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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS BACHARELADO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Nome: Raquel da Costa de Jesus Matrícula: 17213110219 Polo: Nova Iguaçu Curso: Administração Pública Atividade Avaliativa 8 Quais as ambiguidades do liberalismo? O Liberalismo prega a liberdade de mercado, o indivíduo, o Estado para todos e não apenas para uma minoria privilegiada. Contudo, com o passar dos séculos, vê-se atualmente que a burguesia – que no início era a classe oprimida pelo sistema vigente – atualmente é a classe opressora do proletariado. Hoje é ela quem assumiu o papel da minoria privilegiada que se interessa apenas em avançar seus interesses em detrimento dos interesses do todo, utilizando- se até mesmo de meios escusos para atingir seus objetivos. Outro aspecto dessa ambiguidade é a ideia do mercado ser livre porém existirem oligarquias que o dominam. Na teoria liberal, o mercado deve ser livre de qualquer tipo de intervenção, porém o que se vê nos dias de hoje é a existência de oligarquias que concentram a oferta de dinheiro nas mãos de um oligopólio liderado por pouquíssimas empresas e bancos e assim ao invés de termos livre concorrência nos mercados e a coibição de oligopólios, como a teoria liberal designa, temos o contrário, onde oligarquias burguesas praticamente tomaram seus países refém de seus interesses. Além disso, a ambiguidade também pode ser vista no fato de que no Liberalismo um dos pontos principais é o não intervencionismo do Estado na economia. Os teóricos liberais propõem economia desregulamentada pois acreditam nesse caminho para a elevação da produção e consequentemente aumento na geração de emprego e renda. Todavia, quando o pais, seja o motivo que for, está passando por uma crise econômica, aí verifica-se a necessidade do Estado ter de intervir na economia para acabar ou ao menos amenizar a crise. E por fim, vemos ambiguidade quando a teoria liberal é contra a exclusão social e, em sua teoria, é gerador de empregos, porém visualizamos na prática que o Liberalismo acaba sendo um concentrador de renda e gerando mais pobreza já que os conceitos de Liberalismo e Democracia acabam se sobrepondo um ao outro pois, na realidade prática, a liberdade individual de caráter privado tem maior prioridade sobre a liberdade coletiva de caráter público, devido a diminuição da participação do Estado. Quais as principais críticas que os filósofos de Frankfurt fizeram ao marxismo? Os estudos dos filósofos de Frankfurt ficaram conhecidos como Teoria Crítica, que se contrapõe a Teoria Tradicional. A tradicional é neutra em seu uso enquanto a crítica busca analisar as condições sócio-políticas e econômicas de sua aplicação, visando a transformação da realidade. A Escola de Frankfurt critica o marxismo relacionado a razão. Em ambos os casos eles denunciam a prevalência da razão instrumental sobre a razão crítica. A razão instrumental ocorre quando o objetivo final do conhecimento e domínio da Natureza é o lucro, o que deturpa a consciência individual em prol do lucro que este conhecimento gera. A crítica ao marxismo é que Marx ainda demonstra esperança de mudança enquanto que Hockheimer e Adorno (principais filósofos da Escola de Frankfurt) mostram completa desesperança com relação a possibilidade de transformação dessa realidade social. Isso se deve a uma ausência de consciência revolucionária no proletariado. Além disso, a Escola de Frankfurt critica o marxismo quando Marx elabora a ideia de que a razão pode controlar os rumos da história e pode ser o meio de acabar com as desigualdades sociais e econômicas no mundo pois para a Escola de Frankfurt esse pensamento é tão alienante quanto a teoria da Industria Cultural que Hockheimer e Adorno desenvolveram (nela, eles exprimem a ideia de que fazer cultura a partir da lógica da produção industrial a fim de padronizar o pensamento na sociedade para assim manipular de maneira mais fácil as massas). Horkheimer e Adorno acreditam que a razão instrumental é a que domina o mundo atualmente e, portanto, a teoria de Marx é utópica e obsoleta para a realidade que o mundo mostra. O que se pode aproveitar hoje e o se pode criticar tanto no modelo liberal quanto no modelo socialista? No Socialismo a ideia principal é a de igualdade, onde é advogada a administração e propriedade pública/coletiva dos meios de produção e distribuição de bens, propondo-se a construir uma sociedade caracterizada pela igualdade de oportunidade e meios para todos os indivíduos. Já no Liberalismo, a ideia principal é a de liberdade. Todo indivíduo tem direitos humanos inatos, cabendo ao governo respeitá-los e atuar principalmente para resolver disputas quando interesses individuais se chocam, ou seja, o Liberalismo entende que o indivíduo tem prioridade sobre o coletivo. Como algo a se criticar no Liberalismo temos a ambiguidade já explorada nessa atividade de ser na teoria, um modelo para se diminuir as desigualdades sociais, porém na prática acaba gerando concentração de renda nas mãos de poucos enquanto a maioria continua em estado de pobreza. Já no Socialismo é possível criticar o estatismo e a centralização do capital, alegando que faltam incentivos às instituições estatais para agirem de forma eficiente como as empresas capitalistas. Como as estatais de forma geral não trabalham com muitas restrições orçamentárias, elas podem acabar por prejudicar a economia geral.
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