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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA 
ENGENHARIA QUÍMICA 
 
 
RELATÓRIO DE QUÍMICA ANALÍTICA 
MANIPULAÇÃO DE UM ESPECTROFOTÓMETRO E A LEI DE BEER 
 
SANTA DA CONCEIÇÃO FRANCISCO ANTÓNIO 
 
 
 
 DOCENTE : DOMINGOS SANTANA 
 
 
Luanda, 2018 
 
 
 
ISPTEC | Relatório de Química Analítica 2018 
 
 
ISPTEC | Relatóri de Química Analítica Abril 04, 2018 
ÍNDICE 
I. INTRODUÇÃO………………………………………………………..…………..........................…..3 
II. OBJECTIVOS………………………………………………………..……………….........................5 
III. PARTE EXPERIMENTAL…………………………………………………………...........................5 
III. 1- MATERIAIS E SOLUÇÕES…………………………………………………………….….....................5 
III. 2- ESQUEMA DE APARELHAGEM………………………………………………….…….......................5 
III. 3- PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAL…………………………………………….……....……...........6 
IV. RESULTADOS E DISCUSSÕES …………………..............................………..........................8 
V. CONCLUSÃO…………………………………………………..…………………...........................12 
VI. BIBLIOGRÁFIA…………………………………………………………………..............................13 
VII. ANEXO……………………………………………...……………...….…………….........................14 
 
 
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I- INTRODUÇÃO 
“Espectrofotometria UV-visível é uma técnica analítica que permite determinar 
a concentração de um composto em solução. Baseia-se em uma técnica no qual as 
moléculas absorvem a radiação electromagnética, a quantidade de luz absorvida 
depende da concentração das espécies química. 
Para fazer este tipo de medida usa-se um instrumento chamado 
espectrofotómetro, no qual é seleccionado o comprimento de onda da luz que passa 
através de uma solução para medir a quantidade de luz absorvida pelo mesmo. 
A espectrofotometria pode denominar-se, como um método analítico 
espectrofotométrico de absorção, na qual as espécies absorventes de uma amostra 
a serem analisadas, são colocadas num recipiente chamado de cubeta, e ao passar 
um feixe de radiação monocromática através dela, uma parte da energia radiante é 
absorvida e a outra é absorvida pelo meio. Esta energia medida é expressa em % de 
transmitância ou em absorvância. 
 A análise quantitativa é regida pela Lei de Lambert-Beer, na qual estabelece a 
relação entre a concentração e a quantidade de radiação absorvida por uma espécie 
química. 
A= log (I/I ̊◦) = log1/T = ϵ x b x c. 
Onde: 
A = absorbância ou densidade óptica; 
I◦ = intensidade da radiação incidente; I = 
intensidade da radiação transmitida; c = 
concentração do componente i (mol/l); b= 
espessura da célula (cm); ϵ = Absortividade 
ou coeficiente de absorção 
T = transmitância; “ (WIKIPÉDIA,2018) 
Desvios da Lei de Beer: 
 
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A lei de Beer normalmente é observada quando a concentração do analito é baixa e a 
amostra é homogénea. A proporcionalidade directa entre a concentração e a 
absorvância para a maioria das espécies absorventes é verificada quando a 
concentração é inferior a 0,01 mol/L. Os desvios da linearidade são comuns para 
concentrações altas do analito. A dispersão (quando há partículas sólidas em 
suspensão na amostra) da radiação incidente é também uma das fontes mais comuns 
de desvios da linearidade estabelecida pela lei de Beer. (Santana, 2018) 
Os espectrofotômetros são instrumentos de análise que permitem: 
i) Selecionar o comprimento de onda da radiação adequado à análise de 
umdeterminado componente. 
ii) Medir a intensidade I do feixe emergente que corresponde a um determinado 
feixeincidente Io, convertendo o sinal recebido no detector em medida de absorbância 
(ou absorvância) para o comprimento de onda da análise. 
iii) Determinar a concentração de uma espécie em solução a partir do gráfico da 
variação de absorbância (ou transmitância) em função da concentração de várias 
soluções-padrão” . (WIKIPÉDIA, 2018) 
II-OBJETIVOS 
 Familiarizar-se com a manipulação de um espectrofotómetro e 
compreender a proporcionalidade entre a absorvância e a concentração, 
estabelecida na lei de Beer. 
 
