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1. O que é quantificado pela medida da depuração (clearence) de creatinina?
O ritmo de filtração glomerular renal.
Este exame mostra quanta creatina está sendo produzida no sangue e quanta creatinina está sendo excretada na urina, uma vez que a creatinina é exclusivamente filtrada pelo glomérulo, o seu clearence diminuído reflete um problema, ou seja, uma nefropatia com acometimento glomerular, por diminuição na perfusão sanguínea ou lesões teciduais causadas por diferentes etiologias.
2. Analise as afirmativas abaixo:
I.O sangue é considerado um sistema complexo e relativamente constante, constituído de elementos sólidos (células sanguíneas), substância líquida (soro ou plasma) e elementos gasosos (O2 e CO2).
II.Quando o sangue colhido é tratado com anticoagulante não ocorre à coagulação. Então o material é centrifugado e o sobrenadante é conhecido como soro.
III.Para a maioria das determinações bioquímicas a amostra de escolha é o sangue venoso (sangue que circula da periferia para o centro do sistema circulatório - coração) por sua facilidade de obtenção.
Estão corretas:
I e III somente.
O plasma corresponde ao sangue total, com exceção das células que o constitui. Já o soro, seria o sangue total com exceção das células e dos elementos de coagulação. Ou seja, o soro é, o plasma sem o fibrinogênio. 
 Citar a composição química do sangue, enumerando os componentes orgânicos e inorgânicos. O sangue é composto basicamente de água (aproximadamente 90%), e pode ser dividido em plasma e células. É no plasma sanguíneo que encontramos alguns componentes orgânicos e outros inorgânicos. Os orgânicos correspondem às proteínas (albumina, globulina e fibrinogênio), nitrogenados não protéicos (uréia, amônia, aminoácidos, entre outros), açúcar (glicose), gorduras (colesterol, triglicerídeos, fosfolipídios e ácidos graxos). Já os inorgânicos são o cloro, iodo, fósforo, potássio, sódio, magnésio, ferro e sulfato.
3. A pancreatite aguda envolve enzimas proteolíticas do tubo digestivo. Essa condição é causada pela obstrução da via normal de secreção do suco pancreático no intestino e conversão prematura dos zimogênios das enzimas proteolíticas em suas formas ativas no interior das células pancreáticas. Isso resulta no ataque dessas enzimas poderosas ao próprio tecido pancreático, provocando uma destruição do órgão, condição séria, dolorosa e, não raramente, fatal. Analise as proposições abaixo.
I. As atividades da amilase de forma S e lipase no soro são usadas exclusivamente para o diagnóstico de desordens pancreáticas.
II. Os níveis de amilasemia voltam ao normal após os níveis de lipasemia em uma pancreatite aguda.
III. Os níveis de amilase de forma P no soro aumentam em uma pancreatite aguda.
Está correto o que se afirmar em: 	
Apenas a 3 está correta. Porque nos primeiros dias do quadro clínico, esta forma encontra-se aumentada na pancreatite. A 1 está incorreta porque o diagnóstico por meio do nível destas enzimas pode ser utilizado na pancreatite aguda, mas também na gravidez ectópica e perfurações intestinais.
A 2 está incorreto porque não ocorre este tipo de quadro na pancreatite.
4. A glicina e a arginina estão envolvidas na síntese de creatina, um importante constituinte do músculo. Informações sobre a velocidade de síntese e degradação (turnover) de creatina e sua excreção como creatinina são úteis em muitas situações clínicas. Quando os músculos estão em repouso, praticamente toda a creatina está fosforilada. É a fosfocreatina que espontaneamente, e não enzimaticamente, produz creatinina, por ciclização e perda de um fosfato inorgânico. Analise as proposições abaixo:
I. A creatina é um composto nitrogenado não proteico produzido no fígado e transportado para os músculos.
II. A creatinina é produzida como resultado da desidratação não enzimática da creatina.
III. A creatinina difunde do músculo para o plasma de onde é removida por via fecal. Está correto o que se afirmar em:
I e II estão corretas.
A creatinina ou α–metilguanidinoacético, é um ácido orgânico nitrogenado, que se sintetiza no fígado, no pâncreas e nos rins de forma natural a partir dos aminoácidos arginina, glicina e metionina. A sua importância deve-se à constituição de uma fonte imediata e direta para gerar ATP provendo as células musculares de energia. A degradada da creatinina, ocorre apenas por filtração glomerular.
