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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO 1 EMBRIOLOGIA Profª Josi Seixas CEUNES FARMÁCIA – 2009/2 Período embrionário 1ª a 4ª semana Desenvolvimento humano Primeira semana Fases da fertilização Passagem do espermatozóide através da corona radiata do ovócito Hialuronidase (acrossoma) Enzimas da mucosa tubária auxiliam hialuronidase Movimentos da cauda Penetração da zona pelúcida Enzimas do acrossoma Reação zonal: mudança na zona pelúcida que a torna impermeável a outros espermatozóides Fusão das membranas plasmáticas Penetram cabeça e cauda, sem a cauda Fases da fertilização Término da segunda divisão meiótica do ovócito e formação do pronúcleo feminino Formação do segundo corpo polar Formação do pronúcleo masculino Aumento do núcleo do espermatozóide e degeneração da cauda Replicação do DNA Divisão mitótica Quebra das membranas pronucleares Condensação dos cromossomos e arranjo dos cromossomos para divisão mitótica Clivagem do zigoto É a série de divisões mitóticas repetidas do zigoto, resultando em rápido aumento do número de células Células – BLASTÔMEROS – tornam-se menores a cada divisão A clivagem ocorre quando o zigoto passa pela tuba em direção ao útero – o zigoto situa- se dentro da zona pelúcida UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO 2 Tem inicio cerca de 30 horas após a fertilização Após o estágio de 8 células, os blastômeros alinham-se para formar uma bola compacta (glicoproteínas de adesão) - MÓRULA Formação do blastocisto Cerca de 4 dias após a fertilização Mórula alcança o útero Fluido da cavidade uterina atravessa a zona pelúcida e forma uma cavidade: CAVIDADE BLASTOCÍSTICA Com o aumento do fluido ocorre a separação dos blastômeros em 2 parte Camada celular externa delgada – TROFOBLASTO (que formará a parte embrionária da placenta) Grupo de blastômeros localizados centralmente – EMBRIOBLASTO- que dará origem ao embrião Após o blastocisto ter ficado suspenso nas secreções uterinas por cerca de 2 dias, a zona pelúcida degenera-se – possibilitando o rápido crescimento do blastocisto Cerca de 6 dias após a fecundação (20º dia de um ciclo de 28), o blastocisto adere ao epitélio endometrial Após adesão – proliferação do trofoblasto e diferenciação em 2 camadas CITOTROFOBLASTO: camada de células mononucleadas SINCICIOTROFOBLASTO: massa multinucleada sem limites celulares distintos (fusão de células) Os prolongamentos digitiformes do sinciciotrofoblasto atravessam o epitélio endometrial e invadem o tecido conjuntivo Fim da 1ª semana: Blastocisto está superficialmente implantado no endométrio Nutrição: tecidos maternos erodidos Concomitantemente, forma-se uma camada cubóide, na superfície do embrioblasto voltada para a cavidade blastocística - HIPOBLASTO UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO 3 2ª SEMANA Implantação do blastocisto completa-se no fim da 2ª semana Invasão ativa do sinciciotrofoblasto no tecido conjuntivo Blastocisto vagarosamente aprofunda-se no endométrio Sinciciotrofoblasto produz hCG (gonadotrofina coriônica humana) que mantém a atividade endócrina do corpo lúteo no ovário durante a gravidez Formação da cavidade amniótica, disco embrionário e saco vitelino Aparecimento de uma pequena cavidade no embrioblasto – primórdio da cavidade amniótica Ocorrem mudanças no embrioblasto formando uma placa bilaminar – DISCO EMBRIONÁRIO BILAMINAR Epiblasto: camada mais espessa, formada por células colunares altas, relacionada com a cavidade amniótica Hipoblasto: pequenas células cubóides adjacentes à cavidade exocelômica As células que migram do hipoblasto formam a membrana exocelômica Células (amnioblastos) se separam do epiblasto e se organizam para formar uma membrana – ÂMNIO, que envolve a cavidade amniótica Formação da cavidade amniótica, disco embrionário e saco vitelino Membrana e a