Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 1 Aula 5: Estratégia da saúde da família .......................................................................................... 2 ............................................................................................................................. 2 Introdução ................................................................................................................................ 3 Conteúdo A atenção básica da saúde no Brasil .............................................................................. 3 A estratégia da saúde da família ..................................................................................... 4 A execução da política de estratégia da saúde da família ......................................... 5 A atuação das equipes de saúde da família .................................................................. 5 A equipe de saúde ............................................................................................................. 6 O cirurgião dentista ......................................................................................................... 11 O acolhimento ................................................................................................................. 14 O cadastro das famílias ................................................................................................... 15 A visita domiciliar ............................................................................................................. 17 A Política Nacional de Humanização (HumanizaSUS) ............................................. 17 O cidadão no sistema de saúde do município .......................................................... 18 A sintetização da articulação entre as redes de saúde mental e atenção primária ............................................................................................................................................. 18 Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) .............................................................. 19 A Política Nacional de Saúde Mental do SUS ............................................................. 20 As principais razões para a integração de Saúde Mental na Atenção Primária ... 22 Apoio matricial da Saúde Mental na Atenção Básica ............................................... 22 O apoio matricial e suas dimensões ............................................................................ 23 Princípios comuns em Saúde Mental e Atenção Básica .......................................... 24 Atividade proposta .......................................................................................................... 27 ........................................................................................................................... 28 Referências ......................................................................................................... 30 Exercícios de fixação Chaves de resposta ..................................................................................................................... 36 ..................................................................................................................................... 36 Aula 5 Exercícios de fixação ....................................................................................................... 36 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 2 Introdução Esta aula elucida de maneira ampla o tema Estratégia da Saúde da Família, criada pelo Ministério da Saúde para apoiar e ampliar o escopo das ações na Atenção Básica, sendo considerada como um eixo estruturante do SUS, porta de entrada e local privilegiado para o desenvolvimento de ações e servidões de atenção básica à saúde. Ela também exemplifica a atenção à saúde mental na atenção básica como um exemplo de áreas temáticas estratégicas do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF). Objetivo: 1. Conhecer o programa de estratégia da saúde da família; 2. Exemplificar áreas temáticas estratégicas do NASF, sintetizando a articulação entre as redes de Saúde Mental e Atenção Primária. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 3 Conteúdo A atenção básica da saúde no Brasil A atenção básica da saúde é caracterizada pelo conjunto de ações de saúde, voltadas tanto para o âmbito individual e coletivo, que vem a agregar à promoção e à proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. Esse departamento é composto por cinco departamentos da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, são eles: • Acompanhamento e avaliação; • Alimentação e nutrição; • Gestão da atenção básica; • Hipertensão e diabetes; • Saúde bucal. Os princípios que fundamentam a Atenção Básica no Brasil são a Integralidade, Qualidade, Equidade e Participação Social, como já descrito na aula de Política Nacional de Saúde. A estratégia de Saúde da Família compõe parte das prioridades políticas geradas pelo Ministério de Saúde e aprovadas pelo CNS (Conselho Nacional de Saúde) consignados na legislação constitucional. A atenção básica é o primeiro e o mais frequente contato das pessoas com as redes de serviços de saúde, onde são realizadas as primeiras consultas. Os pacientes recebem orientação para que previnam-se de doenças e tenham um tratamento precoce e efetivo, evitando assim internações hospitalares desnecessárias. Ela é constituída de uma estratégia para mudança do modelo assistencial que é operacionalidade mediante a implantação de equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde. Essas equipes ficam responsáveis por um ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 4 acompanhamento de um número definido de famílias, localizadas em uma determinada área geográfica. O Ministério da Saúde implantou o Programa de Saúde da Família (PSF), em 1994, com ênfase em ações da prevenção e promoção de saúde, num propósito de reorganizar a prática de atenção à saúde em novas bases, levando as ações de saúde para mais perto das famílias, e melhorar a qualidade de vida da população. Atenção Um dos pontos mais fortes da estratégia Saúde da Família é a busca ativa: a equipe vai às casas das pessoas, vê de perto a realidade de cada família, toma providências para evitar as doenças, atua para curar os casos em que a doença já existe, dá orientação para garantir uma vida melhor, com saúde. A estratégia da saúde da família Em torno de 1997, houve uma reorganização no modelo de atenção e o PSF passou a ser conhecido como Estratégia Saúde da Família (ESF), sendo considerada como um eixo estruturante do SUS, porta de entrada e local privilegiado para o desenvolvimento de ações e servidões de saúde. A estratégia da saúde da família vem a superar o antigo conceito de focar-se na doença, desenvolvendo-se por meio de práticas gerenciais e sanitárias, democráticas e participativas, sob a forma de trabalho em equipes de saúde. Essa operacionalização é realizada pelo DAB (Departamento de Atenção Básica), vinculada à Secretaria de Atenção à Saúde, no Ministério de Saúde, com a missão de operacionalizar essa política no âmbito da gestão federal do Sistema Único de Saúde. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 5 A execução da política de estratégia da saúde da família A execução dessa política é compartilhada por estados, distrito federal e municípios. Essa secretaria ainda desenvolve mecanismos de implementação, organização, cooperação técnica e ações de atendimento básico tais como: Saúde bucal Diabetese hipertensão arterial Alimentação e nutrição Gestão e estratégia e avaliação e acompanhamento A atuação das equipes de saúde da família A atuação das equipes de saúde da família é considerada elemento chave para o funcionamento da estratégia no sentido de servir de ponte para comunicação e troca de experiências entre as equipes com um agente comunitário de saúde. Normalmente, as equipes são compostas por: • 1 médico de família; • 1 enfermeiro; • 1 técnico em enfermagem; • 6 agentes comunitários de saúde. E quando ampliada, pode contar com: • 1 dentista; • 1 auxiliar de consultório dentário; • 1 técnico em higiene dental. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 6 A equipe de saúde A e uipe de saúde tem um regime de trabalho de horas semanais atuando num módulo de saúde ue pode abrigar várias e uipes formadas por pessoas com histórias formaç es saberes e práticas diferentes. um con unto de pessoas que se encontram para produzir o cuidado de uma população. essa e uipe há sempre movimentos permanentes de articulação desarticulação nimo des nimo invenção resist ncia mudança crença descrença no seu trabalho pois a e uipe é viva está sempre em processo de mudança. O fato de um grupo trabalhar junto não constitui uma equipe, as pessoas devem aprender a trabalhar em equipe, ou seja, a equipe deve ser construída no dia a dia. Atenção É esperado que os profissionais de saúde sejam portadores de uma formação generalista, humanista, crítica e reflexiva, dessa forma, estando aptos a atuar sobre bases éticas, no processo de saúde em seus diferentes níveis de atenção, com ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação, e sempre no sentido da integridade da assistência, com responsabilidade social e compromisso com a cidadania. O médico da Saúde da Família não se limita apenas a atendimento curativo em função de problemas quaisquer; seu papel é proativo: atua na prevenção de doenças e na promoção de saúde comunitária. Seu olhar deve ser mais abrangente: deve compreender a visão impactante sobre o determinado problema na comunidade, além de prestar um cuidado centrado não na doença, mas, sim, na pessoa do paciente e no seu contexto familiar. É um profissional escasso para compor a equipe de saúde. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 7 Apesar de toda a dificuldade, milhares de médicos já aderiram a ESF no Brasil, e estão satisfeitos com a escolha. Conhecem as pessoas tratadas, sabem onde e como elas vivem, sentem-se responsáveis pela preservação da saúde da comunidade onde atuam. Segundo a Portaria (648-GM), suas atribuições são: I – Realizar assist ncia integral (promoção e proteção da saúde prevenção de agravos diagnóstico tratamento reabilitação e manutenção da saúde) aos indivíduos e famílias em todas as fases do desenvolvimento humano: inf ncia adolesc ncia idade adulta e terceira idade; II – Realizar consultas clínicas e procedimentos na USF e uando indicado ou necessário no domicílio e ou nos demais espaços comunitários (escolas associaç es etc.); III – Realizar atividades de demanda espont nea e programada em clínica médica pediatria gineco-obstetrícia cirurgias ambulatoriais pe uenas urg ncias clínico-cirúrgicas e procedimentos para fins de diagnósticos; IV – Encaminhar uando necessário usuários a serviços de média e alta complexidade respeitando fluxos de refer ncia e contrarrefer ncia locais mantendo sua responsabilidade pelo acompanhamento do plano terap utico do usuário proposto pela refer ncia; ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 8 IV – Indicar a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar mantendo a responsabilização pelo acompanhamento do usuário; VI – Contribuir e participar das atividades de Educação Permanente dos ACS, Auxiliares de Enfermagem, ACD e THD; VII – Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USF. Os enfermeiros acompanham e promovem a capacitação dos agentes comunitários de saúde (ACS) e auxiliares de enfermagem, são corresponsáveis pela administração da unidade e atuam na assistência; este último, um papel fundamental nas ESF, pois cabe a eles o acompanhamento e supervisão do trabalho, a educação permanente dos ACS e auxiliares de enfermagem, além de atuarem na assistência com ênfase na promoção da saúde. É descrito sua função, no anexo 1, como: I – Realizar assist ncia integral (promoção e proteção da saúde prevenção de agravos diagnóstico tratamento reabilitação e manutenção da saúde) aos indivíduos e famílias na USF e uando indicado ou necessário no domicílio e ou nos demais espaços comunitários (escolas associaç es etc.) em todas as fases do desenvolvimento humano: inf ncia adolesc ncia idade adulta e terceira idade; ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 9 II – Conforme protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor municipal ou do Distrito Federal observadas as disposiç es legais da profissão, realizar consulta de enfermagem, solicitar exames complementares e prescrever medicações; III – Planejar, gerenciar, coordenar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS; IV – Supervisionar coordenar e realizar atividades de educação permanente dos ACS e da equipe de enfermagem; V – Contribuir e participar das atividades de Educação Permanente do Auxiliar de Enfermagem Auxiliar de Consultório Dentário (ACD) e Técnico em Higiene Dental (THD); e VI – Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USF. Os técnicos e auxiliares de enfermagem preparam os usuários para consultas, exames e tratamentos, zelam pela limpeza dos equipamentos, e participam na investigação dos casos de tuberculose, hanseníase e outras doenças. A atividade do auxiliar de enfermagem é variada e fundamental nas equipes de estratégia de Saúde da Família, pois tem uma estreita ligação com médicos, enfermeiras e Agentes Comunitários de Saúde. Além disso, é o profissional que realiza visitas domiciliares e um dos maiores responsáveis pela promoção de educação nas unidades. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 10 O Agente Comunitário de Saúde (ACS) é um profissional muito importante na implementação e integração do Sistema Único de Saúde; seu trabalho tem como principal objetivo contribuir para a qualidade de vida das pessoas e da comunidade. Normalmente, trata-se de um membro da comunidade-alvo e, como tal, também usuário dos serviços públicos de saúde. Sua ação favorece a análise de problemas que alteram a qualidade de vida das famílias, como, por exemplo, aquelas associadas a situações de saneamento básico e de exclusão social; mas nem sempre é considerado membro efetivo da equipe de saúde por não possuir acesso a prontuários e informaç es e, também, por normalmente participar apenas das reuniões com os enfermeiros e não das reuniões com todos os profissionais. Cabe ao agente de saúde comunicar sempre a equipe de uma unidade de saúde quanto às situações encontradas; além disso, exercem as seguintes funções: Identificar áreas e situaç es de risco individuais e coletivos; Encaminhar as pessoas aos serviços de saúde sempre ue necessário; Orientar as pessoas de acordo com as instruç es da e uipe de saúde; Acompanhar a situação de saúde das pessoas para a udá-las a conseguir bons resultados. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 11 Entreas atribuiç es específicas dos ACS estabelecidas na Portaria nº 648, Anexo I (Brasil, 2006), consta o desenvolvimento de atividades classificadas como: promoção da saúde prevenção de doenças e agravos e vigil ncia saúde. Dentre as aç es citadas estão visitas domiciliares e aç es individuais e coletivas tanto em domicílios como na comunidade. Há um desta ue para a recomendação de ue o ACS mantenha a e uipe de saúde informada sobre as famílias principalmente a respeito da uelas em situação de risco. O cirurgião dentista O cirurgião dentista tem de entender o conceito de Saúde da Família, que não se limita a ver o indivíduo isoladamente. É preciso cuidar da boca, do corpo todo, da vida da pessoa em todos os seus aspectos. O Técnico de Saúde Bucal (TSB) e o Agente de Saúde Bucal (ASB) compõem a equipe de saúde bucal e realizam atividades necessárias à prestação de cuidados no âmbito da promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal. A Portaria 267, de 06/03/2001, que aprova as normas e diretrizes da saúde bucal no programa de saúde da família, na letra E, dispõe sobre as funções dos profissionais de saúde bucal. ATRIBUIÇÕES COMU S AOS PROFISSIO AIS DE SAÚDE BUCAL O PSF I. Participar do processo de plane amento acompanhamento e avaliação das aç es desenvolvidas no território de abrang ncia das unidades básicas de saúde da família; II. Identificar as necessidades e expectativas da população em relação saúde bucal; ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 12 III. Estimular e executar medidas de promoção da saúde atividades educativas e preventivas em saúde bucal; IV. Executar ações básicas de vigil ncia epidemiológica em sua área de abrang ncia; V. Organizar o processo de trabalho de acordo com as diretrizes do PSF e do plano de saúde municipal; VI. Sensibilizar as famílias para a importância da saúde bucal na manutenção do bem-estar físico e mental; VII. Programar e realizar visitas domiciliares de acordo com as necessidades identificadas; VIII. Desenvolver ações intersetoriais para a promoção da saúde bucal. ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS DO CIRURGIÃO-DENTISTA (CD) I. Realizar exame clínico com a finalidade de conhecer a realidade epidemiológica de saúde bucal da comunidade; II. Realizar os procedimentos clínicos definidos na orma Operacional Básica do Sistema Único de Saúde – OB SUS 96 – e na orma Operacional da Assist ncia Saúde ( OAS); III. Assegurar a integralidade do tratamento no mbito da atenção básica para a população adscrita; IV. Encaminhar e orientar os usuários ue apresentarem problemas mais complexos a outros níveis de especialização assegurando, assim, o seu retorno e acompanhamento inclusive para fins de complementação do tratamento; V. Realizar atendimentos de primeiros cuidados nas urg ncias; VI. Realizar pequenas cirurgias ambulatoriais; VII. Prescrever medicamentos e outras orientaç es na conformidade dos diagnósticos efetuados; VIII. Emitir laudos pareceres e atestados sobre assuntos de sua compet ncia; IX. Executar as ações de assist ncia integral aliando a atuação clínica de saúde coletiva assistindo famílias indivíduos ou grupos específicos de acordo com plano de prioridades locais; ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 13 X. Coordenar ações coletivas voltadas promoção e prevenção em saúde bucal; XI. Programar e supervisionar o fornecimento de insumos para aç es coletivas; XII. Supervisionar o trabalho desenvolvido pelo THD e o ACD; XIII. Capacitar as e uipes de saúde da família no ue se refere s aç es educativas e preventivas em saúde bucal; XIV. Registrar na Ficha D – Saúde Bucal do Sistema de Informação da Atenção Básica – Siab – todos os procedimentos realizados. ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS DO T C ICO EM HIGIE E DE TAL (THD) I. Realizar sob a supervisão do cirurgião dentista procedimentos preventivos nos usuários para o atendimento clínico como escovação supervisionada evidenciação de placa bacteriana aplicação tópica de flúor selantes raspagem alisamento e polimento; II. Realizar procedimentos reversíveis em atividades restauradoras sob supervisão do cirurgião dentista. III. Auxiliar o cirurgião-dentista (trabalho a uatro mãos); IV. Realizar procedimentos coletivos, como escovação supervisionada evidenciação de placa bacteriana e bochechos fluorados na Unidade Básica de Saúde da Família e espaços sociais identificados; V. Cuidar da manutenção e conservação dos e uipamentos odontológicos; VI. Acompanhar e apoiar o desenvolvimento dos trabalhos da e uipe de saúde da família no tocante saúde bucal; VII. Registrar na Ficha D – Saúde Bucal do Sistema de Informação da Atenção Básica – Siab – todos os procedimentos de sua compet ncia realizados. Cada uma dessas equipes se responsabiliza pelo acompanhamento de, no máximo, quatro mil habitantes em determinada área. O trabalho ocorre nas unidades de atenção básica de saúde, no domicílio e na comunidade, intervindo sobre os fatores de risco que estão expostas, realizando atividades de educação e promoção de saúde. Com o objetivo de ampliar a abrang ncia das aç es da ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 14 APS bem como sua capacidade de resolução dos problemas de saúde foram criados em 2 8 os úcleos de Apoio Saúde da Família ( ASF) ue descrevemos em outra unidade. Saúde (APS) A Atenção Primária Saúde (APS) também conhecida no Brasil como Atenção Básica (AB) da ual a estratégia saúde da família é a expressão ue ganha corpo no Brasil é caracterizada pelo desenvolvimento de um con unto de aç es de promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde. Essas APSs têm como objetivo resolver os problemas de saúde mais comuns da população, reduzindo o dano ou sofrimento, e contribuir para uma melhor qualidade de vida para as pessoas acompanhadas. Atenção É importante frisar que o foco não é a doença e, sim, a pessoa acompanhada e, ainda, uma característica importante é o acolhimento, que é um modo de agir frente àqueles que procuram o serviço, não só ouvindo suas necessidades, mas percebendo aquilo que muitas vezes não é falado. O acolhimento O acolhimento é uma diretriz da Política Nacional de Humanização (PNH), que não tem local nem hora certa para acontecer, nem um profissional específico para fazê-lo: faz parte de todos os encontros do serviço de saúde. O acolhimento é uma postura ética que implica na escuta do usuário em suas queixas, no reconhecimento do seu protagonismo no processo de saúde e adoecimento e na responsabilização pela resolução, com ativação de redes de compartilhamento de saberes. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 15 Acolher é um compromisso de resposta às necessidades dos cidadãos que procuram os serviços de saúde. Algumas condições devem chamar atenção, pois fazem aumentar o risco das pessoas adoecerem: • Baixa renda; • Desemprego; • Acesso precário a bens e serviços: água, luz elétrica, transporte etc.; • Falta de água tratada; • Lixo armazenado em locais inade uados; • Uso incorreto de venenos na lavoura; • Poluição do ar ou da água; • Esgoto a céu aberto; • Falta de alimentação ou alimentação inadequada; • Uso inade uado de medicamentos prescritos; • Automedicação; • Descontinuidade do tratamento. Atenção Essas situações podem ser agravadas por fatores que dificultem o acesso das pessoas às unidades de saúde, como por exemplo: Serviços de transporte públicoinsuficientes ou ausência de condições de acesso de pessoas com deficiência física. Além disso, o profissional do PSF deve ser capaz de perceber as várias causas dos processos mórbidos, sejam físicos, mentais ou sociais, individuais ou coletivos, contextualizando, sempre, o indivíduo em seu hábitat. O cadastro das famílias A etapa inicial para o início do trabalho é o cadastro das famílias de sua microárea, ou sua área de atuação, onde cada ACS tenha, no máximo, em torno de 750 pessoas. É necessário o preenchimento de fichas específicas. Tal ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 16 ação possibilita o conhecimento das reais condições familiares, tais como: a existência de população indígena, escolaridade, número de pessoas por sexo, idade, condições de habitação e etc. (Tabela 1). Esses dados devem ser de conhecimento de toda a equipe. Processo de coleta e sistematização de dados Dados demográficos: Ex.: nº de pessoas por sexo, faixa etária, nº de pessoas que nascem. Socioeconômicos: Ex.: nº de cômodos na casa, renda familiar. Epidemiológicos: Ex.: nº de pessoas diabéticas, acamados, nº de pessoas com deficiência. Sanitários: Ex.: acesso e saneamento. Tabela 1 - Processo de coleta e sistematização de dados: Fonte: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/manual_acs.pdf. Acesso em: 25 nov. 2014. Após o cadastramento, é importante mapear para melhorar os conhecimentos sobre tal região, representando no papel o que existe naquela determinada localidade: ruas, casas, escolas, serviços de saúde e outras coisas importantes. Esse mapeamento é feito também pelo ACS e o conjunto de todos os mapas feitos pelos ACS da equipe formarão um grande mapa de atuação da Equipe de Saúde da Família (ESF). É importante que todos os riscos estejam expostos em sua microárea, identificar a realidade da comunidade, intensificar os grupos de risco etc. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 17 A visita domiciliar A visita domiciliar é a atividade mais importante do processo. A entrada na casa de uma família representa não só o espaço físico, mas também tudo o que o espaço representa para a família. A sensibilidade de compreender o momento certo de se aproximar e estabelecer uma relação de confiança é uma habilidade importante ue a uda a construir o vínculo necessário ao desenvolvimento das aç es de promoção prevenção controle cura e recuperação. Em sentido etimológico confiança significa: ter fé unto com alguém ou se a acreditar junto com alguém em alguma coisa. É de fundamental importância nas práticas assistenciais que o paciente tenha confiança na equipe de saúde, isso reforça os laços e facilita que a equipe consiga atingir seu objetivo. A Política Nacional de Humanização (HumanizaSUS) O vínculo das práticas assistenciais gerou a ideia de criação, em 2003, da Política Nacional de Humanização (HumanizaSUS) que, na Atenção Básica, busca: Equipes que elaborem projetos terapêuticos individuais e coletivos para usuários e sua rede social, considerando as políticas intersetoriais; Serviços que tenham formas de acolhimento e inclusão da clientela de forma a promover o fim das filas, a hierarquização de riscos e o acesso aos demais níveis do sistema; As práticas terapêuticas devem promover resolução, diminuição do consumo de medicamentos e fortalecimento das relações entre a equipe e usuários; Os serviços devem ampliar a escuta entre as equipes e a população, gerando uma gestão participativa. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 18 Atenção a primeira visita é indispensável que você diga seu nome, fale do seu trabalho, o motivo da visita e sempre pergunte se pode ser recebido naquele momento. Para o desenvolvimento de um bom trabalho em e uipe é fundamental que todos os profissionais aprendam a interagir com a comunidade, sem fazer ulgamentos uanto cultura crenças religiosas, situação socioeconômica, etnia, orientação sexual, deficiência física etc. Após a realização da visita, você deve verificar se o objetivo dela foi alcançado e se foram dadas e colhidas as informações necessárias. O cidadão no sistema de saúde do município A estratégia Saúde da Família deve ser a porta de entrada prioritária do cidadão no sistema de saúde do município. Estabelecer laços entre a equipe de saúde e a família. Inicia-se com o respeito pela pessoa humana e o processo de empatia. A sintetização da articulação entre as redes de saúde mental e atenção primária O cuidado em saúde mental na Atenção Básica é bastante estratégico pela facilidade de acesso das equipes aos usuários e vice-versa. Por essas características, é comum que os profissionais de saúde se encontrem a todo o momento com pacientes em situação de sofrimento psíquico. A atual política de saúde mental brasileira é resultado da mobilização de usuários, familiares e trabalhadores da saúde iniciada na década de 1980, com o objetivo de mudar a realidade dos manicômios onde viviam mais de 100 mil pessoas com transtornos mentais. Nas últimas décadas, esse processo de ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 19 mudança se expressa especialmente por meio do Movimento Social da Luta Antimanicomial e de um projeto coletivamente produzido de mudança do modelo de atenção e de gestão do cuidado: a Reforma Psiquiátrica. Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) No processo de mudança, novos serviços foram criados, a saber, espaços de produção de sujeitos sociais, de produção de subjetividades, de espaços de convivência, de sociabilidade, de solidariedade e de inclusão. O Ministério da Saúde adotou os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) como dispositivos principais na estratégia de enfrentamento ao modelo assistencial tradicional. A Portaria nº 336 2 2 define os CAPS como “serviço ambulatorial de atenção diária que funciona segundo a lógica do território... sendo o articulador central das ações de saúde mental do município ou do módulo assistencial”. O CAPS tem como objetivo o desenvolvimento de projetos de vida, de produção social, além da promoção da melhoria da qualidade de vida dos indivíduos. Entre algumas de suas missões estão a de tecer laços para além dos serviços de saúde e de manter aquecidas suas relações com a cultura local. Uma das estratégias utilizadas para aquisição desse novo estatuto psiquiátrico é a aproximação entre os serviços comunitários substitutivos ao manicômio e as equipes de atenção básica. Uma das estratégias utilizadas para aquisição desse novo estatuto psiquiátrico é a aproximação entre os serviços comunitários substitutivos ao manicômio e as equipes de atenção básica. Ao CAPS é designada a função de supervisionar e capacitar tanto as equipes da atenção básica como os serviços e programas de saúde mental, no âmbito do seu território e/ou do módulo assistencial. A posição estratégica dos CAPS como articuladores da rede de atenção de saúde mental em seu território, é, por excelência, promotora de autonomia, já ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 20 que articula os recursos existentes em variadas redes: sociossanitárias, jurídicas, sociais e educacionais, entre outras. A tarefa de promover a reinserção social exige uma articulação ampla, desenhada com variados componentes ou recursos