5. A Diabetes Melito é uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade da insulina de exercer adequadamente sua função. Caracteriza-se por hiperglicemia crônica, com distúrbios do metabolismo dos carboidratos, lipídeos e proteínas. Analise as proposições abaixo:
I. O Diabetes do tipo I é caracterizado pela destruição das células produtoras de insulina nas ilhotas pancreáticas.
II. O Diabetes do tipo II resulta, em geral, de graus variáveis da resistência à insulina e deficiência relativa de secreção de insulina.
III. O Diabetes gestacional é caracterizado pela diminuição da tolerância à glicose, diagnosticada na gestação, e que persiste após o parto. 
Está correto o que se afirmar em:
I e II. 
O diabetes tipo 1, se manifesta por uma perda importante da secreção endógena da insulina, em consequência da destruição imunológica das células beta das ilhotas de Langerhans de indivíduos geneticamente suscetíveis a doença; neles a produção de insulina é mínima ou nula, portanto necessitam de insulina exógena. O diabetes tipo 2, resulta, em geral, de graus variáveis de resistência à insulina e de deficiência relativa de secreção de insulina. Denomina-se resistência à insulina, o estado no qual ocorre menor captação de glicose por tecidos periféricos. 
Diabetes gestacional é a diminuição da tolerância a glicose, diagnosticada, pela primeira vez, na gestação, não persistindo após o parto.
6. A icterícia é característica de várias patologias, ou seja, é um sinal clínico. Determine qual doença abaixo NÃO inclui a icterícia.	
Fenilcetonúria. 
Icterícia é definida como a presença de uma cor amarelada na pele, nas membranas mucosas ou nos olhos que não ocorre na fenilcetonúria que é uma rara doença genética, identificada pelo acúmulo de fenilalanina devido ao defeito ou ausência da enzima hidroxilase. Ela é essencial para a conversão do aminoácido em tirosina, proteína ativa na síntese de melanina. Na maior parte das vezes a icterícia é sinal de algum problema no fígado, vesícula biliar ou no pâncreas. 
Causas da icterícia 
É provocada pela deposição do pigmento biliar (bilirrubina) nos tecidos e sua identificação tem um importante significado clínico uma vez que reflete uma anormalidade na produção, metabolismo ou eliminação deste pigmento. A bilirrubina é formada principalmente a partir da morte de glóbulos vermelhos presentes no sangue. Este processo de destruição ocorre nas células do baço, fígado e medula óssea. Em condição habitual praticamente toda bilirrubina produzida é levada para ao fígado pela corrente sanguínea e sua eliminação se dá para o intestino através das vias biliares, após o seu armazenamento na vesícula biliar. A icterícia pode acontecer se muitos glóbulos vermelhos estiverem morrendo, ou seja, por aumento de produção da bilirrubina, mas também se houver a presença de alguma doença hepática - neste caso a anormalidade está na metabolização. Além disso, também pode haver icterícia se a bilirrubina não for capaz de passar adequadamente pelo trato digestivo, caracterizando algum problema obstrutivo, caracterizando algum problema obstrutivo. Na maior parte das vezes a icterícia é sinal de algum problema no fígado, vesícula biliar ou no pâncreas. Vale ressaltar que, conforme já enumerado acima, infecções, o uso de drogas, câncer, doenças do sangue e defeitos congênitos também podem provocar icterícia.
Recém-nascidos podem apresentar a icterícia como algo fisiológico (normal) desde que isso aconteça após 24 horas de vida, ou seja, entre segundo e terceiro dias de vida e vá melhorando entre oquinto e sétimo dia de vida. Caso essas características não sejam seguidas, doenças deverão ser pesquisadas a fim de se identificar a causa.
A icterícia é uma condição que pode aparecer repentinamente ou desenvolver-se lentamente com o tempo. Os principais sinais e sintomas da icterícia costumam incluir:
Pele amarelada
Esclera (a parte branca do olho) amarela. Se a icterícia for ainda mais grave, essa parte pode apresentar também uma coloração marrom
Cor amarela na parte de dentro da boca
Urina de cor anormal – em geral em tons mais escuros
Fezes esbranquiçadas ou cor de barro.
