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entrevista Cármen Lúcia


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Nome: Mateus Corrêa Cardoso
Disciplina: Direito Civil l Parte Geral		Curso: Direito
Professor: Romeu Nedel
Resenha sobre a entrevista da Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia Antunes Rocha
Cármen Lúcia assumiu a vice-presidência do STF ao lado do Ministro Ricardo Lewandowski, que substituiu Joaquim Barbosa.
Considerada discreta, manteve sempre distância de todas as discussões mais acaloradas sobre o julgamento do mensalão.
Votou a favor do aborto de fetos anencéfalos, a união entre homossexuais e a lei da ficha limpa e foi a primeira mulher a comandar o Tribunal Superior Eleitoral.
Na entrevista ela fala de como o Tribunal Superior passou a sofrer uma maior vigilância da população e como é importante que todos conheçam aqueles que ocupam cargos do Estado. Como as transmissões dos julgamentos em TV aberta contribuem para que, não só a comunidade jurídica, mas toda a população fique ciente dos atos e acontecimentos e possam entendê-los melhor. Relata que ainda existe uma dificuldade real de entendimento, por parte da população, dos termos jurídicos usados pelos magistrados, mas que, como servidores públicos que são, deve-se fazer o máximo possível para que o povo compreenda. A população deve entender que em um julgamento é preciso separar a paixão da razão. Uma condenação não deve ser sinônimo de vingança.
Cármen Lúcia defende que o maior desafio do judiciário hoje seja achar o equilíbrio entre as exigências da sociedade e o que pede a lei. Admite que o Estado esteja em débito com a população e que isso só serve para aumentar a insatisfação do povo. Porém, ressalta que a demora em atender a população está ligada ao fato de que o judiciário brasileiro não acompanhou o crescimento da população. O número de processos é absurdo se comparado ao número de juízes, o que causa a lentidão. Boa parte dos processos que chegam ao STF poderiam ser resolvidos sem chegarem até lá, pois não necessitam chegar a uma esfera superior.
Sobre o que o TSE pode fazer para combater a “guerra suja” nas campanhas eleitorais, ela diz que a justiça sempre retira do ar conteúdos abusivos ou fraudulentos, mas que, devido à rapidez e abrangência da internet, quando isso é feito, os conteúdos já produziram efeitos. A falta de um marco regulatório para a internet torna tudo isso ainda mais difícil. Lembra também que as pessoas estão votando na imagem dos candidatos e esquecendo de analisar as propostas reais deles.
Já sobre as mulheres, Cármen Lúcia diz que o brasileiro já vê com maior naturalidade a ascensão delas, haja vista que o número de candidatas nestas eleições é o maior já registrado e que existem duas mulheres com chances reais de vencerem a eleição presidencial. Porém, ressalta que o preconceito ainda existe.
E, por fim, diz o quanto é gratificante para uma mulher estar em um alto cargo, ver o reconhecimento do seu trabalho e, porque não, poder dar ordens.
Conclusão
A vice-presidente do STF das dificuldades que a população encontra de entender tudo que se passa nos julgamentos, mas também lembrou que as pessoas estão cada vez mais interessadas no assunto. Também falou dos problemas enfrentados pelos juízes em resolver os problemas da população, uma vez que o judiciário encontra-se defasado, o que acaba emperrando a maioria dos processos. Defende que as decisões dos juízes devem ser tomadas em cima da razão, sempre deixando de lado o apelo popular. Já sobre o TSE, lembra que o órgão vem cumprindo com suas obrigações e credita à velocidade e abrangência da internet as dificuldades de combater a “guerra suja” das campanhas eleitorais e que as pessoas não devem votar apenas na imagem do candidato. Por fim, diz-se satisfeita de ocupar um cargo tão importante e vê avanço com relação ao espaço que as mulheres vem conquistando no Brasil, embora ressalte que o preconceito ainda exista.