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O INSTRUMENTAL TÉCNICO-OPERATIVO E O PRODUTO DO SEU TRABALHO Pg: 133-143 � O Serviço Social constitui-se pelas dimensões ético-política (poder), teórico metodológica (saber) e técnico-operativa (fazer), as quais interagem enquanto mediações da prática profissional, em diferentes espaços sociocupacionais (MARTINELLI, 2005).(MARTINELLI, 2005). � As três dimensões caracterizam e fundamentam a intervenção nesses espaços e a elas se somam os conhecimentos relativos às particularidades e às especificidades de cada área de intervenção � O Serviço Social e a característica interventiva: expressa no código ética: � Art 2: Constituem direitos do/a assistente social: � liberdade na realização de seus estudos e pesquisas, resguardados os direitos de participação de indivíduos ou grupos envolvidosparticipação de indivíduos ou grupos envolvidos em seus trabalhos � Intervenção: realizar uma ação que venha a interceder quanto a um determinado objeto, que geralmente está envolvido com um sujeito � ( pag 134) � Ao planejarmos nossas ações, devemos refletir a respeito desses sujeitos e dos motivos que os levaram a procurar o serviço social. � É a partir de demandas objetivas que o assistente social desenvolve trabalhos que podem incluir orientação, articulações e encaminhamentos à rede social, contatos e entrevistas com membros da rede familiar, articulações com organizações de defesa de direitos e de controle social, programas de mediação familiar, entre outros. direitos e de controle social, programas de mediação familiar, entre outros. � Na área do sociojurídico, uma solicitação comum aos assistentes sociais diz respeito aos subsídios para a decisão judicial, os quais, via de regra, são colhidos, organizados e analisados por meio do estudo social, que pode ser efetivado ora de maneira mais aprofundada, ora mais brevemente, dependendo da demanda e da necessidade apresentadas. � Os documentos que integram um processo judicial, como relatórios, laudos e pareceres sociais, são registros reveladores dessas dimensões, as quais são documentadas em sua objetividade, mas também revelam traços da subjetividade dos sujeitos. Bibliografia complementar: O estudo social em perícias, laudos e pareceres técnicos, organizado pelo CFESS (2003) � É imprescindível nortear-se pelo Código de Ética, pelas leis d Regulamentação da Profissão e textos especializados que compõem seu referencial teórico e prático. � As ações baseadas no “achismo” , benemerência e imediatistas, são condutas atreladas ao senso comum, com atitudes pouco técnicas e que provocam um retrocesso na legitimação da vida profissional que ao longo do tempo. � Pag 135 � Essas ações críticas e técnicas só será possível� Essas ações críticas e técnicas só será possível com embasamento teórico condizente com esses preceitos, começando pela interpretação da realidade apresentada ao profissional. � Pag 139 � Caráter educativo da intervenção profissional do assistente social : pag 136 � Não há como definir quais serão suas intervenções, pois lidamos coma realidade na qual é dinâmica e complexa. � Assim, é preciso compreender a historicidade que se encontra, sua territorialidde e o contexto social,se encontra, sua territorialidde e o contexto social, econômico e cultural. Para assim, com um maior número de informações planejarmos as ações para traças os instrumentos técnicos mais adequados para as interpretações e realizações. � Pag: 137 � Segundo Martinelli: o instrumental é um facilitador para a intervenção profissional. Assim, facilita a interlocução entre teoria e prática. � Apresentar alguns instrumentos que podem ser utilizados pelo assistente social:utilizados pelo assistente social: DIÁRIO DE CAMPO � Registro de demandas atendidas em determinado dia e horário, bem como as atividades realizadas; � Pode indicar limites e possibilidades de� Pode indicar limites e possibilidades de trabalho; � Anotações livres e individuais, sintetizadas suas atividades e reflexões. ESTUDO SOCIAL � O estudo social é um processo de trabalho de competência do assistente social. Tem como finalidade conhecer e interpretar a realidade social na qual está inserido o objeto da ação profissional, ou seja, a expressão da questão social ou o acontecimento ou situação que dá motivo àacontecimento ou situação que dá motivo à intervenção. � É esse profissional que, por uma ação refletida e planejada, define quais conhecimentos deve acessar e em que nível vai aprofundá-los; se necessita realizar entrevistas, com quem e quantas pessoas se deve realizar visitas domiciliares e/ou institucionais, se precisa estabelecer contatos variados com a rede familiar e a rede social; etc. � O Estudo Social é proposição essencial da ação, intervenção e do parecer profissional do Assistente Social, fazendo parte de seu cotidiano profissional. � É prerrogativa do assistente social designado para a realização do estudo social e/ou perícia social