7. Paciente de 25 anos, sexo masculino, sempre teve boa saúde. Mas, há cerca de um mês (quando voltou da praia) vem sentindo apatia, náuseas, dor de cabeça e vômito. Há uma semana vem apresentando febrícula e mal-estar e dois dias atrás notou que a urina estava escura e as fezes descoradas. Foram solicitados exames de enzimas hepáticas e bilirrubina. Considere os seguintes dados:
ALT = 1320 UI/L (normal = 7 a 27)
AST = 650 UI/L (normal = 16 a 40)
FALC = 80 UI/L (normal = 13 a 43)
Bil. Total = 6,8 mg/dl (normal 0,2 a 1,3)
BD = 4,0 mg/dl (normal 0,0 a 0,3)
BI = 2,8 mg/dl (normal = 0,0 a 1,1)
Está correta apenas:
O paciente apresentará estercobilinogênio diminuído.
8. Um homem de 52 anos apresentou-se no setor de emergência com forte dor no peito, já presente há mais de 2 horas. Previamente, ele passara pela clínica cardiovascular, onde foi identificada uma história de dois anos de angina durante o esforço. Que testes específicos devem ser solicitados ao laboratório de bioquímica?
A 	O de enzima ALT, cujos níveis mostram-se mais elevados após esse período (2 horas).
B 	O de isoenzima CK, cujos níveis aumentam cerca de 4 horas após o início do infarto: esse é o teste mais preciso a ser realizado nesse paciente, especialmente a investigação dos níveis de CK-MB.
C 	O de isoenzima CK-MM e, no caso de haver um resultado normal, recomenda-se manter o paciente no hospital e repetir o exame após algumas horas para verificar os níveis dessa isoenzima.
D 	O de isoenzima CK-BB, cujos níveis aumentam cerca de 4 horas após o início do infarto.
E 	O de enzima transaminase glutâmica pirúvica (TGP), cujos níveis mostram-se elevados após esse período.
Após esse período (1 hora), isoenzimas como creatina quinase e lactato desidrogenase, as quais são utilizadas para o diagnóstico de infarto agudo do miocárdio, ainda não apresentam seus níveis elevados, mesmo que o indivíduo esteja infartando. No entanto, muitas vezes o paciente relata queixa de dor sem conseguir precisar o início dos sintomas. Como a isoenzima creatina quinase apresenta níveis aumentados com cerca de 4 hs após o início do infarto, este seria o teste mais preciso para se realizar neste paciente, especialmente a investigação dos níveis de CKMB, isoenzima específica do miocárdio. Se o exame der falso, recomenda-se manter o paciente no hospital e repetir o exame após algumas horas e verificar novamente os níveis dessa isoenzima.
9. O edema, definido como acúmulo anormal de líquido no espaço intersticial, devido ao desequilíbrio entre pressão hidrostática e osmótica, acha-se relacionada à redução de uma proteína plasmática. Que proteína é essa?
Albumina. Uma das causas de edema é a pressão osmótica plasmática reduzida: que acontece quando a albumina não é sintetizada em quantidades adequadas. 
TIPOS DE EDEMA
Quanto à constituição, eles podem ser formados por exsudato ou transudato:
Exsudato é um líquido turvo, rico em proteínas e restos celulares; é resultado do aumento da permeabilidade vascular e é comum em reações inflamatórias. 
Transudato é um líquido cristalino, pobre em proteínas e restos celulares; resulta do aumento da pressão hidrostática e redução da pressão coloidosmótica, esse tipo de edema é observado em casos de insuficiência cardíaca, renal, hepática e em algumas formas de desnutrição.
Quanto à localização, podem ser intra ou extracelulares.
Quanto à extensão, podem ser localizados, que são causados por processos inflamatórios, aumento da permeabilidade vascular e trombose venosa profunda, ou generalizados. Um edema localizado pode levar a consequências de dificuldade de cicatrização, de combate a infecções e a óbito. Exemplos:
Edema cerebral: pode ser causado por aumento da pressão hidrostática ou por lesão da parede dos capilares, é grave e rapidamente fatal por aumento da pressão intracraniana. Nota-se o apagamento dos giros e sulcos do órgão.
