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Nem tudo são flores no caminho de realização dos sonhos dos empreendedores. São várias as situações, os contextos e os relacionamentos que afetam essa ação empreendedora. Essas interferências podem vir de dentro do empreendedor, de seu entorno, de seu negócio/trabalho ou do contexto externo. O fato é que essas questões muitas vezes não são previsíveis, administráveis ou podem ser resolvidas pelo empreendedor. Elas podem ser de âmbito global, nacional, estadual, chegando até o nível íntimo de seu ser. Portanto, a contar da hora que o empreendedor tem uma ideia com potencial de configurar como uma oportunidade, é preciso que ele se situe, observe melhor qual a relação dessa oportunidade com todos os elementos aos quais ela se relaciona, considerando, inclusive, e de modo especial, ele próprio. não. Essa é primeira regra. Não há dúvida quanto à responsabilidade da administração pelos impactos sociais de sua organização. Eles são de competência da ad . 365). Observando essa abordagem de Drucker, podemos ver que surgem diversas avaliações que influenciarão e determinarão as decisões que se seguirão até a efetivação e a concretização dos objetivos da caminhada empreendedora. Será necessária uma grande avaliação da oportunidade mapeada com o empreendedor, com o mercado afetado por essa oportunidade, pelos elementos stakeholders sistêmicos presentes na oportunidade e com a sociedade e o ambiente. Não fazer essas avaliações muitas vezes resultam em grandes fracassos, pois se parte para um planejamento ou mesmo para a ação realizadora sem um entendimento claro do que vai ser feito, como será feito, que implicações a ação terá em suas diferentes magnitudes de relacionamento e o que ela trará de efetivamente positivo ou negativo para as pessoas e o planeta. Portanto, nessa rota de aprendizagem, trabalharemos a importante relação sistêmica e complexa entre as oportunidades detectadas, seu grau de inovação no ambiente, sua relação com o empreendedor, ampliando a análise dessa relação para seu entorno, contexto, sociedade e planeta. Sem uma consciência clara disso tudo, não se deve partir para o planejamento de ações empreendedoras. – Após uma fase de intensa criatividade em busca de uma ideia que aproveite bem uma oportunidade, é normal que o nível de motivação e ansiedade do empreendedor cresça e com ele a vontade de partir logo para a efetivação da ideia. No entanto, ao fazer isso, ele pula o importante momento de análise, avaliação, maturação e planejamento da ideia. Se, com tudo isso, ainda há negócios que fracassam, imagine o quanto é perigoso seguir sem essa parte da caminhada empreendedora. Antes de se fazer a abordagem sobre a análise de oportunidades, é importante abordar um pouco mais a questão de como identificar oportunidades pois essa fase é a que mais colabora para a efetivação de boas ideias com potencial inovador. O objetivo é saber como observar o mundo em busca de oportunidades que possam ser inovadoras. Porém, o que é inovação? Fazendo uma busca entre diferentes autores que abordaram esse tema, é possível chegar ao seguinte esquema: Figura 1 Conceitos de inovação Fonte: Adaptado de Simantob, 2003. É nítida a grande amplitude do tema, como a inovação pode ser atrelada a diferentes pontos de vista, revelando conceitos bastante diferenciados e que remetem a questões importantes para as organizações. É possível destacar partes do quadro acima, como a definição de inovação colocada por Jonash, ela se torna bastante relevante, pois em apenas seis palavras consegue apresentar o que de mais relevante se precisa para inovar: criar valor mediante criatividade. Em outras palavras, inovar é criar valor. Se a ideia relacionada a uma oportunidade não for capaz de criar valor para um mercado, fazendo com que seus segmentos de clientes não percebam valor, essa ideia não vingará. Se uma ideia não despertar em seu cliente o desejo de saber mais e desejar aquele produto ou serviço, dificilmente ele o consumirá. Em resumo, podemos concluir que a missão do empreendedor em busca da inovação é a de identificar como ele pode criar valor para o segmento de clientes que ele pretende atingir. Aqui cabe a ressalva apontada por Tidd (2008), quando inovação de modelo de negócio não requer a descoberta de novos produtos ou serviços, ou até mesmo de nova tecnologia, mas sim a redefinição de produtos e serviços já existentes e de como são usados, buscando- quebra o paradigma de que a mpre trazer algo totalmente novo para o mercado. É muito mais possível se inovar incrementando o que já existe do que trazer algo novo. Ainda é preciso se pensar mais longe com essa inovação. Captar a atenção e interesse do cliente a ponto de ele consumir o produto ou serviço precisa ser visto como parte do processo de criação de valor. Austin afirma que sobreviva a ele... conectando-se com suas paixões... experiência enriquecidas que fortaleçam a marca e aumentem as vendas (Austin; Aitchinson, 2007, p. 200). Assim, entende-se que o processo de valor passa pela oferta, entrega e captação de valor pelo cliente, não se restringindo ao momento do consumo e se estendendo de modo a se criar um vínculo valoroso em que a relação entre o que se ofereceu e o quem o consumiu permaneça e possa ser ampliada. Há uma famosa marca de motocicletas que não vende motocicletas em suas propagandas, mas sim liberdade, e, em seu enfoque, essa liberdade é motocicleta, na verdade, eles oferecida se materializa sob a forma de eventos sociais, viagens, roupas personalizadas