Buscar

josiseixas-EMBRIOLOGIA- fases do desenvolvimento

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO 
CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO 
 
1 
 
EMBRIOLOGIA 
Profª Josi Seixas 
CEUNES 
FARMÁCIA – 2009/2 
 
Período embrionário 
 
1ª a 4ª semana 
 
Desenvolvimento humano 
 
Primeira semana 
 
Fases da fertilização 
Passagem do espermatozóide através da corona radiata do ovócito 
Hialuronidase (acrossoma) 
Enzimas da mucosa tubária auxiliam hialuronidase 
Movimentos da cauda 
 
Penetração da zona pelúcida 
Enzimas do acrossoma 
Reação zonal: mudança na zona pelúcida que a torna impermeável a outros 
espermatozóides 
 
Fusão das membranas plasmáticas 
Penetram cabeça e cauda, sem a cauda 
 
Fases da fertilização 
Término da segunda divisão meiótica do ovócito e formação do pronúcleo feminino 
Formação do segundo corpo polar 
 
Formação do pronúcleo masculino 
Aumento do núcleo do espermatozóide e degeneração da cauda 
Replicação do DNA 
 
Divisão mitótica 
Quebra das membranas pronucleares 
Condensação dos cromossomos e arranjo dos cromossomos para divisão 
mitótica 
 
Clivagem do zigoto 
É a série de divisões mitóticas repetidas do zigoto, resultando em rápido aumento do 
número de células 
 
Células – BLASTÔMEROS – tornam-se menores a cada divisão 
 
A clivagem ocorre quando o zigoto passa pela tuba em direção ao útero – o zigoto situa-
se dentro da zona pelúcida 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO 
CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO 
 
2 
 
Tem inicio cerca de 30 horas após a fertilização 
 
Após o estágio de 8 células, os blastômeros alinham-se para formar uma bola compacta 
(glicoproteínas de adesão) - MÓRULA 
 
 
 
Formação do blastocisto 
Cerca de 4 dias após a fertilização 
Mórula alcança o útero 
 
Fluido da cavidade uterina atravessa a zona pelúcida e forma uma cavidade: 
CAVIDADE BLASTOCÍSTICA 
 
Com o aumento do fluido ocorre a separação dos blastômeros em 2 parte 
Camada celular externa delgada – TROFOBLASTO (que formará a 
parte embrionária da placenta) 
Grupo de blastômeros localizados centralmente – 
EMBRIOBLASTO- que dará origem ao embrião 
 
Após o blastocisto ter ficado suspenso nas secreções uterinas por cerca de 2 dias, a 
zona pelúcida degenera-se – possibilitando o rápido crescimento do blastocisto 
 
Cerca de 6 dias após a fecundação (20º dia de um ciclo de 28), o blastocisto adere ao 
epitélio endometrial 
 
Após adesão – proliferação do trofoblasto e diferenciação em 2 camadas 
 
CITOTROFOBLASTO: camada de células mononucleadas 
SINCICIOTROFOBLASTO: massa multinucleada sem limites celulares distintos 
(fusão de células) 
 
Os prolongamentos digitiformes do sinciciotrofoblasto atravessam o epitélio 
endometrial e invadem o tecido conjuntivo 
 
Fim da 1ª semana: 
Blastocisto está superficialmente implantado no endométrio 
 
Nutrição: tecidos maternos erodidos 
 
Concomitantemente, forma-se uma camada 
cubóide, na superfície do embrioblasto voltada 
para a cavidade blastocística - HIPOBLASTO 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO 
CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO 
 
3 
 
2ª SEMANA 
 
Implantação do blastocisto completa-se no fim da 2ª semana 
Invasão ativa do sinciciotrofoblasto no tecido conjuntivo 
Blastocisto vagarosamente aprofunda-se no endométrio 
 
Sinciciotrofoblasto produz hCG (gonadotrofina coriônica humana) que mantém a 
atividade endócrina do corpo lúteo no ovário durante a gravidez 
 