cavidade exocelômica formam o SACO VITELINO primitivo O disco embrionário situa-se agora entre a cavidade amniótica e o saco vitelino primitivo Forma-se uma camada de tecido conjuntivo frouxo que envolve o âmnio e o saco vitelino – MESODERMA EXTRA-EMBRIONÁRIO Formam-se lacunas no sinciociotrofoblasto que ficam preenchidas por sangue materno (de capilares endometriais rompidos) e restos celulares de glândulas Nutrição do disco embrionário (difusão) Formação da cavidade amniótica, disco embrionário e saco vitelino Surgem espaços no mesoderma extra-embrionário – espaços celômicos Estes espaços fundem-se formando uma grande cavidade isolada – CELOMA EXTRA-EMBRIONÁRIO Cavidade preenchida por fluido que envolve o âmnio e o saco vitelino (exceto na região onde estão aderidos ao córion pelo pedículo do embrião) Com a formação do celoma extra-embrionário, o saco vitelino primitivo diminui e forma-se o saco vitelino secundário UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO 4 10 o dia: concepto humano (embrião e membranas extra-embrionárias) está completamente implantado no endométrio Desenvolvimento do saco coriônico Final da 2ª semana: surgimento de vilosidades coriônicas primárias Formadas pela proliferação de células citotrofoblásticas que produzem extensões dentro do sinciociotrofoblasto É o primeiro estágio das VILOSIDADES CORIÔNICAS da placenta Quando forma-se o celoma extra-embrionário, este divide o mesoderma extra- embrionário em 2 camadas MESODERMA SOMÁTICO EXTRA-EMBRIONÁRIO: envolve o trofoblasto e o âmnio MESODERMA ESPLÂNCNICO EXTRA-EMBRIONÁRIO: envolve o saco vitelino Mesoderma somático extra-embrionário e as duas camadas de trofoblasto formam o CÓRION Desenvolvimento do saco coriônico O CÓRION forma a parede do saco coriônico (saco gestacional), dentro do qual o embrião com os sacos vitelino e amniótico estão suspensos pelo pedúnculo O celoma extra-embrionário agora é chamado de CAVIDADE CORIÔNICA O embrião de 14 dias ainda tem a forma de um disco bilaminar achatado, mas as células endodérmicas, em uma área restrita, passam a ser colunares e formam uma área espessada – PLACA PRECORDAL Desenvolvimento do saco coriônico A ultra-sonografia transvaginal é usada para medir o diâmetro do saco coriônico – avaliação do desenvolvimento embrionário inicial A implantação geralmente ocorre na porção superior do corpo do útero Implantações extra-uterinas – tuba uterina UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO 5 3ª SEMANA Rápido desenvolvimento do embrião a partir do disco embrionário Aparecimento da linha primitiva Diferenciação das 3 camadas germinativas – formação de todos os tecidos e órgãos Desenvolvimento: Notocorda Tubo neural Somitos Celoma intra-embrionário Sistema cardiovascular Gastrulação: desenvolvimento das camadas germinativas Conversão do disco bilaminar em disco embrionário trilaminar ECTODERMA: epiderme e anexos, sistema nervoso central e periférico, retina dos olhos, orelha, nariz; tecidos musculares, conjuntivos e ossos que se originam dos arcos faríngeos... MESODERMA: tecido conjuntivo, cartilagem, ossos, músculo estriados e liso, coração, vasos sanguíneos e linfáticos, rins, ovários, testículos, membranas serosas, baço ENDODERMA: revestimentos epiteliais das vias respiratórias, bexiga, trato gastointestinal e glândulasdo TGI, fígado e pâncreas ... INÍCIO DA MORFOGÊNESE E O EVENTO SIGNIFICATIVO DA 3ª SEMANA Tem início com a formação da linha primitiva Gastrulação Linha primitiva Início da 3ª semana surge uma faixa linear espessada do epiblasto – linha primitiva (proliferação e migração das células do epiblasto para o plano mediano do disco embrionário) A medida que a linha se alonga pela proliferação na extremidade caudal, a extremidade cefálica forma o nó primitivo Concomitantemente, forma-se na linha um sulco – sulco primitivo – que é contínuo com uma depressão