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RELATORIO II ANÁLISE 1

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GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO
SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DEP. EST. RENÊ BARBOUR
FACULDADE DE ARQUITETURA E ENGENHARIA
CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS
	
ANÁLISE DE ALIMENTOS I
	Campus Deputado Estadual Renê Barbour
Curso de Engenharia de Alimentos
Rua: A, s/n, COHAB São Raimundo – Tel/PABX: (65) 3361-1413, Ramal: 223
CEP: 78.390-000 - Barra do Bugres, MT
	
CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS
RELATÓRIO II: DETERMINAÇÃO DA ACIDEZ NO REFRIGERANTE TIPO COLA 
Trabalho apresentado como requisito parcial de avaliação da disciplina de Análise de Alimentos I do Curso de Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual de Mato Grosso - Campus Barra do Bugres.
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Docente: Sumaya Ferreira Guedes
BARRA DO BUGRES
2016
Introdução
	A determinação da acidez nos alimentos através da titulação é de extrema importância, essa análise informa o valor nutricional, controle de qualidade do alimento, além do monitoramento da legislação permitida (AMORIM, SOUSA, SOUZA, 2012). No processo de titulação para a obtenção do valor de acidez no produto é o volume gasto da solução conhecida quando se reage com o analito. O valor total gasto da reação pode ser detectado através da mudança de coloração ou quando o analito tem uma coloração escura é feita pelo processo de curvas de titulação, podendo ser pH, absorção molecular, entre outros (TÔRRES, 2010).
A indústria de refrigerantes cresce a cada dia, visto que o consumo per capta anual é relativamente moderado pela população brasileira cerca de 65 litros por pessoa (ROSA et al., 2006). 
O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de refrigerantes atrás apenas dos Estados Unidos e México (ROSA et al., 2006). Constituído de água, açúcar, concentrados, acidulante, antioxidante, dióxido de carbono, conservante e edulcorante o refrigerante é uma bebida carbonatada com alto poder refrescante. O processo de fabricação é simples e não exige contato manual, porém deve-se ter rigoroso controle de qualidade (PALHA, 2005). 
	Para esse experimento, o objetivo é a determinação de acidez do refrigerante tipo cola não gaseificado e gaseificado, através da utilização do pHmetro e a solução padrão NaOH 0,1 mol/L.
Metodologia
	Primeiramente foi realizado a padronização do NaOH 0,1 mol/L no laboratório de Química na Universidade de Mato Grosso no Campus de Barra do Bugres, na qual obteve-se o fator de correção igual a 1,024.
	Na elaboração da prática foi utilizado refrigerante tipo cola lata de 250 mL gaseificado e não gaseificado. O refrigerante não gaseificado foi aquecido por 10 minutos em ultrassom para a eliminação de dióxido de carbono presente. 
	Em seguida, foram pipetados 10 mL do analito não gaseificado em béquer e adicionado 30 mL de água destilada. Na amostra foi colocado peixinho para se obter maior agitação e utilizou o pHmetro para medir o pH da amostra e o volume gasto da solução NaOH 0,1 mol. Posteriormente, foi realizado o mesmo processo no analito gaseificado, porém não houve retirada de dióxido de carbono. Para os dois experimentos realizou-se triplicata.
Para finalizar, foram realizados os cálculos segundo as normas do Instituto Adolf Lutz e elaborada a tabela em software Excel.
Resultado e discussão
	Diante dos resultados obtidos na Tabela 1 verificou-se diferença nos resultados de acidez dos analitos não gaseificado e gaseificado. 
Tabela 1: Média dos resultados de acidez obtidos através da titulação do analito não gaseificado e gaseificado.
	Amostras
	Acidez (%)
	pH
	Não gaseificada
	2,15
	8,63
	Gaseificada
	5,7
	8,25
	A média de acidez obtida para a bebida não gaseificada foi de 2,15 % e pH 8,63 como pode ser observado na Tabela 1. Segundo a literatura O ácido carbônico (H2CO3) é obtido pela diluição do gás carbônico em água, esta reação faz com que ocorra acidez elevada e diminuição do pH. Com a amostra não gaseificada obteve-se maior pH e menor acidez justificado pela ausência de CO2. Na composição do refrigerante além do ácido carbônico que confere sabor e aparência a bebida, estão presentes outros ácidos, como por exemplo, o ácido fosfórico que é amplamente utilizado na indústria de refrigerantes tipo cola devido ao seu baixo custo (MENDA, 2011). 
	O analito gaseificado apresentou resultado consideravelmente maior de acidez 5,7% e pH 8,25 em relação ao não gaseificado. Nesta amostra a presença do CO2 fez com que ocorresse esse resultado, sendo o maior interferente na análise de acidez e pH (VAZ et al, 2010).
Conclusão
	Com os resultados obtidos observamos que a amostra gaseificada se apresentou superior em relação a não gaseificada. A justificativa para esta alteração ter ocorrido é a presença do ácido carbônico que altera a acidez e o pH do meio, obtendo assim diferença nos valores encontrados. 
O processo de desgaseificação além de necessário é de fundamental importância para a análise de acidez em bebidas, uma vez que a presença de ácido carbônico altera consideravelmente os resultados. Contudo, concluímos com esta prática a importância do processo de desgaseificação e de seguir protocolos antes da realização de analises, pois cada etapa é imprescindível para obtenção de bons resultados. 
 
Referências Bibliográficas
AMORIM, A. G.; SOUSA, T. A.; SOUZA, A. O. Determinação do pH e acidez titulável da farinha de semente de abóbora (cucurbita máxima). Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Inovação. Palmas, 2012.
MENDA, M. Refrigerantes. Rio de Janeiro: Conselho Regional de Química 4ª Região, 2011. Disponível em: <http://crq4.org.br/default.php?p=texto.php&c=refrigerantes>. Acesso em: 03 Nov. 2016.
PALHA, P.G. Tecnologia de refrigerantes. Rio de Janeiro: AmBev, 2005.
ROSA, S.E.S.; COSENZA, J.P. e LEÃO, L.T.S. Panorama do setor de bebidas no Brasil. BNDES Setorial, v. 23, p. 101-149, 2006.
TÔRRES, A. R. Determinação de acidez total de vinhos tintos empregando titulações baseadas em imagens digitais. Dissertação de Mestrado. João Pessoa, 2010.
VAZ, C.R.; BANCZEK, H.F.L.; VENTURA, D.; QUADRI, M.S.; PACHER, B.A.; MONTEIRO, S.A. Controle de qualidade: o caso de refrigerantes. 5º Encontro de Engenharia e Tecnologia dos Campos Gerais, 2010.

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