com a marca, venda de acessórios para personalização da motocicleta. A captação de valor, por consequência, é ampla e duradoura, algo que representa receitas contínuas e com alguma constância. Quando o empreendedor parte para a identificação de uma oportunidade que gere valor, ele tem esse desafio de obtenção de valor em curto, médio e longo prazo. Motociclismo lembra paixão, e isso nos remete a certos cuidados quando se está avaliando oportunidades. Dolabela (1999, p. 96) nos orienta bem a esse respeito, apresentando os oportunidades: Figura 2 Avaliação de oportunidades Fonte: Dolabela, 1999, p. 96. Gostar da questão relacionada à oportunidade não significa que ela é uma boa oportunidade, afinal a cegueira da paixão pode ser fatal. Também é perigoso guardar para si uma ideia por acreditar que ela pode ser roubada e aproveitada por outros. Ideias aparecem em mais de um lugar, e o sucesso tende a vir para quem parte para a ação, e não para aquele que a mantém no mundo das ideias. O erro número 3 também é complicado, pois ideias têm um timing, e, portanto, é preciso maturá-la com certa rapidez para que aproveite a janela de oportunidade aberta. Outro erro, que nem sempre acontece, mas que é perigoso é postergar demais o aproveitamento da oportunidade fazendo com que ela deixe de acontecer quando devia. O erro número 5 é um clássico. É muito comum ouvir empreendedores dizendo que a ideia é original e que não há concorrência. Quando abrem o negócio, descobrem que a concorrência existe ou que os substitutos têm forte ação em seu mercado. O erro seguinte traz ameaças grandes de sustentabilidade econômica do negócio, já que preço baixo quase sempre significa baixa margem de lucro ou mesmo nenhuma. Isso pode atrair clientes, mas não pagar as contas. O erro da impaciência também é comum. O empreendedor acha que vai abrir o negócio, Entretanto, a prática é o que ela tiver de ser, e não o que se deseja que ela seja. Por tal razão, o estresse da impaciência pode ser fatal. O último erro, do lucro rápido, é da mesma família, com laços sanguíneos diretos com a falta de planejamento. Lucro não é algo rápido em quase a totalidade dos negócios. Pensar que será assim é uma grande ilusão que muitas vezesacaba afastando o empreendedor do sucesso pois ele acaba pulando fora do barco antes que esse atraque em um porto seguro. Podemos concluir por essa breve abordagem sobre oportunidades que a inovação é um passo extremamente importante e decisivo para o sucesso da ação empreendedora. Tal momento demanda atenção, cuidado e um trabalho apoiado pela razão, emoção, criatividade e boas informações, sem falar na discussão das ideias e oportunidades com outras pessoas que podem apontar novas visões, diferenciações, ameaças, enfim, aprimorar a oportunidade identificada. – Isto é para os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. Os criadores de caso. As peças redondas nos buracos quadrados. Os que veem as coisas de forma diferente. Eles não gostam de regras. E eles não têm nenhum respeito pelo status quo. Você pode citá-los, discordá-los, glorificá-los ou difamá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Eles empurram a raça humana para frente. Enquanto alguns os veem como loucos, nós vemos gênios. Porque as pessoas que são loucas o suficiente para achar que podem mudar o mundo, são as que de fato, mudam (Apple, 1997). Nada mais adequado do que abrir esse tema que tem como foco a questão da inovação falando sobre um texto apresentado em uma propaganda da Apple, no qual se fala sobre as pessoas inovadoras, que são chamadas de loucos, desajustados e rebeldes por muitos. Há mesmo essas características nas pessoas que inovam. E não poderia deixar de existir já que delas é esperado mesmo que saiam do lugar comum, que nadem contra a maré e sejam desafiadoras de normas, padrões, conceitos e limites pré-estabelecidos. Realmente, são pessoas assim que acabam mudando o mundo, e será sobre eles e como eles se relacionam com as oportunidades que conversaremos nessa parte do curso. Pesquisando no site do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), foi possível identificar quais seriam as principais características de um verdadeiro inovador. Na imagem a seguir, é possível ver que são características interessantes e que merecem ser melhor trabalhadas para se ter uma melhor fotografia de uma pessoa inovadora. Figura 3 Características de um verdadeiro inovador Fonte: Sebrae, 2016. Segundo o SEBRAE, a característica reconhecem necessidades advém do fato de que inovadores entendem o que as pessoas estão procurando e acham formas de entregar isso. Saber olhar, observar, entender e relacionar o que vê em busca do novo é algo que está na essência da pessoa inovadora. Contudo, esse reconhecimento é muito bruto, demandando um refinamento para que possa efetivamente atender uma necessidade e/ou aproveitar uma , que significa ir mais fundo, entender mais os detalhes, as minúcias, as essa possível oportunidade. Essa solução refinada envolve riscos terceira característica apresentada , e nisso o inovador precisa de uma dose acima da média, ou seja, ele precisa ter atitude para ir fundo em busca da realização dessa solução, mesmo que isso o coloque em contextos de risco elevado e possibilidades de fracasso. Também precisa não ter uma postura de ficar onde todos estão e parar na fronteira em que todos param, pois, assim, não se consegue o novo. Portanto, é preciso ir mais longe que os demais, colocando- se em territórios e situações muitas vezes inusitadas, pouco claras, arriscadas, mas