 
Formação da cavidade amniótica, disco embrionário e saco vitelino 
Aparecimento de uma pequena cavidade no embrioblasto – primórdio da cavidade 
amniótica 
 
Ocorrem mudanças no embrioblasto formando uma placa bilaminar – DISCO 
EMBRIONÁRIO BILAMINAR 
Epiblasto: camada mais espessa, formada por células colunares altas, 
relacionada com a cavidade amniótica 
Hipoblasto: pequenas células cubóides adjacentes à cavidade exocelômica 
As células que migram do hipoblasto formam a membrana 
exocelômica 
 
Células (amnioblastos) se separam do epiblasto e se organizam para formar uma 
membrana – ÂMNIO, que envolve a cavidade amniótica 
 
 
Formação da cavidade amniótica, disco embrionário e saco vitelino 
Membrana e a cavidade exocelômica formam o SACO VITELINO primitivo 
O disco embrionário situa-se agora entre a cavidade amniótica e o saco vitelino 
primitivo 
 
Forma-se uma camada de tecido conjuntivo frouxo que envolve o âmnio e o saco 
vitelino – MESODERMA EXTRA-EMBRIONÁRIO 
 
Formam-se lacunas no sinciociotrofoblasto que ficam preenchidas por sangue materno 
(de capilares endometriais rompidos) e restos celulares de glândulas 
Nutrição do disco embrionário (difusão) 
 
Formação da cavidade amniótica, disco embrionário e saco vitelino 
Surgem espaços no mesoderma extra-embrionário – espaços celômicos 
Estes espaços fundem-se formando uma grande cavidade isolada – CELOMA 
EXTRA-EMBRIONÁRIO 
Cavidade preenchida por fluido que envolve o âmnio e o saco 
vitelino (exceto na região onde estão aderidos ao córion pelo 
pedículo do embrião) 
Com a formação do celoma extra-embrionário, o saco vitelino primitivo diminui e 
forma-se o saco vitelino secundário 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO 
CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO 
 
4 
 
10
o
 dia: concepto humano (embrião e membranas extra-embrionárias) está 
completamente implantado no endométrio 
 
 
Desenvolvimento do saco coriônico 
Final da 2ª semana: surgimento de vilosidades coriônicas primárias 
Formadas pela proliferação de células citotrofoblásticas que produzem 
extensões dentro do sinciociotrofoblasto 
É o primeiro estágio das VILOSIDADES CORIÔNICAS da placenta 
 
Quando forma-se o celoma extra-embrionário, este divide o mesoderma extra-
embrionário em 2 camadas 
MESODERMA SOMÁTICO EXTRA-EMBRIONÁRIO: envolve o trofoblasto e o 
âmnio 
MESODERMA ESPLÂNCNICO EXTRA-EMBRIONÁRIO: envolve o saco vitelino 
 
Mesoderma somático extra-embrionário e as duas camadas de trofoblasto formam o 
CÓRION 
 
Desenvolvimento do saco coriônico 
O CÓRION forma a parede do saco coriônico (saco gestacional), dentro do qual o 
embrião com os sacos vitelino e amniótico estão suspensos pelo pedúnculo 
 
O celoma extra-embrionário agora é chamado de CAVIDADE CORIÔNICA 
 
O embrião de 14 dias ainda tem a forma de um disco bilaminar achatado, mas as células 
endodérmicas, em uma área restrita, passam a ser colunares e formam uma área 
espessada – PLACA PRECORDAL 
Desenvolvimento do saco coriônico 
A ultra-sonografia transvaginal é usada para medir o diâmetro do saco coriônico – 
avaliação do desenvolvimento embrionário inicial 
 
A implantação geralmente ocorre na porção superior do corpo do útero 
 
Implantações extra-uterinas – tuba uterina 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO 
CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO 
 
