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Revisão Judicial dos Contratos a luz do Código Civil

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Revisao Judicial dos Contratos a luz do Código Civil
	Entende-se que a revisão judicial dos contratos está prevista no artigo 478 do CC, existe uma corrente doutrinária que defende não ser este e sim o artigo 317 o artigo que fundamenta a revisão judicial dos contratos com fundamento na teoria da imprevisão no CC.
	O artigo 478 do cc determina que:
	Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação.
	Como se pode perceber este artigo trata da resolução do contrato por onerosidade excessiva, aliás, ele está inserido na parte do código que trata da extinção do contrato.
	O artigo 317, por sua vez, determina que:
	Art. 317. Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier uma desproporção manifesta entre o valor da prestação da dívida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, de modo que assegure, quando possível, o valor real da obrigação.
	O que se observa é que o artigo supracitado cuida principalmente da desproporção pecuniária ocorrida na prestação, enquanto que o artigo 478 cuida do próprio desequilíbrio contratual.
	Dessa forma, entendimento que melhor se adéqua aos princípios contratuais principalmente ao da manutenção do negócio jurídico é o de que o artigo 317 deve ser aplicado como regra geral, complementando os artigos 478 e seguintes do Código Civil, nos pontos em que estes são omissos.
	Um dos principais pontos em que se pode verificar a importância da aplicação do artigo 317, como complemento ao 478 e seguintes, é quanto a possibilidade do credor poder ajuizar a ação revisional.
	Dessa forma, a melhor interpretação dos artigos em comento é a de que o artigo 317, busca a revisão de contratos que tem uma desproporção em sua prestação, bem como oferece as regras gerais para a aplicação da teoria da imprevisão e o artigo 478, oferece as regras específicas, ou seja, os requisitos para a aplicação da revisão judicial por onerosidade excessiva, que serão analisados no próximo tópico, quando a desproporção é da própria relação contratual, noutras palavras é o contrato que se torna excessivamente oneroso não o valor da prestação.

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