que são onde moram as novas possibilidades, os novos limites e paradigmas. Por fim, a quinta característica tem relação com a capacidade que o inovador precisa ter de criar significado. Aqui se destaca a habilidade que ele precisa ter de fazer as pessoas pensarem diferente, verem diferente, concluírem diferente, pois se não fizerem assim, a inovação proposta terá grande dificuldade de ter seu valor percebido e desejado. A questão do valor depende do grau de inovação a ser inserido na oportunidade e também em que elemento. Para entender melhor, usaremos o conceito, apresentado por Tipp (2005), da Inovação: Figura 4 4Ps da inovação Fonte: Adaptado de Tidd, 2005, p. 30. Quanto menor o grau de novidades inseridas, mais a inovação poderá ser considerada incremental. Ajuda o foco da inovação a ser mais valioso, porém não o transforma de modo radical. Se o grau de novidade for elevado, aí sim se pode falar em inovação radical. Em um carro, por exemplo, um acessório como sensor de ré ou um GPS no painel é algo que agrega valor ao carro, mas não o transforma de modo radical. Entretanto, se a inovação for, por exemplo, um carro movido a ar, teremos um grau de novidade e um impacto significativo no mercado. Essas novidades, em suas diferentes magnitudes, podem ocorrer no produto ou serviço, na forma como ele é produzido ou prestado, no contexto em que ele é oferecido ou ainda na forma como ele é percebido. Podemos imaginar ser vendido aos ser convencidos de que valerá a pena trocar o carro tradicional pelo que voa. É interessante notar que inovar é uma questão sistêmica, no sentido de que se relaciona com diferentes elementos e demanda que os elementos se comportem de modo coerente com ela, fazendo com que exista uma convergência em sua direção. A inovação pode fracassar se não houver aderência dos fornecedores, acionistas, bancos, clientes, parceiros, colaboradores. São conexões de ordem interna e externa que precisam ser bem alinhavadas pelo empreendedor para que sua oportunidade tenha chances de sair do papel e se tornar real. Bes criatividade, ideias e novas t deve ter pessoas para gerenciá-lo, com novas habilidades relacionadas ao perfil da proposição apresentada. Isso ajuda a quebrar alguns mitos que dizem que a inovação vem apenas da criatividade, ou que, inserindo-se tecnologia, a inovação surge como consequência, pois as pessoas não costumam resistir ao novo. Mesmo ambientes bem servidos de pessoas, criatividade e tecnologias podem não ser inovadores. É preciso se ter o devido cuidado para fazer com que esses elementos convirjam de modo correto para a inovação. A ies (2012), portanto, tem muito sentido quando se aborda a questão da inovação. Quando a administração está voltada para manter, seguir, repetir, perpetuar e controlar , trata-se de um tipo de administração diferente da praticada quando se trata de empreendedorismo voltado para a inovação. Em sua visão, a empresa que inova precisa praticar a inovação e isso acontece mediante práticas indutoras da inovação, tais como design thinking, customer development, desenvolvimento rápido e outras ações que ele denomina como Lean Startup. Não é o caso de nos aprofundarmos agora nessas questões, mas é importante que se saiba que o aproveitamento de oportunidades passar por uma postura, prática e crenças diferentes das tradicionais. O empreendedor que inova precisa passar por essa metamorfose para assumir a forma correta de agir perante a inovação. Ries deveria ser um cargo em todas as empresas modernas que dependem da inovação para seu crescimento futuro. Quadro 1 Inovação relacionada à informação e aprendizagem UMA REFLEXÃO IMPORTANTE DA INOVAÇÃO RELACIONADA À INFORMAÇÃO E APRENDIZAGEM Perin (2006) aponta em seus estudos sobre aprendizagem organizacional que: geração de inteligência de mercado, descrevendo quatro estratégias de geração de informações foco no mercado, colaboração entre organizações, experimentação e repetição de experiências e demonstrando como tais estratégias contribuem para a capacidade de ação das empresas. Os resultados do levantamento efetuado por Slater e Narver (2000) demonstraram a relação positiva e direta da geração de informações na capacidade de resposta das organizações ao seu mercado, bem como uma relação indireta por meio da disseminação da informação. A partir dessa constatação empírica,foram estabelecidas duas novas hipóteses: A geração de informação exerce influência positiva sobre a capacidade de ação organizacional. A disseminação de informação exerce influência positiva sobre a capacidade de ação organizacional. Tais hipóteses são sintetizadas por George S. Day ao analisar o processo de aprendizagem. O autor afirma que: o sucesso não depende apenas das atividades de aquisição, disseminação e resposta à informação de mercado em uma noção temporal. Depende também da habilidade dos gerentes de questionar as normas organizacionais que são usadas pela empresa para determinar que informação é adquirida, disseminada e utilizada como base para a ação, e mais importante, como esta informação é interpretada para delinear implicações para futuras ações organizacionais (DAY, 1994b, p. Fica claro nessa abordagem que o empreendedor em busca de oportunidades inovadoras precisa ser uma pessoa que lida muito bem com informação. Portanto, qualquer preparação no sentido de entender mais sobre o gerenciamento de informações e daí, do conhecimento e aprendizagem, lhe será básico para seu sucesso como agente inovador. Ao se ver diante de uma aparente oportunidade, o empreendedor