5 
 
3ª SEMANA 
 
Rápido desenvolvimento do embrião a partir do disco embrionário 
 
Aparecimento da linha primitiva 
 
Diferenciação das 3 camadas germinativas – formação de todos os tecidos e 
órgãos 
 
Desenvolvimento: 
Notocorda 
Tubo neural 
Somitos 
Celoma intra-embrionário 
Sistema cardiovascular 
 
Gastrulação: desenvolvimento das camadas germinativas 
 
Conversão do disco bilaminar em disco embrionário trilaminar 
ECTODERMA: epiderme e anexos, sistema nervoso central e periférico, retina 
dos olhos, orelha, nariz; tecidos musculares, conjuntivos e ossos que se 
originam dos arcos faríngeos... 
MESODERMA: tecido conjuntivo, cartilagem, ossos, músculo estriados e liso, 
coração, vasos sanguíneos e linfáticos, rins, ovários, testículos, membranas 
serosas, baço 
ENDODERMA: revestimentos epiteliais das vias respiratórias, bexiga, trato 
gastointestinal e glândulasdo TGI, fígado e pâncreas ... 
 
INÍCIO DA MORFOGÊNESE E O EVENTO SIGNIFICATIVO DA 3ª SEMANA 
 
Tem início com a formação da linha primitiva 
Gastrulação 
Linha primitiva 
 
Início da 3ª semana surge uma faixa linear espessada do epiblasto – linha primitiva 
(proliferação e migração das células do epiblasto para o plano mediano do disco 
embrionário) 
 
A medida que a linha se alonga pela proliferação na extremidade caudal, a 
extremidade cefálica forma o nó primitivo 
 
Concomitantemente, forma-se na linha um sulco – sulco primitivo – que é 
contínuo com uma depressão no nó primitivo – fosseta primitiva (local de 
encontro) 
 
Com a formação da linha primitiva é possível identificar: 
Eixo cefálico-caudal do embrião 
Superfícies dorsal e ventral 
Lados direito e esquerdo 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO 
CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO 
 
6 
 
 
Formação do mesoderma do embrião 
 
Células do epiblasto da linha primitiva migram em direção ao hipoblasto 
(mesoblasto), formando uma malha de tecido conjuntivo embrionário que 
formará: 
Mesoderma embrionário 
Endoderma embrionário, por deslocamento do hipoblasto 
 
As células que permanecem do epiblasto formam o ectoderma embrionário 
 
 
Permanência da linha primitiva 
No início da 4ª semana a linha primitiva torna-se uma estrutura insignificante na 
região sacrococcígea do embrião 
 
Sua permanência pode dar origem um grande tumor conhecido como teratoma 
sacrococcígeo 
 
 
Processo Notocordal 
Migração de células mesenquimais cefalicamente do nó e da fosseta primitivos – 
processo notocordal 
Este processo forma uma luz (canal notocordal) e cresce entre o 
ectoderma e o endoderma até alcançar a placa precordal 
(pequena área circular de células endodérmicas) 
Estas camadas fundidas (o processo notocordal não pode 
estender-se além da placa precordal) formam a membrana 
bucofaríngea localizada no futuro local da boca 
 
Caudalmente à linha primitiva, há uma área circular – membrana cloacal – que 
indica o local do futuro ânus 
 
Na membrana cloacal e na membrana bucofaríngea, o disco embrionário 
permanece bilaminar, porque o ectoderma e o endoderma estão fundidos, 
impedindo a migração de células mesenquimais 
 
Notocorda 
É um bastão celular 
Define o eixo primitivo do embrião dando-lhe uma certa rigidez 
Serve de base para o desenvolvimento do esqueleto axial (ossos da cabeça e da 
coluna vertebral) 
Indica o local dos futuros corpos vertebrais 
 
Desenvolvimento 
A partir do processo notocordal que se alonga a partir de células da fosseta 
primitiva 
A notocorda em desenvolvimento induz o ectoderma adjacente a espessar-se e 
formar a placa neural, o primórdio do SNC 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO 
CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO 
 