Edema Pulmonar: causado por insuficiência cardíaca esquerda, insuficiência renal e infecção pulmonar. Pacientes com esse tipo de edema apresentam tosse, dispneia e eliminação de fluido róseo pela boca. O endotélio das arteríolas pulmonares costuma estar íntegro e o aumento da pressão hidrostática leva a extravasamento de plasma para o espaço alveolar.
PRINCIPAIS CAUSAS DE EDEMA
Pressão Hidrostática Aumentada: pode ser causada por comprometimento do retorno venoso, como ocorre na trombose venosa profunda, levando a edema localizado. Pressão Osmótica Plasmática Reduzida: acontece quando a albumina não é sintetizada em quantidades adequadas. A redução dessa pressão devido à menor quantidade de albumina no plasma leva ao aumento de líquido no espaço intersticial. Obstrução Linfática: a obstrução leva a uma deficiência da drenagem linfática, resultante da inflamação crônica com fibrose, tumores malignos invasivos, danos por radiação e agentes infecciosos.
Retenção de Sódio e Água: a retenção de sódio, associada de água, causa aumento da pressão hidrostática e diminuição da pressão coloidosmótica. A retenção de sódio pode ocorrer quando há disfunção renal.
HIPEREMIA E CONGESTÃO
Hiperemia e congestão podem ser definidos como aumento de volume sanguíneo em um tecido, mas acontecem por diferentes mecanismos.
A hiperemia é um processo ativo decorrente da dilatação arteriolar e do aumento do influxo sanguíneo. Ocorre em locais de inflamação e, fisiologicamente, no músculo esquelético devido a exercício físico. Os tecidos com esse processo podem ser caracterizados como hiperemiados e aparentam mais avermelhados que o comum, devido ao acúmulo de sangue oxigenado nos vasos.
A congestão é um processo passivo resultante do comprometimento do efluxo de sangue venoso em um tecido. Pode acontecer de forma sistêmica, como no caso da insuficiência cardíaca congestiva, ou localizada, em função de uma obstrução venosa isolada. 
10. Analise as proposições abaixo:
I. A bilirrubina indireta ou bilirrubina não conjugada produzida no sistema retículo endotelial é polar e solúvel em água.
II. A bilirrubina direta ou bilirrubina conjugada é produzida no fígado, podendo ser encontrada tanto no plasma quanto na urina, devido a sua solubilidade.
III. A icterícia pré-hepática (hemolítica) resulta da presença excessiva de bilirrubina conjugada no sangue circulante, provocando maior oferta ao hepatócito que não consegue captá-la em velocidade compatível com sua produção.
IV. A icterícia pós-hepática (obstrutiva) resulta da presença excessiva de bilirrubina não conjugada, devido a uma obstrução no colédoco da vesícula biliar.
V. O aumento nas concentrações do urobilinogênio urinário é encontrado nas condições de ocorrência de elevada formação de bilirrubina indireta, por exemplo, no caso de icterícia hemolítica.
Estão corretas apenas:
II e V.
A bilirrubina não-conjugada ou bilirrubina indireta produzida no Sistema Retículo Endotelial é apolar e insolúvel em água e é transportada para o fígado via corrente circulatória ligada de maneira firme, mas reversível, à albumina. O processo de conjugação transforma a molécula não polar da bilirrubina em uma mistura polar/não polar que atravessa as membranas celulares. Este derivado conjugado, solúvel em água, é excretado do hepatócito na forma de bile e constitui um dos pigmentos biliares. Devido a solubilidade em água, a bilirrubina conjugada é encontrada, em pequenas quantidades tanto no plasma como na urina. A excreção da bilirrubina é a fase limitantedo processo.
BILIRRUBINAS DIRETA E INDIRETA. Após 120 dias de vida média, os glóbulos vermelhos “envelhecem ” pelo esgotamento das enzimas eritrocitárias. Sendo uma célula anucleada, não renova o seu estoque de enzimas e, portanto, o metabolismo da glicose diminui com redução na formação de ATP. Há, em consequência, modificação da membrana e o glóbulo vermelho é retido pelo macrófago do sistema retículo endotelial (baço, fígado e medula óssea) onde é destruído. O ferro retorna ao plasma e se liga à transferrina. A globina é degradada em seus aminoácidos com posterior reutilização. A protoporfirina IX é clivada para formar biliverdina que, por sua vez, é reduzida à bilirrubina,um tetrapirrol insolúvel em água .
