Buscar

Aula 05 Estratégia Saúde da Fámilia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 1 
Aula 5: Estratégia da saúde da família .......................................................................................... 2 
 ............................................................................................................................. 2 Introdução
 ................................................................................................................................ 3 Conteúdo
A atenção básica da saúde no Brasil .............................................................................. 3 
A estratégia da saúde da família ..................................................................................... 4 
A execução da política de estratégia da saúde da família ......................................... 5 
A atuação das equipes de saúde da família .................................................................. 5 
A equipe de saúde ............................................................................................................. 6 
O cirurgião dentista ......................................................................................................... 11 
O acolhimento ................................................................................................................. 14 
O cadastro das famílias ................................................................................................... 15 
A visita domiciliar ............................................................................................................. 17 
A Política Nacional de Humanização (HumanizaSUS) ............................................. 17 
O cidadão no sistema de saúde do município .......................................................... 18 
A sintetização da articulação entre as redes de saúde mental e atenção primária
 ............................................................................................................................................. 18 
Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) .............................................................. 19 
A Política Nacional de Saúde Mental do SUS ............................................................. 20 
As principais razões para a integração de Saúde Mental na Atenção Primária ... 22 
Apoio matricial da Saúde Mental na Atenção Básica ............................................... 22 
O apoio matricial e suas dimensões ............................................................................ 23 
Princípios comuns em Saúde Mental e Atenção Básica .......................................... 24 
Atividade proposta .......................................................................................................... 27 
........................................................................................................................... 28 Referências
 ......................................................................................................... 30 Exercícios de fixação
Chaves de resposta ..................................................................................................................... 36 
 ..................................................................................................................................... 36 Aula 5
Exercícios de fixação ....................................................................................................... 36 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 2 
 
Introdução 
Esta aula elucida de maneira ampla o tema Estratégia da Saúde da Família, 
criada pelo Ministério da Saúde para apoiar e ampliar o escopo das ações na 
Atenção Básica, sendo considerada como um eixo estruturante do SUS, porta 
de entrada e local privilegiado para o desenvolvimento de ações e servidões de 
atenção básica à saúde. Ela também exemplifica a atenção à saúde mental na 
atenção básica como um exemplo de áreas temáticas estratégicas do Núcleo de 
Apoio à Saúde da Família (NASF). 
 
Objetivo: 
1. Conhecer o programa de estratégia da saúde da família; 
2. Exemplificar áreas temáticas estratégicas do NASF, sintetizando a articulação 
entre as redes de Saúde Mental e Atenção Primária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 3 
Conteúdo 
A atenção básica da saúde no Brasil 
A atenção básica da saúde é caracterizada pelo conjunto de ações de saúde, 
voltadas tanto para o âmbito individual e coletivo, que vem a agregar à 
promoção e à proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o 
tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. Esse departamento é 
composto por cinco departamentos da Secretaria de Atenção à Saúde do 
Ministério da Saúde, são eles: 
 
• Acompanhamento e avaliação; 
• Alimentação e nutrição; 
• Gestão da atenção básica; 
• Hipertensão e diabetes; 
• Saúde bucal. 
 
Os princípios que fundamentam a Atenção Básica no Brasil são a Integralidade, 
Qualidade, Equidade e Participação Social, como já descrito na aula de Política 
Nacional de Saúde. A estratégia de Saúde da Família compõe parte das 
prioridades políticas geradas pelo Ministério de Saúde e aprovadas pelo CNS 
(Conselho Nacional de Saúde) consignados na legislação constitucional. 
 
A atenção básica é o primeiro e o mais frequente contato das pessoas com as 
redes de serviços de saúde, onde são realizadas as primeiras consultas. Os 
pacientes recebem orientação para que previnam-se de doenças e tenham um 
tratamento precoce e efetivo, evitando assim internações hospitalares 
desnecessárias. 
 
Ela é constituída de uma estratégia para mudança do modelo assistencial que é 
operacionalidade mediante a implantação de equipes multiprofissionais em 
unidades básicas de saúde. Essas equipes ficam responsáveis por um 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 4 
acompanhamento de um número definido de famílias, localizadas em uma 
determinada área geográfica. 
 
O Ministério da Saúde implantou o Programa de Saúde da Família (PSF), em 
1994, com ênfase em ações da prevenção e promoção de saúde, num propósito 
de reorganizar a prática de atenção à saúde em novas bases, levando as ações 
de saúde para mais perto das famílias, e melhorar a qualidade de vida da 
população. 
 
 
Atenção 
 Um dos pontos mais fortes da estratégia Saúde da Família é a 
busca ativa: a equipe vai às casas das pessoas, vê de perto a 
realidade de cada família, toma providências para evitar as 
doenças, atua para curar os casos em que a doença já existe, dá 
orientação para garantir uma vida melhor, com saúde. 
 
A estratégia da saúde da família 
Em torno de 1997, houve uma reorganização no modelo de atenção e o PSF 
passou a ser conhecido como Estratégia Saúde da Família (ESF), sendo 
considerada como um eixo estruturante do SUS, porta de entrada e local 
privilegiado para o desenvolvimento de ações e servidões de saúde. 
 
A estratégia da saúde da família vem a superar o antigo conceito de focar-se na 
doença, desenvolvendo-se por meio de práticas gerenciais e sanitárias, 
democráticas e participativas, sob a forma de trabalho em equipes de saúde. 
 
Essa operacionalização é realizada pelo DAB (Departamento de Atenção 
Básica), vinculada à Secretaria de Atenção à Saúde, no Ministério de Saúde, 
com a missão de operacionalizar essa política no âmbito da gestão federal do 
Sistema Único de Saúde. 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 5 
A execução da política de estratégia da saúde da família 
A execução dessa política é compartilhada por estados, distrito federal e 
municípios. Essa secretaria ainda desenvolve mecanismos de implementação, 
organização, cooperação técnica e ações de atendimento básico tais como: 
 
Saúde bucal 
 
Diabetese hipertensão arterial 
 
Alimentação e nutrição 
 
Gestão e estratégia e avaliação e acompanhamento 
 
A atuação das equipes de saúde da família 
A atuação das equipes de saúde da família é considerada elemento chave para 
o funcionamento da estratégia no sentido de servir de ponte para comunicação 
e troca de experiências entre as equipes com um agente comunitário de saúde. 
 
Normalmente, as equipes são compostas por: 
 
• 1 médico de família; 
• 1 enfermeiro; 
• 1 técnico em enfermagem; 
• 6 agentes comunitários de saúde. 
 
E quando ampliada, pode contar com: 
 
• 1 dentista; 
• 1 auxiliar de consultório dentário; 
• 1 técnico em higiene dental. 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 6 
A equipe de saúde 
A e uipe de saúde tem um regime de trabalho de horas semanais atuando 
num módulo de saúde ue pode abrigar várias e uipes formadas por pessoas 
com histórias formaç es saberes e práticas diferentes. um con unto de 
pessoas que se encontram para produzir o cuidado de uma população. 
 
 essa e uipe há sempre movimentos permanentes de 
articulação desarticulação nimo des nimo invenção resist ncia mudança 
crença descrença no seu trabalho pois a e uipe é viva está sempre em 
processo de mudança. O fato de um grupo trabalhar junto não constitui uma 
equipe, as pessoas devem aprender a trabalhar em equipe, ou seja, a equipe 
deve ser construída no dia a dia. 
 