deve desenvolver algumas ações, sem, contudo, aplicar metodologias complexas e seja, despender um tempo exagerado analisando ideias pode ser fatal para que se perca a janela de oportunidade dessa ideia. Portanto, é preciso ser ágil e eficaz nesse momento. A ideia identificada deve passar por um processo rápido de definição para, em seguida, ser aplicada a um grupo de pessoas como que se fosse analisada em um laboratório. Essa ideia deve passar por diversas críticas, ajustes e adaptações para identificar realmente qual é a ideia com potencial inovador. Nessa hora, podemos julgar sua visão pelo olhar do cliente, buscar novas interações, usos e insumos e, ainda, forçar conexões e aplicações. É um momento de crivo criativo e humano, buscando moldar a ideia a ponto de que possa ser encaminhada para uma metodologia que seja capaz de modelar o negócio aproveitando ao máximo esse potencial inovador e de oportunidade. Nessa hora, é importante o apoio de algumas técnicas, tais como: Quadro 2 Avaliação PNI AVALIAÇÃO PNI É uma técnica que permite avaliar uma ideia com base em três aspectos (Positivos, Negativos e Interessantes). O objetivo é identificar o potencial e os possíveis efeitos adversos de cada uma das ideias alvo de análise, para, assim, facilitar a tomada de uma decisão. Nesse processo, é importante fazer sentir nos participantes total liberdade de expressão e ter presente que não existem ideias ruins. Fonte: Almeida, 2016. Quadro 3 - Scamper Scamper – Técnica de Geração/Melhoria de Ideias Serve para guiar o empreendedor na realização de uma sessão de brainstorm a respeito de novos produtos e serviços. Instrumento de inovação cuja intenção é criar novas versões de um produto ou serviço, ou até mesmo gerar uma ideia totalmente diferente, que pode mudar os rumos da empresa. Fonte: Nakagawa, 2016. Quadro 4 Mapa de empatia MAPA DE EMPATIA Ferramenta interessante que proporciona uma visão do cliente em relação ao mercado em que a ideia se posiciona. Esse momento empático, olhando com os olhos do cliente é muito rico e proporciona muitos insights interessantes já que obriga o empreendedor a sair de sua visão e entrar em outro ponto de vista. Fonte: Adaptado de Osterwalder, 2011. Quadro 5 Seis chapeus SEIS CHAPÉUS A técnica dos seis chapéus é uma poderosa ferramenta para a tomada de decisão, que permite ao utilizador múltiplos pontos de vista. Ela permite que a emoção necessária e ceticismo a ser levados para o que seria de decisões puramente racionais. Ela abre a oportunidade para a criatividade no processo decisório. Fonte: Canaver, 2016; AMA, 2016. Após a aplicação de técnicas como as apresentadas, é possível se amadurecer a ideia a ponto de poder transformá-la em um modelo de negócio. O importante é não deixar de fazer esse processo de maturação da ideia, pois ela permitirá um amadurecimento da mesma, potencializando e tornando mais claro o que se objetiva alcançar com essa inovação. Nessa altura da caminhada empreendedora, tem-se em mãos uma ideia trabalhada e com altas perspectivas de efetividade em termos de aproveitamento de uma oportunidade. Essa é a semente que o empreendedor precisava para Contudo, ainda não é hora de partir para sua implementação. Ainda é preciso que se tenha uma maior consciência sobre a aplicação dessa ideia e se façam sua modelagem e seu planejamento. – Se o mundo vem passando por transformações nos últimos séculos e de um modo intenso, deve-se isso, em boa parte, à ação dos empreendedores. São pessoas transformadoras que mudam a realidade e constroem as mudanças nas sociedades. Abaixo, algumas características dessas mudanças: Figura 5 Sete fatores de mudança Fonte: Adaptado de Cordella, 2016. Observando esses fatores de mudança, é possível perceber a relação destes com as pessoas empreendedoras e inovadoras. Muitos desses fatores acontecem a contar dos esforços transformadores guiados pelos sonhos e metas dessas pessoas. Entretanto, há também as mudanças de cunho social, cultural, comportamental que acontecem no âmbito das sociedades e de suas adaptações e alterações de hábitos, costumes e crenças. Também é interessante salientar as fontes de oportunidades inovadoras que podem ser relacionadas ao inesperado a penicilina foi descoberta a contar da formação de fungos em pesquisas que não estavam relacionadas a esse objetivo , necessidade como foi visto na história da empresa Lego, em que o fundador agiu por necessitar alimentar os filhos , mudanças de percepção pessoas sem tempo e necessitando de se alimentar sem muito dispêndio de tempo levaram ao surgimento do fast food como opção adequada a essas pessoas e conhecimento tecnologias advindas de pesquisas levaram o Brasil a captar petróleo em águas profundas. Todas essas fontes e fatores nos mostram o quanto as mudanças, principalmente nos séculos que se seguiram à Revolução Industrial, impactaram as pessoas, as sociedades e o próprio planeta. Entretanto, nem todas as mudanças foram positivas. O mundo mudou tanto para melhor quanto para pior graças às ações humanas. A coragem, a determinação, a superação e o poder de realização, características bastante louváveis do ser humano, foram responsáveis por várias coisas positivas, tais como: grandes invenções; aumento da expectativa de vida; cura de várias doenças; vida mais confortável e tecnologias incríveis. Por outro lado, características nem tão desejáveis do ser humano, como egoísmo, ganância, destruição e desperdício, foram responsáveis por elementos negativos, como, por exemplo, a desigualdade social, a destruição da natureza, a