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Complexo de Histocompatibilidade Central

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Complexo de Histocompatibilidade Central (MHC) 
Para que o sistema imune consiga atacar um invasor, deve ser capaz de diferenciar entre os 
componentes corporais antígenos próprios e os “não próprios”, que seriam os invasores. 
Esse reconhecimento é feito com a utilização de um conjunto de genes altamente 
polimórficos de MCH, que codificam proteínas enviadas para a superfície celular (MHC I e II) com 
a finalidade de apresentar pequenos peptídeos antigênicos às células T. 
Dessa forma, os componentes da imunidade adaptativa são capazes de ser alertados em casos 
de infecção ou mal funcionamento celular e sua resposta é específica e adequada aos peptídeos 
apresentados na fenda do MHC. 
OBS.: O reconhecimento de antígenos pelas células T é restrito ao complexo de 
histocompatibilidade central (MHC). 
Funções gerais do MHC 
1. Mostrar antígenos próprios e confirmar que a célula está saudável 
2. Mostrar antígenos estranhos presentes na célula para iniciar resposta citotóxica 
3. Mostrar peptídeos próprios no timo para manter a tolerância 
4. Mostrar peptídeos estranhos de origem extracelular para ativar células T helper 
Diferenças estruturais 
MHC de classe I 
 Possui uma unidade proteica passando pela membrana 
 Por ele passam peptídeos formados por cerca de 8 a 10 aminoácidos 
 Peptídeos se expressam pelos domínios α1 e α2 
MHC de classe II 
 Possui duas unidades proteicas passando pela membrana 
 Por ele passam peptídeos formados por cerca de 13 a 18 aminoácidos 
Maiores, uma vez que esse MHC se relaciona a células fagocíticas 
 Peptídeos se expressam pelos domínios α1 e β1 
 
 
 
 
MHC de classe I MHC de classe II 
 
Ambas as moléculas de MHC se situam inicialmente no tecido endoplasmático rugoso e depois são 
expressas na membrana. 
 
 Relaciona-se o MHC de classe I à apresentação de fatores endógenos, já manifestados 
no citosol ou núcleo celular, incluindo proteínas próprias. 
Ex.: Antígenos virais e tumorais 
Por essa razão, é uma molécula chave para reconhecimento de antígenos patogênicos para 
as células de função citotóxica (TCD8). 
 
 Relaciona-se o MHC de classe II à apresentação de fatores exógenos/fagocitados, 
geralmente presente em fagolisossomos, por isso, é molécula chave para reconhecimento de antígenos 
patogênicos para as células de função auxiliar (TCD4) 
 
Todas as células do organismo, com exceção dos eritrócitos, são capazes de expressar 
MHC de classe I, porém o MHC de classe II se restringe às células do sistema imune, com especial 
as fagocíticas – APCs 
 
Interferon e MHC – Resposta antiviral 
O interferon aumenta a expressão do MHC de classe I e a apresentação de antígeno em todas 
as células, e como consequência o TCD8 potencializa a sua função citotóxica. 
Porém, células infectadas por vírus e células tumorais possuem um efeito que impede a 
expressão de MHC na célula, deixando o sistema imune “cego”. 
Como resposta, o interferon ativa células NK, que têm a função de destruir células que não 
expressam MHC. 
Como o MHC de classe II atua no reconhecimento viral? 
Através da apresentação cruzada! 
Vírus infecta a célula utilizando seus mecanismos metabólicos para produção de proteínas 
necessárias à sua replicação Peptídeos virais são apresentados na fenda do MHC de classe I 
TCD8 exerce sua função citotóxica e mata a célula infectada Macrófagos e outras células de 
limpeza fagocitam restos celulares Fagossomo possui proteínas virais presentes na célula morta 
 MHC de classe II expressa esses peptídeos do fagossomo TCD4 é alertado sobre a infecção. 
 
Mecanismo de funcionamento 
MHC de classe I – Fatores endógenos 
1. Proteínas presentes no citosol são quebradas por reações enzimáticas em um proteassoma 
2. Peptídeos quebrados entram no retículo endoplasmático por uma estrutura chamada TAP 
3. O MHC de classe I presente no retículo endoplasmático é carregado com esses peptídeos 
4. A enzima ERAP do R.E remove os aminoácidos excedentes criando uma cadeia peptídica 
que abriga uma faixa de 8 a 10 a.a 
5. A molécula de MHC carregada vai para a superfície celular 
 
MHC de classe II – Fatores exógenos 
1. Célula fagocita o patógeno e suas proteínas são clivadas nos fagossomos, que se torna 
uma vesícula com peptídeos exógenos 
2. MHC de classe II sai do retículo endoplasmático em uma vesícula 
Nessa etapa existe uma cadeia invariável cobrindo a fenda do MHC a fim de impedir que 
o MHC II expresse proteínas próprias presentes no retículo endoplasmático, o que 
poderia causar uma doença autoimune. 
Essa cadeia invariável será clivada nas vesículas devido ao pH ácido se reduzindo a um 
pequeno fragmento chamado “CLIP” 
3. A vesícula que abriga o MHC se une ao fagossomo 
4. Enzima HLA-DM “abre” a fenda do MHC, o que faz com que o fragmento CLIP saia e 
o antígeno se ligue na molécula de MHC 
 
5. MHC de classe II vai para a superfície celular

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