 
 
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III- PARTE EXPERIMENTAL 
1- Materiais MATERIAIS 
1 becker de retrace code-KMnO4 á 0,01 mol/L – extra pure, Ph, Eur, USP, 00832103 
capacidade 100 mL- BP made in germany 
4 Balões volumétricos de fundo raso de 100mL 
1 Pipeta graduada de 5 mL 
1 Espectrofotômetro UVmini-1240 
 
2- Esquema de aparelhagem 
 
 
Ilustração 1: Espectrofotómetro Uvmini-1240 
 
 
 
 
 
 
 
 
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III.3-Procedimento experimental 
1- Para efetuar as diluições calculou-se os volumes (V2 ) para preparar 
quatro soluções, com as concentrações 6,0.10-5 mol/L, 1,2.10-4 mol/L, 2,0.10-4 
mol/L, e 3,0.10-4 mol/L a partir da solução-stock KMnO4 de concentração 0,01 
mol/l, em balões volumétricos de 100 mL. 
 
2- Preparou-se quatro soluções com as concentrações 6,0.10-5 mol/L, 
1,2.10-4mol/L, 2,0.10-4 mol/L, e 3,0.10-4 mol/L. Utilizando uma pipeta graduada, 
pipetou-se os volumes de 0,605 mL, 1,2 mL, 2 mL e 3mL, e Completou-se o 
volume com água destilada até o menisco do balões. 
 
 
(0,01 mol/l) 
 
Amostra V 1 
 ( mL ) C 1 ( M ) V 2 ( mL ) C 2 (M) 
1 100 6 ,0.10E -5 0,605 0 , 01 
2 100 1 ,2.10E -4 1 , 2 0 , 01 
3 100 3 ,0E -4 3 0 , 01 
4 100 2 ,0E -4 2 0 , 01 
Ilustração 3 : 
solução stock 
Ilustração 4 : 
água destilada 
Ilustração 2 : Balões 
volumétricos 
 
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3- Antes de se analisar o espectro das soluções concentradas, calibrou-se 
oespectrômetro com uma cubeta contendo apenas água . 
4- Analisou-se no espectrofotómetro UV-Vis o aspecto das soluções 
concentradas em 1,2.10-4 mol/L e 2,0.10-4 mol/L, e identificou-se o c.d.o em 
que houve a maior obsorção de radiação. E em seguida Mediu-se a absorvãncia 
das soluções 6,0.10-5 mol/L, e 3,0.10-4 mol/L, da série do padrão ao c.d.o 
máximo determinado, e Registou-se os dados do espectro de absorção UV-Vis. 
Com os dados da absorvância calculou-se a transmitância da substância. 
 
 
5- Registou-se numa tabela os dados espectrais (aborvãncia e 
comprimento de onda) da substância com a concetração desconheida, contendo 
o analito no intervalo de 300 a 600 nm, á cada 5nm de absorção molecular, e 
em seguida com os dados da absorvância calculou-se a transmitância da 
substância. 
 
 
 
Amostra C.d.o máximo 
( nm ) 
Absorvância Transmitância Concentração 
( mol/l) 
1 526 0,135 0,733 6 ,0.10E -5 
2 526 0,279 0,526 1 ,2.10E -4 
3 526 0,816 0,153 3 ,0E -4 
4 526 0,482 0,300 2 ,0E -4 
 
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IV. -RESULTADOS E DISCUSSÕES 
Com os dados coletados na etapa 6, pode-se construir uma tabela demonstrativa dos 
dados referentes à absorbância e transmitância (10E-A) da solução de KmnO4 . 
Em diferentes comprimentos de onda. 
ƛ(nm) A (KMnO4) T (KMnO4) 
300 0,308 0,492 
305 0,335 0,462 
310 0,351 0,446 
… … … 
526 0,46 0,347 
… … … 
595 0,044 0,904 
600 0,039 0,0914 
A tabela acima permite observar os valores de absorção e de transmitãncia dasolução de KMnO4 em um intervalo de 5 nm, cobrindo a faixa de 300 a 600 nm. A 
partir da analise espectrais do KMnO4 com as concentrções de 6,0.10-5 mol/L, 1,2.10-
4 mol/L, 2,0.10-4 mol/L, e 3,0.10-4 mol/L, foi possível identificar o comprimento de 
onda máximo (λmáx.= 526 nm) da substância em estudo e esboçar graficamente as 
curvas A = f (ƛ) e T = f(ƛ) com o objectivo de se ilustrar a relação entre a radiação 
absorvida e transmitância por uma solução. 
 