no nó primitivo – fosseta primitiva (local de encontro) Com a formação da linha primitiva é possível identificar: Eixo cefálico-caudal do embrião Superfícies dorsal e ventral Lados direito e esquerdo UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO 6 Formação do mesoderma do embrião Células do epiblasto da linha primitiva migram em direção ao hipoblasto (mesoblasto), formando uma malha de tecido conjuntivo embrionário que formará: Mesoderma embrionário Endoderma embrionário, por deslocamento do hipoblasto As células que permanecem do epiblasto formam o ectoderma embrionário Permanência da linha primitiva No início da 4ª semana a linha primitiva torna-se uma estrutura insignificante na região sacrococcígea do embrião Sua permanência pode dar origem um grande tumor conhecido como teratoma sacrococcígeo Processo Notocordal Migração de células mesenquimais cefalicamente do nó e da fosseta primitivos – processo notocordal Este processo forma uma luz (canal notocordal) e cresce entre o ectoderma e o endoderma até alcançar a placa precordal (pequena área circular de células endodérmicas) Estas camadas fundidas (o processo notocordal não pode estender-se além da placa precordal) formam a membrana bucofaríngea localizada no futuro local da boca Caudalmente à linha primitiva, há uma área circular – membrana cloacal – que indica o local do futuro ânus Na membrana cloacal e na membrana bucofaríngea, o disco embrionário permanece bilaminar, porque o ectoderma e o endoderma estão fundidos, impedindo a migração de células mesenquimais Notocorda É um bastão celular Define o eixo primitivo do embrião dando-lhe uma certa rigidez Serve de base para o desenvolvimento do esqueleto axial (ossos da cabeça e da coluna vertebral) Indica o local dos futuros corpos vertebrais Desenvolvimento A partir do processo notocordal que se alonga a partir de células da fosseta primitiva A notocorda em desenvolvimento induz o ectoderma adjacente a espessar-se e formar a placa neural, o primórdio do SNC UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO 7 Alantóide Surge por volta do dia 16 como uma pequena evaginação em forma de salsicha, da parede caudal do saco vitelino Em embriões humanos: está envolvida com a formação inicial do sangue e com o desenvolvimento da bexiga Com o crescimento da bexiga, torna-se o úraco (ligamento umbilical mediano) Os vasos sanguíneos da alantóide tornam-se as artérias e veias umbilicais NEURULAÇÃO Processos envolvidos na formação da placa neural, pregas neurais e no fechamento das pregas para formar o tubo neural Formação da crista neural Com a fusão das pregas neurais, algumas células neuroectodérmicas dispostas ao longo da crista de cada prega neural, perdem suas características epiteliais e suas adesões Quando o tubo neural se separa do ectoderme, as células formam a crista neural que forma uma massa irregular entre o tubo neural e o ectoderme A crista neural separa-se em duas. Muitas células da crista neural migram em várias direções e se dispensam no mesênquima Células ganglionares Meninges do encéfalo e medula Fonte de componentes do tec. conjuntivo (cartilagem, ossos, ligamentos) das regiões oral e facial Somitos Com a formação da notocorda e tubo neural, o mesoderma intra-embrionário de cada lado destas estruturas prolifera e forma uma coluna longitudinal – mesoderma paraxial Fim da 3ª semana, o mesoderma paraxial se diferencia e começa a se dividir em corpos cubóides pareados – somitos- em cada lado do tubo neural Dão origem à maior parte do esqueleto axial (ossos do crânio, coluna vertebral) e à musculatura associada e derme adjacente Celoma intra-embrionário Celoma intra-embrionário: cavidade do corpo Surge como pequenos espaços celômicos no mesoderma lateral e no mesoderma cardiogênico Os espaços coalescem para formar uma cavidade única que divide o mesoderma lateral: Camada