7 
 
Alantóide 
Surge por volta do dia 16 como uma pequena evaginação em forma de salsicha, da 
parede caudal do saco vitelino 
 
Em embriões humanos: está envolvida com a formação inicial do sangue e com o 
desenvolvimento da bexiga 
 
Com o crescimento da bexiga, torna-se o úraco (ligamento umbilical mediano) 
Os vasos sanguíneos da alantóide tornam-se as artérias e veias umbilicais 
 
NEURULAÇÃO 
 
Processos envolvidos na formação da placa neural, pregas neurais e no fechamento 
das pregas para formar o tubo neural 
 
Formação da crista neural 
Com a fusão das pregas neurais, algumas células neuroectodérmicas dispostas 
ao longo da crista de cada prega neural, perdem suas características epiteliais e 
suas adesões 
Quando o tubo neural se separa do ectoderme, as células formam a crista neural 
que forma uma massa irregular entre o tubo neural e o ectoderme 
A crista neural separa-se em duas. Muitas células da crista neural migram em 
várias direções e se dispensam no mesênquima 
Células ganglionares 
Meninges do encéfalo e medula 
Fonte de componentes do tec. conjuntivo (cartilagem, ossos, 
ligamentos) das regiões oral e facial 
 
Somitos 
Com a formação da notocorda e tubo neural, o mesoderma intra-embrionário de cada 
lado destas estruturas prolifera e forma uma coluna longitudinal – mesoderma paraxial 
 
Fim da 3ª semana, o mesoderma paraxial se diferencia e começa a se dividir em corpos 
cubóides pareados – somitos- em cada lado do tubo neural 
 
Dão origem à maior parte do esqueleto axial (ossos do crânio, coluna vertebral) e à 
musculatura associada e derme adjacente 
Celoma intra-embrionário 
Celoma intra-embrionário: cavidade do corpo 
Surge como pequenos espaços celômicos no mesoderma lateral e no 
mesoderma cardiogênico 
 
Os espaços coalescem para formar uma cavidade única que divide o mesoderma 
lateral: 
Camada parietal ou somática: contínua com o mesoderma extra-
embrionário que cobre o âmnio 
Camada visceral ou esplâncnica: contínua com o mesoderma 
extra-embrionário que cobre o saco vitelino 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO 
CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO 
 
8 
 
Celoma intra-embrionário: cavidade do corpo 
Mesoderma somático + ectoderma embrionário sobrejacente – parede do corpo 
(somatopleura) 
 
Mesoderma esplâncnico + endoderma embrionário subjacente – parede do 
intestino do embrião (esplancnopleura) 
 
Durante o 2º mês, o celoma intra-embrionário é dividido em 3 cavidades: 
pericárdica, pleural e peritoneal 
 
 
DESENVOLVIMENTO INICIAL DO SISTEMA CARDIOVASCULAR 
 
Vasculogênese 
Células mesenquimais se diferenciam em angioblastos (células formadoras de 
vasos) que formam grumos – ilhotas sanguíneas 
Dentro das ilhotas aparecem cavidades 
Os angioblastos se achatam formando formando células endoteliais que se arranjam 
em torno das cavidades 
As cavidades se fundem para formar redes de canais endoteliais (vasculogênese) 
Vasos avançam para áreas adjacentes por brotamento endotelial e se fundem com 
outros vasos (angiogênese) 
Células mesenquimais que circundam os vasos primitivos diferenciam-se nos 
elementos musculares e do conjuntivo dos vasos 
Células sanguíneas 
Se desenvolvem de células endoteliais dos vasos no saco vitelino e alantóide 
 
Coração e grandes vasos 
Migração de células da linha primitiva + células que migram em torno da placa 
precordal = mesoderma cardiogênico na área cardiogênica 
 