definir os meios necessários para atingir a finalidade de sua ação.a finalidade de sua ação. � Entende-se que a escolha dos instrumentais que compõem o Estudo Social é de exclusiva competência do profissional, assim como constitui desafio o uso adequado desses instrumentos conforme as características específicas da ação. ENTREVISTA � É um instrumento que requer certa habilidade, visto que, no seu desenvolvimento, interpõe relações interpessoais e profissionais, em que a qualidade da atenção e o respeito aos valores são aspectos importantes a serem considerados. � Também é citada como um instrumento de coleta de� Também é citada como um instrumento de coleta de dados no fazer do “Estudo Social”. Traduz-se como método de investigação e coleta de informações através de observação do comportamento. � Apresentar-se e informar ao sujeito entrevistado os objetivos do trabalho faz parte dos deveres e da conduta ética profissional. � Ao realizar uma entrevista em razão de uma ação processual, o assistente social, independentemente de sua e de seu desejo; � O profissional deve compreender o sujeito social, sua realidade, contradições e relações que consegue estabelecer.que consegue estabelecer. � O limite entre a busca do conhecimento para a garantia e efetivação de direitos e a invasão de privacidade de maneira arbitrária é tênue. VISITA DOMICILIAR � A definição da necessidade de visita à moradia dos sujeitos envolvidos na ação processual para a complementação do estudo social é de competência do assistente social. Porém, a visita domiciliar não é atribuição privativa do assistente social. domiciliar não é atribuição privativa do assistente social. � Constitui-se como mais uma possibilidade de dialogar e conhecer a realidade sociocultural e familiar dos sujeitos, a partir de seu espaço de vivência – em condição diferente à da entrevista realizada no espaço físico de uma instituição. � Essa visita se apresenta como mais uma possibilidade de entrevista, de conhecimento do território onde os sujeitos vivem, das possibilidades ou impossibilidades de acesso a bens e serviços que efetivem direitos sociais, de espaços relacionais. � Trata-se de um procedimento com o objetivo de complementar o estudo, e não de fiscalizar ou Trata-se de um procedimento com o objetivo de complementar o estudo, e não de fiscalizar ou de invadir a privacidade da vida cotidiana dos sujeitos. � Não há consenso referente à duração, mas é preciso sensibilidade técnica para evidenciar o esgotamento do sujeito. ENCAMINHAMENTOS/ARTICULAÇÃO COM REDE FAMILIAR E SOCIAL � Possibilidade de articulações e ações com vistas em atender a uma necessidade e/ou direito dos sujeitos com os quais interage nesse trabalho, dependente oucom os quais interage nessetrabalho, dependente ou independentemente dos objetivos do que realiza. � Do ponto de vista profissional, ele tem a prerrogativa e o dever de intervir na situação para além do estudo ou a intervenção pode vir a trazer dados importantes ao estudo. � Mesmo o assistente social solicitado para perícia, o assistente social pode – e, em muitas situações, deve – ir além do procedimento da constatação, descrição e interpretação da situação. OBSERVAÇÃO � Utilizada em todo o processo de realização do Estudo Social; � Observação é o uso dos sentidos humanos para o da realidade. Mas não ingenuamente, epara o da realidade. Mas não ingenuamente, e sim, com o objetivo de produzir um conhecimento sobre a realidade. RELATÓRIO SOCIAL � é o documento no qual constam o registro do objeto de estudo, a identificação dos sujeitos envolvidos e um breve histórico da situação, a finalidade à qual se destina, os procedimentos utilizados, os aspectos significativos levantados na entrevista e a procedimentos utilizados, os aspectos significativos levantados na entrevista e a análise da situação. � é a apresentação descritiva e interpretativa de uma situação ou expressão da questão social enquanto objeto de intervenção profissional. � O profissional deve valer-se de suas competências teóricas, éticas e técnicas para avaliar os aspectos importantes a serem registrados, considerando aqueles que, de fato, podem contribuir para o acesso, a garantia e a efetivação degarantia e a efetivação de direitos. � Assim, é desnecessário o registro excessivamente detalhado de informações que não servirão para os objetivos do trabalho. ACOMPANHAMENTO � Ações com o objetivo de continuidade; � Para sua realização, importante serem criados vínculos entre profissional e sujeito; � Em conjunto com esses componentes da ação, define-se a metodologia operativa: como conhecer, como agir, como informar, como documentar, para o que é solicitado o domínio dos instrumentais técnico-operativos. � Essa operacionalização se articula com o instrumento essencial da ação, que é oinstrumento essencial da ação, que é o � domínio do conhecimento teórico e ético que direciona a profissão.
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