corrupção, a competição sem ética e as guerras. A palavra desenvolvimento vem sendo usada para essas duas frentes da ação humana como uma justificativa bastante defensável para todas essas a omelete sem quebrar saldo dessa prática, com ênfase nos dois últimos séculos é de que tal modus operandi humano não está nos levando para um contexto sadio e de qualidade de vida. Existe uma série de problemas de ordem socioambiental que não pode ser desprezada em meio à vida moderna. Nunca se teve tanto crescimento de áreas desérticas e de erosão dos solos como atualmente; a destruição de ecossistemas ocasionados por desmatamento e destruição de hábitats naturais é intensa; a extinção de espécies animais e vegetais é vista nos diferentes continentes; o crescimento populacional, principalmente das sociedades menos preparadas para isso, permanece ese intensifica; os serviços de saúde e de melhoria da qualidade de vida se torna precário ou restrito à camada privilegiada das populações; as mudanças climáticas presentes no mundo com diferentes impactos; consumo exagerado de recursos naturais sem programas de reposição e manutenção. Sob essa questão do consumo dos recursos, há um interessante estudo do órgão governamental americano US Geological Survey, desenvolvido em 2007, que buscou estudar o cruzamento entre as informações de consumo anual de materiais e o consumo das reservas naturais disponíveis e as descobertas foram bem interessantes e com perspectivas de impactos na vida de todos nós. Vale a pena conferir: Figura 6 Estudo US Geological Survey Fonte: Adaptado de Mundo Estranho, 2011. O homem lida com o planeta e seus habitantes como se fosse o dono da Terra, estando tudo e todos a seu inteiro dispor e com a crença de que os fatores disponíveis são ilimitados. Esse paradigma não é só insustentável como é altamente perigoso, pois leva ao consumo desenfreado, aliado a uma distribuição de renda injusta e danos ao planeta em níveis nunca antes observados. Daí surge a importante questão: Será que há como obter progresso e desenvolvimento sem opressão e destruição? É preciso que exista um modo de isso acontecer sem a extinção da raça humana e todas as demais raças, com total comprometimento em termos das condições de vida inteligente no planeta. Se é que se pode chamar de a como o homem vem conduzindo suas ações. Se temos a intenção de obter sociedades mais justas e com modo de vida mais respeitoso ao meio ambiente, é necessária uma prática nova, pois agir do mesmo modo que se tem feito não trará esses resultados. Aqui se fala de uma nova consciência de que os impactos nocivos não são apenas os causados pelos governos, grandes empresas e sistema econômico vigente. Todos nós temos nosso grau de contribuição a esse contexto e temos também responsabilidade para com ele, ainda mais quando estamos interessados em sermos empreendedores, inovadores e aproveitarmos oportunidades. Não dá para esperar mais tempo ou acreditar que não fazemos parte do problema. Precisamos de uma nova consciência, de novas práticas e de formas corretas de gestão e intervenção nos negócios e sociedades. Para tanto, é importante que se tenha uma noção do tamanho do problema em que estamos inseridos. Há um interessante estudo que aborda o conceito da pegada ecológica, que é a métrica que nos permite calcular a pressão humana sobre o planeta e chegar a fatos, tais como: se todos vivessem o estilo de vida do americano médio, precisaríamos de uma quantidade de recursos naturais equivalente a cinco planetas Terra. Nesse mesmo site, os autores fizeram um cálculo de suas pegadas, e o resultado nos mostra que temos um contexto de vida que nos leva à necessidade de termos 1,3 planetas por ano para sustentarmos nosso padrão de vida e consumo. A pegada calculada é de 2,3 hectares globais da área bioprodutiva do planeta Terra, sendo que o planeta consegue se manter apenas se a pegada for inferior o igual a 1,7 hectares. Figura 7 Pegada ecológica Fonte: Global Footprint Network, 2016b. É preocupante pensar que estamos consumindo mais de um planeta, pois só temos um para esse fim e, portanto, a médio prazo estaremos passando por sérios problemas caso não façamos uma mudança de nossas posturas e ações. Veja o mapa global da pegada ecológica para que tenhamos consciência dessa realidade e possamos também ver como está a contabilidade entre os países em termos de estarem atualmente creditando ou debitando pegadas ecológicas no planeta. Notem que há muito que refletir sobre esse mapa: Figura 8 Mapa global da pegada ecológica Fonte: Global Footprint Network, 2016a. Fechamos esse importante tema buscando levar você a uma reflexão sobre nossas práticas, crenças e atitudes. Essa reflexão é fundamental para o papel de agente transformador que pretendemos ser em nossa caminhada empreendedora, na medida que precisamos ser parte da cura, e não da doença, em termos da interferência na realidade que receberá nossas ações e transformações. – Vimos que a prática do homem em termos econômicos tem sido incorreta e permeada de consequências indesejadas, sendo, portanto, necessária uma mudança de consciência. O legado dos últimos séculos tem sido pesado para boa parte da população mundial. Esse desequilíbrio tem causado muitos problemas, alguns de ordem global, outros que parecem estar fora de controle do ser humano; ou seja, não temos como revertê-los, apenas podemos tentar achar caminhos para conviver com ele. Isso não é justo e muito menos desejável quando pensamos no planeta que vamos deixar para nossos filhos e netos. Deveríamos