Formam-se de células mesenquimais da área cardiogênica 
Um par de canais revestidos por endotélio forma-se e se funde formando o 
tubo cardíaco primitivo 
O coração tubular comunica-se com os vasos sanguíneos do embrião, do 
pedículo do embrião, do córion e do saco vitelino, formando um sistema 
cardiovascular primitivo 
No fim da 3ª semana, o sangue circula e o coração começa a bater no 21º ou 
22º dia 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO 
CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO 
 
9 
 
DESENVOLVIMENTO DAS VILOSIDADES CORIÔNICAS 
 
Ramificação das vilosidades coriônicas primárias + crescimento do mesênquima no 
interior das vilosidade primárias – vilosidades coriônicas secundárias – recobrem toda 
superfície do saco coriônico 
 
Algumas células mesenquimais se diferenciam em capilares – vilosidades coriônicas 
terciárias 
 
Capilares das vilosidades fundem-se, formando redes arteriocapilares, que logo se 
conectam ao coração do embrião através de vasos que se diferenciam no mesênquima 
do córion e no pedículo do embrião 
 
No fim de 3ª semana: o sangue do embrião começa a fluir pelos capilares das 
vilosidades 
 
Ao mesmo tempo, células do citotrofoblasto das vilosidades se proliferam e se 
estendem pelo sinciciotrofoblasto e formam uma capa citotrofoblãstica que prende o 
saco coriônico ao endométrio 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO 
CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO 
 
10ORGANOGÊNESE 
 
44ªª ÀÀ 88ªª SSEEMMAANNAA 
 
Dobramento do Embrião 
Decorrente do rápido crescimento (encéfalo e medula) 
 
Dobramento ventral das extremidades cefálica e caudal produz as pregas 
cefálica e caudal 
Pregas neurais da região cefálica formam o primórdio do encéfalo 
 
Durante o dobramento, parte do endoderma do saco vitelino é incorporado no 
embrião, formando o intestino anterior (dobramento cefálico) e intestino 
posterior (dobramento caudal) 
 
A alantóide é parcialmente incorporada pelo embrião 
 
Dobramento lateral, forma-se o intestino médio 
 
Região de ligação do âmnio com a superfície ventral fica reduzida a uma região 
umbilicar – cordão umbelical 
 
 
Principais eventos do período de organogênese 
 
 
4ª SEMANA 
No início da 4ª semana: embrião é quase reto e tem de 4 a 12 somitos e neuroporos 
rostral e caudal são abertos 
 
 24 dias: dois primeiros arcos faríndeos são visíveis – o embrião já apresenta-se 
encurvado 
 O coração forma uma grande saliência e bombeia sangue 
 26 dias: 3 pares de arcos faríngeos; neuroporo rostral se fechou; brotos dos 
membros superiores; fossetas ótica (primórdio da orelha interna); eminência 
caudal (em forma de cauda) é uma característica típica deste período 
 28 dias: 4 pares de arcos faríngeos; brotos dos membros inferiores; primórdio 
do cristalino 
 
5ª SEMANA 
Crescimento da cabeça excede o crescimento de outras regiões (desenvolvimento do 
encéfalo) 
Cristas mesonéfricas indicam o local dos rins mesonéfricos (órgãos provisórios) 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO 
CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO 
 
11 
 
6ª SEMANA 
 
Diferenciação regional dos membros superiores com desenvolvimento dos cotovelos e 
das placas das mãos; raios digitais (primórdio dos dedos) 
 
Saliências auriculares (pavilhão auricular) desenvolvem-se em torno do sulco faríngeo – 
meato acústico externo 
 
Olho é bem evidente (pigmentado) 
 
Cabeça maior em relação ao corpo e encurvada 
sobre a saliência cardíaca 
 
Tronco e pescoço começam a se endireitar 
 
 
7ª SEMANA 
 
Aparecem chanfraduras entre os raios digitais das placas das mãos 
 
A comunicação do intestino primitivo com o saco vitelino está reduzida a um ducto 
estreito – pedículo vitelino 
 