da assistência, para a promoção da vida comunitária e da autonomia dos usuários dos serviços. Os CAPS, no processo de construção de uma lógica comunitária de atenção à saúde mental, oferecem então os recursos fundamentais para a reinserçãosocial de pessoas com transtornos mentais. A Política Nacional de Saúde Mental do SUS A Política Nacional de Saúde Mental do SUS tem como diretriz principal a redução gradual e planejada de leitos em hospitais psiquiátricos, com a desinstitucionalização de pessoas com longo histórico de internações. Ao mesmo tempo, prioriza a implantação e implementação de uma rede diversificada de serviços de Saúde Mental de base comunitária eficaz, capaz de atender com resolutividade aos pacientes que necessitem de cuidado. Com esse propósito, nos últimos anos, o Ministério da Saúde, através das políticas de expansão, formulação, formação e avaliação da Atenção Básica, vem estimulando ações que remetem à dimensão subjetiva dos usuários e aos problemas mais graves de saúde mental da população neste nível de atenção. A Estratégia Saúde da Família (ESF), tomada enquanto diretriz para reorganização da Atenção Básica no contexto do Sistema Único de Saúde – SUS tornou-se fundamental para a atenção das pessoas portadoras de transtornos mentais e seus familiares; com base no trabalho organizado segundo o modelo da atenção básica e por meio de ações comunitárias que favorecem a inclusão social dessas no território onde vivem e trabalham. A rede de saúde mental, segundo essa perspectiva, deve ser composta pelas seguintes ações e serviços: ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 21 – Ações de saúde mental na atenção primária; – Centros de Atenção Psicossocial – CAPs; – Ambulatórios; – Residências terapêuticas; – Leitos de atenção integral em saúde mental (em CAPs III e em hospital geral); – Programa de Volta para Casa; – Cooperativas de trabalho e geração de renda; – Centros de convivência e cultura, entre outros. Equipes de saúde da família e de saúde mental Há princípios comuns entre a atuação das equipes de saúde da família e de saúde mental: – Atuação a partir do contexto familiar; – Continuidade do cuidado; – Organização em rede, que deve se articular para a produção de cuidados em saúde mental no território. A ideia é incluir ativamente, nas políticas de expansão, formulação e avaliação da atenção primária, as ações de saúde mental que, com potencial transversal, devem ajudar as equipes a trabalhar a dimensão do sofrimento psíquico. As equipes de Saúde da Família (SF) precisam ter o apoio e trabalharem próximas aos profissionais e serviços de Saúde Mental e possuir competência para atuar nas questões de saúde mental pertinentes ao seu nível de atenção; isso é conseguido por meio de treinamentos em saúde mental. O trabalho integrado das equipes de SF e Saúde Mental potencializa o cuidado e facilita uma abordagem integral, aumentando a qualidade de vida dos indivíduos e comunidades. Também propicia um uso mais eficiente e efetivo dos recursos e pode aumentar as habilidades e a satisfação dos profissionais. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 22 A articulação entre os serviços de saúde mental e a atenção básica deve ter como princípios a noção de território, a organização de uma rede de saúde mental, intersetorialidade, multidisciplinaridade e interdisciplinaridade, desinstitucionalização, promoção da cidadania dos usuários e construção de uma autonomia possível ao usuário e familiares. As principais razões para a integração de Saúde Mental na Atenção Primária A Organização Mundial da Saúde (OMS), juntamente com a Associação Mundial de Médicos de Família, recentemente, apontaram as principais razões para a integração de Saúde Mental na Atenção Primária: • Relevante magnitude e preval ncia dos transtornos mentais; • ecessidade de um cuidado integral em saúde devido indissociação entre os problemas físicos e de Saúde Mental; • Altas preval ncias de transtornos mentais e baixo número de pessoas recebendo tratamento; • Aumento do acesso aos cuidados em Saúde Mental uando realizados na Atenção Primária; • Maior ualificação das aç es e dos serviços propiciando o respeito aos direitos humanos; • Redução de custos indiretos com a procura de tratamento em locais distantes; • Bons resultados para a integralidade da saúde de su eitos com sofrimento psíquico. Apoio matricial da Saúde Mental na Atenção Básica Para o melhor manejo da Saúde Mental na Atenção Básica, propõe-se um trabalho compartilhado de suporte às equipes de SF através do desenvolvimento do apoio matricial em saúde mental. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 23 O apoio matricial tem como objetivo proporcionar suporte técnico, em áreas específicas, às equipes responsáveis pelo desenvolvimento de ações básicas de saúde, o que favorece a corresponsabilização. Objetiva também proporcionar suporte técnico, em áreas específicas, às equipes responsáveis pelo desenvolvimento de ações básicas de saúde e minimiza os encaminhamentos indiscriminados. As equipes de saúde mental de apoio à atenção básica devem incorporar ações de supervisão, de atendimento em conjunto e de atendimento específico, além de participar das iniciativas de qualificação dos profissionais. O apoio matricial e suas dimensões O Apoio Matricial tem duas dimensões: • Suporte assistencial ue envolve uma ação clínica direta com os usuários; • Suporte técnico-pedagógico, que estrutura uma ação e apoio educativo em conjunto com a equipe. Ao aumentar a capacidade das equipes de Saúde da Família em lidar com o sofrimento psíquico e integrá-las com os demais pontos da rede assistencial, o apoio matricial possibilita que a prevenção e o tratamento dos transtornos mentais, assim como a promoção da saúde e a reabilitação psicossocial, aconteçam a partir da Atenção Básica. A corresponsabilização pela demanda – tanto a equipe de Saúde da Família como a equipe de Saúde Mental são responsáveis por determinado território –, leva à desconstrução da lógica de referência e contrarreferência, que favorece a desresponsabilização e dificulta o acesso da população. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 24 Atenção O cuidado compartilhado prevê uma rede de ações, dispositivos de saúde e dispositivos comunitários que possibilitem que o processo de cuidar se organize tendo como eixo central o sujeito e seu processo de saúde/doença. Assim, todos são responsáveis pela garantia do acesso, da equidade e da universalidade. Esse cuidado torna-se um dispositivo para que os usuários também possam se responsabilizar pelo seu tratamento, pelos seus sintomas e pela sua vida, produzindo outras relações com o seu processo de adoecimento. Para que as ações de saúde mental sejam desenvolvidas na Atenção Básica, é fundamental a qualificação das equipes, potencializando a rede e qualificando o cuidado. Isso faz das equipes de apoio matricial o dispositivo para se adotar uma formação continuada e em serviço, por meio de discussões de textos, casos e situações, contribuindo assim para a ampliação da clínica. Princípios comuns em Saúde Mental e Atenção Básica A inclusão das ações de Saúde Mental na Atenção Básica possibilita, entre outros benefícios, tornar as fronteiras instáveis, permeáveis, proporcionando aos portadores de transtornos mentais sair de um lugar segregado, excludente, para um de