 
Atenção 
 É esperado que os profissionais de saúde sejam portadores de 
uma formação generalista, humanista, crítica e reflexiva, dessa 
forma, estando aptos a atuar sobre bases éticas, no processo de 
saúde em seus diferentes níveis de atenção, com ações de 
promoção, prevenção, recuperação e reabilitação, e sempre no 
sentido da integridade da assistência, com responsabilidade 
social e compromisso com a cidadania. 
 
O médico da Saúde da Família não se limita apenas a atendimento 
curativo em função de problemas quaisquer; seu papel é proativo: 
atua na prevenção de doenças e na promoção de saúde 
comunitária. Seu olhar deve ser mais abrangente: deve 
compreender a visão impactante sobre o determinado problema na 
comunidade, além de prestar um cuidado centrado não na doença, 
mas, sim, na pessoa do paciente e no seu contexto familiar. É um 
profissional escasso para compor a equipe de saúde. 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 7 
Apesar de toda a dificuldade, milhares de médicos já aderiram a ESF 
no Brasil, e estão satisfeitos com a escolha. Conhecem as pessoas 
tratadas, sabem onde e como elas vivem, sentem-se responsáveis 
pela preservação da saúde da comunidade onde atuam. Segundo a 
Portaria (648-GM), suas atribuições são: 
 
I – Realizar assist ncia integral (promoção e proteção da saúde 
prevenção de agravos diagnóstico tratamento reabilitação e 
manutenção da saúde) aos indivíduos e famílias em todas as fases 
do desenvolvimento humano: inf ncia adolesc ncia idade adulta e 
terceira idade; 
 
II – Realizar consultas clínicas e procedimentos na USF e uando 
indicado ou necessário no domicílio e ou nos demais espaços 
comunitários (escolas associaç es etc.); 
 
III – Realizar atividades de demanda espont nea e programada em 
clínica médica pediatria gineco-obstetrícia cirurgias ambulatoriais 
pe uenas urg ncias clínico-cirúrgicas e procedimentos para fins de 
diagnósticos; 
 
IV – Encaminhar uando necessário usuários a serviços de média e 
alta complexidade respeitando fluxos de refer ncia e 
contrarrefer ncia locais mantendo sua responsabilidade pelo 
acompanhamento do plano terap utico do usuário proposto pela 
refer ncia; 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 8 
IV – Indicar a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar 
mantendo a responsabilização pelo acompanhamento do usuário; 
 
VI – Contribuir e participar das atividades de Educação Permanente 
dos ACS, Auxiliares de Enfermagem, ACD e THD; 
 
VII – Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o 
adequado funcionamento da USF. 
 
Os enfermeiros acompanham e promovem a capacitação dos 
agentes comunitários de saúde (ACS) e auxiliares de enfermagem, 
são corresponsáveis pela administração da unidade e atuam na 
assistência; este último, um papel fundamental nas ESF, pois cabe a 
eles o acompanhamento e supervisão do trabalho, a educação 
permanente dos ACS e auxiliares de enfermagem, além de atuarem 
na assistência com ênfase na promoção da saúde. É descrito sua 
função, no anexo 1, como: 
 
I – Realizar assist ncia integral (promoção e proteção da saúde 
prevenção de agravos diagnóstico tratamento reabilitação e 
manutenção da saúde) aos indivíduos e famílias na USF e uando 
indicado ou necessário no domicílio e ou nos demais espaços 
comunitários (escolas associaç es etc.) em todas as fases do 
desenvolvimento humano: inf ncia adolesc ncia idade adulta e 
terceira idade; 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 9 
II – Conforme protocolos ou outras normativas técnicas 
estabelecidas pelo gestor municipal ou do Distrito Federal 
observadas as disposiç es legais da profissão, realizar consulta de 
enfermagem, solicitar exames complementares e prescrever 
medicações; 
III – Planejar, gerenciar, coordenar e avaliar as ações desenvolvidas 
pelos ACS; 
 
IV – Supervisionar coordenar e realizar atividades de educação 
permanente dos ACS e da equipe de enfermagem; 
 
V – Contribuir e participar das atividades de Educação Permanente 
do Auxiliar de Enfermagem Auxiliar de Consultório Dentário (ACD) e 
Técnico em Higiene Dental (THD); e 
 
VI – Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o 
adequado funcionamento da USF. 
 
Os técnicos e auxiliares de enfermagem preparam os usuários para 
consultas, exames e tratamentos, zelam pela limpeza dos 
equipamentos, e participam na investigação dos casos de 
tuberculose, hanseníase e outras doenças. A atividade do auxiliar de 
enfermagem é variada e fundamental nas equipes de estratégia de 
Saúde da Família, pois tem uma estreita ligação com médicos, 
enfermeiras e Agentes Comunitários de Saúde. Além disso, é o 
profissional que realiza visitas domiciliares e um dos maiores 
responsáveis pela promoção de educação nas unidades. 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 10 
 
O Agente Comunitário de Saúde (ACS) é um profissional muito 
importante na implementação e integração do Sistema Único de 
Saúde; seu trabalho tem como principal objetivo contribuir para a 
qualidade de vida das pessoas e da comunidade. Normalmente, 
trata-se de um membro da comunidade-alvo e, como tal, também 
usuário dos serviços públicos de saúde. Sua ação favorece a análise 
de problemas que alteram a qualidade de vida das famílias, como, 
por exemplo, aquelas associadas a situações de saneamento básico 
e de exclusão social; mas nem sempre é considerado membro 
efetivo da equipe de saúde por não possuir acesso a prontuários e 
informaç es e, também, por normalmente participar apenas das 
reuniões com os enfermeiros e não das reuniões com todos os 
profissionais. 
 
Cabe ao agente de saúde comunicar sempre a equipe de uma 
unidade de saúde quanto às situações encontradas; além disso, 
exercem as seguintes funções: 
 
  Identificar áreas e situaç es de risco individuais e coletivos; 
  Encaminhar as pessoas aos serviços de saúde sempre ue 
necessário; 
  Orientar as pessoas de acordo com as instruç es da e uipe 
de saúde; 
  Acompanhar a situação de saúde das pessoas para a udá-las a 
conseguir bons resultados. 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 11 
Entreas atribuiç es específicas dos ACS estabelecidas na Portaria 
nº 648, Anexo I (Brasil, 2006), consta o desenvolvimento de 
atividades classificadas como: promoção da saúde prevenção de 
doenças e agravos e vigil ncia saúde. Dentre as aç es citadas 
estão visitas domiciliares e aç es individuais e coletivas tanto em 
domicílios como na comunidade. Há um desta ue para a 
recomendação de ue o ACS mantenha a e uipe de saúde 
informada sobre as famílias principalmente a respeito da uelas em 
situação de risco. 
 
O cirurgião dentista 
O cirurgião dentista tem de entender o conceito de Saúde da Família, que não 
se limita a ver o indivíduo isoladamente. É preciso cuidar da boca, do corpo 
todo, da vida da pessoa em todos os seus aspectos. O Técnico de Saúde Bucal 
(TSB) e o Agente de Saúde Bucal (ASB) compõem a equipe de saúde bucal e 
realizam atividades necessárias à prestação de cuidados no âmbito da 
promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal. 
 
A Portaria 267, de 06/03/2001, que aprova as normas e diretrizes da saúde 
bucal no programa de saúde da família, na letra E, dispõe sobre as funções dos 
profissionais de saúde bucal. 
 