trabalhar para deixar a eles um planeta pelo menos dentro do mesmo parâmetro que recebemos, se possível, melhor do que o recebido. No entanto, não é essa nossa prática até o presente momento. Em virtude de estarmos nos limites do indesejável, cabe ao empreendedor as seguintes reflexões: Posso eu pensar em mim mesmo, enquanto muitos pagam o preço de meu sucesso? Os produtos e serviços que serão ofertados pelo negócio respeitam as regras ambientais e o espaço comum? Minhas ações empresariais são permeadas por ações de inclusão social e distribuição de renda? Ao refletirmos sobre essas questões, muitas vezes nos defrontamos com tenho de fazer maioria não mud . Entretanto, todas elas tentam se basear no fato de que mudanças de grande alcance são difíceis. Isso é verdade, porém muitas já aconteceram na história humana e, portanto, são passíveis de serem alcançadas. O fato relevante é que, segundo alguns estudos, como os apresentados no documentário sobre a campanha do ex-vice-presidente do Estados Unidos Al Gore, Uma verdade inconveniente, estamos no limiar de uma possibilidade de estabilização e reversão dos danos já provocados. A contar de agora, se não houver uma mudança de grande magnitude, estaremos fadados a conviver com uma condição de qualidade de vida cada vez pior ou, pelo menos, estável em um patamar abaixo do que conhecemos hoje em dia. Não se trata aqui de discutir se documentários como esse são oportunistas ou infundados. A questão mais relevante é o alerta de que precisamos fazer diferente, pois, do modo que estamos fazendo, não iremos muito longe, pelo menos com a qualidade de vida que estamos acostumados. Essa preocupação vem tomando espaço no planeta, e não somente das pessoas, mas também das grandes corporações e entidades. Prova disso são alguns conteúdos disponíveis na Internet: Quadro 6 Conteúdos disponíveis online 20.03.2015 – UNESCOPRESS Gestão mais sustentável da água é urgente, diz relatório da ONU - <http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/about-this-office/single- view/news/urgent_need_to_manage_water_more_sustainably_says_un_report/#.VfA89RFVi ko>. 16/09/2014 – ONUBR Relatório da ONU: fome diminui, mas ainda há 805 milhões de pessoas no mundo com desnutrição crônica – <http://nacoesunidas.org/relatorio-da-onu-fome-diminui-mas-ainda-ha-805-milhoes-de- pessoas-no-mundo-com-desnutricao-cronica/>. 01/07/2015 – Portal Brasil Relatório da ONU apresenta Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – <http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2015/07/relatorio-da-onu-apresenta- objetivos-de-desenvolvimento-do-milenio>. 26/08/2015 – AKATU Papa pede aos cristãos estilo de vida coerente com a defesa do meio ambiente - <http://www.akatu.org.br/Temas/Sustentabilidade/Posts/Papa-pede-aos-cristaos- estilo-de-vida-coerente-com-a-defesa-do-meio-ambiente>. Percebem-se, nessas questões, a urgência e a importância de se trabalhar os temas relacionados a uma melhor relação das ações humanas perante as economias,as sociedades e o meio ambiente. Um empreendedor é, antes de tudo, um ser humano, portanto, qualquer abordagem a seu respeito deve levar em consideração e em primeiro plano o fato de ele ser gente. Isso, de imediato, retira do contexto a visão de super- homem e de pessoa com tantos atributos que não parece ser algo alcançável por um de nós, pobres mortais. Ele é gente como a gente; mais que isso, somos todos, na verdade, empreendedores. O que nos difere é a intensidade de nossos conhecimentos, habilidades e atitudes. Algo que também nos diferencia são nossos valores, crenças e senso ético. Cada um de nós carrega em si um conjunto próprio de valores, crenças e senso ético que formam nossos modelos mentais, ou seja, nossos filtros para percepção, entendimento e reação aos acontecimentos da vida. A diversidade de modelos se iguala ao número de habitantes no planeta, já que dificilmente encontramos dois modelos mentais totalmente idênticos. Desse modo, o uso , por consequência, as nossas atitudes, são resultados de como nossos valores e crenças estruturaram nosso modelo mental. É interessante que, mesmo considerando tal dispersão de modelos, as bases são relativamente limitadas. Existem o certo e o errado. Mesmo crendo que isto difere de tempos em tempos e de sociedade para sociedade, há um alicerce que pouco se modifica, tal como pequeno conjunto de leis universais que regem todas as consciências, em todos os tempos e lugares. Agora, se essa consciência segue a lei ou não, é questão de cada um, de seu livre arbítrio. Dessa constatação do livre arbítrio surge uma dessas leis universais, que é a das mais importantes: a lei da causa e efeito, ou de ação e reação, que tem por finalidade o progresso intelectual e moral do homem. Segundo a Terceira Lei de Newton (Isaac Newton, físico e matemático inglês, 1642-1727), a toda ação corresponde uma reação de igual intensidade e sentido oposto Ou seja, cedo ou tarde, o resultado da ação de alguém acaba voltando a ele mesmo. Afinal, foi o próprio Cristo que assegurou que a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória . Se fizer o bem, terá boas chances de farta e desejada colheita. Se optar pelo mal, talvez o fruto que venha a colher não seja dos mais doces. Tudo que se faz gera algum tipo de consequência. A vida é complexa e sua teia liga tudo a todos. Portanto, qualquer ação do empreendedor repercute na grande teia causando efeitos a si, a s trapaceiro, desonesto, corrupto e delinquente vai passar ileso por todo o tempo e eternidade é um grande