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14/11/2016 1 Profa. Geórgia Sampaio Fernandes Cavalcante FUNÇÕES DO CARBOIDRATOS Produção de energia Manutenção da integridade do SNC Metabolismo normal das gorduras Preservação das proteínas 1 2 3 4 FUNÇÕES DO CARBOIDRATOS GLICOGÊNIO NO EXERCÍCIO Intensidade do exercício Duração do exercício Influências da dieta e do treinamento físico Os estoques corporais de carboidratos são as maiores fontes de combustível para o trabalho muscular. A contribuição desse substrato durante o exercício depende de vários fatores: 1930, Christenses e Hansen demonstraram a influência do carboidrato alimentar no metabolismo e no desempenho físico. ENERGIA - CARBOIDRATOS Glicogênio Muscular Glicogênio Hepático Glicose Sangüínea TOTAL DE ENERGIA 1500-2000 kcal (300 a 400 g) (80 a 90 g) (5 a 10 g) Principal fonte de energia Cérebro e SNC Eritrócitos METABOLISMO DE CARBOIDRATOS 14/11/2016 2 METABOLISMO DE CARBOIDRATOS Glicólise Glicogênese Glicogenólise Gliconeogênese Hormônios sexuais e de crescimento Epinefrina glicocorticóides tireoidianos METABOLISMO DE CARBOIDRATOS • a captação de glicose • armazenamento de glicogênio hepático e muscular • armazenamento de aa e de ác. graxos Estimula: INSULINA GLUCAGON Estimula: • mobilizaçõo dos depósitos de aa e ác. Graxos • glicogenólise • gliconeogênese METABOLISMO DE CARBOIDRATOS Monossacarídeos livre Glicose-6-fosfato hexoquinase Glicose restante 2/3 glicose Frutose e galactose Glicose-6-fosfato Circulação Glicogênio Ác. Graxos glicose ATP aa Via das pentoses colesterol hexoquinase METABOLISMO DE CARBOIDRATOS GLICOGÊNESE 14/11/2016 3 GLICOGÊNESE Glicogênese UTP GLICOGÊNIO Período de Recuperação: 24 a 72 h Dieta Glicogênese Ressíntese do Glicogênio Muscular A liberação de glicose pelo fígado é estimulada por: da insulina, ↑ do glucagon e da adrenalina da duração do exercício O transporte de glicose para a célula muscular depende de vários fatores: Fluxo sanguíneo para a musculatura SN autôn. Fatores hormonais (glucagon, catecolaminas e cortisol) Receptores celulares GLICOGÊNIO MUSCULAR E HEPATICO Glicogênio muscular (armazenamento e geração de ensergia) glicogênio Glicose - 6-P ATP glicogênio Glicose-1-P Glicose-6-P Glicose Glicose-6-fosfatase Glicogenólise glicose Exercício Epinefrina Glucagon GH glicose Glicose-6-P Glicogênio Hepático – (manutenção da glicemia) glicogênio glicose ATP glicose glicose Intensidade do exercício Atv. Anaeróbia de curta duração Atv. Aeróbia prolongada OBS: Mesmo c/ o uso concomitante de Ác. graxos Consumo de glicogênio é mais acelerado, mas não esgota os estoques Reservas de glicogênio pode esgotar em 3 H % do VO2máx) FADIGA Dificuldade em manter a intensidade do exercício. [glicose] < 70 mg/dl rendimento O consumo adequado de HCO é importante para evitar fadiga crônica 14/11/2016 4 FADIGA PERIFÉRICA E CENTRAL ATIVIDADE DE ALTA INTENSIDADE Glicólise Piruvato Mitocôndria A limitação de ATP provoca acúmulo de piruvato no citoplasma. X 14/11/2016 5 Demanda energética + suprimento de O2 ATIVIDADE DE ALTA INTENSIDADE Limita a produção de ATP Glicose + 2 ADP + 2 Pi → 2 