parietal ou somática: contínua com o mesoderma extra- embrionário que cobre o âmnio Camada visceral ou esplâncnica: contínua com o mesoderma extra-embrionário que cobre o saco vitelino UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO 8 Celoma intra-embrionário: cavidade do corpo Mesoderma somático + ectoderma embrionário sobrejacente – parede do corpo (somatopleura) Mesoderma esplâncnico + endoderma embrionário subjacente – parede do intestino do embrião (esplancnopleura) Durante o 2º mês, o celoma intra-embrionário é dividido em 3 cavidades: pericárdica, pleural e peritoneal DESENVOLVIMENTO INICIAL DO SISTEMA CARDIOVASCULAR Vasculogênese Células mesenquimais se diferenciam em angioblastos (células formadoras de vasos) que formam grumos – ilhotas sanguíneas Dentro das ilhotas aparecem cavidades Os angioblastos se achatam formando formando células endoteliais que se arranjam em torno das cavidades As cavidades se fundem para formar redes de canais endoteliais (vasculogênese) Vasos avançam para áreas adjacentes por brotamento endotelial e se fundem com outros vasos (angiogênese) Células mesenquimais que circundam os vasos primitivos diferenciam-se nos elementos musculares e do conjuntivo dos vasos Células sanguíneas Se desenvolvem de células endoteliais dos vasos no saco vitelino e alantóide Coração e grandes vasos Migração de células da linha primitiva + células que migram em torno da placa precordal = mesoderma cardiogênico na área cardiogênica Formam-se de células mesenquimais da área cardiogênica Um par de canais revestidos por endotélio forma-se e se funde formando o tubo cardíaco primitivo O coração tubular comunica-se com os vasos sanguíneos do embrião, do pedículo do embrião, do córion e do saco vitelino, formando um sistema cardiovascular primitivo No fim da 3ª semana, o sangue circula e o coração começa a bater no 21º ou 22º dia UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO 9 DESENVOLVIMENTO DAS VILOSIDADES CORIÔNICAS Ramificação das vilosidades coriônicas primárias + crescimento do mesênquima no interior das vilosidade primárias – vilosidades coriônicas secundárias – recobrem toda superfície do saco coriônico Algumas células mesenquimais se diferenciam em capilares – vilosidades coriônicas terciárias Capilares das vilosidades fundem-se, formando redes arteriocapilares, que logo se conectam ao coração do embrião através de vasos que se diferenciam no mesênquima do córion e no pedículo do embrião No fim de 3ª semana: o sangue do embrião começa a fluir pelos capilares das vilosidades Ao mesmo tempo, células do citotrofoblasto das vilosidades se proliferam e se estendem pelo sinciciotrofoblasto e formam uma capa citotrofoblãstica que prende o saco coriônico ao endométrio UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO 10ORGANOGÊNESE 44ªª ÀÀ 88ªª SSEEMMAANNAA Dobramento do Embrião Decorrente do rápido crescimento (encéfalo e medula) Dobramento ventral das extremidades cefálica e caudal produz as pregas cefálica e caudal Pregas neurais da região cefálica formam o primórdio do encéfalo Durante o dobramento, parte do endoderma do saco vitelino é incorporado no embrião, formando o intestino anterior (dobramento cefálico) e intestino posterior (dobramento caudal) A alantóide é parcialmente incorporada pelo embrião Dobramento lateral, forma-se o intestino médio Região de ligação do âmnio com a superfície ventral fica reduzida a uma região umbilicar – cordão umbelical Principais eventos do período de organogênese 4ª SEMANA No início da 4ª semana: embrião é quase reto e tem de 4 a 12 somitos e neuroporos rostral e caudal são abertos 24 dias: dois primeiros arcos faríndeos são visíveis – o embrião já apresenta-se encurvado O coração forma uma grande saliência e bombeia sangue 26 dias: 3 pares de arcos faríngeos; neuroporo rostral se fechou; brotos dos membros superiores; fossetas