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AULA 1 AUXILIAR DE LABORATÓRIO 2018



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AUXILIAR DE 
LABORATÓRIO
Profª. Me Mariana M. Paraizo
AUXILIAR DE LABORATÓRIO
▪ Detalhista;
▪ Paciente;
▪ Saber trabalhar em equipe;
▪ Habilidoso;
▪ Criativo;
▪ Interessado;
▪ Gostar de aprender;
▪ Organizada;
▪ Entre outros.
▪ A biossegurança é uma área de conhecimento definida pela 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como:
▪ “Condição de segurança alcançada por um conjunto de 
ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar 
riscos inerentes às atividades que possam comprometer a 
saúde humana, animal e o meio ambiente”.
▪ Biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a 
prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às 
atividades de: 
▪ Pesquisa 
▪ Produção 
▪ Ensino 
▪ Desenvolvimento Tecnológico 
▪ Prestação de serviços (laboratório clínico) 
▪ Que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, das 
plantas, do ambiente ou a qualidade dos trabalhos 
desenvolvidos” 
▪ Garantir que qualquer procedimento científico seja seguro;
▪ Ele precisa ser seguro:
▪ Os profissionais que o realizam;
▪ Para os pacientes a quem são destinados (quando houver) 
▪ Para o ambiente 
▪ Ao mesmo tempo, ser capaz de gerar resultados de qualidade.
▪ Falha na adoção de medidas de segurança → justificada pela falta 
de investimento, falta de recursos;
▪ Treinamentos não precisam de muitos recursos → e são ótimos 
para minimizar gravidades dos acidentes.
Histórico
Conclusão:
“A manipulação de culturas, espécies ou inalação
de poeira contendo a bactéria Brucella é
eminentemente perigosa para os trabalhadores de
um laboratório.”
1941 – Meyer e Eddie – 74 casos de 
brucelose associados a laboratórios
222 infecções, sendo 21 fatais – 12% por 
acidentes relatados
1949 – Sulkin e Pike – Pesquisa sobre 
infecções associadas a laboratórios
1342 casos de infecções, sendo 72% das 
infecções por brucelose, tuberculose, tifo e 
infecção estreptocócica
1951 - Sulkin e Pike – Nova pesquisa
Histórico
1974 – Classificação de Risco dos Agentes Etiológicos
1980 – Precauções universais na manipulação 
de fluídos corpóreos
1984 – Primeiro Workshop Brasileiro 
de Biossegurança - Fiocruz
1995 – Lei Brasileira de 
Biossegurança – Lei 897/95
Histórico
1999 – Fundação da Associação Nacional de 
Biossegurança (ANBio)
1999 – Primeiro Congresso Brasileiro de 
Biossegurança
2000 – Biossegurança como 
discíplina científica universitária
2001 – Indução de ações em 
biossegurança pelo CNPq
Histórico
▪ Qualquer componente de natureza
▪ Física
▪ Química
▪ Biológica
▪ Ergonômico
▪ Pode comprometer a saúde do homem, animais, meio 
ambiente;
▪ Para que tenhamos ação em biossegurança é imprescindível 
realizar uma avaliação de riscos.
Tipos de Riscos
Físicos
Químicos
Biológicos
Acidentes e 
Ergonômicos
São os riscos causados por 
fontes que geram danos 
físicos ao operado:
▪ PERFUROCORTANTE
▪ AGULHAS, LANCETAS, BISTURI, VIDRARIA QUEBRADA
▪ RADIAÇÃO
▪ Radiação com luz infravermelha, luz ultravioleta, raio gama.
▪ O contato com pessoas, sem os equipamentos específicos
▪ Podem gerar danos físicos e até mutagênicos
▪ CALOR
▪ Bico de Bunsen, fornos de esterilização, estufas, autoclaves
▪ Chegam a altas temperaturas que ser o devido cuidado podem 
provocar sérios acidentes 
Tipos de Riscos
Perigo a que está exposto à 
pessoa ao manipular 
produtos químicos
Físicos
Químicos
Biológicos
Acidentes e 
Ergonômicos
▪ Químicos
▪ Produtos químicos que podem causar danos e estes podem ser 
inflamáveis, tóxicos, carcinogênicos.