ATRIBUIÇÕES COMU S AOS PROFISSIO AIS DE SAÚDE BUCAL O PSF 
 
I. Participar do processo de plane amento acompanhamento e avaliação das 
aç es desenvolvidas no território de abrang ncia das unidades básicas de 
saúde da família; 
II. Identificar as necessidades e expectativas da população em relação saúde 
bucal; 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 12 
III. Estimular e executar medidas de promoção da saúde atividades educativas 
e preventivas em saúde bucal; 
IV. Executar ações básicas de vigil ncia epidemiológica em sua área de 
abrang ncia; 
V. Organizar o processo de trabalho de acordo com as diretrizes do PSF e do 
plano de saúde municipal; 
VI. Sensibilizar as famílias para a importância da saúde bucal na manutenção 
do bem-estar físico e mental; 
VII. Programar e realizar visitas domiciliares de acordo com as necessidades 
identificadas; 
VIII. Desenvolver ações intersetoriais para a promoção da saúde bucal. 
 
ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS DO CIRURGIÃO-DENTISTA (CD) 
 
I. Realizar exame clínico com a finalidade de conhecer a realidade 
epidemiológica de saúde bucal da comunidade; 
II. Realizar os procedimentos clínicos definidos na orma Operacional Básica do 
Sistema Único de Saúde – OB SUS 96 – e na orma Operacional da 
Assist ncia Saúde ( OAS); 
III. Assegurar a integralidade do tratamento no mbito da atenção básica para 
a população adscrita; 
IV. Encaminhar e orientar os usuários ue apresentarem problemas mais 
complexos a outros níveis de especialização assegurando, assim, o seu retorno 
e acompanhamento inclusive para fins de complementação do tratamento; 
V. Realizar atendimentos de primeiros cuidados nas urg ncias; 
VI. Realizar pequenas cirurgias ambulatoriais; 
VII. Prescrever medicamentos e outras orientaç es na conformidade dos 
diagnósticos efetuados; 
VIII. Emitir laudos pareceres e atestados sobre assuntos de sua compet ncia; 
IX. Executar as ações de assist ncia integral aliando a atuação clínica de 
saúde coletiva assistindo famílias indivíduos ou grupos específicos de acordo 
com plano de prioridades locais; 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 13 
X. Coordenar ações coletivas voltadas promoção e prevenção em saúde 
bucal; 
XI. Programar e supervisionar o fornecimento de insumos para aç es coletivas; 
XII. Supervisionar o trabalho desenvolvido pelo THD e o ACD; 
XIII. Capacitar as e uipes de saúde da família no ue se refere s aç es 
educativas e preventivas em saúde bucal; 
XIV. Registrar na Ficha D – Saúde Bucal do Sistema de Informação da Atenção 
Básica – Siab – todos os procedimentos realizados. 
 
ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS DO T C ICO EM HIGIE E DE TAL (THD) 
 
I. Realizar sob a supervisão do cirurgião dentista procedimentos preventivos 
nos usuários para o atendimento clínico como escovação supervisionada 
evidenciação de placa bacteriana aplicação tópica de flúor selantes raspagem 
alisamento e polimento; 
II. Realizar procedimentos reversíveis em atividades restauradoras sob 
supervisão do cirurgião dentista. 
III. Auxiliar o cirurgião-dentista (trabalho a uatro mãos); 
IV. Realizar procedimentos coletivos, como escovação supervisionada 
evidenciação de placa bacteriana e bochechos fluorados na Unidade Básica de 
Saúde da Família e espaços sociais identificados; 
V. Cuidar da manutenção e conservação dos e uipamentos odontológicos; 
VI. Acompanhar e apoiar o desenvolvimento dos trabalhos da e uipe de saúde 
da família no tocante saúde bucal; 
VII. Registrar na Ficha D – Saúde Bucal do Sistema de Informação da Atenção 
Básica – Siab – todos os procedimentos de sua compet ncia realizados. 
 
Cada uma dessas equipes se responsabiliza pelo acompanhamento de, no 
máximo, quatro mil habitantes em determinada área. O trabalho ocorre nas 
unidades de atenção básica de saúde, no domicílio e na comunidade, intervindo 
sobre os fatores de risco que estão expostas, realizando atividades de educação 
e promoção de saúde. Com o objetivo de ampliar a abrang ncia das aç es da 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 14 
APS bem como sua capacidade de resolução dos problemas de saúde foram 
criados em 2 8 os úcleos de Apoio Saúde da Família ( ASF) ue 
descrevemos em outra unidade. 
 
 Saúde (APS) 
A Atenção Primária Saúde (APS) também conhecida no Brasil como Atenção 
Básica (AB) da ual a estratégia saúde da família é a expressão ue ganha 
corpo no Brasil é caracterizada pelo desenvolvimento de um con unto de aç es 
de promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, 
tratamento, reabilitação e manutenção da saúde. 
 
Essas APSs têm como objetivo resolver os problemas de saúde mais comuns da 
população, reduzindo o dano ou sofrimento, e contribuir para uma melhor 
qualidade de vida para as pessoas acompanhadas. 
 
 
Atenção 
 É importante frisar que o foco não é a doença e, sim, a pessoa 
acompanhada e, ainda, uma característica importante é o 
acolhimento, que é um modo de agir frente àqueles que 
procuram o serviço, não só ouvindo suas necessidades, mas 
percebendo aquilo que muitas vezes não é falado. 
 
O acolhimento 
O acolhimento é uma diretriz da Política Nacional de Humanização (PNH), que 
não tem local nem hora certa para acontecer, nem um profissional específico 
para fazê-lo: faz parte de todos os encontros do serviço de saúde. 
O acolhimento é uma postura ética que implica na escuta do usuário em suas 
queixas, no reconhecimento do seu protagonismo no processo de saúde e 
adoecimento e na responsabilização pela resolução, com ativação de redes de 
compartilhamento de saberes. 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 15 
Acolher é um compromisso de resposta às necessidades dos cidadãos que 
procuram os serviços de saúde. Algumas condições devem chamar atenção, 
pois fazem aumentar o risco das pessoas adoecerem: 
 
• Baixa renda; 
• Desemprego; 
• Acesso precário a bens e serviços: água, luz elétrica, transporte etc.; 
• Falta de água tratada; 
• Lixo armazenado em locais inade uados; 
• Uso incorreto de venenos na lavoura; 
• Poluição do ar ou da água; 
• Esgoto a céu aberto; 
• Falta de alimentação ou alimentação inadequada; 
• Uso inade uado de medicamentos prescritos; 
• Automedicação; 
• Descontinuidade do tratamento. 
 
 
Atenção 
 Essas situações podem ser agravadas por fatores que dificultem 
o acesso das pessoas às unidades de saúde, como por exemplo: 
Serviços de transporte públicoinsuficientes ou ausência de 
condições de acesso de pessoas com deficiência física. Além 
disso, o profissional do PSF deve ser capaz de perceber as várias 
causas dos processos mórbidos, sejam físicos, mentais ou 
sociais, individuais ou coletivos, contextualizando, sempre, o 
indivíduo em seu hábitat. 
 
O cadastro das famílias 
A etapa inicial para o início do trabalho é o cadastro das famílias de sua 
microárea, ou sua área de atuação, onde cada ACS tenha, no máximo, em 
torno de 750 pessoas. É necessário o preenchimento de fichas específicas. Tal 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 16 
ação possibilita o conhecimento das reais condições familiares, tais como: a 
existência de população indígena, escolaridade, número de pessoas por sexo, 
idade, condições de habitação e etc. (Tabela 1). Esses dados devem ser de 
conhecimento de toda a equipe. 
 
Processo de coleta e sistematização de dados 
 
Dados demográficos: 
Ex.: nº de pessoas por sexo, faixa etária, nº de pessoas que nascem. 
 