Qual a importância da bilirrubina não -conjugada ou bilirrubina indireta produzi da no Sistema Retículo Endotelial é apolar e insolúvel em água e é transportada para o fígado via corrente circulatória ligada de maneira firme mas reversível, à albumina . A bilirrubina isolada da albumina entra na célula hepática e, uma vez no citoplasma, se associa às proteínas Y e Z – sendo a primeira (Y) a principal transportadora do catíon da bilirrubina orgânica. O processo de conjugação transforma a molécula não -polar da bilirrubina em uma mistura polar /não –polar que atravessa as membranas celulares. Este derivado conjugado, solúvel em água, é excretado do hepatócito na forma de bile e constitui um dos pigmentos biliares. Devido a solubilidade em água, a bilirrubina conjugada é encontrada , em pequenas quantidades tanto no plasma como na uri na . A e xc reçã o d a bilirr ub i na é a fase li mi ta nte do pro cesso. A bi li rrubi na co nj uga da é pouco a bsor vid a pela m ucosa i ntesti na l . No íle o termi na l e i n te sti no g rosso, o di g li curo níd i o da bi li rrubi na é hi droli sa do p ara formar bi lirr ubi na li vre e á ci do g li curô ni co. No có lo n, a bi lirr ub i na li vre é redu zi da pela b -gli c uro ni da se pa ra fo rmar urobi li nog ê ni os. Estes composto s são oxi d ados com formação de urobi li na s e e ste rcobi li na s. Q uase toda a bi li rrub i na for mada d i ariamente no a d ul to nor ma l (250 a 300 mg /d) é elimi nada nas fe zes e nq uanto uma p eque na qua ntida de é exc retada na uri na . A icteríci a é a pi g mentação ama rela de pele , escle rótica e membra na s mucosas , res ulta nte da hi p erbilirr ubi nemi a. H iperbilirrub in emia p redo mina ntemente nã o -co njugad a (indireta).
A i cteríci a p ré –hepátic a res ul ta d a presença exce ssi va d e bi li rrubi na nã o -conj uga da no sang ue ci rcula nte , pro voca ndo maior ofer ta ao hepa tó ci to q ue não conse g ue ca ptá - la em veloci da de compat ível co m sua p rod ução, ocasi onando i cte r ícia . A b i li rr ub i na não -co nj uga da não é hi d rossol úve l e está li ga da à albumina não co nsegui ndo ult rapassar a ba rreira renal e, porta nto, não é excretada na urina . E ntreta nto , d i ssol ve -se rapi d amente em ambi entes ri cos em li pídi os e atra vessa a ba rreira hemato -e nce fá li ca . Q ua ndo em nívei s ele vado s te nde a depo si ta r no tecid o ner voso le va nd o a o risco de lesão ne urológi ca pro voca nd o a s índrome d e kernicterus (do a le mão: a marelo nuclea r). A b i li rr ub i na co nj uga da não se ndo li possol ú vel, não ca usa ker ni cte rus. Icter ícia fi si o l ógi ca do recém -nasci do. Como exi ste pouca ou ne nhuma ati vi da de d a UD P G T no f íg ado do fe to , há uma hab i li da de m ui to l i mitada pa ra a co nj ug ação da b i li rr ub i na. Por i sso, a bi lirr ub i na i sola da é tra ns feri da atra vésda place nta à ci rc ulaçã o mate r na, o nd e é p rocessad a pe lo f ígado da mãe. Em cri anças nasci d as a ter mo as conce ntrações de b i li rr ub i na no soro estão ao redor de 4 -6 mg/dL d ura nte as p rimei ras 4 8 h de vi da extra - uteri na, vol ta ndo, es ponta neame nte , a o normal em 7 -10 di a s. A i nci dê nci a da hi pe rbi li rr ubi nemi a é mui to mai or ent re prema t uros e neo natos de ba i xo pe so corporal. C ria nças nasci d as premat urame nte ati ng em uma co ncen tração méd i a de b i li rrubi na no soro entre 10 -12 mg/dL , entre 5 e 6 d ias de vi d a. A s causas da hi pe rbi li rr ubi nemi a neo nata l sã o: (a) produção excessiva de bilirrubina, (b) transporte insuficiente de bilirrubina, (c) formação deficiente de bilirrubina, (d) acoplamento inapropriado de bilirrubina , (e) circulação êntero- hepática. ( f) eritropoiese não -efetiva (ex.: anemia perniciosa). A hiperbilirrubinemia é comumente encontrada em neonatos podendo ser considerada na maioria dos casos, fisiológica . Contudo, a bilirrubina pode ser tóxica ao sistema nervoso central, merecendo cuidados, pois existe possibilidade de sua origem ser patológica.