CONDIÇÕES DE 
ARMAZENAMENTO
Tipos de Riscos
Ocorrem por meio de 
microorganismos que, em 
contato com o homem, podem 
provocar inúmeras doenças.
Físicos
Químicos
Biológicos
Acidentes e 
Ergonômicos
▪ Biológicos
▪ Principal fonte de risco em laboratórios;
▪ Culturas celular, micro-organismos, parasitas,...
▪Divididos de acordo com os seguintes critérios:
▪Grau de patogenicidade; 
▪ Alteração genética; 
▪ Estabilidade; 
▪Virulência;
▪Modo de transmissão; 
▪ Endemicidade; 
▪Disponibilidade de medidas profiláticas;
▪ Tratamento eficaz.
▪ ANVISA
▪ 5 CLASSES:
▪ Levando em conta o risco para o ser humano, animais, meio ambiente e 
consequências epidemiológicas
▪ OMS
▪ 4 CLASSES:
▪ Classificação específicas para trabalho laboratorial
▪ Grupo de Risco 1
▪ (Nenhum ou baixo risco individual e coletivo)
▪ Um microrganismo que provavelmente não pode causar doença no 
homem ou em um animal 
Tipos de Riscos
- Fatores que gerem 
situações de risco para a 
integridade física e 
moral;
- Fatores que possam 
interferir nas 
características 
psicofisiológicas.
Físicos
Químicos
Biológicos
Acidentes e 
Ergonômicos
▪ Quaisquer circunstâncias de trabalho que, por motivos 
psicológicos ou fisiológicos, causem desconforto ao 
trabalhador. 
Preparando-se para ir ao laboratório
✓ Calças compridas
✓ Calçados fechados
✓ Cabelos presos
✓Avental
Vestimentas simples que garantem sua segurança.
Equipamentos de proteção individual (EPI)
Equipamentos destinados a proteger o usuário do laboratório em
operações com risco de exposição em que se podem ter emanações
de produtos químicos, risco de quebra ou explosões.
Óculos de segurança Máscara 
Luvas
Uso de Barreiras
Jaleco
▪ JALECO
▪ Uso obrigatório de jalecos, aventais, ou uniformes exclusivos ao 
trabalho no laboratório;
▪ PROIBIDO – uso do avental fora do laboratório
▪ Em cantina, cafetaria, escritórios,...
▪ Uso de luvas de procedimentos em todos os trabalhos com contato 
direto.
▪ Sangue, fluidos corporais, materiais infecciosos.
▪ Após a utilização devem tirar-se as luvas sem tocar a parte externa e 
lavar as mãos
▪ USO DE MÁSCARAS: 
▪ Necessárias para a proteção tanto da amostra quanto do operador;
▪ No caso de manipulação amostras potencialmente contaminadas 
▪ Com presença confirmada de agentes biológicas do grau de risco 3 
e/ou 4 a máscara deverá possuir sistemas de filtração.
▪ ÓCULOS DE SEGURANÇA, VISEIRAS
▪ Proteger o rosto e olhos contra impactos, produtos químicos, radiação e 
manipulação de matérias biológicos
▪ SAPATOS FECHADOS
▪ Sandálias e chinelos não devem ser utilizados
▪ Somente sapatos fechados
▪ Equipamentos que possibilitam a proteção do operador dentro 
do laboratório
▪ Capela;
▪ Coletores de resíduos;
▪ Chuveiro de emergência;
▪ Extintores de incêndio;
▪ Lava-olhos;
▪ Saída de emergência.
▪ Proteção do operador ou da amostra manipulada
▪ Fluxo laminar → proteger a amostra
▪ Possuem filtros e dispositivos de segurança
Filtro HEPA - Capazes de 
reter até 99,97% de 
todos os particulados de 
até 0,3 microns (µm) de 
diâmetro.
Boas práticas laboratoriais
✓ Nunca devolver sobras de reagentes para seus frascos 
originais
✓ Nunca pipetar diretamente com a boca
✓ Cuidado com vidros quentes
✓ Desmonte qualquer sistema usado logo após a conclusão 
do trabalho
✓Conhecer a localização e funcionamento de 
equipamentos de emergências.