Socioeconômicos: 
Ex.: nº de cômodos na casa, renda familiar. 
 
Epidemiológicos: 
Ex.: nº de pessoas diabéticas, acamados, nº de pessoas com deficiência. 
 
Sanitários: 
Ex.: acesso e saneamento. 
 
Tabela 1 - Processo de coleta e sistematização de dados: 
Fonte: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/manual_acs.pdf. 
Acesso em: 25 nov. 2014. 
 
Após o cadastramento, é importante mapear para melhorar os conhecimentos 
sobre tal região, representando no papel o que existe naquela determinada 
localidade: ruas, casas, escolas, serviços de saúde e outras coisas importantes. 
Esse mapeamento é feito também pelo ACS e o conjunto de todos os mapas 
feitos pelos ACS da equipe formarão um grande mapa de atuação da Equipe de 
Saúde da Família (ESF). 
 
É importante que todos os riscos estejam expostos em sua microárea, 
identificar a realidade da comunidade, intensificar os grupos de risco etc. 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 17 
A visita domiciliar 
A visita domiciliar é a atividade mais importante do processo. A entrada na casa 
de uma família representa não só o espaço físico, mas também tudo o que o 
espaço representa para a família. A sensibilidade de compreender o momento 
certo de se aproximar e estabelecer uma relação de confiança é uma habilidade 
importante ue a uda a construir o vínculo necessário ao desenvolvimento das 
aç es de promoção prevenção controle cura e recuperação. Em sentido 
etimológico confiança significa: ter fé unto com alguém ou se a acreditar 
junto com alguém em alguma coisa. 
 
É de fundamental importância nas práticas assistenciais que o paciente tenha 
confiança na equipe de saúde, isso reforça os laços e facilita que a equipe 
consiga atingir seu objetivo. 
 
A Política Nacional de Humanização (HumanizaSUS) 
O vínculo das práticas assistenciais gerou a ideia de criação, em 2003, da 
Política Nacional de Humanização (HumanizaSUS) que, na Atenção Básica, 
busca: 
 
Equipes que elaborem projetos terapêuticos individuais e coletivos para 
usuários e sua rede social, considerando as políticas intersetoriais; 
 
Serviços que tenham formas de acolhimento e inclusão da clientela de forma a 
promover o fim das filas, a hierarquização de riscos e o acesso aos demais 
níveis do sistema; 
 
As práticas terapêuticas devem promover resolução, diminuição do consumo de 
medicamentos e fortalecimento das relações entre a equipe e usuários; 
 
Os serviços devem ampliar a escuta entre as equipes e a população, gerando 
uma gestão participativa. 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 18 
 
 
Atenção 
 a primeira visita é indispensável que você diga seu nome, fale 
do seu trabalho, o motivo da visita e sempre pergunte se pode 
ser recebido naquele momento. 
Para o desenvolvimento de um bom trabalho em e uipe é 
fundamental que todos os profissionais aprendam a interagir 
com a comunidade, sem fazer ulgamentos uanto cultura 
crenças religiosas, situação socioeconômica, etnia, orientação 
sexual, deficiência física etc. Após a realização da visita, você 
deve verificar se o objetivo dela foi alcançado e se foram dadas 
e colhidas as informações necessárias. 
 
O cidadão no sistema de saúde do município 
A estratégia Saúde da Família deve ser a porta de entrada prioritária do cidadão 
no sistema de saúde do município. 
 
Estabelecer laços entre a equipe de saúde e a família. Inicia-se com o respeito 
pela pessoa humana e o processo de empatia. 
 
A sintetização da articulação entre as redes de saúde mental e 
atenção primária 
O cuidado em saúde mental na Atenção Básica é bastante estratégico pela 
facilidade de acesso das equipes aos usuários e vice-versa. Por essas 
características, é comum que os profissionais de saúde se encontrem a todo o 
momento com pacientes em situação de sofrimento psíquico. 
 
A atual política de saúde mental brasileira é resultado da mobilização de 
usuários, familiares e trabalhadores da saúde iniciada na década de 1980, com 
o objetivo de mudar a realidade dos manicômios onde viviam mais de 100 mil 
pessoas com transtornos mentais. Nas últimas décadas, esse processo de 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 19 
mudança se expressa especialmente por meio do Movimento Social da Luta 
Antimanicomial e de um projeto coletivamente produzido de mudança do 
modelo de atenção e de gestão do cuidado: a Reforma Psiquiátrica. 
 
Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) 
No processo de mudança, novos serviços foram criados, a saber, espaços de 
produção de sujeitos sociais, de produção de subjetividades, de espaços de 
convivência, de sociabilidade, de solidariedade e de inclusão. O Ministério da 
Saúde adotou os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) como dispositivos 
principais na estratégia de enfrentamento ao modelo assistencial tradicional. 
 
A Portaria nº 336 2 2 define os CAPS como “serviço ambulatorial de atenção 
diária que funciona segundo a lógica do território... sendo o articulador central 
das ações de saúde mental do município ou do módulo assistencial”. 
 
O CAPS tem como objetivo o desenvolvimento de projetos de vida, de produção 
social, além da promoção da melhoria da qualidade de vida dos indivíduos. 
Entre algumas de suas missões estão a de tecer laços para além dos serviços 
de saúde e de manter aquecidas suas relações com a cultura local. Uma das 
estratégias utilizadas para aquisição desse novo estatuto psiquiátrico é a 
aproximação entre os serviços comunitários substitutivos ao manicômio e as 
equipes de atenção básica. 
 
Uma das estratégias utilizadas para aquisição desse novo estatuto psiquiátrico é 
a aproximação entre os serviços comunitários substitutivos ao manicômio e as 
equipes de atenção básica. Ao CAPS é designada a função de supervisionar e 
capacitar tanto as equipes da atenção básica como os serviços e programas de 
saúde mental, no âmbito do seu território e/ou do módulo assistencial. 
 
A posição estratégica dos CAPS como articuladores da rede de atenção de 
saúde mental em seu território, é, por excelência, promotora de autonomia, já 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 20 
que articula os recursos existentes em variadas redes: sociossanitárias, 
jurídicas, sociais e educacionais, entre outras. 
 
A tarefa de promover a reinserção social exige uma articulação ampla, 
desenhada com variados componentes ou recursos da assistência, para a 
promoção da vida comunitária e da autonomia dos usuários dos serviços. 
Os CAPS, no processo de construção de uma lógica comunitária de atenção à 
saúde mental, oferecem então os recursos fundamentais para a reinserçãosocial de pessoas com transtornos mentais. 
 
A Política Nacional de Saúde Mental do SUS 
A Política Nacional de Saúde Mental do SUS tem como diretriz principal a 
redução gradual e planejada de leitos em hospitais psiquiátricos, com a 
desinstitucionalização de pessoas com longo histórico de internações. Ao 
mesmo tempo, prioriza a implantação e implementação de uma rede 
diversificada de serviços de Saúde Mental de base comunitária eficaz, capaz de 
atender com resolutividade aos pacientes que necessitem de cuidado. 
 
Com esse propósito, nos últimos anos, o Ministério da Saúde, através das 
políticas de expansão, formulação, formação e avaliação da Atenção Básica, 
vem estimulando ações que remetem à dimensão subjetiva dos usuários e aos 
problemas mais graves de saúde mental da população neste nível de atenção. 
 
