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RECURSO ORDINARIO SEMANA 11

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 99º VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE SALVADOR/BA
PROCESSO Nº
AERODUTO EMPRESA PÚBLICA DE GERENCIAMENTO DE AEROPORTOS, empresa pública, já qualificada nos autos do processo, vem, respeitosamente, através de seu advogado, devidamente qualificado, à presença de vossa excelência, interpor RECURSO ORDINÁRIO, com fulcro no artigo 895, inciso I, do CLT, pelas razões a seguir.
Requer que seja recebido o presente recurso e, após cumpridas as formalidades, que seja este remetido para o Egrégio Tribunal Regional do Trabalho, a fim de que este profira seu superior julgamento.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local, data.
Advogado
OAB/UF
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 5ª REGIÃO
RECURSO ORDINÁRIO
PROCESSO Nº: XX.
RECORRENTE: AERODUTO EMPRESA PÚBLICA DE GERENCIAMENTO DEAEROPORTOS
RECORRIDO: PAULO
DA TEMPESTIVIDADE
O instrumento recursal aqui utilizado, é tempestivo visto que a sentença foi publicada na data __/__/___, razão pela qual o prazo para interposição do Recurso Ordinário iniciou dia __/__/___, findando então dia __/__/___, e interposto o presente recurso dia __/__/___, demonstrado a regular temporalidade do seguinte instrumento, conforme interpretação do artigo 895, I, da CLT.
DAS RAZÕES RECURSAIS
A Sentença não merece ser mantida, razão pela qual o Recorrente postula reforma da decisão que julgou procedente os pedidos do reclamante, ante os fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.
DA SÍNTESE DA DEMANDA
O recorrido, fora empregado da microempresa Tudo Limpo Ltda de 22/02/15 a 15/03/16. Prestava serviço como auxiliar de serviços gerais, atuando na limpeza de parte da pista de um aeroporto de pequeno porte. Durante todo o contrato, prestou serviços na Aeroduto Empresa Pública de Gerenciamento de Aeroportos, tomadora dos serviços.
Ao ser dispensado e receber as verbas rescisórias, o recorrido ajuizou reclamação trabalhista em face da microempresa Tudo Limpo Ltda. e da tomadora dos serviços, pretendendo adicional de insalubridade, alegando que trabalhava em local de barulho, bem como a incidência de correção monetária sobre o valor dos salários, vez que recebia sempre até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido. Logo, tendo mudado o mês de competência, deveria haver a correção monetária, dado o momento, na época, de inflação galopante.
A ação foi distribuída para a 99ª Vara de Trabalho de Salvador. No dia da audiência, a 1ª reclamada fez-se representar pelo seu contador, assistido por advogado. A segunda reclamada, por preposto empregado e advogado. Foram entregues defesas e prova documental, sendo que, pela segunda ré, foi juntada toda a documentação relacionada à fiscalização do contrato entre as rés, o qual ainda se encontra em vigor, bem como exames médicos de rotina realizados nos empregados, inclusive o autor, os quais não demonstravam nenhuma alteração de saúde ao longo de todo o contrato, além dos recibos do autor de fornecimento de EPI para audição.
Superada a possibilidade de acordo, o juiz indeferiu os requerimentos da segunda ré para a produção de provas testemunhal e pericial, o que fora de logo consignado em ata os protestos da segunda ré, pois visava, com isso, comprovar que o EPI eliminava a insalubridade. O processo seguiu concluso para a sentença, a qual decretou a revelia e confissão da primeira ré por não estar representada regularmente. Julgou procedentes os pedidos de pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, bem como de incidência de correção monetária sobre o valor do salário mensal pago após a virada do mês. Outrossim, condenou a segunda ré, subsidiariamente, em todos os pedidos, fundamentando a procedência na revelia e confissão da 1ª ré.
DO CERCEAMENTO DE DEFESA
Resta-se nítido após simples leitura do resumo fático da presente demanda o injusto cerceamento de defesa. Tendo em vista que o juiz de primeiro grau tenha impossibilitado, que a segunda reclamada, produzisse prova a fim de confirmar a efetiva entrega dos materiais de proteção EPI ao obreiro, e de que tais instrumentos foram adequados à proteção do trabalhador nos serviços prestados.
Portanto, essa condenação da responsabilidade da 2ª ré de forma subsidiaria está em desacordo com os princípios da ampla defesa e do contraditório, previstos no artigo 5º, LV, da CF, com disposição também nos artigos 7º e 369 do CPC/15, da pertinência da prova testemunhal e pericial requerida.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
DA RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA
O juízo de primeira instância condenou a recorrente como responsável subsidiária em todos os pedidos do reclamante. A recorrente, Juntou toda a documentação relacionada à fiscalização do contrato, bem como exames médicos de rotina realiza dos nos empregados da primeira reclamada, inclusive dentre eles o autor, os quais não demonstraram nenhuma alteração de saúde ao longo de todo o contrato. 
Portanto, não existe responsabilidade subsidiária em razão da fiscalização contratual, conforme a SÚMULA 331, V, TST.
Súmula nº 331 do TST: CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE 
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada.
IMPOSSIBILIDADE DA INSALUBRIDADE SEM PERÍCIA PRÉVIA
Faz-se necessário a modificação da sentença que fixou adicional de Insalubridade, levando em conta que a legislação trabalhista exige laudo técnico e elaborado por perito oficial e habilitado, com base no artigo 195, parágrafo 2º, da CLT:
Art. 195 :A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho.		
§ 2º - Argüida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado, seja por Sindicato em favor de grupo de associado, o juiz designará perito habilitado na forma deste artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do Trabalho.
P E D IDOS 
Ante ao exposto, requer o provimento do presente recurso ordinário para: 
I. Que seja decretada a nulidade da sentença proferida pelo juízo “a quo” que afronta o Direito ao contraditório e Ampla defesa.
II. Sendo superado Nulidade da sentença, que seja modificada a sentença a fim de que se exclua a responsabilidade subsidiária da segunda reclamada.
III - Seja reconhecida a impossibilidade de fixação de grau de insalubridade pelo juízo sem perícia prévia.
 
Nestes termos,
Pede deferimento. 
Local, data.
Advogado
OAB/UF

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