convívio, de agenciamentos, de possibilidades, de vida. Assim, existem princípios que norteiam tanto as ações de saúde mental quanto as da Atenção Básica, pautando-se em algumas noções e conceitos como articulação, acolhimento, responsabilização, estabelecimento de vínculos e integralidade do cuidado. Articulação A complexidadedos problemas de saúde mental exige a articulação entre as múltiplas formas assistenciais às quais o usuário recorre como subsídio para ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 25 suas demandas e necessidades de vida. As tentativas de consolidação das redes assistenciais pelas políticas ou pelas iniciativas dos sujeitos participantes desse processo almejam a integralidade do cuidado na sua dimensão plena. A articulação com os serviços especializados, principalmente com os CAPS, organiza o fluxo de atendimento e o processo de trabalho de forma a horizontalizar as especialidades e permitir que elas permeiem toda a atuação das equipes de saúde. Muitos casos graves que necessitariam de cuidado mais intensivo em unidades de Saúde Mental de maior complexidade permanecem na Atenção Básica devido ao vínculo, questões geográficas e socioeconômicas, o que reforça a importância das ações locais de Saúde Mental. O CAPS é um serviço de referência para casos graves, que necessitem de cuidado mais intensivo e/ou de reinserção psicossocial, e ultrapassem as possibilidades de intervenção das equipes de Saúde da Família e das intervenções conjuntas das equipes dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) e Saúde da Família. Atenção Além dos serviços específicos de cuidados em Saúde Mental, das equipes de Saúde da Família e dos NASF, que viabilizama construção de uma rede de atenção, esses dispositivos devem estar articulados à rede de saúde em geral e também a outros recursos intersetoriais e da comunidade. Acolhimento O acolhimento, como ação, atravessa processos relacionais em saúde rompendo com o atendimento tecnocrático, criando um atendimento mais humanizado possibilitando que o usuário assuma o lugar central das atividades de saúde. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 26 O acolhimento advém da participação efetiva e afetiva entre a equipe e a população adscrita, pois exige uma atenção solidária, não mecanizada, a todas as pessoas, com uma escuta qualificada dos problemas de saúde, possibilitando a criação de vínculos. Responsabilização A Portaria nº 336/2002 diz que os CAPS devem se responsabilizar pela coordenação e pela organização da demanda e da rede de cuidados em saúde mental no âmbito de seu território. O território é a área sobre a qual o serviço deve assumir a responsabilidade sobre as questões de saúde mental. Isto significa que uma equipe deve atuar no território de cada usuário, nos locais que compõem suas vidas cotidianas, visando enriquecê-lo e expandi-lo. No entanto, é importante garantir acessibilidade das ações e serviços de saúde, pois o serviço pode estar ou não acontecendo para o usuário, o que prejudica seu acesso a ele. Estabelecimento de vínculos Os vínculos que norteiam os projetos de intervenções integrais de atenção e cuidado à saúde são constituídos a partir de escuta e responsabilização entre sujeitos. A noção de vínculo está ligada a demais conceitos, como o da continuidade, da responsabilização, do acolhimento, da acessibilidade e do afeto. O vínculo é obtido através da compreensão e escuta entre profissional e usuários. Políticas e programas O governo criou ao longo dos anos algumas políticas e programas para a atenção à Saúde Mental, baseando-se principalmente na Lei 10.216, de 6 de abril de 2002, que confere ao estado a responsabilidade para o desenvolvimento da política de saúde mental, assistência e promoção das ações de saúde aos portadores de transtorno mental. Hoje temos um rol de políticas e programas voltados para a saúde mental, são elas: ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 27 • Serviços Residenciais Terapêuticos – SRT; • Centro de Atenção Psicossocial – CAPS; • Escola de Redutores de Danos – ERD; • Programa de Volta para Casa – PVC; • Leitos de Atenção Integral – LAI; • Programa acional de Avaliação de Serviços Hospitalares – PNASH. Atividade proposta São ações da Estratégia Saúde da Família: • A e uipe ir às casas das pessoas; • Ver de perto a realidade de cada família; • Tomar provid ncias para evitar as doenças; • Atuar para curar os casos em que a doença já existe; • Dar orientação para garantir uma vida melhor com saúde. Descreva como as equipes são compostas e, depois, amplie a pesquisa identificando exemplos de composições no município que atua ou em outros municípios pesquisados: Chave de resposta: A composição das equipes varia da composição básica à composição ampliada. Composição básica: • 1 médico de família; • 1 enfermeiro; • 1 técnico em enfermagem; • 6 agentes comunitários de saúde. Quando ela é ampliada, além da composição acima, pode contar também com: • 1 dentista; • 1 auxiliar de consultório dentário; • 1 técnico em higiene dental. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 28 Material complementar Para saber mais sobre a saúde da família, acesse os textos disponíveis em nossa biblioteca virtual. Acesse também os vídeos sobre este tema, disponíveis em nossa galera de vídeo. Referências BRASIL. (1998). Programa de Saúde da Família – PSF. Brasília, DF: Autor. Retrieved June 23, 2003. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/. Acesso em: 17 nov. 2014. BRASIL. (2000). Avaliação da implantação e funcionamento do Programa de Saúde da Família. Brasília, DF: Autor. Brasil. (2002). Política Nacional de Promoção da Saúde. Brasília, DF: Autor. BRASIL. Programa Saúde da Família – PSF. Brasília, DF: Autor, 2004. Disponível em: http://dtr2001.saude.gov.br/psf/equipes/quantos.asp. Acesso em: 17 nov. 2014. BRASIL. Casa Civil. Lei 10.216, de 06 de abril de 2001. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10216.htm. Acesso em: 03 set. 2014. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n. 336, de 19 de fevereiro de 2002. Brasília: Diário Oficial da União, 08 ago. 2002. ______. Ministério da Saúde. Portaria n. 154, de janeiro de 2008. Disponível em: http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/Port2008/GM/GM-154.htm. Acesso em: 03 set. 2014. CORREIA, V. R.; BARROS, S.; COLVERO, L. A. Saúde mental na atenção básica: prática da equipe de saúde da família. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo, v. 45, n. 6, dez. 2011. CREVELIM, M. A. Participação da comunidade na equipe de saúde da família: É possível estabelecer um projeto comum entre trabalhadores e usuários? Ciência e Saúde Coletiva,10(2), 323-331, 2005. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 29 DIMENSTEIN, M.; Santos, Y. F. Avaliação em serviços de saúde: O que pensam usuárias da rede básica de Natal. In: L. O. Borges (Ed.). Os profissionais de saúde e seu trabalho. São Paulo, SP: Casa do Psicólogo, 2005. p. 6990. FERRAZ, L.; AERTS, D. R. G. C. O cotidiano de trabalho do agente comunitário de saúde no PSF em Porto Alegre. Ciência e Saúde Coletiva, 10(2), 347-355, 2005. MORAIS, A. P. P.; TANAKA, O. Y. Apoio matricial em saúde mental: alcances e limites na atenção básica. Saúde soc., São Paulo, v. 21, n. 1, mar. 2012. NASCIMENTO, M. S.; NASCIMENTO, M. A. A. Prática da enfermeira no Programa de Saúde da Família: A interface da vigilância da saúde versus as ações programáticas em saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 10(2), 333-345, 2005. NEMES FILHO, A. Breves reflexões sobre o Programa de Saúde da Família... Interface – Comunicação Saúde e Educação, 9, 154-156, 2001. OLIVEIRA, S. F (2006). Avaliação do Programa Saúde da Família: Uma análise a partir das crenças dos profissionais da equipe de saúde e da população assistida. Dissertação de Mestrado não publicada, Programa de Pós- Graduaçãoem Psicologia Social, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, PB. PEDUZZI, M. Equipe multiprofissional de saúde: Conceito e tipologia. Revista de Saúde Pública, 35(1), 103-109, 2001. PINTO, Antonio Germane Alves et al. Apoio matricial como dispositivo do cuidado em saúde mental na atenção primária: olhares múltiplos e dispositivos para resolubilidade. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 17, n. 3, mar. 2012. RIBEIRO, E. M.; PIRES, D.; BLANK, V. L. G. A teorização sobre o processo de trabalho em saúde como instrumental para análise do trabalho no Programa Saúde da Família. Caderno de saúde Pública, 20(2), 438-446, 2004. ROCHA, A. A. R. M.; Trad, L. A. B. A trajetória profissional de cinco médicos do Programa saúde da Família: Os desafios de construção de uma nova prática. Interface – Comunicação Saúde e Educação, 9(17), 303-316, 2005. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 30 SCHIMITH, M. D.; Lima, M. A. D. S. Acolhimento e vínculo em uma equipe do Programa Saúde da Família. Caderno de Saúde Pública, 20(6), 1487-1494, 2004. SOUSA, M. L. T.; TOFOLI, L. F. F. Apoio Matricial em Saúde Mental na Atenção Primária: Acesso e Cuidado Integral. Cadernos ESP, Ceará, v. 6, n. 2, p. 13- 21, jul./dez. 2012. SOUZA, A. C.; RIVERA, F. J. U. A inclusão das ações de saúde mental na Atenção Básica: ampliando possibilidades no campo da saúde mental. Rev Tempus Actas Saúde Colet. Brasília, v. 4, n. 1, p. 105-14, 2010. SILVA, I. Z. Q. J.; Trad, L. A. B. O trabalho em equipe no PSF: Investigando a articulação técnica e a interação entre os profissionais. Interface (Botucatu), 9(16), 25-38, 2005. Trad, L. A. B.; BASTOS, A. C. S.; SANTANA, E. M.; NUNES, M. O. Estudo etnográfico da satisfação do usuário do Programa de Saúde da Família (PSF) na Bahia. Revista Ciência Saúde Coletiva, 7(3), 581-589, 2002. TRIBUNAL de Contas da União. Avaliação do Programa de Saúde da Família - PSF. Brasília, DF: Autor, 2002. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO) and WORLD ORGANIZATION of FAMILY DOCTORS. Integrating mental health into primary care: a global perspective. Geneva, 2008. Disponível em: http://www.who.int/mental_health/resources/mentalhealth_PHC_2008.pdf. Acesso em: 04 set. 2014. Exercícios de fixação Questão 1 A Atenção Primária Saúde (APS) também conhecida no Brasil como Atenção Básica (AB) da ual a Estratégia Saúde da Família é a expressão ue ganha corpo no Brasil é caracterizada pelo desenvolvimento de um con unto de aç es de promoção e proteção da saúde prevenção de agravos diagnóstico tratamento reabilitação e manutenção da saúde. Tais aç es t m como objetivo: ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 31 a) Resolver os problemas de saúde mais comuns da população, reduzindo o dano ou sofrimento e contribuem para uma melhor qualidade de vida para as pessoas acompanhadas, diminuindo a necessidade de hospitalização. b) Aumentar a distribuição de renda para a melhoria da saúde nas regiões onde estão sendo aplicadas. c) Ressaltar a necessidade de aberturas de clínicas e hospitais privados em todo o país diminuindo os gastos do SUS. Esse aumento de vagas soluciona a questão das doenças e promove a saúde básica. d) Trazer atenção à saúde com a finalidade de aumentar o número de leitos em hospitais e qualificar a saúde de alta complexidade. e) Aumentar o fluxo de pacientes à rede hospitalar instalada. Questão 2 Algumas condições podem aumentar o risco das pessoas adoecerem. Essas situações podem ser agravadas por fatores que dificultem o acesso das pessoas às unidades de saúde. Os riscos podem ser aumentados nas seguintes situações: a) Na sanidade básica e uso de medicação prescrita b) Falta de energia elétrica e esgotos a céu aberto c) Nutrição adequada e indivíduos com empregos com carga horária de 8 horas ao dia d) Uso de transporte público e acesso a cadeirantes e) Acesso a saneamento básico e água potável Questão 3 Considere as assertivas a seguir relacionadas às atribuições do enfermeiro frente ao programa de atenção à saúde da família: I-Realizar assist ncia integral (promoção e proteção da saúde prevenção de agravos diagnóstico tratamento reabilitação e manutenção da saúde) aos indivíduos e famílias na USF e uando indicado ou necessário no domicílio e ou nos demais espaços comunitários (escolas associaç es etc.) em todas as ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 32 fases do desenvolvimento humano: inf ncia adolesc ncia idade adulta e terceira idade; II-Acompanhar e apoiar o desenvolvimento dos trabalhos da e uipe de saúde da família no tocante saúde bucal; III-Contribuir e participar das atividades de Educação Permanente do Auxiliar de Enfermagem Auxiliar de Consultório Dentário (ACD) e Técnico em Higiene Dental (THD); IV-Plane ar gerenciar coordenar e avaliar as aç es desenvolvidas pelos ACS. Indique nas alternativas a seguir a única correta: a) Somente a II é falsa b) Somente a III é falsa c) As assertivas I e II são falsas d) Somente a IV é falsa e) As assertivas III e IV são falsas Questão 4 A Estratégia da Saúde da Família é operacionalidade pelo departamento de atenção básica, vinculado à secretaria de atenção à saúde, no Ministério da Saúde. É uma política compartilhada por Estados, Distrito Federal e Municípios. Uma mudança de conceito importante no desenvolvimento da ESF, na questão da diminuição de internações, é: a) Aumentar a distribuição de medicações. b) Focar-se nos exames complementares e se preocupar com as questões fora do hábitat. c) Superar o antigo conceito de focar-se na doença, dessa forma, implementando a promoção de saúde e melhorando a qualidade de vida dessa comunidade devido à preocupação na contextualização de cada indivíduo. d) Aumentar o número de membros da equipe e permitir a cada uma atender cerca de 12.000 pessoas ao redor e a cada ACS, em torno de 3.500 pessoas, facilitando o mapeamento e desenvolvendo atividades educativas de saúde. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 33 e) Focar na complexidade do procedimento e nas especializações dos atendimentos, auxiliando a rede hospitalar no atendimento. Questão 5 Na ESF, para o desenvolvimento de um bom trabalho em equipe, é fundamental ue todos os profissionais aprendam a interagir com a comunidade sem fazer ulgamentos uanto cultura crenças religiosas situação socioecon mica etnia orientação sexual defici ncia física etc. Após a realização da visita voc deve verificar se o ob etivo dela foi alcançado e se foram dadas e colhidas as informaç es necessárias. Podemos afirmar ue a atividade mais importante do processo de coleta e sistematização de dados é: a) A visita familiar b) A definição da microrregião c) A definição dos componentes das equipes d) A rede hospitalar de referência e) O tamanho da amostra populacional Questão 6 O Apoio Matricial integra as equipes, proporciona educação continuada e suporte direto com o usuário. Sendo assim, por que é importante integrar as equipes de Saúde da Família e Saúde Mental? a) Porque 16% dos municípios têm ações de saúde mental em serviços especializados, e o SUS pressupõe que os cuidados mais complexos devem ser ampliados para melhorar o acesso da população. b) Porque a equipe de saúde da família deve reportar os casos de doença mental na comunidade à equipe de saúde mental, para que esta possa tratar dos casos. c) Porque são os mesmos profissionais que atuam em ambos os serviços. d) Para favorecer o encaminhamento dos doentes mentais aos hospitais. e) Para articular a produção de cuidados emsaúde mental no território e garantir o cumprimento dos princípios de equidade e integralidade do SUS. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 34 Questão 7 Leia com atenção as seguintes afirmativas sobre os serviços de saúde mental: 1. Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), dentro da lógica matricial, são responsáveis por organizar o fluxo de atendimento e também o processo de trabalho dos cuidados em saúde mental. 2. Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) são constituídos por profissionais de diversas áreas do conhecimento e visam ao compartilhamento de tecnologias em saúde, inclusive de saúde mental, com as equipes de saúde da família. 3. São exemplos de serviços que compõem a rede de saúde mental: ações de saúde mental na Atenção Primária, Centros de Atenção Psicossocial, ambulatórios, residências terapêuticas, leitos em hospitais gerais, Programa de Volta para Casa, cooperativas de trabalho e geração de renda, centros de convivência e cultura, etc. Agora, nas alternativas a seguir, indique a única correta: a) Somente as afirmações 1 e 2 estão corretas b) Somente as afirmações 1 e 3 estão erradas c) Somente a afirmação 2 está correta d) Somente a afirmação 3 está errada e) Todas as afirmações estão corretas Questão 8 O CAPS tem por função acolher as demandas de localidades específicas, através de intervenção multidisciplinar e interdisciplinar, além de: a) Organizar a rede de atenção municipal b) Promover o afastamento esporádico de portadores de sofrimento mental através de ações intersetoriais c) Promover a reinserção social do portador de sofrimento mental através do fortalecimento de seus laços familiares e comunitários. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 35 d) Acolher em atendimento portadores de sofrimentos mentais leves e instáveis, preservando seus laços sociais através de afastamento recorrente. e) Definir o número de vagas de internação hospitalar que cada localidade vai ter. Questão 9 A alternativa que melhor caracteriza o movimento da Reforma Psiquiátrica no Brasil é: a) Defesa e consolidação do modelo asilar em meio aberto para tratamento do portador de sofrimento mental. b) Participação restritiva da família do projeto terapêutico, pelo entendimento de que esta é a grande causadora do sofrimento mental. c) Transformação da assistência ao portador de sofrimento mental com a construção de possibilidades de garantia de sua inserção e de sua família em um projeto terapêutico. d) Previsão de fechamento de leitos de internação psiquiátrica e direcionamento do tratamento para o nível ambulatorial. e) A continuidade da exclusão social e do isolamento do paciente. Questão 10 Os princípios fundamentais da articulação entre Saúde Mental e Atenção Básica são, exceto: a) Noção de território b) Reabilitação psicossocial c) Multiprofissionalidade/interdisciplinaridade d) Organização da atenção individualista em saúde mental e) Vínculo ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 36 Aula 5 Exercícios de fixação Questão 1 - A Justificativa: A Atenção Básica é o primeiro e o mais frequente contato das pessoas com as redes de serviços de saúde, onde são realizadas as primeiras consultas. Os pacientes recebem orientação para que previnam-se de doenças e tenham um tratamento precoce e efetivo. Questão 2 - B Justificativa: Algumas condições devem chamar atenção pois fazem aumentar o risco de as pessoas adoecerem. O profissional do PSF deve ser capaz de perceber as várias causas dos processos mórbidos se am físicos mentais ou sociais, individuais ou coletivos, contextualizando, sempre, o indivíduo em seu hábitat. Questão 3 - A Justificativa: Os enfermeiros acompanham e promovem a capacitação dos agentes comunitários de saúde (ACS) e auxiliares de enfermagem, são corresponsáveis pela administração da unidade e atuam na assistência. Trata- se de um papel fundamental nas ESFs, pois cabe a eles o acompanhamento e supervisão do trabalho, a educação permanente dos ACS e auxiliares de enfermagem, além de atuarem na assistência com ênfase na promoção da saúde. Questão 4 - D Justificativa: A Estratégia da Saúde da Família vem a superar o antigo conceito de focar-se na doença, desenvolvendo-se por meio de práticas gerenciais e sanitárias, democráticas e participativas, sob a forma de trabalho em equipes de saúde. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 37 Questão 5 - A Justificativa: A visita domiciliar é a atividade mais importantes do processo, a entrada na casa de uma família representa não só o espaço físico, mas também tudo o que o espaço significa para a família. É preciso sensibilidade para compreender o momento certo de se aproximar e estabelecer uma relação de confiança, habilidade importante que ajuda a construir o vínculo necessário ao desenvolvimento das ações de promoção, prevenção, controle, cura e recuperação. Questão 6 - E Justificativa: A articulação e corresponsabilização entre equipes de saúde mental e equipes saúde da família são importantes para garantir que os cuidados aos que necessitam de atenção em saúde mental permaneçam em determinado território, e que se evite encaminhamentos inadequados para outras unidades da rede, mantendo a socialização do indivíduo e o cumprimento dos princípios de equidade e integralidade do SUS. Questão 7 - E Justificativa: A complexidade dos problemas de saúde mental exige a articulação entre as múltiplas formas assistenciais às quais o usuário recorre como subsídio para suas demandas e necessidades de vida. As tentativas de consolidação das redes assistenciais pelas políticas ou pelas iniciativas dos sujeitos participantes desse processo almejam a integralidade do cuidado na sua dimensão plena. Questão 8 - C Justificativa: O CAPS deve promover a reinserção social do portador de sofrimento mental através do fortalecimento de seus laços familiares e comunitários no território adscrito. O afastamento fazia parte do antigo modelo de saúde mental, no modelo hospitalocêntrico psiquiátrico. Assim, as demais alternativas estão incorretas. ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 38 Questão 9 - C Justificativa: A Reforma Psiquiátrica se baseia na retirada do portador de sofrimento mental de asilo manicomiais e a sua inserção na sociedade, com a participação familiar ativa em projetos terapêuticos. Questão 10 - D Justificativa: Essa opção está incorreta, devido à articulação se basear na coletividade multiprofissional. Muitos casos graves que necessitariam de cuidado mais intensivo em unidades de Saúde Mental de maior complexidade permanecem na Atenção Básica devido ao vínculo, questões geográficas e socioeconômicas, o que reforça a importância das ações locais de Saúde Mental.
Compartilhar