Relação Absorção e Transmitância do KMnO 4 
 
 
 
Ilustração 5: Relação entre a Asorvância e a Transmitância 
absorvância 
transmitância 
250 300 350 400 450 500 550 600 650 
0 
0 , 2 
0 , 4 
0 , 6 
, 8 0 
1 
Comprimento de Onda em nm 
 
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A patir da relação entre absorvância e transmitância demostrada no gráfico acima 
podemos ver que para uma mesma solução de KMnO4 as radiações menos 
absorvidas foram as mais transmitidas isso nos intervalos de 300-500 e 555-600. 
Porém no intervalo de 500-555 verifica-se que as radiações mais aborvidas foram as 
menos transmitidas, isso significa que nesse intervalo a amostra absorveu luz da fonte 
(a potência de radiação original radiada pela fonte é maior que a potência de radiação 
atenuada). 
ƛ(nm) A (KMnO4) C (KmnO4) 
mol/l 
300 0,308 0,000132 
305 0,335 0,000144 
310 0,351 0,000151 
… … … 
526 0,46 0,000198 
… … … 
590 0,052 0,0000224 
595 0,044 0,0000189 
600 0,039 0,0000168 
 
Para calcular a concentração do KMnO4 desconhecida, utiliza-se um cálculo, que vai 
de acordo com a Lei de Beer. Neste cálculo, usa-se uma propriedade estatística que 
chama-se regressão linear, que é um método para se estimar a condicional (valor 
esperado) de uma variável y, dados os valores de algumas outras variáveis x. A 
regressão, em geral, trata da questão de se estimar um valor condicional esperado. 
Para o cálculo da concentração de KMnO4 desconhecida, fez-se um gráfico linear, 
como mostra a figura abaixo, pode-se observar que o preparo da diluição das soluções 
com concentrações conhecidas, estavam de acordo com os cálculos, concluindo que 
houve exatidão no procedimento. O mais importante deste gráfico, é a equação, que 
ele nos fornece, pois é a partir desta equação de 1º grau que podemos calcular a 
concentração. O gráfico disponibiliza também o valor de R² que é o valor do coeficiente 
angular. 
 
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Absorvância em função da concentração em diferentes comprimentos de 
onda 
 
Concentração em mol/l 
Ilustração 6: Absorvância em função da concentração em diferentes comprimentos de 
O gráfico acima permite observar a relação linear entre concentração da solução 
padrão de Permanganato de Potássio (KMnO4) e a absorvância. como descreve a lei 
de Beer-Lambert, uma vez que o aumento da concentração resulta no aumento do 
número de partículas que interagem com a radiação. 
A partir do gráfico tem-se o coeficiente de determinação R2 que a partir do mesmo 
podemos aferir a proporção da variação da variável dependente, Y, 
(Asorvância) que é explicada em termos lineares pela variável independente, X, 
(concentração). Tendo o R2 =1 significa que grande parte da variação de 
Y(Absorvância) é explicada linearmente por X (Concentração) o que torna o modelo 
adequado. E através de sua equação, calcular a concentração da amostra problema.
 f ( x )=2325,04∗x A=2325,04∗C 
Convertendo as absorbâncias obtidas em concentração de KMnO4, usando a seguinte 
fórmula: 
C mol/l 
0 0 0 0 0 0 
0 
0 , 05 
0 , 1 
0 , 15 
0 , 2 
0 25 , 
, 0 3 
35 , 0 
0 , 4 
0 , 45 
, 0 5 
 
 
 