ótica (primórdio da orelha interna); eminência caudal (em forma de cauda) é uma característica típica deste período 28 dias: 4 pares de arcos faríngeos; brotos dos membros inferiores; primórdio do cristalino 5ª SEMANA Crescimento da cabeça excede o crescimento de outras regiões (desenvolvimento do encéfalo) Cristas mesonéfricas indicam o local dos rins mesonéfricos (órgãos provisórios) UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO 11 6ª SEMANA Diferenciação regional dos membros superiores com desenvolvimento dos cotovelos e das placas das mãos; raios digitais (primórdio dos dedos) Saliências auriculares (pavilhão auricular) desenvolvem-se em torno do sulco faríngeo – meato acústico externo Olho é bem evidente (pigmentado) Cabeça maior em relação ao corpo e encurvada sobre a saliência cardíaca Tronco e pescoço começam a se endireitar 7ª SEMANA Aparecem chanfraduras entre os raios digitais das placas das mãos A comunicação do intestino primitivo com o saco vitelino está reduzida a um ducto estreito – pedículo vitelino 8ª SEMANA Dedos das mãos separados, mas unidos por membranas Chanfraduras entre os raios digitais dos pés (forma de leque) Início, a eminência em forma de cauda ainda está presente Plexo vascular do couro cabeludo Final: dedos mais compridos e totalmente separados; desaparecimento da eminência caudal Ossificação começa nos membros inferiores, durante esta semana Região do pescoço está definida Cabeça constitui quase metade do embrião Pavilhões auriculares começam a assumir sua forma final UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO 12 PERÍODO FETAL O desenvolvimento durante o período fetal envolve basicamente o rápido crescimento do corpo e a diferenciação dos tecidos, órgãos e sistemas Crescimento do corpo é muito grande Ganho de peso é fenomenal nas últimas semanas Tempo de gestação Fertilização – 38 semanas UPMN – 40 semanas Clínicamente, o período gestacional é dividido em 3 trimestres Final do 1º trimestre:já se formaram todos os principais sistemas Final do 2º trimestre: o feto pode sobreviver caso nasça prematuramente 3º trimestre: o feto amadurece e com 35 semanas, quando pesa 2.500g, indica maturidade fetal 9 – 12 SEMANAS Início: A face é larga, os olhos muito separados, orelhas com implantação baixa e pálpebras fundidas Pernas curtas e coxas pequenas Até o final da 9ª semana, a genitália externa masculina e feminina se assemelham Fígado é o principal local da eritropoese Final Centros de ossificação primária principalmente no crânio e ossos longos Membros inferiores menos desenvolvidos em relação aos superiores Atividade eritropoética diminui no fígado e inicia-se no baço Formação da urina que é lançada no fluído amniótico 12 - 16 SEMANAS O crescimento é muito rápido e com 16 semanas a cabeça é pequena em comparação com 12 semanas Os movimentos dos membros que começam a ocorrer com 8 semanas, com 14 semanas já são coordenados Os ossos são claramente visíveis no US (ossificação ativa) A genitália externa pode ser distinguida com 14 semanas UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO 13 Com 16 semanas os ovários já se diferenciaram e contêm folículos primordiais c/ ovogônias Os olhos ocupam posição anterior na face 17 - 20 SEMANAS O crescimento se torna mais lento Membros alcançam sua proporção relativa final Movimentos fetais são percebidos pela mãe A pele está coberta por um material gorduroso (vernix caseosa) que protege a pele contra produtos do líquido amniótico Com 20 semanas são visíveis as sobrancelhas e os cabelos A gordura parda forma-se neste período e é o local de produção de calor Nos fetos masculinos de 20 semanas os testículos começam a descer 21 - 25 SEMANAS Há um ganho substancial de peso Começam os movimentos oculares rápidos 24 semanas, os pneumócitos tipo II começam a secretar surfactante (mantém os alvéolos pulmonares