A Estratégia Saúde da Família (ESF), tomada enquanto diretriz para 
reorganização da Atenção Básica no contexto do Sistema Único de Saúde – SUS 
tornou-se fundamental para a atenção das pessoas portadoras de transtornos 
mentais e seus familiares; com base no trabalho organizado segundo o modelo 
da atenção básica e por meio de ações comunitárias que favorecem a inclusão 
social dessas no território onde vivem e trabalham. 
 
A rede de saúde mental, segundo essa perspectiva, deve ser composta pelas 
seguintes ações e serviços: 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 21 
 
– Ações de saúde mental na atenção primária; 
– Centros de Atenção Psicossocial – CAPs; 
– Ambulatórios; 
– Residências terapêuticas; 
– Leitos de atenção integral em saúde mental (em CAPs III e em hospital 
geral); 
– Programa de Volta para Casa; 
– Cooperativas de trabalho e geração de renda; 
– Centros de convivência e cultura, entre outros. 
 
Equipes de saúde da família e de saúde mental 
Há princípios comuns entre a atuação das equipes de saúde da família e de 
saúde mental: 
 
– Atuação a partir do contexto familiar; 
– Continuidade do cuidado; 
– Organização em rede, que deve se articular para a produção de cuidados em 
saúde mental no território. 
 
A ideia é incluir ativamente, nas políticas de expansão, formulação e avaliação 
da atenção primária, as ações de saúde mental que, com potencial transversal, 
devem ajudar as equipes a trabalhar a dimensão do sofrimento psíquico. As 
equipes de Saúde da Família (SF) precisam ter o apoio e trabalharem próximas 
aos profissionais e serviços de Saúde Mental e possuir competência para atuar 
nas questões de saúde mental pertinentes ao seu nível de atenção; isso é 
conseguido por meio de treinamentos em saúde mental. 
 
O trabalho integrado das equipes de SF e Saúde Mental potencializa o cuidado 
e facilita uma abordagem integral, aumentando a qualidade de vida dos 
indivíduos e comunidades. Também propicia um uso mais eficiente e efetivo 
dos recursos e pode aumentar as habilidades e a satisfação dos profissionais. 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 22 
 
A articulação entre os serviços de saúde mental e a atenção básica deve ter 
como princípios a noção de território, a organização de uma rede de saúde 
mental, intersetorialidade, multidisciplinaridade e interdisciplinaridade, 
desinstitucionalização, promoção da cidadania dos usuários e construção de 
uma autonomia possível ao usuário e familiares. 
 
As principais razões para a integração de Saúde Mental na 
Atenção Primária 
A Organização Mundial da Saúde (OMS), juntamente com a Associação Mundial 
de Médicos de Família, recentemente, apontaram as principais razões para a 
integração de Saúde Mental na Atenção Primária: 
 
• Relevante magnitude e preval ncia dos transtornos mentais; 
• ecessidade de um cuidado integral em saúde devido indissociação entre os 
problemas físicos e de Saúde Mental; 
• Altas preval ncias de transtornos mentais e baixo número de pessoas 
recebendo tratamento; 
• Aumento do acesso aos cuidados em Saúde Mental uando realizados na 
Atenção Primária; 
• Maior ualificação das aç es e dos serviços propiciando o respeito aos 
direitos humanos; 
• Redução de custos indiretos com a procura de tratamento em locais distantes; 
• Bons resultados para a integralidade da saúde de su eitos com sofrimento 
psíquico. 
 
Apoio matricial da Saúde Mental na Atenção Básica 
Para o melhor manejo da Saúde Mental na Atenção Básica, propõe-se um 
trabalho compartilhado de suporte às equipes de SF através do 
desenvolvimento do apoio matricial em saúde mental. 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 23 
O apoio matricial tem como objetivo proporcionar suporte técnico, em áreas 
específicas, às equipes responsáveis pelo desenvolvimento de ações básicas de 
saúde, o que favorece a corresponsabilização. 
 
Objetiva também proporcionar suporte técnico, em áreas específicas, às 
equipes responsáveis pelo desenvolvimento de ações básicas de saúde e 
minimiza os encaminhamentos indiscriminados. As equipes de saúde mental de 
apoio à atenção básica devem incorporar ações de supervisão, de atendimento 
em conjunto e de atendimento específico, além de participar das iniciativas de 
qualificação dos profissionais. 
 
O apoio matricial e suas dimensões 
O Apoio Matricial tem duas dimensões: 
 
• Suporte assistencial ue envolve uma ação clínica direta com os usuários; 
• Suporte técnico-pedagógico, que estrutura uma ação e apoio educativo em 
conjunto com a equipe. 
 
Ao aumentar a capacidade das equipes de Saúde da Família em lidar com o 
sofrimento psíquico e integrá-las com os demais pontos da rede assistencial, o 
apoio matricial possibilita que a prevenção e o tratamento dos transtornos 
mentais, assim como a promoção da saúde e a reabilitação psicossocial, 
aconteçam a partir da Atenção Básica. A corresponsabilização pela demanda – 
tanto a equipe de Saúde da Família como a equipe de Saúde Mental são 
responsáveis por determinado território –, leva à desconstrução da lógica de 
referência e contrarreferência, que favorece a desresponsabilização e dificulta o 
acesso da população. 
 
 
 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 24 
 
Atenção 
 O cuidado compartilhado prevê uma rede de ações, dispositivos 
de saúde e dispositivos comunitários que possibilitem que o 
processo de cuidar se organize tendo como eixo central o sujeito 
e seu processo de saúde/doença. Assim, todos são responsáveis 
pela garantia do acesso, da equidade e da universalidade. Esse 
cuidado torna-se um dispositivo para que os usuários também 
possam se responsabilizar pelo seu tratamento, pelos seus 
sintomas e pela sua vida, produzindo outras relações com o seu 
processo de adoecimento. 
Para que as ações de saúde mental sejam desenvolvidas na 
Atenção Básica, é fundamental a qualificação das equipes, 
potencializando a rede e qualificando o cuidado. Isso faz das 
equipes de apoio matricial o dispositivo para se adotar uma 
formação continuada e em serviço, por meio de discussões de 
textos, casos e situações, contribuindo assim para a ampliação 
da clínica. 
 
Princípios comuns em Saúde Mental e Atenção Básica 
A inclusão das ações de Saúde Mental na Atenção Básica possibilita, entre 
outros benefícios, tornar as fronteiras instáveis, permeáveis, proporcionando 
aos portadores de transtornos mentais sair de um lugar segregado, excludente, 
para um de convívio, de agenciamentos, de possibilidades, de vida. Assim, 
existem princípios que norteiam tanto as ações de saúde mental quanto as da 
Atenção Básica, pautando-se em algumas noções e conceitos como articulação, 
acolhimento, responsabilização, estabelecimento de vínculos e integralidade do 
cuidado. 
 
Articulação 
A complexidadedos problemas de saúde mental exige a articulação entre as 
múltiplas formas assistenciais às quais o usuário recorre como subsídio para 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 25 
suas demandas e necessidades de vida. As tentativas de consolidação das redes 
assistenciais pelas políticas ou pelas iniciativas dos sujeitos participantes desse 
processo almejam a integralidade do cuidado na sua dimensão plena. A 
articulação com os serviços especializados, principalmente com os CAPS, 
organiza o fluxo de atendimento e o processo de trabalho de forma a 
horizontalizar as especialidades e permitir que elas permeiem toda a atuação 
das equipes de saúde. 
 
