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Resumo Aula de Pecas Praticas DPC DF

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Prévia do material em texto

1 
1 INTRODUÇÃO 
2 ANÁLISE DO EDITAL 
3 MATERIAL PARA A PROVA 
4 PORTARIA 
5 AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE 
6 DESPACHO 
7 TERMO CIRCUNSTANCIADO DE OCORRÊNCIA (TCO) 
8 REPRESENTAÇÃO 
9 REQUISIÇÃO DO DELEGADO 
10 RELATÓRIO 
11 AVISOS FINAIS 
CURSO – PEÇAS PRÁTICAS 
1 INTRODUÇÃO 
- Contato dos professores: 
- Facebook: Bruno Zampier 
Rodrigo Bello 
- E-mail: delegados@supremoconcursos.com.br 
- Os últimos concursos para delegado vêm cobrando peças práticas de polícia judiciária. Vamos 
analisar quais são as peças que podem ser cobradas. 
- A grande peça do delegado é a representação, mas outras podem ser cobradas, como na prova 
de Piauí, que cobrou um despacho. 
- Vamos estruturar as peças possíveis, para que seja feita a identificação ao analisar o caso 
apresentado no enunciado. 
- Possíveis peças que podem cair na prova: 
Peças inaugurais: 
A) Portaria: art. 5º, CPP: o inquérito policial, em regra, é instaurado de ofício ou por
representação do MP, através da portaria administrativa. 
B) Auto de prisão em flagrante
C) TCO: termo circunstanciado de ocorrência do Juizado Especial Criminal.
 
2 
 
 Obs.: Essas pecas não têm aparecido muito, ainda não têm sido pedidas em prova de 
delegado. 
Peças decisórias: 
O delegado, como é autoridade administrativa, em várias ocasiões tem que tomar uma decisão, 
para que o inquérito possa correr. 
D) Despacho: grande peça decisória. Nela, o delegado conduz a investigação, ordena a 
investigação de um sujeito, a expedição de um ofício, a apreensão de um bem, pode requisitar a 
perícia em certos materiais ou locais, poderá fazer o indiciamento, etc. 
No procedimento inquisitorial, não temos decisões interlocutórias ou sentenças, como no 
processo, no inquérito policial só temos a decisão chamada despacho. 
Se cair um despacho, e muito importante mencionar a Lei n.º 12.830/13, que exige, a partir de 
2013, o indiciamento. A Lei n.º 12.830/13 pode muito ser cobrada, porque ela vem sendo 
chamada de Estatuto do delegado de polícia. Essa lei, aparentemente, não trouxe muita novidade, 
mas se ler com calma tem novidades bem interessantes. 
 
Peças petitórias: é a grande incidência do concurso de delegado. 
E) Representação: a representação é, na verdade, um gênero, como um sinônimo de uma 
solicitação que a autoridade policial faz ao Judiciário. O delegado de polícia provoca o juiz através 
da representação. Neste gênero, teremos várias espécies de pedidos. 
Essa tem sido a peça de maior incidência nas provas. 
A representação é dirigida ao Poder Judiciário, o delegado só faz pedidos ao Poder Judiciário 
quando a CR/88 ou a legislação infraconstitucional exigirem a chamada cláusula de reserva de 
jurisdição. 
Se o delegado quer apreender um bem, não precisa solicitar uma ordem do juiz para essa 
apreensão, porque a CR/88 não exige a participação do juiz nesse caso. 
 Atenção: se a lei e a CR/88 não exige a autorização do juiz para determinada medida, não tem 
que fazer representação ao juiz. 
Se, na prova, tiver dúvida se tem ou não que ir ao Poder Judiciário para determinada medida, 
você tem que se perguntar se essa medida ofende um bem jurídico protegido pela Constituição. 
Se o bem jurídico é protegido pela CR/88, é necessária a representação. 
 Ex.: a prisão afeta a liberdade, e a liberdade é protegida na CR/88. É precisa a participação do 
juiz para a decretação da prisão. 
 Ex. 2: busca e apreensão: existe uma violação ao domicílio, e o domicílio é protegido na CR/88. 
Essas representações podem vir isoladas ou cumuladas, várias representações na mesma peça 
(o mais provável): 
 E.1) Busca e apreensão 
 
