Microbiologia Oral - Ecossistema Bucal

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Professor Dr. Moisés Franco Barbosa da Silva 
MICROBIOLOGIA ORAL 
(ECOSSISTEMA BUCAL) 
CURSO DE ODONTOLOGIA 
Microbiologia Oral 
A superfície do nosso organismo são habitadas por 
micro-organismos, mesmo quando em estado de saúde 
Microbiologia Oral 
As condições ambientais selecionam e determinam as espécies de 
micro-organismos 
Ecossistema 
Conjunto formado pelos seres vivos e os elementos ambientais 
(micro-organismos e o hábitat bucal) 
Microbiologia Oral 
Ecossistema 
2 fatores: 
1. Abióticos: estruturas anatômicas da região (mucosas, dentes) e 
temperatura, umidade, pH. 
2. Bióticos: micro-organismos que vivem no hábitat. 
Microbiologia Oral 
O estudo da influência do ambiente bucal sobre os micro-organismos 
Ecologia bucal 
Microbiologia Oral 
Microbiota do organismo 
Classificação: 
1. Residente. 
2. Suplementar. 
3. Transitória. 
Residente e 
Suplementar 
são endógenas 
Microbiologia Oral 
Microbiota Residente 
 Também chamada de microbiota permanente ou normal; 
 Compreende aquelas espécies presentes em números elevados, 
em cada sítio específico; 
 Em cada local do organismo existe uma microbiota típica. 
Microbiologia Oral 
Microbiota Suplementar 
 Espécies bacterianas sempre presentes, porém em baixo número; 
 Podem aumentar, caso ocorram alterações no meio ambiente. 
Microbiologia Oral 
Microbiota Transitória (Adventícia) 
 Micro-organismos não patogênicos, ou potencialmente patogênicos; 
 Habitam a pele ou a mucosa durante horas, dias ou semanas; 
 São originários do meio ambiente, não produzem doenças; 
 Se a microbiota residente for alterada, eles podem proliferar. 
Microbiologia Oral 
Participação da Microbiota no organismo 
A microbiota não é fundamental para a sobrevivência de 
um organismo 
Sua participação no organismo é extremamente 
importante 
Microbiologia Oral 
Participação da Microbiota no organismo 
 Desenvolvimento fisiológico do hospedeiro; 
 Desenvolvimento do sistema imunológico; 
Micro-organismos da microbiota podem, por algum tipo de 
desequilíbrio, iniciar infecções como cárie e doença periodontal 
Microbiologia Oral 
Microbiota Bucal 
Sistema de crescimento aberto 
(Nutrientes e os micro-organismos são repetidamente introduzidos e removidos desse sistema) 
Microbiologia Oral 
Microbiota Bucal 
Aderência 
 Sulcos 
 Fissuras 
 Espaços interproximais 
Microbiologia Oral 
Microbiota Bucal 
 A boca possui microbiota própria e que a maioria dos seus 
componentes não é capaz de colonizar outro local no 
organismo. 
 Composta por uma variedade de ecossistemas 
bacterianos distintos em diferentes locais. 
Microbiologia Oral 
Microbiota Bucal 
 Cada um dos ecossistemas é formado por uma variedade de 
tipos bacterianos. 
 4 nichos principais: biofilme dentário, sulco gengival, 
dorso da língua e mucosas da boca. 
Microbiologia Oral 
Microbiologia Oral 
Microbiota Bucal 
Diversidade de espécies: mais complexa do organismo. 
Número de micro-organismos 
Microbiologia Oral 
Microbiota Bucal 
Número de micro-organismos 
 700 espécies microbianas; 
 A saliva contém 43 milhões a 5,5 bilhões de 
bactérias por mililitro (média de 750 milhões/mL); 
Microbiologia Oral 
Microbiota Bucal 
Número de micro-organismos 
 No Biofilme dentário encontra-se 200 bilhões de 
células por grama de material coletado; 
Microbiologia Oral 
Microbiota Bucal 
Aquisição da microbiota 
 Asséptico; 
 Ambiente bucal estéril; 
Poucas horas: 
 Streptococcus salivarius; 
 Streptococcus mitior. 
Microbiologia Oral 
Microbiota Bucal 
Aquisição da microbiota 
 Já existe microbiota; 
 Erupção dos dentes – outros 
hábitats; 
 Mudança gradual na microbiota 
 (aeróbia para anaeróbia) 
3 meses: 
Microbiologia Oral 
Microbiota Bucal 
Aquisição da microbiota 
 semelhante à da idade adulta, 
com exceção das espiroquetas; 
 
 Números mais elevados durante a 
puberdade. 
Idade escolar: 
Microbiologia Oral 
Microbiota Bucal 
Aquisição da microbiota 
 Bastante completa (semelhante 
à da idade adulta); 
Adolescência: 
Microbiologia Oral 
Sucessão microbiana 
Troca de um tipo de comunidade por outra em resposta a 
modificações no meio que afetam o hábitat 
Processo dinâmico 
Microbiologia Oral 
Sucessão microbiana 
Alogênica 
 Substituição de um tipo de comunidade por outra porque o hábitat 
foi alterado por fatores não microbianos; 
Microbiologia Oral 
Sucessão microbiana 
Autogênica 
 Comunidade residente altera o meio de tal forma que é substituída 
por outras espécies mais adaptadas ao hábitat modificado. 
 Remoção de nutrientes; 
 Formação de ácidos. 
Microbiologia Oral 
Classificação dos micro-organismos quanto à 
atividade funcional 
Acidogênicos: 
 Micro-organismos que elaboram ácidos a partir de carboidratos. 
 Associados a etiologia da cárie dentária. 
Microbiologia Oral 
Classificação dos micro-organismos quanto à 
atividade funcional 
Acidúricos: 
 Micro-organismos que sobrevivem em pH ácido. 
 Associados a etiologia da cárie dentária. 
 Toleram pH inferior a 5,5. 
Microbiologia Oral 
Classificação dos micro-organismos quanto à 
atividade funcional 
Proteolíticos: 
 Micro-organismos que utilizam proteínas para seu metabolismo. 
 Degradam proteínas, podendo levar à destruição tecidual. 
 Associados com doença periodontal. 
Microbiologia Oral 
Potencial patogênico 
3 maneiras: 
1. Podem proliferar em áreas restritas e causar dano confinado ao local 
da infecção. 
2. Podem disseminar a infecção aos tecidos vizinhos. 
3. Podem causar lesões a distância por bacteriemia ou por produtos lançados 
à circulação linfática ou sanguínea 
Fisiologia 
Regulação e controle da Microbiota bucal 
Hospedeiro 
(endógeno e 
exógeno) 
Microbiota 
Fisiologia 
Fatores endógenos (Hospedeiro) 
 Presença ou não de dentes; 
 Alterações nos dentes e mucosas; 
 Descamação epitelial; 
 Fluido gengival; 
 Leucócitos; 
 Anticorpos 
 Saliva 
Fisiologia 
Fatores exógenos (Hospedeiro) 
 Dieta; 
 Fatores mecânicos; 
 Fatores químicos; 
 Relacionados com a microbiota; 
 Comensalismo; 
 Protocooperação; 
 Mutualismo ou simbiose; 
 Sinergismo; 
 Antibiose ou amensalismo; 
 Competição 
 
Fisiologia 
Referência Bibliográfica: 
Cap. 26 
Email: moises_franco@uol.com.br 
JORGE, A. O. C., Microbiologia e Imunologia Oral. 2ª ed. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. 
Parte V