Muitos casos graves que necessitariam de cuidado mais intensivo em unidades 
de Saúde Mental de maior complexidade permanecem na Atenção Básica 
devido ao vínculo, questões geográficas e socioeconômicas, o que reforça a 
importância das ações locais de Saúde Mental. O CAPS é um serviço de 
referência para casos graves, que necessitem de cuidado mais 
intensivo e/ou de reinserção psicossocial, e ultrapassem as 
possibilidades de intervenção das equipes de Saúde da Família e das 
intervenções conjuntas das equipes dos Núcleos de Apoio à Saúde da 
Família (NASF) e Saúde da Família. 
 
 
Atenção 
 Além dos serviços específicos de cuidados em Saúde Mental, das 
equipes de Saúde da Família e dos NASF, que viabilizama 
construção de uma rede de atenção, esses dispositivos devem 
estar articulados à rede de saúde em geral e também a outros 
recursos intersetoriais e da comunidade. 
 
Acolhimento 
O acolhimento, como ação, atravessa processos relacionais em saúde 
rompendo com o atendimento tecnocrático, criando um atendimento mais 
humanizado possibilitando que o usuário assuma o lugar central das atividades 
de saúde. 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 26 
O acolhimento advém da participação efetiva e afetiva entre a equipe e a 
população adscrita, pois exige uma atenção solidária, não mecanizada, a todas 
as pessoas, com uma escuta qualificada dos problemas de saúde, possibilitando 
a criação de vínculos. 
 
Responsabilização 
A Portaria nº 336/2002 diz que os CAPS devem se responsabilizar pela 
coordenação e pela organização da demanda e da rede de cuidados em saúde 
mental no âmbito de seu território. 
 
O território é a área sobre a qual o serviço deve assumir a responsabilidade 
sobre as questões de saúde mental. Isto significa que uma equipe deve atuar 
no território de cada usuário, nos locais que compõem suas vidas cotidianas, 
visando enriquecê-lo e expandi-lo. No entanto, é importante garantir 
acessibilidade das ações e serviços de saúde, pois o serviço pode estar ou não 
acontecendo para o usuário, o que prejudica seu acesso a ele. 
 
Estabelecimento de vínculos 
Os vínculos que norteiam os projetos de intervenções integrais de atenção e 
cuidado à saúde são constituídos a partir de escuta e responsabilização entre 
sujeitos. A noção de vínculo está ligada a demais conceitos, como o da 
continuidade, da responsabilização, do acolhimento, da acessibilidade e do 
afeto. O vínculo é obtido através da compreensão e escuta entre profissional e 
usuários. 
 
Políticas e programas 
O governo criou ao longo dos anos algumas políticas e programas para a 
atenção à Saúde Mental, baseando-se principalmente na Lei 10.216, de 6 de 
abril de 2002, que confere ao estado a responsabilidade para o 
desenvolvimento da política de saúde mental, assistência e promoção das ações 
de saúde aos portadores de transtorno mental. Hoje temos um rol de políticas e 
programas voltados para a saúde mental, são elas: 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 27 
• Serviços Residenciais Terapêuticos – SRT; 
• Centro de Atenção Psicossocial – CAPS; 
• Escola de Redutores de Danos – ERD; 
• Programa de Volta para Casa – PVC; 
• Leitos de Atenção Integral – LAI; 
• Programa acional de Avaliação de Serviços Hospitalares – PNASH. 
 
Atividade proposta 
São ações da Estratégia Saúde da Família: 
• A e uipe ir às casas das pessoas; 
• Ver de perto a realidade de cada família; 
• Tomar provid ncias para evitar as doenças; 
• Atuar para curar os casos em que a doença já existe; 
• Dar orientação para garantir uma vida melhor com saúde. 
Descreva como as equipes são compostas e, depois, amplie a pesquisa 
identificando exemplos de composições no município que atua ou em outros 
municípios pesquisados: 
 
Chave de resposta: A composição das equipes varia da composição básica à 
composição ampliada. 
Composição básica: 
• 1 médico de família; 
• 1 enfermeiro; 
• 1 técnico em enfermagem; 
• 6 agentes comunitários de saúde. 
Quando ela é ampliada, além da composição acima, pode contar também com: 
• 1 dentista; 
• 1 auxiliar de consultório dentário; 
• 1 técnico em higiene dental. 
 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 28 
 
Material complementar 
 
Para saber mais sobre a saúde da família, acesse os textos 
disponíveis em nossa biblioteca virtual. 
 
Acesse também os vídeos sobre este tema, disponíveis em nossa 
galera de vídeo. 
 