No íleoncia da Glutationa (Glutatião) no estresse oxidativo? Tem como precurssor o glutamato, cisteína e glicina. Protege contra danos por radicais livres. No estresse oxidativo: A nível neuronal, os astrócitos terão como função proteger as outras células neuronais da toxicidade de vários agentes, utilizando como mecanismo o fornecimento dos precursores da glutationa às células vizinhas. Os resultados deste estudo sugerem a existência de um sistema glutationa/astrócito deficitário em vários tipos de doenças neurológicas. Se não houvesse conjugação de xenobióticos potencialmente tóxicos com a Glutationa, iriam combinar-se livremente com o DNA, RNA ou proteínas das células provocando a lesão das células. Outras funções: proteger o organismo de agentes tóxicos, como os metais pesados, atuando como um agente antioxidante potente prevenindo a formação de radicais livres e inibindo a lesão celular.
Quais as vias de metabolização do Etanol? A principal rota é através da álcool-desidrogenase, que oxida ETANOL a ACETALDEÍDO com redução de NAD+ a NADH. O Acetaldeído é convertido pela aldeído-desidrogenase por oxidação a ACETATO, que pode ir para TCA ou na síntese de ácido graxo e também pode ser ativado pela acetil-CoA (gerando ác. graxos, corpos cetônicos e colesterol) no músculo esquelético. Outra rota é o sistema Microssomal. Esta via para o metabolismo do etanol envolve o citocromo P450 microssoma: sistema microssomal P450-dependente para oxidação do etanol, e envolve o NADPH e O2. Utiliza NADPH para doar O2 para receber elétrons. A atividade deste sistema está aumentada em situações de alcoolismo crônico.
Quais as consequências metabólicas decorrentes da elevação do NADH e depleção do NDPH durante o consumo de Etanol? Efeitos agudos da ingestão de álcool surgem principalmente pelo geração de NADH, o qual aumenta bastante a fração NADH/NAD+ no fígado. Como consequência, a oxidação de ácido graxo é inibida e pode ocorrer cetogenese. A elevação da fração de NADH/NAD+ pode causar também, acidose láctica e inibir a gliconeogenese. Uma função extremamente importante do sistema citocromo P450-monoxigenase microssomal é a destoxificação de compostos estranhos ao organismo. Esse sistema é utilizado para hidroxilar o álcool, utilizando para isso NADHPH como fonte de equivalentes redutores. Como já se usa NADPH para regenerar a glutationa reduzida este processo pode, neste caso se tornar prejudicado.
