação profissional previstas no caput.
101Seção IV-A 
Da Educação Profissional Técnica de Nível Médio
Art. 36-A. Sem prejuízo do disposto na Seção IV deste capítulo, o ensino 
médio, atendida a formação geral do educando, poderá prepará-lo para o 
exercício de profissões técnicas.
Parágrafo único. A preparação geral para o trabalho e, facultativamente, a 
habilitação profissional poderão ser desenvolvidas nos próprios estabeleci-
mentos de ensino médio ou em cooperação com instituições especializadas 
em educação profissional.
Art. 36-B. A educação profissional técnica de nível médio será desenvolvida 
nas seguintes formas:
I – articulada com o ensino médio;
II – subsequente, em cursos destinados a quem já tenha concluído o ensino 
médio.
Parágrafo único. A educação profissional técnica de nível médio deverá observar:
I – os objetivos e definições contidos nas diretrizes curriculares nacionais 
estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação;
II – as normas complementares dos respectivos sistemas de ensino;
III – as exigências de cada instituição de ensino, nos termos de seu projeto 
pedagógico.
Art. 36-C. A educação profissional técnica de nível médio articulada, pre-
vista no inciso I do caput do art. 36-B desta lei, será desenvolvida de forma:
100 Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.415, de 16-2-2017.
101 Seção acrescida pela Lei nº 11.741, de 16-7-2008.
Legislação brasileira sobre educação
4ª edição 47
I – integrada, oferecida somente a quem já tenha concluído o ensino fun-
damental, sendo o curso planejado de modo a conduzir o aluno à habilita-
ção profissional técnica de nível médio, na mesma instituição de ensino, 
efetuando-se matrícula única para cada aluno;
II – concomitante, oferecida a quem ingresse no ensino médio ou já o esteja 
cursando, efetuando-se matrículas distintas para cada curso, e podendo ocorrer:
 a) na mesma instituição de ensino, aproveitando-se as oportunidades 
educacionais disponíveis;
 b) em instituições de ensino distintas, aproveitando-se as oportunidades 
educacionais disponíveis;
 c) em instituições de ensino distintas, mediante convênios de intercom-
plementaridade, visando ao planejamento e ao desenvolvimento de 
projeto pedagógico unificado.
Art. 36-D. Os diplomas de cursos de educação profissional técnica de nível 
médio, quando registrados, terão validade nacional e habilitarão ao prosse-
guimento de estudos na educação superior.
Parágrafo único. Os cursos de educação profissional técnica de nível médio, 
nas formas articulada concomitante e subsequente, quando estruturados 
e organizados em etapas com terminalidade, possibilitarão a obtenção de 
certificados de qualificação para o trabalho após a conclusão, com aprovei-
tamento, de cada etapa que caracterize uma qualificação para o trabalho.
Seção V 
Da Educação de Jovens e Adultos
Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não ti-
veram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio 
na idade própria.
§ 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adul-
tos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades 
educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus 
interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames.
§ 2º O poder público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do 
trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si.
Série
Legislação48
102§ 3º A educação de jovens e adultos deverá articular-se, preferencialmente, 
com a educação profissional, na forma do regulamento.
Art. 38. Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que 
compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao prosse-
guimento de estudos em caráter regular.
§ 1º Os exames a que se refere

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