Referências 
BRASIL. (1998). Programa de Saúde da Família – PSF. Brasília, DF: Autor. 
Retrieved June 23, 2003. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/. 
Acesso em: 17 nov. 2014. 
BRASIL. (2000). Avaliação da implantação e funcionamento do 
Programa de Saúde da Família. Brasília, DF: Autor. Brasil. (2002). Política 
Nacional de Promoção da Saúde. Brasília, DF: Autor. 
BRASIL. Programa Saúde da Família – PSF. Brasília, DF: Autor, 2004. 
Disponível em: http://dtr2001.saude.gov.br/psf/equipes/quantos.asp. Acesso 
em: 17 nov. 2014. 
BRASIL. Casa Civil. Lei 10.216, de 06 de abril de 2001. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10216.htm. Acesso em: 03 
set. 2014. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n. 336, de 19 de fevereiro de 2002. 
Brasília: Diário Oficial da União, 08 ago. 2002. 
______. Ministério da Saúde. Portaria n. 154, de janeiro de 2008. Disponível 
em: http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/Port2008/GM/GM-154.htm. 
Acesso em: 03 set. 2014. 
CORREIA, V. R.; BARROS, S.; COLVERO, L. A. Saúde mental na atenção básica: 
prática da equipe de saúde da família. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo, v. 
45, n. 6, dez. 2011. 
CREVELIM, M. A. Participação da comunidade na equipe de saúde da família: É 
possível estabelecer um projeto comum entre trabalhadores e usuários? 
Ciência e Saúde Coletiva,10(2), 323-331, 2005. 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 29 
DIMENSTEIN, M.; Santos, Y. F. Avaliação em serviços de saúde: O que pensam 
usuárias da rede básica de Natal. In: L. O. Borges (Ed.). Os profissionais de 
saúde e seu trabalho. São Paulo, SP: Casa do Psicólogo, 2005. p. 6990. 
FERRAZ, L.; AERTS, D. R. G. C. O cotidiano de trabalho do agente comunitário 
de saúde no PSF em Porto Alegre. Ciência e Saúde Coletiva, 10(2), 347-355, 
2005. 
MORAIS, A. P. P.; TANAKA, O. Y. Apoio matricial em saúde mental: alcances e 
limites na atenção básica. Saúde soc., São Paulo, v. 21, n. 1, mar. 2012. 
NASCIMENTO, M. S.; NASCIMENTO, M. A. A. Prática da enfermeira no 
Programa de Saúde da Família: A interface da vigilância da saúde versus as 
ações programáticas em saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 10(2), 333-345, 
2005. 
NEMES FILHO, A. Breves reflexões sobre o Programa de Saúde da Família... 
Interface – Comunicação Saúde e Educação, 9, 154-156, 2001. 
OLIVEIRA, S. F (2006). Avaliação do Programa Saúde da Família: Uma 
análise a partir das crenças dos profissionais da equipe de saúde e da 
população assistida. Dissertação de Mestrado não publicada, Programa de Pós-
Graduaçãoem Psicologia Social, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 
PB. 
PEDUZZI, M. Equipe multiprofissional de saúde: Conceito e tipologia. Revista 
de Saúde Pública, 35(1), 103-109, 2001. 
PINTO, Antonio Germane Alves et al. Apoio matricial como dispositivo do 
cuidado em saúde mental na atenção primária: olhares múltiplos e dispositivos 
para resolubilidade. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 17, n. 
3, mar. 2012. 
RIBEIRO, E. M.; PIRES, D.; BLANK, V. L. G. A teorização sobre o processo de 
trabalho em saúde como instrumental para análise do trabalho no Programa 
Saúde da Família. Caderno de saúde Pública, 20(2), 438-446, 2004. 
ROCHA, A. A. R. M.; Trad, L. A. B. A trajetória profissional de cinco médicos do 
Programa saúde da Família: Os desafios de construção de uma nova prática. 
Interface – Comunicação Saúde e Educação, 9(17), 303-316, 2005. 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 30 
SCHIMITH, M. D.; Lima, M. A. D. S. Acolhimento e vínculo em uma equipe do 
Programa Saúde da Família. Caderno de Saúde Pública, 20(6), 1487-1494, 
2004. 
SOUSA, M. L. T.; TOFOLI, L. F. F. Apoio Matricial em Saúde Mental na Atenção 
Primária: Acesso e Cuidado Integral. Cadernos ESP, Ceará, v. 6, n. 2, p. 13-
21, jul./dez. 2012. 
SOUZA, A. C.; RIVERA, F. J. U. A inclusão das ações de saúde mental na 
Atenção Básica: ampliando possibilidades no campo da saúde mental. Rev 
Tempus Actas Saúde Colet. Brasília, v. 4, n. 1, p. 105-14, 2010. 
SILVA, I. Z. Q. J.; Trad, L. A. B. O trabalho em equipe no PSF: Investigando a 
articulação técnica e a interação entre os profissionais. Interface (Botucatu), 
9(16), 25-38, 2005. 
Trad, L. A. B.; BASTOS, A. C. S.; SANTANA, E. M.; NUNES, M. O. Estudo 
etnográfico da satisfação do usuário do Programa de Saúde da Família (PSF) na 
Bahia. Revista Ciência Saúde Coletiva, 7(3), 581-589, 2002. 
TRIBUNAL de Contas da União. Avaliação do Programa de Saúde da Família - 
PSF. Brasília, DF: Autor, 2002. 
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO) and WORLD ORGANIZATION of 
FAMILY DOCTORS. Integrating mental health into primary care: a global 
perspective. Geneva, 2008. Disponível em: 
http://www.who.int/mental_health/resources/mentalhealth_PHC_2008.pdf. 
Acesso em: 04 set. 2014. 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
A Atenção Primária Saúde (APS) também conhecida no Brasil como Atenção 
Básica (AB) da ual a Estratégia Saúde da Família é a expressão ue ganha 
corpo no Brasil é caracterizada pelo desenvolvimento de um con unto de aç es 
de promoção e proteção da saúde prevenção de agravos diagnóstico 
tratamento reabilitação e manutenção da saúde. Tais aç es t m como 
objetivo: 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 31 
a) Resolver os problemas de saúde mais comuns da população, reduzindo o 
dano ou sofrimento e contribuem para uma melhor qualidade de vida 
para as pessoas acompanhadas, diminuindo a necessidade de 
hospitalização. 
b) Aumentar a distribuição de renda para a melhoria da saúde nas regiões 
onde estão sendo aplicadas. 
c) Ressaltar a necessidade de aberturas de clínicas e hospitais privados em 
todo o país diminuindo os gastos do SUS. Esse aumento de vagas 
soluciona a questão das doenças e promove a saúde básica. 
d) Trazer atenção à saúde com a finalidade de aumentar o número de leitos 
em hospitais e qualificar a saúde de alta complexidade. 
e) Aumentar o fluxo de pacientes à rede hospitalar instalada. 
 
Questão 2 
Algumas condições podem aumentar o risco das pessoas adoecerem. Essas 
situações podem ser agravadas por fatores que dificultem o acesso das pessoas 
às unidades de saúde. Os riscos podem ser aumentados nas seguintes 
situações: 
a) Na sanidade básica e uso de medicação prescrita 
b) Falta de energia elétrica e esgotos a céu aberto 
c) Nutrição adequada e indivíduos com empregos com carga horária de 8 
horas ao dia 
d) Uso de transporte público e acesso a cadeirantes 
e) Acesso a saneamento básico e água potável 
 
Questão 3 
Considere as assertivas a seguir relacionadas às atribuições do enfermeiro 
frente ao programa de atenção à saúde da família: 
I-Realizar assist ncia integral (promoção e proteção da saúde prevenção de 
agravos diagnóstico tratamento reabilitação e manutenção da saúde) aos 
indivíduos e famílias na USF e uando indicado ou necessário no domicílio 
e ou nos demais espaços comunitários (escolas associaç es etc.) em todas as 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 32 
fases do desenvolvimento humano: inf ncia adolesc ncia idade adulta e 
terceira idade; 
II-Acompanhar e apoiar o desenvolvimento dos trabalhos da e uipe de saúde 
da família no tocante saúde bucal; 
III-Contribuir e participar das atividades de Educação Permanente do Auxiliar 
de Enfermagem Auxiliar de Consultório Dentário (ACD) e Técnico em Higiene 
Dental (THD); 
IV-Plane ar gerenciar coordenar e avaliar as aç es desenvolvidas pelos ACS. 
Indique nas alternativas a seguir a única correta: 
a) Somente a II é falsa 
b) Somente a III é falsa 
c) As assertivas I e II são falsas 
d) Somente a IV é falsa 
e) As assertivas III e IV são falsas 
 
Questão 4 
A Estratégia da Saúde da Família é operacionalidade pelo departamento de 
atenção básica, vinculado à secretaria de atenção à saúde, no Ministério da 
Saúde. É uma política compartilhada por Estados, Distrito Federal e Municípios. 
Uma mudança de conceito importante no desenvolvimento da ESF, na questão 
da diminuição de internações, é: 
a) Aumentar a distribuição de medicações. 
b) Focar-se nos exames complementares e se preocupar com as questões 
fora do hábitat. 
c) Superar o antigo conceito de focar-se na doença, dessa forma, 
implementando a promoção de saúde e melhorando a qualidade de vida 
dessa comunidade devido à preocupação na contextualização de cada 
indivíduo. 
d) Aumentar o número de membros da equipe e permitir a cada uma 
atender cerca de 12.000 pessoas ao redor e a cada ACS, em torno de 
3.500 pessoas, facilitando o mapeamento e desenvolvendo atividades 
educativas de saúde. 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 33 
e) Focar na complexidade do procedimento e nas especializações dos 
atendimentos, auxiliando a rede hospitalar no atendimento. 
 