em desenvolvimento abertos) As unhas estão presentes Embora um feto nascido entre 22 a 25 semanas possa sobreviver, ele pode morrer no início da infância devido à imaturidade do seu sistema respiratório 26 - 29 SEMANAS Os pulmões e os vasos pulmonares já se desenvolveram p/ realizar as trocas gasosas Os pulmões já são capazes de respirar o ar, caso o feto nasça O SNC já amadureceu a ponto de dirigir os movimentos respiratórios rítmicos e de controlar a temperatura do corpo Com 26 semanas os olhos estão abertos e o lanugo (penugem pelo corpo) e os cabelos estão bem desenvolvimentos UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO 14 Unhas dos dedos dos pés tornam-se visíveis O baço torna-se um local importante de hematopoese que termina com 28 semanas (medula óssea torna-se o principal local) 30 - 34 SEMANAS No fim deste período a pele é rosada e lisa Os membros superiores e inferiores têm um aspecto rechonchudo Fetos como 32 semanas ou mais, geralmente sobrevivem se nascerem prematuramente 35 - 38 SEMANAS Com 36 semanas a circunferência da cabeça e abdômen são quase iguais O crescimento diminui à medida que a hora do nascimento se aproxima A maioria dos fetos pesam cerca de 3400g Durante estas últimas semanas, o feto ganha cerca de 14 g de gordura por dia UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO 15 FATORES QUE INFLUENCIAM O CRESCIMENTO FETAL Tabagismo A velocidade de crescimento dos fetos é menor durante as últimas 6 – 8 semanas de gravidez Em média, o peso ao nascimento é cerca de 200g menor Morbidade perinatal é maior Gestação múltipla As necessidades totais de 2 ou mais fetos excedem o suprimento nutricional disponível pela placenta durante o 3º trimestre Drogas sociais Fluxo sanguíneo uteroplacentário deficiente Vasos coriônicos ou umbiliais pequenos, doença renal, hipotensão) Fatores genéticos Envolvimento de genes em casos repetidos de crianças de baixo peso Síndromes genéticas UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO 16 PARTOO parto é o processo mediante o qual a criança é expulsa do útero através da vagina, no nono mês da gravidez. Nessa época, o feto mede cerca de 50 cm de comprimento e pesa em média 3 e 3,5 kg. A duração do trabalho de parto varia bastante; mas em média dura cerca de 13 horas (para primíparas). Inicia-se com contrações irregulares do útero a cada 20 ou 30 minutos, com frequência e intensidade que aumentam com o avanço do processo. As contrações aceleram até que ocorram com frequência de 5 a cada 10 minutos e duração clínica de 70 segundos, quando se aproxima da expulsão do feto. Na expulsão, somam-se as contrações uterinas aos esforços expulsivos voluntários da mãe. No início do trabalho de parto, a dilatação do colo uterino é de 2 a 3 cm (nas primíparas) e (3 a 4 cm nas multíparas). Cada contração dilata a cervix até que ela atinge 10 cm de diâmetro. No momento do parto , o colo do útero se dilata e a musculatura do útero passa a se contrair ritmicamente . A bolsa amniótica se rompe e o líquido extravasa pela vagina. O feto com a cabeça voltada para baixo é empurrado para fora do útero pelas fortes contrações da musculatura uterina. A vagina se dilata, permitindo a passagem do bebê. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO 17 A placenta se desprende da parede uterina e também é expulsa pela vagina , juntamente com o sangue proveniente do rompimento dos vasos sanguíneos maternos. O desprendimento da placenta induz a respiração do recém-nascido . O gás carbônico produzido pelas células do bebê se acumula em seu sangue, uma vez que não pode mais ser eliminado para o sangue da mãe, através da placenta. Em poucos segundos, a concentração de gás carbônico na circulação do bebê eleva-se a ponto de estimular os centros cerebrais que controlam a respiração. Esses centros induzem o sistema respiratório do recém-nascido a funcionar.