3 
 
 E.2) Sequestro de bens e valores 
 (na hora da prova, se for pra pedir um sequestro, o enunciado vai informar que o bem foi 
adquirido como produto do crime) 
 E.3) Prisão temporária 
 E.4) Prisão preventiva 
 E.5) Afastamento de sigilo bancário e/ou fiscal 
 E.6) Medidas cautelares (art. 319, CPP) 
 E.7) Interceptação telefônica e/ou telemática 
 E.8) Ação controlada 
 (O professor Bruno está apostando nela). 
 E.9) Infiltração 
 
Peças requisitórias: 
F) Ofícios: também não apareceram em prova ainda. O delegado, valendo-se do seu poder de 
polícia, vai se dirigir a órgãos públicos ou privados, solicitando determinada informação. 
Lei n.º 12.850/13 e Lei n.º 12.830/13: o delegado de polícia tem poder requisitório face a outras 
entidades públicas e face a empresas privadas. 
 Ex.: O delegado pode, por exemplo, para instruir uma investigação, solicitar dados cadastrais a 
uma empresa de telefonia. A operadora, hoje, é obrigada a fornecer esses dados cadastrais, 
mesmo sem autorização judicial. 
 Ex. 2: o delegado está fazendo uma investigação de desvio de recurso público, uma secretaria 
de um município está desviando verba daquela prefeitura. O delegado pode solicitar que a 
secretaria encaminhe os relatórios da auditoria. Eles têm um dever de fornecer essas 
informações. 
Peças conclusivas: 
G) Relatório: 
O CPP, no art. 10, §1º, exige que o delegado faça o relatório, um grande resumo do que foi 
investigado, para enviar para o destinatário, que vai ser o MP (art. 129, CR/88). 
O art. 10, §1º, não exige a capitulação jurídica, mas evidente que isso vai ser cobrado no gabarito 
oficial, tem que tipificar as condutas na peça. 
 Atenção: o importante nas peças práticas é a colocação dos artigos, da legislação, etc. Pois é 
isso que vai fazer você pontuar na prova. 
 
- Vamos a algumas observações introdutórias, e depois passamos para a estrutura de cada uma 
dessas peças. 
 
2. ANÁLISE DO EDITAL 
 
4 
 
 
- Os professores acreditam que pode cair uma peça petitória. Apesar disto, ao que parece não 
será possível se valer do auxílio da legislação nesta fase discursiva. 
Como dito várias vezes, a peça que melhor avalia um futuro delegado é a representação. 
 
- Colocamos 9 possibilidades de representações. 
É possível que, se vier a peça representação, venham 2 ou 3 desses pedidos (por ex.: busca e 
apreensão mais prisão temporária mais sequestro). Pode fazer vários pedidos numa só 
representação ao mesmo juízo competente. 
Quando vamos fazer um exercício, o examinador vai contar uma história e o candidato tem que 
fazer a peça. O grande problema é que o candidato vai enxergar várias possibilidades, e isso 
também acontece na prática. Tem que ter o cuidado para pensar no que o examinador quer com 
aquele caso, deve analisar as entrelinhas que ele deixou na história. 
Por exemplo, se tem prática de um crime, sempre é possível fazer um pedido de prisão, mas tem 
que analisar se já cabe a prisão ou tem outra medida investigativa que vai ser mais útil que a 
prisão. Se pode pedir uma prisão, uma busca e apreensão e uma ação controlada, será que é o 
momento oportuno para pedir uma prisão? Ou seria melhor produzir outras provas mais robustas 
e depois pedir a decretação da prisão do investigado? 
- Além disso, não adianta nada pedir as 9 medidas, deve analisar quais medidas são cabíveis 
dentro do caso apresentado pelo examinador. 
A tendência é colocar pedidos a mais que o gabarito, ou não enxergar um pedido que o 
examinador tenha colocado. Faz parte deste tipo de prova, é normal. O professor sugere que 
coloque as representações que entender cabíveis, mas não dá para saber o que a banca vai 
fazer, e se o candidatao colocar um pedido absurdamente incabível, é possível que a banca tire 
pontos. 
 