Questão 5 
Na ESF, para o desenvolvimento de um bom trabalho em equipe, é 
fundamental ue todos os profissionais aprendam a interagir com a 
comunidade sem fazer ulgamentos uanto cultura crenças religiosas 
situação socioecon mica etnia orientação sexual defici ncia física etc. Após a 
realização da visita voc deve verificar se o ob etivo dela foi alcançado e se 
foram dadas e colhidas as informaç es necessárias. Podemos afirmar ue a 
atividade mais importante do processo de coleta e sistematização de dados é: 
a) A visita familiar 
b) A definição da microrregião 
c) A definição dos componentes das equipes 
d) A rede hospitalar de referência 
e) O tamanho da amostra populacional 
 
Questão 6 
O Apoio Matricial integra as equipes, proporciona educação continuada e 
suporte direto com o usuário. Sendo assim, por que é importante integrar as 
equipes de Saúde da Família e Saúde Mental? 
a) Porque 16% dos municípios têm ações de saúde mental em serviços 
especializados, e o SUS pressupõe que os cuidados mais complexos 
devem ser ampliados para melhorar o acesso da população. 
b) Porque a equipe de saúde da família deve reportar os casos de doença 
mental na comunidade à equipe de saúde mental, para que esta possa 
tratar dos casos. 
c) Porque são os mesmos profissionais que atuam em ambos os serviços. 
d) Para favorecer o encaminhamento dos doentes mentais aos hospitais. 
e) Para articular a produção de cuidados emsaúde mental no território e 
garantir o cumprimento dos princípios de equidade e integralidade do 
SUS. 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 34 
 
Questão 7 
Leia com atenção as seguintes afirmativas sobre os serviços de saúde mental: 
1. Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), dentro da lógica matricial, são 
responsáveis por organizar o fluxo de atendimento e também o processo de 
trabalho dos cuidados em saúde mental. 
2. Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) são constituídos por 
profissionais de diversas áreas do conhecimento e visam ao compartilhamento 
de tecnologias em saúde, inclusive de saúde mental, com as equipes de saúde 
da família. 
3. São exemplos de serviços que compõem a rede de saúde mental: ações de 
saúde mental na Atenção Primária, Centros de Atenção Psicossocial, 
ambulatórios, residências terapêuticas, leitos em hospitais gerais, Programa de 
Volta para Casa, cooperativas de trabalho e geração de renda, centros de 
convivência e cultura, etc. 
Agora, nas alternativas a seguir, indique a única correta: 
a) Somente as afirmações 1 e 2 estão corretas 
b) Somente as afirmações 1 e 3 estão erradas 
c) Somente a afirmação 2 está correta 
d) Somente a afirmação 3 está errada 
e) Todas as afirmações estão corretas 
 
Questão 8 
O CAPS tem por função acolher as demandas de localidades específicas, através 
de intervenção multidisciplinar e interdisciplinar, além de: 
a) Organizar a rede de atenção municipal 
b) Promover o afastamento esporádico de portadores de sofrimento mental 
através de ações intersetoriais 
c) Promover a reinserção social do portador de sofrimento mental através 
do fortalecimento de seus laços familiares e comunitários. 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 35 
d) Acolher em atendimento portadores de sofrimentos mentais leves e 
instáveis, preservando seus laços sociais através de afastamento 
recorrente. 
e) Definir o número de vagas de internação hospitalar que cada localidade 
vai ter. 
 
Questão 9 
A alternativa que melhor caracteriza o movimento da Reforma Psiquiátrica no 
Brasil é: 
a) Defesa e consolidação do modelo asilar em meio aberto para tratamento 
do portador de sofrimento mental. 
b) Participação restritiva da família do projeto terapêutico, pelo 
entendimento de que esta é a grande causadora do sofrimento mental. 
c) Transformação da assistência ao portador de sofrimento mental com a 
construção de possibilidades de garantia de sua inserção e de sua família 
em um projeto terapêutico. 
d) Previsão de fechamento de leitos de internação psiquiátrica e 
direcionamento do tratamento para o nível ambulatorial. 
e) A continuidade da exclusão social e do isolamento do paciente. 
 
Questão 10 
Os princípios fundamentais da articulação entre Saúde Mental e Atenção Básica 
são, exceto: 
a) Noção de território 
b) Reabilitação psicossocial 
c) Multiprofissionalidade/interdisciplinaridade 
d) Organização da atenção individualista em saúde mental 
e) Vínculo 
 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 36 
Aula 5 
Exercícios de fixação 
Questão 1 - A 
Justificativa: A Atenção Básica é o primeiro e o mais frequente contato das 
pessoas com as redes de serviços de saúde, onde são realizadas as primeiras 
consultas. Os pacientes recebem orientação para que previnam-se de doenças 
e tenham um tratamento precoce e efetivo. 
 
Questão 2 - B 
Justificativa: Algumas condições devem chamar atenção pois fazem aumentar 
o risco de as pessoas adoecerem. O profissional do PSF deve ser capaz de 
perceber as várias causas dos processos mórbidos se am físicos mentais ou 
sociais, individuais ou coletivos, contextualizando, sempre, o indivíduo em seu 
hábitat. 
 
Questão 3 - A 
Justificativa: Os enfermeiros acompanham e promovem a capacitação dos 
agentes comunitários de saúde (ACS) e auxiliares de enfermagem, são 
corresponsáveis pela administração da unidade e atuam na assistência. Trata-
se de um papel fundamental nas ESFs, pois cabe a eles o acompanhamento e 
supervisão do trabalho, a educação permanente dos ACS e auxiliares de 
enfermagem, além de atuarem na assistência com ênfase na promoção da 
saúde. 
 
Questão 4 - D 
Justificativa: A Estratégia da Saúde da Família vem a superar o antigo conceito 
de focar-se na doença, desenvolvendo-se por meio de práticas gerenciais e 
sanitárias, democráticas e participativas, sob a forma de trabalho em equipes 
de saúde. 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 37 
Questão 5 - A 
Justificativa: A visita domiciliar é a atividade mais importantes do processo, a 
entrada na casa de uma família representa não só o espaço físico, mas também 
tudo o que o espaço significa para a família. É preciso sensibilidade para 
compreender o momento certo de se aproximar e estabelecer uma relação de 
confiança, habilidade importante que ajuda a construir o vínculo necessário ao 
desenvolvimento das ações de promoção, prevenção, controle, cura e 
recuperação. 
 
Questão 6 - E 
Justificativa: A articulação e corresponsabilização entre equipes de saúde 
mental e equipes saúde da família são importantes para garantir que os 
cuidados aos que necessitam de atenção em saúde mental permaneçam em 
determinado território, e que se evite encaminhamentos inadequados para 
outras unidades da rede, mantendo a socialização do indivíduo e o 
cumprimento dos princípios de equidade e integralidade do SUS. 
 
Questão 7 - E 
Justificativa: A complexidade dos problemas de saúde mental exige a 
articulação entre as múltiplas formas assistenciais às quais o usuário recorre 
como subsídio para suas demandas e necessidades de vida. As tentativas de 
consolidação das redes assistenciais pelas políticas ou pelas iniciativas dos 
sujeitos participantes desse processo almejam a integralidade do cuidado na 
sua dimensão plena. 
 
Questão 8 - C 
Justificativa: O CAPS deve promover a reinserção social do portador de 
sofrimento mental através do fortalecimento de seus laços familiares e 
comunitários no território adscrito. O afastamento fazia parte do antigo modelo 
de saúde mental, no modelo hospitalocêntrico psiquiátrico. Assim, as demais 
alternativas estão incorretas. 
 
 
 ORGANIZAÇÃO DE UNIDADES DE SAÚDE 38 
Questão 9 - C 
Justificativa: A Reforma Psiquiátrica se baseia na retirada do portador de 
sofrimento mental de asilo manicomiais e a sua inserção na sociedade, com a 
participação familiar ativa em projetos terapêuticos. 
 
Questão 10 - D 
Justificativa: Essa opção está incorreta, devido à articulação se basear na 
coletividade multiprofissional. Muitos casos graves que necessitariam de 
cuidado mais intensivo em unidades de Saúde Mental de maior complexidade 
permanecem na Atenção Básica devido ao vínculo, questões geográficas e 
socioeconômicas, o que reforça a importância das ações locais de Saúde 
Mental.

Outros materiais