lactato + 2 ATP + 2H2O GLICÓLISE ANAERÓBIA A limitação de ATP promove o acúmulo de piruvado e NADH (via glicolítica) no citoplasma. Excesso de NADH na mitocôndria (ciclo de Krebs), excede a capacidade da cadeia respiratória. Acúmulo de NAHD favorece a reação de redução de piruvato a Lactato Aumento do Lactato com a continuação do exercício, altera o PH e interfere nas enzimas na via glicolítica. FADIGA CICLO DE CORI CAUSA DE FADIGA É ≠ NAS ATIVIDADES PROLONGADAS Intensidade menor. Não dependentes exclusivamente do glicogênio Utiliza outros substratos energéticos: • Ácidos graxos • Aminoácidos Depleção de glicogênio mm + redução da glicemia FADIGA da glicogênio glicemia gliconeogêne Aa Lactato e outros compostos 40 minutos de exercício + 40 minutos de exercício > gliconeogênese Adaptações no exercício promovem maior captação de glicose pelas células musculares 14/11/2016 6 Em esportes de endurance; Depois de repetidos dias de treinamento intenso; Períodos insuficientes de descanso; Quando uma quantidade adequada de carboidratos não é consumida diariamente entre as sessões de treinamento. Atleta apresenta dificuldade em manter a intensidade normal do exercício; Perda de peso corporal; Cansaço frequente. Sinais da deficiência de glicogênio associada ao treinamento: A depleção de glicogênio muscular pode ocorrer: 55 A 65% Praticantes de exercício leve a moderado 60 A 70% do VCT de carboidratos (SBME, 2009) Até 75% em algumas modalidades esportivas 6 a 10g de carboidrato/kg/dia (ACMS, 2009) 5 a 8g de carboidrato/kg/dia 8 a 10g/kg atividades de alta intensidade (> 70% VO2 máx.) praticadas várias horas/dia RECOMENDÇÕES Endurance (lipídeos < 25%) Eventos esportivos com duração de + 4H 600g HCO/dia • Dificuldades de atingir maiores recomendações somente com a alimentação (desconforto GI). Uso de suplementos energéticos A maioria possui 18 a 24% de HCO na forma de maltodextrina TIPO DE CARBOIDRATO Polissacarídeos Mono e dissacarídeos X Maior densidade nutricional; Vit. do complexo B; < Índice Glicêmico (IG) ÍNDICE GLICÊMICO DOS ALIMENTOS Forma de ingestão do alimentos (Líquido ou sólido); Composição nutricional (lipídios, proteínas e fibras); Quanto > o IG, mais rapidamente a glicose alcança a corrente sanguínea. Importante: A seleção de alimentos considerando o IG deve ser realizada de acordo com o efeito metabólico desejado dado o tempo e a quantidade. •Esporte •Preferência 14/11/2016 7 FINALIDADES DA REFEIÇÃO PRÉ-ESFORÇO FÍSICO Maximizar e restaurar os depósitos de glicogênio Prevenir a fome e o desconforto gástricos Incluir alimentos que sejam importantes para o psicológico do atleta 1 hora: 1g CHO/kg PC 2 horas: 2g CHO/kg PC 3 horas: 3g CHO/kg PC 4 horas: 4 a 4,5g CHO/kg PC REFEIÇÕES PRÉ-ESFORÇO FÍSICO 3 a 4 horas antes Rica em carboidratos (alto ou moderado índice glicêmico) Pobre em gorduras e fibras • Ingestão 2 a 4 horas / 3 a 6 horas grande eficiência. REFEIÇÕES PRÉ-ESFORÇO FÍSICO REFEIÇÕES PRÉ-ESFORÇO FÍSICO 1 a 2 horas antes Rica em carboidratos (baixo ou moderado índice glicêmico) Pobre em gorduras e fibras • Ingestão imediatamente antes: efeito similar à ingestão