Boas práticas laboratoriais
✓ Verificar a voltagem correta de cada equipamento antes 
da utilização
✓ Não utilizar equipamentos sem treino especifico
✓ Proteger as mão ao inserir termômetros e conexões de 
vidro em rolhas
✓Após o término dos experimentos lavar todas as 
vidrarias utilizadas.
Durantes os experimentos
✓ Nunca adicionar água ao ácido
✓ Nunca testar o odor diretamente com o nariz
✓ Nunca dirigir a abertura do tubo de ensaio diretamente 
sobre você ou colegadurante o aquecimento, bem como 
manter o fundo do tubo diretamente na chama.
✓ Cuidado ao manusear N2 ou CO2 líquidos
▪ PROIBIDO: Pipetagem com a boca;
▪ Nenhum material deve ser colocado na boca ou cheirado;
▪ Qualquer acidente, exposição com potencial material infeccioso 
deve ser notificado;
▪ Os líquidos contaminados devem passar por descontaminação 
antes de ser lançados ao esgoto;
▪ O laboratório não deve ter coisas que não sejam pertinentes a ele;
▪ As superfícies de trabalho devem ser descontaminados após o uso;
▪ Laboratório limpo e arrumado;
▪ Todos os materiais contaminados devem ir para o descarte correto;
▪ Cada laboratório possui um código específico, de acordo com 
riscos conhecidos e potenciais presentes
▪ Algumas normas são essenciais para a manutenção das Boas 
Práticas Laboratoriais
▪ Símbolo internacional de risco biológicos
➢Deve ser exposto nas portas das salas onde se estão manuseando 
microrganismos do grupo 2 ou acima;
➢Somente pessoas autorizadas devem entrar nas áreas de trabalho do 
laboratório;
➢As portas do laboratório devem permanecer fechadas;
➢É proibida a presença de pessoas não autorizadas nas áreas do 
laboratório;
➢O acesso aos compartimentos requer autorização especial;
1) Sobre os grupos de riscos presente no ambiente 
laboratorial:
a) Cite quais são eles? 
b) Defina cada um deles.
c) Cite exemplos de cada um deles.
2) Sobre os EPI e EPC`s
a) O que são os EPI e EPC? 
b) Qual a sua importância? 
c) Cite pelo menos 3 exemplos de cada.
▪ INSTALAÇÕES
▪ Regulamentadas pela grau de segurança biológica;
▪ Depende do grupo de risco do material utilizado;
▪ Laboratórios de ensino básico, 
▪ Onde são manipulados os microrganismos pertencentes 
a classe de risco 1. 
▪ Não é requerida nenhuma característica de desenho, além de 
um bom planejamento espacial e funcional e a adoção de boas 
práticas laboratoriais.
▪ Laboratório em contenção, onde são manipulados 
microrganismos da classe de risco 2. 
▪ Se aplica aos laboratórios clínicos ou hospitalares de níveis 
primários de diagnóstico, sendo necessário, além da adoção 
das boas práticas, 
▪ Uso de barreiras físicas primárias (cabine de segurança 
biológica e equipamentos de proteção individual) e 
secundárias
▪ Destinado ao trabalho com microrganismos da classe de risco 
3 
▪ Ou para manipulação de grandes volumes e altas 
concentrações de microrganismos da classe de risco 2. 
▪ Deve ser mantido controle rígido quanto a operação, inspeção 
e manutenção das instalações e equipamentos 
▪ O pessoal técnico deve receber treinamento específico sobre 
procedimentos de segurança para a manipulação destes 
microrganismos.
▪ Laboratório de contenção máxima, destina-se a manipulação 
de microrganismos da classe de risco 4, onde há o mais alto 
nível de contaminação 
▪ Além de representar uma unidade geográfica e funcionalmente 
independente de outras áreas.
▪ Esses laboratórios requerem, além dos requisitos físicos e 
operacionais dos níveis de contenção 1, 2 e 3, barreiras de 
contenção (instalações, desenho equipamentos de proteção) e 
procedimentos especiais de segurança
▪ INSTALAÇÕES
▪ Paredes e piso liso, não porosos, com cantos arredondados, acabamento 
impermeável e resistentes a produtos químicos.