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Erro relativo percentual 
Calcular o erro relativo percentual permitinos comparar uma estimativa com um valor 
exato. Ele nos da a diferença entre os valores aproximado e exato como uma 
percentagem do valor exato, ajudando a descobrir o quão perto o nosso palpite ou 
estimativa estava do valor real. No entanto como a concentração encontrada 
aproxima-se à concentração de 2,0E-4 mol/l, assim como os valores de absorvância. 
Nos leva a relaccionar as duas concentrações. Onde o valor exato será a 
concentração de 2,0E-4 mol/l, e o valor aproximado será 1,98E-4. 
Valorexato−Valoraproximado 
E (%)= ∗100% 
Valorexato 
 
E % 
E (%)=0,01% 
A partir do resultado obtido podemos verificar que a nossa estimava 1,98E-4 está 
muito perto do valor real 2,0E-4 mol/l. 
 
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V-CONCLUSÃO 
A partir dos experimentos podemos chegar as seguintes conclusões: 
1) Conseguiu-se Familiarizar com a manipulação de um espectrofotómetro e 
compreender a proporcionalidade entre a absorvância e a concentração, 
estabelecida na lei de Beer. Essa lei tem coerência com os resultados obtidos 
experimentalmente, mostrando que, quando limitada a uma faixa de absorção, 
se obtêm resultados favoráveis. 
2) O método da curva de calibração nos possibilitou obter a concentração do 
KMnO4 na amostra. O gráfico apresentou um excelente coeficiente de 
correlação (R2=1), onde verificou-se que grande parte da variação de 
Absorvância é explicada linearmente pela Concentração o que torna o modelo 
apresentado por nós adequado. Esse método se mostrou relativamente 
eficiente, já que o erro das medidas foi de E (%)=0,01% onde podemos então 
afirmar que a concentração problema é a concentração de 2,0E-4 mol/l. 
 
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V.I-BIBLIOGRÁFIA 
WIKIPÉDIA. A espectroscopia no ultravioleta visível. Disponível em: 
«https://pt.wikipedia.org/wiki/Espectroscopia_UV/vis%C3%ADvel» Acesso em: 2 Abril 
2009 
Santana, Domingos. Março 2018. 5 slides. INTRODUÇÃO A 
ESPECTROFOTOMETRIA. Material apresentado para a disciplina de química analitica no 
curso de Enghenharia química do ISPTEC. 
 
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ANEXO 
Para efetuar as diluições calculou-se os volumes (V2 ) para preparar quatro soluções, 
com as concentrações 6,0.10-5 mol/L, 1,2.10-4 mol/L, 2,0.10-4 mol/L, e 3,0.10-4 mol/L 
a partir da solução-stock KMnO4 de concentração 0,01 mol/l, em balões volumétricos 
de 100 mL. 
Balão 1: solução KMnO4 0,01 mol/L Balão 2: solução KMnO4 0,01 mol/L 
C1 . V1= C2 . V2 C1 . V1= C2 . V2 
6,0.10-5 .100 = 0,01 .V2 1,2.10-4 . 100= 0,01 . V2 
V2 = 0,606 mL V2 = 1,2 mL 
Balão 3: solução KMnO4 0,01 mol/L Balão 4: solução KMnO4 0,01 mol/L 
 C1 . V1= C2 . V2 C1 . V1= C2 . V2 
3,0.10-4. 100 = 0,01 . V2 2,0.10-4 . 100 = 0,01 . V2 
V2 = 3 mL V2 = 2 mL 
Com os dados da absorvância obtida apartir do registro do espectro, calculouse a 
transmitância das concentrações conhecidas. 
Dados: Fórmula Amostra 
1 (6,0.10E-5 mol/l)T= 10-A 
C.d.o máximo (nm) = 526 T= 10-0,135 
Absorvância (A) = 0,135 T = 0,733 
Amostra 2 (1,2.10E-4mol/l) - Absorvância (A) = 0,279 -Transmitância = 0,526 
Amostra 3 (3.10E-4mol/l) - Absorvância (A) =0,816 -Transmitância =0,153 
 
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Amostra 4 (2.10E-4mol/l) - Absorvância (A) =0,482 Transmitância = 0,300 
Usou-se o mesmo rassocínio para o calculo da transmitância da concentração 
desconhecida em diferentes comprimentos de onda.

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