4 PORTARIA 
 
- O inquérito policial vai começa pela portaria (seja de ofício pelo delegado, ou por requisição do 
MP). 
- Fundamento da portaria de ofício: art. 5º, I, CPP. 
- Fundamento da portaria por requisição do MP: art.5º, II, CPP. 
 Obs.:O início do inciso II não foi recepcionado pela CR/88 quando permite que o juiz requisite a 
abertura de inquérito policial. 
 
 
- Estrutura da portaria: 
 
5 
 
PORTARIA 
 
__________________, delegado de polícia civil, lotado na Delegacia _____________, no 
uso de suas atribuições, conferidas pelo art. 4º e seguintes do CPP, e ainda tendo-se em 
vista a _______(notícia crime ou requisição)_____________, 
RESOLVE: 
 Instaurar inquérito policial a fim de se apurar as possíveis responsabilidades 
penais ____________(relatar o fato)____________. 
 
 Tais condutas configurariam, em tese, os crimes dos artigos _____________. 
 
 Assim sendo, determino que sejam realizados os registros e anotações de praxe, 
bem como seja feita a autuação desta portaria e dos demais documentos que a 
acompanhem. 
 Cumpridas as determinações acima, determino: 
 
A) (exemplo: Intimação da vítima ____(qualificação)______ e da testemunha 
_____(qualificação)_______ para que prestem depoimento); 
B) (exemplo: Requisição de perícia no (a) __________(objeto)_________;) 
C) (exemplo: Ordena a reprodução simulada dos fatos conforme art. 7º, CPP). 
 
Cumpra-se. 
 Município, data 
 
 Nome do delegado 
 Inscrição n.º ____________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
- 
O 
primeiro passo da portaria vai ser quem é que está instaurando e o quê. 
- Se no enunciado em que Estado foi, pode colocar o Estado. 
 Obs. importante: vale para todas as peças: NÃO colocar o próprio nome, não inventar um 
nome, não colocar “fulano de tal”, porque senão está identificando a peça. Só pode colocar as 
informações apresentadas no enunciado, não pode inventar informação nenhuma! 
Se o enunciado traz o nome do delegado, coloca o nome, se não fala o nome, não coloca nada, 
coloca “_____________________”. 
- Pode utilizar abreviaturas usuais, como CPP, STF, STJ, etc. 
 Obs.: o candidato deve fazer a peça com uma letra apresentável. 
- O próprio item 26.7 diz que vai ser avaliada a utilização da língua portuguesa, então, se estiver 
em dúvida sobre o uso de uma palavra, melhor usar outra, para não correr o risco de errar. 
 
6 
 
TÍTULO 
TITULARIDADE 
FUNDAMENTO LEGAL (art. 5º e um dos 
seus incisos, CPP) 
RESOLVE: 
JUSTIFICATIVA DO INQUÉRITO 
FATOS 
TIPIFICAÇÃO DAS CONDUTAS 
AUTUAÇÃO E REGISTRO 
DILIGÊNCIAS 
AUTENTICAÇÃO 
 