▪
▪ Para facilitar a limpeza e a descontaminação
▪ PROBIDO: Uso de carpetes, cortinas, persianas;
▪ Passam por vistoria dos bombeiros
✓Parede, chão e bancadas lisos, impermeáveis e fáceis de limpar;
✓Chão e bancadas niveladas;
✓Espaço entre mobiliário e bancadas para circulação do pessoal;
✓Chão antiderrapante;
✓Ambiente bem iluminado;
✓Boa circulação de ar;
✓Sistema de geração de energia em casos de falta de luz;
✓Sistemas de segurança contra incêndios;
✓Sistema de controle de acesso de pessoas ao laboratório;
✓Local separado para: lavagem das mãos, descanso e alimentação.
▪ Pg 40/41
1) Quantos são os níveis de biossegurança? E qual é 
geralmente o nível que um laboratório de analises clínicas 
se enquadra?
▪ LAVAGEM DAS MÃOS 
▪ Antes e depois dos procedimentos técnicos e antes de sair do 
laboratórios
▪ A lavagem das mãos deve ser feita nas palmas, costas e embaixo das 
unhas e depois do enxágue, usar uma toalha ou papel para fechar a 
torneira
Manuseio de produtos biológicos envolve:
Limpeza
Desinfecção
Esterilização
Descontaminação
Anti-sepsia
Precauções a serem tomadas para a manipulação de materiais biológicos: 
Biossegurança
Manuseio de produtos biológicos envolve:
Limpeza
Desinfecção
Esterilização
Utilizada para remover materiais 
não desejáveis, como sujeira 
física e/ou orgânica de 
superfícies e objetos. 
- Detergente
- Água
- Ação mecânica
Biossegurança
Manuseio de produtos biológicos envolve:
Limpeza
Desinfecção
Esterilização
Processo físico e/ou químico 
que destrói o microorganismo
presente em objetos 
inanimados, mas não 
necessariamente os esporos dos 
microorganismos
Biossegurança
Manuseio de produtos biológicos envolve:
Limpeza
Desinfecção
Esterilização
Processo que procura destruir 
todas as formas de 
microorganismos, inclusive os 
esporos.
Esterilização
Calor
Radiação
Filtração
Processos Físicos:
Esterilização
Calor
Radiação
Filtração
- Calor úmido (vapor sob 
pressão) – Autoclave, maior 
poder de penetração e 
redução do número de 
microrganismos.
- Calor seco - Incineração, 
flambagem ar quente (estufa)
Processos Físicos:
Esterilização
AUTOCLAVE - Dispositivo selado que permite a entrada de 
vapor sob pressão.
ESTUFA - Calor seco
Ação: desnaturação das proteínas microbiana
Esterilização
Esterilização
Calor
Radiação
Filtração
- Flambagem
Esterilização de alças e 
agulhas.
Processos Físicos:
Esterilização
Calor
Radiação
Filtração
- Radiação eletromagnética
Exemplos:
• microondas
• radiação ultravioleta
• raios X
• raios γ
• elétrons
Processos Físicos:
Radiação ultravioleta – Capela de Fluxo Laminar
Esterilização
Esterilização
Calor
Radiação
Filtração
- Remoção dos 
microrganismos de líquidos e 
gases sensíveis ao calor:
* Glicose
* Antibióticos
* Reagentes químicos
Processos Físicos:
Esterilização
Tipos de filtros:
A) Filtro de profundidade
B) Membrana filtrante
C) Filtro de trilhas de nuleação
A) B) C)
Esterilização
Filtração:
Esterilização
Filtro de trilhas de nucleação - microscopia 
eletrônica de varredura
Biossegurança
Manuseio de produtos biológicos envolve:
Descontaminação
Anti-sepsia
Desinfecção ou esterilização 
terminal de objetos e 
superfícies contaminadas, com 
microorganismos patogênicos, 
tornando-os seguros para 
manipulação
Biossegurança
Manuseio de produtos biológicos envolve:
Descontaminação
Anti-sepsia
Procedimento por meio do qual 
microrganismos presentes em 
tecidos são destruídos ou 
eliminados após aplicação de 
agentes antimicrobianos