 
8ª SEMANA 
Dedos das mãos separados, mas unidos por membranas 
Chanfraduras entre os raios digitais dos pés (forma de leque) 
Início, a eminência em forma de cauda ainda está presente 
Plexo vascular do couro cabeludo 
Final: dedos mais compridos e totalmente separados; desaparecimento da eminência 
caudal 
Ossificação começa nos membros inferiores, durante esta semana 
Região do pescoço está definida 
Cabeça constitui quase metade do embrião 
Pavilhões auriculares começam a assumir sua forma final 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO 
CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO 
 
12 
 
PERÍODO FETAL 
 
O desenvolvimento durante o período fetal envolve basicamente o rápido crescimento 
do corpo e a diferenciação dos tecidos, órgãos e sistemas 
Crescimento do corpo é muito grande 
Ganho de peso é fenomenal nas últimas semanas 
 
Tempo de gestação 
Fertilização – 38 semanas 
UPMN – 40 semanas 
 
Clínicamente, o período gestacional é dividido em 3 trimestres 
Final do 1º trimestre:já se formaram todos os principais sistemas 
Final do 2º trimestre: o feto pode sobreviver caso nasça prematuramente 
3º trimestre: o feto amadurece e com 35 semanas, quando pesa 2.500g, indica 
maturidade fetal 
 
 
9 – 12 SEMANAS 
 
Início: 
A face é larga, os olhos muito separados, orelhas com implantação baixa e 
pálpebras fundidas 
Pernas curtas e coxas pequenas 
Até o final da 9ª semana, a genitália externa masculina e feminina se 
assemelham 
Fígado é o principal local da eritropoese 
 
Final 
Centros de ossificação primária principalmente no crânio e ossos longos 
Membros inferiores menos desenvolvidos em relação aos superiores 
Atividade eritropoética diminui no fígado e inicia-se no baço 
 
Formação da urina que é lançada no fluído amniótico 
 
 
12 - 16 SEMANAS 
 
O crescimento é muito rápido e com 16 semanas a cabeça é pequena em comparação 
com 12 semanas 
 
Os movimentos dos membros que começam a ocorrer com 8 semanas, com 14 semanas 
já são coordenados 
 
Os ossos são claramente visíveis no US (ossificação ativa) 
 
A genitália externa pode ser distinguida com 14 semanas 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO 
CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO 
 
13 
 
Com 16 semanas os ovários já se diferenciaram e contêm folículos primordiais c/ 
ovogônias 
 
Os olhos ocupam posição anterior na face 
 
 
17 - 20 SEMANAS 
 
O crescimento se torna mais lento 
 
Membros alcançam sua proporção relativa final 
 
Movimentos fetais são percebidos pela mãe 
 
A pele está coberta por um material gorduroso (vernix caseosa) que protege a pele 
contra produtos do líquido amniótico 
 
Com 20 semanas são visíveis as sobrancelhas e os cabelos 
 
A gordura parda forma-se neste período e é o local de produção de calor 
 
Nos fetos masculinos de 20 semanas os testículos começam a descer 
 
 
21 - 25 SEMANAS 
 
Há um ganho substancial de peso 
 
Começam os movimentos oculares rápidos 
 
24 semanas, os pneumócitos tipo II começam a secretar surfactante (mantém os 
alvéolos pulmonares em desenvolvimento abertos) 
 
As unhas estão presentes 
 
Embora um feto nascido entre 22 a 25 semanas possa sobreviver, ele pode morrer no 
início da infância devido à imaturidade do seu sistema respiratório 
 
 
26 - 29 SEMANAS 
 
Os pulmões e os vasos pulmonares já se desenvolveram p/ realizar as trocas gasosas 
Os pulmões já são capazes de respirar o ar, caso o feto nasça 
 
O SNC já amadureceu a ponto de dirigir os movimentos respiratórios rítmicos e de 
controlar a temperatura do corpo 
 