 Cuidado: tem banca examinadora (como Cespe) que não admite palavras sublinhadas, etc. 
Então, melhor não sublinhar palavras na pela, porque pode considerar como identificação da 
prova. 
- Quando coloca “relatar o fato” não é para copiar o enunciado, relatar o fato significa resumir o 
que você acha importante no enunciado. Isso pode ser feito em 1 ou 2 parágrafos, para explicar 
porque foi instaurado o inquérito policial. 
 - Na portaria sempre se usa expressões como “provável”, “em tese”, etc., pois não pode condenar 
a pessoa. 
- A conduta tem que ser capitulada, isso conta ponto. 
- Na portaria, você está determinado alguma coisa para o escrivão, é uma conversa entre o 
delegado e o escrivão. 
- Diligências iniciais: durante o inquérito podem surgir mais diligências, então não precisa colocar 
todas. São as diligências iniciais. 
Se para estas diligência tiver artigo, coloca o artigo; 
 Ex.: “Ordena a reprodução simulada dos fatos conforme art. 7º, CPP”. 
- Autenticação: local, data, nome do delegado e inscrição. 
Mais uma vez: não colocar informações que não estejam no enunciado. Não coloca data do dia, 
não coloca o município (a não ser que tenha na questão), não coloca o nome do delegado nem 
número de inscrição se não tiver no enunciado. 
 
- Resumo da estrutura da portaria: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE 
 
- Vai ser feito quando estiverem presentes algumas das situações previstas no CPP, nos arts. 301 
e 302. 
O art. 301 traz a hipótese do flagrante facultativo e do obrigatório. 
O art. 302 traz os incisos: 
 . I e II: flagrante próprio, perfeito, real. 
 
7 
 
 . III: flagrante impróprio, imperfeito ou irreal. 
 . IV: flagrante presumido ou ficto. 
- O examinador pode cobrar um flagrante esperado ou retardado. 
- Não vai aparecer na prova um flagrante preparado ou um flagrante forjado, pois são prisões 
ilegais (Súmula 145, STF). 
- Como todo auto (de apreensão, restituição, acareação, de prisão em flagrante), está fazendo 
uma descrição de alguma coisa que aconteceu, está reduzindo a termo uma situação fática. 
 
 
 
 
8 
 
AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE DELITO 
 
Aos _______ (data) __________, nesta delegacia de polícia onde se encontrava o 
delegado de polícia ________(nome)___________, compareceu o condutor 
________(nome e qualificação)_____________, o qual deu voz de prisão em flagrante 
ao(s) conduzido(s) _______(nome)___________, na presença das testemunhas 
_______(nome)________. 
Compromissado na forma da lei, a respeito dos fatos respondeu: que 
___________________________________________________________________. 
 
Delegado de polícia: _______________________ 
Escrivão de polícia: ________________________ 
Condutor: ________________________________ 
 
A seguir, passou a autoridade policial a qualificar a primeira testemunha 
_______(nome e qualificação)______________. 
Compromissado na forma da lei, a respeito dos fatos respondeu: que 
___________________________________________________________________. 
Delegado de polícia: ________________________ 
Escrivão de polícia: ________________________ 
Testemunha: ________________________ 
 
A seguir, passou a autoridade policial a qualificar a segunda testemunha 
_______(nome e qualificação)______________. 
Compromissado na forma da lei, a respeito dos fatos respondeu: que 
___________________________________________________________________. 
Delegado de polícia ________________________ 
Escrivão de polícia ________________________ 
Testemunha________________________ 
 
Ao final, a autoridade passou a qualificar o conduzido ______(nome e 
qualificação)__________, cientificado das imputações que lhe são feitas, bem como de 
seus direitos constitucionais conforme art. 5º, LXII e LXIII, da Constituição Federal, 
respondeu que: ______________________________________________________ 
Delegado de polícia ________________________ 
Escrivão de polícia ________________________ 
Conduzido________________________ 
 