engano. Sempre há o momento de se arcar com as responsabilidades em relação aos próprios atos. Disso não se pode escapar. Não se pode prever quando, mas é certo que esse dia chegará para todos. Outra lei que podemos considerar universal é a lei do trabalho. Afinal, cabe a todos o dever de se dedicar ao trabalho como forma de evolução pessoal, profissional, social e até mesmo espiritual. O trabalho dignifica o homem e o torna alguém capaz de, mediante o desempenho de suas habilidades, transformar o mundo. O que não pode é fazer da lei do trabalho uma antítese à lei da conservação, ou seja, o trabalho humano ter o direito de destruir o planeta. Na prática, infelizmente, isso acontece. O homem, com a desculpa do desenvolvimento, passa por cima de tudo para obter o lucro financeiro. Essa é uma grande desobediência à lei da conservação (outra lei universal) que, de tão nefasta, atinge também a lei da sociedade (mais uma). Segundo essa lei, a sociedade é mais importante que o indivíduo e a ação de cada um deve ser aquela que não prejudica o próximo. É triste constatar o quanto os empreendedores de todos os tempos já foram injustos, insensíveis e destruidores. Quanta exploração no trabalho, desprezo pelo próximo e injustiça social já foi feita, a ponto de termos um planeta tão desigual em termos de suas sociedades. Nessa direção, vemos que tais ações levam ao descumprimento das outras leis universais, que são as relacionadas à igualdade, liberdade e caridade. Em pleno exercício do capitalismo selvagem, o homem justifica o lucro a qualquer custo como sendo algo moral, legal e correto, porém tal busca quase nunca ocorre dentro dos princípios da igualdade, liberdade e respeito ao próximo. A usura, o egoísmo, o ódio e outros defeitos odiosos se fazem presentes em todo o planeta, gerando uma situação de desequilíbrio, exploração e injustiça, que em nada se assemelham ao que pregam todas as grandes religiões: justiça, amor e caridade. Agora que demos início ao século XXI, precisamos ver que a ação empreendedora é a grande chave para a salvação do planeta. A continuidade das práticas que nos trouxeram até aqui se mostrou capaz de tornar a Terra inabitável em poucas décadas. Pelo atual desenvolver das coisas, o ar, a água, o clima e vários outros fatores essenciais estão a um passo do esgotamento ou deterioração definitiva. Além disso, temos realidades sociais tristes. Milhões de desabrigados, de famintos, de refugiados, de desempregados, enfim, uma parcela significativa dos habitantes da Terra vive em um mundo totalmente diferente daqueles que têm abrigo, alimento, trabalho e dignidade. Tanto desequilíbrio vem mostrar o quanto as leis universais estão sendo desrespeitadas. E por quê? No fundo, porque os valores, crenças e senso ético das pessoas poderosas estão moldando modelos mentais que direcionam os conhecimentos, habilidades e atitudes para ações que não prezam pela justiça, sustentabilidade e respeito. – Toda a questão do Desenvolvimento Local Sustentado DLS permeia novas práticas relacionadas às ações dos empreendedores do século XXI. Questões como comportamentos, motivação, liderança, comunicação, planejamento e tomada de decisão precisam ser compatíveis e sinérgicas nas atitudes e na busca de resultados pelo empreendedor. Em todos os momentos da caminhada empreendedora, cabe ao empreendedor ser alguém capaz de lidar com os desafios, contextos e problemas de modo eficiente e eficaz em termos econômicos, comerciais e legais, porém, mais do que isso, é preciso aliar a todas essas práticas a consciência e o exercício sustentável. Isso, muitas vezes, é algo que não é visto na realidade dos empreendedores. É preciso que se incorpore de modo amplo e profundo o jeito sustentável de agir no empreendedor moderno. A questão que se segue a isso é: como isso pode ser feito? Avaliaremos algumas das questões comentadas mais acima no texto: Tabela 1 Padrão tradicional x padrão sustentável FATORES Comportamentos Focados no resultado econômico! Focados no resultado econômico desde que este também traga justiça social e respeito ambiental Motivação Lucro e resultados! Lucro e resultados atrelados aos aspectos chaves da sustentabilidade (materiais reutilizáveis, menor consumo de energia, energia renovável, etc.) Liderança Produtividade, Cooperação, Integração e Sinergia em direção aos propósitos empresariais. As mesmas questões, porem atuando também dentro dos propósitos sociais e ambientais. Comunicação Vertical e com foco nos interesses organizacionais Vertical e horizontal, tanto dentro quanto fora da organização. Buscando de todos os envolvidos posturas e práticas sustentáveis. Planejamento Profissional e de alta competência técnica visando a estruturação dos caminhos para o cumprimento das metas organizacionais. Idem, porém considerando que essas metas precisam ser atreladas a formas de obtenção que sejam o menos danosas possíveis à sociedade e meio ambiente. Tomada de Decisão Orientada pelos interesses e necessidades da organização. Também é orientada pelos interesses e necessidades da organização desde que estes não causem prejuízos socioambientais. Esse quadronos ajuda a perceber que não se trata de uma substituição de um modo de agir por outro, mas, sim, da incorporação de certos padrões e de referências ao que já vinha sendo feito pelo empreendedor. A questão da consciência socioambiental precisa permear todas as suas ações, crenças e habilidades de modo que ela seja real e efetiva em sua prática empreendedora. Essa prática ganha especial importância quando refletimos