Com 26 semanas os olhos estão abertos e o lanugo (penugem pelo corpo) e os cabelos 
estão bem desenvolvimentos 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO 
CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO 
 
14 
 
 
Unhas dos dedos dos pés tornam-se visíveis 
 
O baço torna-se um local importante de hematopoese que termina com 28 semanas 
(medula óssea torna-se o principal local) 
 
 
30 - 34 SEMANAS 
 
No fim deste período a pele é rosada e lisa 
 
Os membros superiores e inferiores têm um aspecto rechonchudo 
 
Fetos como 32 semanas ou mais, geralmente sobrevivem se nascerem prematuramente 
 
 
35 - 38 SEMANAS 
 
Com 36 semanas a circunferência da cabeça e abdômen são quase iguais 
 
O crescimento diminui à medida que a hora do nascimento se aproxima 
 
A maioria dos fetos pesam cerca de 3400g 
 
Durante estas últimas semanas, o feto ganha cerca de 14 g de gordura por dia 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO 
CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO 
 
15 
 
FATORES QUE INFLUENCIAM O CRESCIMENTO FETAL 
 
Tabagismo 
A velocidade de crescimento dos fetos é menor durante as últimas 6 – 8 
semanas de gravidez 
Em média, o peso ao nascimento é cerca de 200g menor 
Morbidade perinatal é maior 
 
Gestação múltipla 
As necessidades totais de 2 ou mais fetos excedem o suprimento nutricional 
disponível pela placenta durante o 3º trimestre 
 
Drogas sociais 
 
Fluxo sanguíneo uteroplacentário deficiente 
Vasos coriônicos ou umbiliais pequenos, doença renal, hipotensão) 
 
Fatores genéticos 
Envolvimento de genes em casos repetidos de crianças de baixo peso 
Síndromes genéticas 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO 
CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO 
 
16 
 
PARTOO parto é o processo mediante o qual a criança é expulsa do útero através da vagina, no nono 
mês da gravidez. Nessa época, o feto mede cerca de 50 cm de comprimento e pesa em média 3 e 
3,5 kg. 
A duração do trabalho de parto varia bastante; mas em média dura cerca de 13 horas (para 
primíparas). 
Inicia-se com contrações irregulares do útero a cada 20 ou 30 minutos, com frequência e 
intensidade que aumentam com o avanço do processo. As contrações aceleram até que 
ocorram com frequência de 5 a cada 10 minutos e duração clínica de 70 segundos, quando 
se aproxima da expulsão do feto. Na expulsão, somam-se as contrações uterinas aos 
esforços expulsivos voluntários da mãe. 
No início do trabalho de parto, a dilatação do colo uterino é de 2 a 3 cm (nas primíparas) e 
(3 a 4 cm nas multíparas). Cada contração dilata a cervix até que ela atinge 10 cm de 
diâmetro. 
 
 
 No momento do parto , o colo do útero se dilata e a musculatura do útero passa a se contrair 
ritmicamente . A bolsa amniótica se rompe e o líquido extravasa pela vagina. O feto com a cabeça 
voltada para baixo é empurrado para fora do útero pelas fortes contrações da musculatura uterina. 
A vagina se dilata, permitindo a passagem do bebê. 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO 
CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO 
 
17 
 
A placenta se desprende da parede uterina e também é expulsa pela vagina , juntamente com 
o sangue proveniente do rompimento dos vasos sanguíneos maternos. 
O desprendimento da placenta induz a respiração do recém-nascido . O gás carbônico 
produzido pelas células do bebê se acumula em seu sangue, uma vez que não pode mais ser 
eliminado para o sangue da mãe, através da placenta. Em poucos segundos, a concentração de 
gás carbônico na circulação do bebê eleva-se a ponto de estimular os centros cerebrais que 
controlam a respiração. Esses centros induzem o sistema respiratório do recém-nascido a 
funcionar.

Mais conteúdos dessa disciplina