- 
 
9 
 
TÍTULO 
INTRODUÇÃO 
DEPOIMENTO DO CONDUTOR 
DEPOIMENTO(S) DA(S) TESTEMUNHAS (S) 
INTERROGATÓRIO DO CONDUZIDO 
DESPACHO 
 
Título: AUTO DE PRISAO EM FLAGRANTE DELITO 
 Cuidado com jargões como “meliante”, “elemento”, etc. 
Não pode falar em “acusado”, “condenado”, “réu”, etc. 
- O condutor tem que ser compromissado na forma da lei. 
- O depoimento do condutor é uma parte da peça do auto de prisão em flagrante. 
- Sempre que uma testemunha presta depoimento, tem que ter assinatura do delegado, escrivão e 
da testemunha. 
- É importante no flagrante: primeiro ouve o condutor, depois as testemunhas e só depois 
interroga o conduzido. 
- O art. 304 do CPP criou, em 2005, um documento chamado recibo de entrega do preso. Se 
quiser, pode mencionar o art. 304 e esse recibo de entrega. 
- Com relação ao conduzido, não é depoimento, é INTERROGATÓRIO DO CONDUZIDO. 
Se tiver vários conduzidos, coloca primeiro conduzido, segundo conduzido, etc. 
- Tem que falar que foi alertado ao interrogado seus direitos constitucionais: 
Art. 5º, LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados 
imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; 
LXIII - o preso seráinformado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe 
assegurada a assistência da família e de advogado; 
 
 Obs.: levar canetas todas de uma cor só, pois não pode misturar cores de caneta. 
 
- Resumo da estrutura do auto de prisão em flagrante: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Importante: O despacho, que é um ato decisório do delegado, vem depois do auto de prisão em 
flagrante, se a peça for um auto de prisão em flagrante, deve fazer o despacho em seguida. No 
entanto, pode ser que a questão coloque que o auto de prisão em flagrante já foi feito, como 
ocorreu na prova do Piauí, nesse caso, deve fazer somente o despacho. Vamos ver a estrutura do 
Despacho em seguida. 
 
 
 
 
 
10 
 
Dúvidas enviadas pelos alunos: 
1) O auto de prisão em flagrante não tem autenticação, porque a data e 
local já estão no início. Ao final tem só as assinaturas. 
2) Se vier narrado uma conduta flagrancial, tem que fazer um auto de prisão 
em flagrante, ainda que resumido, e o despacho fundamentado. Se 
acontecer como na prova de Piauí, o auto já havia sido lavrado, aí só tem 
que fazer o despacho fundamentado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 DESPACHO 
 
11 
 
DESPACHO 
 
1. Autue-se o Auto de Prisão em Flagrante, em virtude _______(resumo dos 
fatos)______, bem como: 
 1.1 Auto de apreensão 
 1.2 Laudo preliminar 
 1.3 Nota de ciência das garantias constitucionais 
 
2. Expeça-se nota de culpa aos conduzidos conforme art. 306, CPP, por ter o conduzido 
sido flagrado na prática dos crimes previstos nos arts. _____________, no momento em 
que (descrever rapidamente a conduta). 
 
3. Elaborem-se os prontuários de identificação criminal. 
 
4. Encaminhe-se o preso à unidade carcerária. 
 
5. Encaminhe-se o preso a exame de corpo de delito; 
 
6. Encaminhe-se o objeto apreendido para perícia; 
 
7. Submeta-se o conduzido à identificação criminal conforme a Lei n.º 12.037/09, vez que 
(apresentar a justificativa para o ato excepcional da identificação criminal). 
 
8. Oficie-se a prisão ao juiz de Direito competente conforme art. 5º, LXII c/c art. 306, CPP, 
assim como o Ministério Público atuante perante este juízo, além das comunicações à 
defesa. 
 Município, data, Assinatura 
 
 Delegado de polícia 
 Inscrição n.º 
 
 
- Deve-se mandar autuar aquilo que já foi produzido, não o que vier a ser produzido. Ou seja, 
peças que já foram feitas, como o auto de prisão em flagrante, auto de apreensão, laudo 
preliminar. 
- Tem que colocar os artigos dos crimes, porque é capitulação de conduta, e a capitulação vale 
ponto na peça. 
- Na hora de elaborar o APF é bom utilizar o art. 5º da CR, que fala das obrigações do delegado 
na prisão de flagrante. 
 