Explique por que o paracetamol não pode ser administrado juntamente com bebidas alcoólicas. A biotransformação desta droga é feita pela CYP2E1 (dimetilnitrozamina-N-desmetilase). Um indutor desta forma de enzima é o etanol. A CYP2E1 participa na metabolização tanto do álcool como do paracetamol. Quando a ingestão do Paracetamolse faz concomitantemente ou logo após o uso de bebidas alcoólicas, a atividade do paracetamol é retardada porque o etanol assim como acetaminofeno, é um substrato para CYP 2E1 e consequentemente compete pela ligação no sítio ativo da enzima. As principais enzimas envolvidas nestas reações de fase 1 são os citocromos-P450 (CYP), que existem principalmente no retículo endoplasmático (RE) e tipicamente catalisam reações de hidroxilação. Como as reações de fase 1, apesar de essenciais, apenas conferem um aumento modesto na solubilidade, a maioria das substâncias, mas não todas, terão que sofrer reações da fase 2. Nesta fase o hepatócito procede à conjugação dos metabolitos formados na fase 1 com compostos como o Ácido glicurônico, sulfato, glutationa, radicais metil e acetil entre outros, de maneira a produzir compostos mais hidrofílicos e/ou menos tóxicos que rapidamente são secretados no sangue ou na bile. Apesar de o hepatócito usar várias reações de conjugação, as 3 mais importantes são:
A conjugação com o Ácido glicurônico através das UGTs (uridine diphosphate glucuronosyl transferases) que existem principalmente no RE; - A conjugação com o sulfato, através das sulfotransferases; - A conjugação com a glutationa através das glutationa-S-transferases, estas 2 últimas enzimas existem principalmente no citosol. Normalmente o acetaminofeno é metabolizado primariamente por reações da fase II, por vias de glucuronidação e sulfatação levando a formação de conjugados polares, inativos, que são excretados facilmente pelo sistema urinário e demais vias de excreção farmacológica. Como os níveis de CYP2E1 são baixos em comparação com outras formas de P450 a metabolização do paracetamol é feita primariamente pela conjugação das reações assintéticas da fase II. Assim, no consumo crônico de álcool CYP2E1 está ou é induzido em maiores quantidades, assim o paracetamol é metabolizado em maior intensidade levando a um aumento na produção de seu metabólito tóxico N-acetil-p-benzoquinoneimina (NAPQ1), um composto muito reativo que pode se conjugar com estruturas protéicas causando estresse oxidativo, toxicidade, desencadeando alterações hepáticas, com apoptose dos hepatócitos. 
Comente sobre a toxicidade do Acetaldeído. O acetaldeído é o produto da oxidação do álcool por ação da enzima álcool desidrogenase. O acetaldeído é um comporto muito tóxico, por isso ele é rapidamente convertido em acetato (não apresenta toxicidade). Quando em acumulo no organismo o acetaldeído provoca mutações no DNA e, em certos casos, inibição da síntese dos ácidos nucléicos. Estudos mostram que este composto, quando encontrado nas células do epitélio bucal, reage com proteínas formando ligações fortes com os aminoácidos. A formação deste complexo inativa a função da proteína e está passa a ser identificada como um corpo estranho pelo sistema imune do indivíduo ocasionado respostas inflamatórias.
Defina fibrose. De que maneira o álcool contribui para o desenvolvimento da Fibrose hepática? Fibrose é o acumulo excessivo de tecidos conectivos em órgãos parenquimatosos. A Fibrose Hepática é o crescimento do tecido conjuntivo em nível hepático, que pode estar relacionado à ação de agentes químicos e biológicos. O abuso do álcool causa a Cirrose, que é uma doença crônica do fígado que se caracteriza por fibrose e formação de nódulos que bloqueiam a circulação sanguínea. A cirrose faz com que o fígado produza tecido de cicatrização no lugar das células saudáveis (hepatócitos) que morrem (por elevação de acetaldeído ou aldeído). Com isso, ele deixa de desempenhar suas funções normais como produzir bile (um agente emulsificador de gorduras), auxiliar na manutenção dos níveis normais de açúcar no sangue, produzir proteínas, metabolizar o colesterol, o álcool e alguns medicamentos, entre outras.
Defina Bilirrubina livre e conjugada e justifique porque também são chamadas de Bilirrubina Direta e Indireta, respectivamente. Bilirrubina conjugada é expressa como Bilirrubina Direta porque pode ser acoplada facilmente a sais de diazônio. A Bilirrubina Indireta Não-Conjugada é ligada não covalentemente à albumina e não reage até que seja liberada, não elevando sua concentração na urina. Assim, a Bilirrubina Não-Conjugada tem alta afinidade por membranas lipídicas, porém, a conjugada é relativamente hidrossolúvel, sendo excretada na urina. A bilirrubina não-conjugada ou bilirrubina indireta produzida no Sistema Retículo Endotelial é apolar e insolúvel em água e é transportada para o fígado via corrente circulatória ligada de maneira firme, mas reversível, à albumina. O processo de conjugação transforma a molécula não-polar da bilirrubina em uma mistura polar/não-polar que atravessa as membranas celulares. Este derivado conjugado, solúvel em água, é excretado do hepatócito na forma de bile e constitui um dos pigmentos biliares. Devido a solubilidade em água, a bilirrubina conjugada é encontrada, em pequenas quantidades tanto no plasma como na urina. A excreção da bilirrubina é a fase limitante do processo.