durante a atividade (pode melhorar o desempenho ao final da atividade). REFEIÇÕES DURANTE O ESFORÇO FÍSICO (em exercícios com > 1 hora) Melhorar o desempenho Manutenção da glicemia sanguínea Prevenir fadiga Indicado em atividades intervaladas Reposição hidroeletrolítica e energética •Objetivos: REFEIÇÕES DURANTE O ESFORÇO FÍSICO (em exercícios com > 1 hora) Carboidratos (30-60 g/hora) ou 0,7g/Kg/dia Soluções com 6 a 10% ou 4 a 8%, em 150 a 250mL da bebida a cada 15 a 20 min. (ex. Solução de maltodextrina) 6%Melhoraro desempenho Ingestão periódica (a cada 15-20 minutos) Iniciar pelo menos 35 minutos antes da fadiga. Alternativa: barras, biscoitos e géis. 14/11/2016 8 • Observações: – Pequenas quantidades de HC em intervalos frequentes – Alimentos familiares aos atletas – Evitar a primeira experiência em competições – A ingestão ideal varia de acordo com: • A intensidade • A duração • O nível de glicogênio muscular • As condições ambientais CARBOIDRATOS DURANTE O EXERCÍCIO REFEIÇÕES PÓS-ESFORÇO FÍSICO Restauração do estoques de glicogênio muscular e hepático (8 – 10 g/Kg/dia) Recuperação dos fluidos e eletrólitos perdidos •Objetivos: A recuperação pode variar de 6 até 24 H ↑ Fluxo sanguíneo > Sensibilitade dos receptores de Insulina ↑ Nº Receptores ( GLUT 4) translocados ↑ da atividade da glicogênio sintase Reposição imediata: CARBOIDRATOS APÓS O EXERCÍCIO • Tempo e quantidade: • 0,7 a 1,5g de carboidrato/kg de 2 em 2 horas durante 6 horas (total de 600g nas primeiras 24 horas) • Observações: • Falta de apetite Indicação para uso de bebidas esportivas e sucos de frutas • Glicose e sacarose: mais eficazes (restauração do gilc.) • A presença de outros macronutrientes na refeição pode não interfere na síntese de glicogênio • Cuidado: demora no consumo • Evitar: exercícios intensos no período de recuperação • Estratégia: lanches p/ + de 1 sessão de exc. SUPERCOMPENSAÇÃO DE CARBOIDRATOS Com 90 a 120 min ou + os estoques de glicogênio muscular são progressivamente diminuídos. Supercompensação pode quase dobras as reservas de glicogênio Objetivo: promover aumento concentração de glicogênio muscular antes de um evento competitivo de resistência (triatlo, maratona, etc). SUPERCOMPENSAÇÃO DE CARBOIDRATOS Indicação: Eventos com > 90min; Provas repetitivas em um único dia; Provas em vários dias seguidos. NÃO DEVE SER REALIZADA MAIS DO QUE 2 VEZES AO MÊS!!! Modelos: 1.Modelo clássico Duração de 1 semana 3 primeiros dias: carboidrato +exercício exaustivo 3 dias antes da comp.: carboidrato + descanso Riscos: •Hipoglicemia •Cetose •Náusea •Fadiga •Tontura •Irritabilidade •Lesão tecidual Considerações: O primeiro estímulo para o aumento na síntese de glicogênio é o treinamento. Os exercícios praticados devem ser os mesmos da competição. SUPERCOMPENSAÇÃO DE CARBOIDRATOS 14/11/2016 9 SUPERCOMPENSAÇÃO DE CARBOIDRATOS 2. Modelo proposto por Sherman, 1981 Duração de 1 semana 3 primeiros dias: carboidratos em 50% + treino normal 3 dias antes da comp.: carboidratos em 70% + redução gradativa do esforço. 3 a 6 horas antes do evento: > 300g de HC, baixa qde de fibra e baixo qde de lipídeo.