12 
 
 Obs.: se o preso estiver algemado, no depoimento do condutor e das testemunhas, o delegado 
vai perguntar por que foi utilizada a algema, em virtude da Súmula Vinculante n.º 11 (fuga, 
resistência ou perigo à integridade física própria ou alheia), devendo constar isso no auto de 
prisão em flagrante. 
- Se vai encaminhar o preso para o presídio, deve pedir o exame de corpo de delito. 
- Se um bem foi apreendido, encaminha o bem para perícia. 
- Se o conduzido não apresentou identificação, por não poder ou não querer, pode submeter o 
conduzido à identificação criminal. 
- Se o enunciado traz que não tem advogado, manda oficiar também a Defensoria Pública. Se o 
enunciado fala que tinha advogado constituído, obviamente, não vai oficiar a Defensoria. 
- Se aparecer outra pessoa, que não é nem conduzido nem testemunhas, mas que tem 
informações relevantes, também vai ouvir essa pessoa. 
- A autenticação (loca, data, assinatura do delegado e inscrição) é necessária no despacho, no 
auto de prisão em flagrante não precisa, coloca só as assinaturas, porque data e local já constam 
na introdução. 
 
7 TERMO CIRCUNSTANCIADO DE OCORRÊNCIA (TCO) 
 
- O termo circunstanciado de ocorrência vai ser feito quando for o caso de crime de menor 
potencial ofensivo, de acordo com a Lei n.º 9.099/95, para crimes com pena máxima de até 2 
anos. 
- Quando começa a fazer a questão, a primeira conduta é capitular aquilo que o enunciado está 
dizendo, identificando qual o crime e qual a pena, para saber se deve ser autuado auto de prisão 
em flagrante ou TCO. 
- No flagrante, temos 4 momentos: 
 1. Captura 
 2. Condução 
 3. Auto de prisão em flagrante ou TCO 
A assinatura do TCO tem uma única consequência: o comparecimento em um juizado 
especial criminal. 
 4. Recolhimento: só quando não for TCO. 
 
 Obs.: em um dos itens do despacho deve ser colocado a fixação pelo delegado da fiança. Se o 
crime for afiançável pelo delegado, é no despacho que ele vai fixar o cabimento ou não e o seu 
valor. 
 
13 
 
O art. 322, CPP, diz que 
Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja 
pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos. (Redação dada 
pela Lei nº 12.403, de 2011). 
Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz, que decidirá em 48 
(quarenta e oito) horas. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 
O art. 325, CPP, traz os valores. 
 
- Flagrante: 
Pena de até 2 anos: TCO. 
Pena de até 4 anos: lavra o auto de prisão em flagrante e, no despacho fundamentado, arbitra a 
fiança. 
Pena maior que 4 anos: lavra o auto de prisão em flagrante, mas o delegado não se manifesta 
sobre a fiança. 
 
 Exemplo de crimes que podem gerar o TCO: crime contra a honra ou uso de drogas (art. 28, Lei 
n.º 11.343/06). 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
TERMO CIRCUNSTANCIADO DE OCORRÊNCIA 
 
Aos _____(data)_______, nesta delegacia de polícia, onde se encontrava presente o delegado 
_________________, compareceu o condutor _____________(nome e 
qualificação)____________, que informou o seguinte: 
_______(resumo dos fatos)______ 
 
- Local da ocorrência: _________________________ 
- Horário da ocorrência: ________________________ 
- Infrator: ____(nome ou qualificação)_____________ 
- Tipificação: ________________________________ 
- Vítima: ____________________________________ 
- Testemunhas: ______________________________ 
- Providências: 
 . (exemplo: Encaminhar o produto apreendido à perícia) 
Elaborado o presente termo de compromisso de comparecimento à Justiça, encaminhe-se o 
presente TCO ao juízo competente. 
Desta forma, encerro o presente termo. 
 Assinaturas 
TÍTULO 
INTRODUÇÃO 
RESUMO DOS FATOS 
DETALHES EM FORMA DE ITENS (Tipificação, testemunhas, 
vítima, horário, local, conduzido). 
CONCLUSÃO (Encaminhamento do JECRIM e final) 
ASSINATURAS 
 
 
 
- Nesse resumo dos fatos, vai contar cada uma das versões apresentadas pelo condutor, infrator, 
testemunhas. 
- Pode colocar “infrator” ou “conduzido” 
- Na tipificação, não precisa copiar o artigo, basta colocar o nome do crime e o artigo. 
- As providências vão depender do caso narrado. 
- No final, não tem autenticação, porque não tem local e data, que já estão lá em cima. Todos que 
participaram do termo vão assinar. 
 