O que pode elevar os níveis de Bilirrubina no sangue? Os níveis aumentados de bilirrubina no sangue levam á icterícia. E normalmente advém dos seguintes fatores: - Uma lise maciça de eritrócitos pode levar a uma produção de bilirrubina mais rápida do que a capacidade hepática de conjugá-la. Assim, mais bilirrubina é excretada na bile, a quantidade de urobilinogênio da circulação entero-hepática aumenta, assim como o urinobilinogênio urinário, levando a níveis aumentados de bilirrubina não-conjugada no sangue. (Icterícia hemolítica) ex: Anemia falciforme e anemias hemolíticas - Lesão nos hepatócitos pode causar aumento nos níveis plasmáticos de bilirrubina não-conjugada, devido a uma redução na conjugação. (Icterícia hepatocelular) ex: Cirrose, hepatite - Quando há uma obstrução no ducto biliar,ocorre o impedimento da passagem da bilirrubina para o intestino. O fígado regurgita a bilirrubina conjugada para o sangue, constituindo a hiperbilirrubinemia. (Icterícia obstrutiva) Ex: Tumor hepático, cálculos biliares. Defina Icterícia e Kernicterus. Icterícia é uma síndrome caracterizada pela deposição do pigmento biliar na pele e nas membranas mucosas. A concentração de bilirrubina conjugada e não conjugada na pele e na esclera dá a coloração amarela a amarela-esverdeada observada em pacientes com icterícia. Kernicterus é uma coloração dos gânglios basais pela bilirrubina e ocorre devido a relativa deficiência de atividade de conjugação nos recém-nascidos causado pelo deslocamento da bilirrubina de seus sítios de ligação na albumina. O metabolismo da bilirrubina não está desenvolvido no fígado prematuro e a bilirrubina não ligada pode atravessar a barreira hematoencefálica imatura e ocasionar kernicterus. 
Explique como as pessoas respondem de maneiras diferentes às elevações na concentração de álcool no sangue. Isso é observado principalmente entre homens e mulheres. As mulheres são mais propensas a ficarem alcoolizadas mais rapidamente por terem menos H2O no corpo entre outros fatores. Mas os fatores que determinam a rota de metabolização do etanol incluem: - Genótipo: álcool-desidrogenases e aldeído-desidrogenases modificados com Km alterado - Atividade de ADH gástrica - Quantidade de Etanol consumido.
O que são porfirias? Porfirias decorrem de deficiências enzimáticas na biossíntese do grupo heme da cadeia da hemoglobina (mutações em algumas fases dos passos da síntese do HEME). Na maior parte das vezes, são distúrbios hereditários, embora existam formas adquiridas. As porfirias apresentam ampla interação entre fatores genéticos e fatores ambientais, pois os portadores de mutações nem sempre desenvolvem a doença na ausência de fatores ambientais precipitantes. Todos os intermediários da biossíntese da heme são potencialmente tóxicos. A sintomatologia decorrente engloba sintomas cutâneos, decorrentes do acúmulo de porfirinas nas camadas mais superficiais da pele, e sintomas neuroviscerais, relacionados ao acúmulo de ALA e PBG. Para o diagnósticode porfiria, é necessária a dosagem das profirinas nas fezes e na urina. A solubilidade na água destes intermediários determina sua forma de excreção: produtos solúveis em água são excretados na urina, produtos insolúveis em água são excretados nas fezes e produtos com solubilidade intermediária são excretados tanto na urina quanto nas fezes. As porfirias hepáticas são, por sua vez, subdivididas em hepáticas agudas e crônicas, sendo que a primeira engloba a porfiria por deficiência da ALA desidratase, a porfiria intermitente aguda, a coproporfiria hereditária e a porfiria variegata, e a segunda, a porfiria cutânea tarda e a porfiria hepatoeritropoiética. Mais recentemente, as porfirias foram divididas em agudas e crônicas. As porfirias agudas englobam o grupo das hepáticas agudas, enquanto que as porfirias crônicas englobam tanto as porfirias eritropoéticas quanto as hepáticas crônicas.

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