sobre a , de Jorge Ben , mesmo tendo todos esses atributos, é uma sociedade sofrida e com sérios problemas e desequilíbrios. Para entender melhor isso, vamos observá-lo sob três prismas diferentes: Figura 9 Brasil sob três prismas Gráfico 1 Indice GINI do Brasil Fonte: Júnior, 2015. Esses dados refletem levantamentos do ano de 2014, sendo importante salientar que o posicionamento do GINI foi elaborado mediante dados de diferentes países, levantados em diferentes anos, já que não há um estudo mais estável de datas nesse índice. Não se trata de uma questão que desmereça o quadro, pois ele reflete muito bem a questão do posicionamento mundial do Brasil em termos de distribuição de renda. Cabe ainda refletir que tivemos nos últimos 15 anos melhorias significativas no índice de GINI, mas que agora tem se estabilizado no patamar de 0,52. O fato, comprovado pelo gráfico ao lado, é que estamos entre os piores índices GINI do mundo. Isso não é nada compatível com a sétima economia do mundo e que tem um desenvolvimento humano de caráter mediano. Esse descompasso é altamente prejudicial ao país e reflete práticas que sustentam essa realidade injusta e indesejada. Figura 10 Índice GINI Precisamos agir em prol de um equilíbrio correto entre esses e outros índices brasileiros, criando um país mais equilibrado, justo e bom para a maioria. socioecoeficiência. Como esse termo não existe, é importante que o criemos. Podemos pensar que se trata da obtenção de boas práticas e atitudes tanto na magnitude econômica, quanto na social e ambiental. São ações que sempre consideram essas três frentes. A eficiência econômica já é bastante conhecida e está balizada na ação que reflete em bons resultados financeiros. Portanto, não precisamos nos fixar nelas. Em termos de socioeficiência, podemos pensar em termos de o empreendedor agir além de suas relações internas e de entorno, buscando com elas melhorar as condições de vida e de oportunidades de pessoas com as quais não têm relação direta ou ganhos diretos por essa melhoria. Ou seja, aquilo que o empreendedor faz sem querer nada em troca, atingindo públicos que não sejam seus funcionários, clientes, parceiros, etc. A magnitude ecológica a ecoeficiência diz respeito a ações que de alguma forma contribuirão para a melhoria de condições do planeta. Dentre essas, podemos destacar: redução no uso de matérias-primas; redução no consumo de energia; redução na produção de resíduos; reutilização de materiais; utilização de materiais reciclados e principalmente de materiais recicláveis; uso máximo de recursos renováveis; aumento da durabilidade dos produtos; aumento da qualidade e possibilidade de reciclagem dos produtos. Entretanto, essa tríplice atenção não acontece de modo estanque, ou seja, elas se relacionam e se afetam mutuamente. Isso quer dizer que se trata de um modo de ser e de fazer acontecer sistêmico e complexo do empreendedor, que sempre atuará respeitando e considerando as três vertentes. Isso é uma verdade que se mostra como uma tendência que se pode identificar no mercado com cursos de formação de gestores sustentáveis e livros totalmente desenvolvidos dentro dessa visão sustentável. Desse modo, fica claro que o empreendedor moderno não pode ser uma pessoa que atua balizada pelo modo como se fez acontecer no passado, mas sim pelo que tem de ser feito, do jeito correto de se fazer e com a consciência mais ampliada, apontando para um papel no qual este se destaca não apenas como um executivo, mas como cidadão e habitante do planeta Terra. A presente aula trabalhou os desafios seguintes à decisão do empreendedor de partir para a realização de sua caminhada em busca da realização de seu sonho. A partir de seu efetivo querer, ele passa para a definição do alvo de sua ação empreendedora e, nessa hora, precisa lançar mão de seu potencial criativo. Isso, muitas vezes, se torna um problema, já que ele não está acostumado a ser criativo ou mesmo nem se considera detentor de criatividade. Foram trabalhados a importância da criatividade, seus conceitos, características, desafios e caminhos para ela volte a ser algo presente e constante na vida do empreendedor, inclusive colaborando em seus passos da caminhada empreendedora de diferentes maneiras. Daí surge as relações entre o empreendedor, sua criatividade e as organizações, abordando como esses três elementos se integram e precisam de um agir sistêmico e convergente. Contudo, criatividade por si só não é suficiente para que se defina o destino da ação empreendedora. Ela precisa colaborar com a identificação de oportunidades de negócio que sejam realmente interessantes, necessárias, diferenciadas e que possam se tornar boas opções no mercado. Essa atividade de identificação de oportunidades demanda certas competências do empreendedor. Quando detectadas, elas requerem, então, outras competências para que ele seja capaz de transformá-la em um bom modelo de negócios. Portanto, o caminho da criatividade à inovação é composto de muitos desafios, competências, percepções, análises e conexões. Tal realidade vem provar que o empreendedor precisa ser efetivamente alguém com bom nível de conhecimento, detentor de boas competências e ao mesmo tempo determinado, pois encontrar uma boa ideia de negócio com alto poder de inovação é um desafio a ser vencido nessa etapa da ação empreendedora. BARRETO, R. M. Criatividade no trabalho e na vida. São Paulo: Summus 1997. SEBRAE. Cartilha do empreendedor. 3. ed. rev. e ampl. Salvador: Sebrae Bahia, 2009. 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