- Resumo da estrutura do TCO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA 
COMARCA ___________ DO ESTADO DE ________ 
 
IP n.º: ______________ 
 
REPRESENTAÇÃO 
 
INTRODUÇÃO: _________________ 
DOS FATOS: ___________________ 
FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA: _________________ 
PEDIDOS: _____________________ 
 
AUTENTICAÇÃO- Se precisar solicitar a conversão da prisão em flagrante na preventiva isso deverá ser feito no 
Despacho fundamentado. 
Existe uma discussão na doutrina se o delegado tem ou não que fazer pedido de conversão da 
prisão em flagrante. 
Pelo CPP, o delegado encaminha o auto de prisão em flagrante e o juiz vai tomar uma atitude, 
mas nada impede que o delegado peça a conversão. 
 
 Obs.: não é necessário que todas as testemunhas sejam policiais, não há impedimento de ser 
outra pessoa. 
 Obs. 2: quanto à fiança, é melhor não colocar o valor, para não correr o risco de considerar 
identificação de prova. 
 Obs. 3: no TCO, o escrivão assina também. Se tiver advogado, o advogado também assina a 
peça. 
8 REPRESENTAÇÃO 
 
- Vamos analisar o gênero, e depois trabalharemos as espécies. 
- O inquérito tem que estar instaurado para ter a representação (até existe a possibilidade de se 
fazer uma representação em medida cautelar, mas na prova provavelmente vai ser no bojo de um 
inquérito policial). 
 Obs.: a representação é a peça que mais se assemelha a uma petição inicial. 
 
 
- O endereçamento é para o juiz de Direito. Se o enunciado der informações, como o local do 
crime, coloca as informações. Se não der, não inventa o Município nem o Estado. 
- Titularidade: REPRESENTAÇÃO 
 
16 
 
ENDEREÇAMENTO 
TITULARIDADE 
REPRESENTAÇÃO 
INTRODUÇÃO 
FATOS 
FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA (Título e artigo) 
PEDIDOS 
AUTENTICAÇÃO 
 
- Breve introdução dos fatos: uma breve síntese dos fatos em um parágrafo. 
Não pode copiar o enunciado, e, além disso, fatos não valem pontos, não precisa falar muito. 
- Fundamentação jurídica: 
. O professor vai postar um pequeno modelo de representação. Nessa fundamentação jurídica, se 
está pedindo a relativização de um direito fundamental, é recomendável falar do Direito 
Constitucional, falando que nenhum direito fundamental é absoluto, cabendo ao juiz fazer uma 
ponderação de acordo com o caso concreto quando houver conflito entre princípios. O delegado 
deve mostrar ao juiz porque esse direito fundamental deve ser relativizado. 
. Além disso, para justificar a relativização de direitos fundamentais, deve trabalhar o principio da 
proporcionalidade, falando da necessidade da medida, da utilidade da medida e da 
proporcionalidade em sentido estrito. 
. Depois conclui com os fundamentos infraconstitucionais, que vai variar de pedido para pedido 
(por exemplo: “esse pedido se fundamenta no art. 319 do CPP”, etc.). 
. Pode fazer essa fundamentação em parágrafos, em itens, dividindo em subtítulos, etc. Pode 
colocar um subtítulo e o artigo referente, inclusive facilita na hora de elaborar os pedidos, que vão 
ser basicamente isso. 
 A fundamentação é muito importante porque vale 7 pontos. 
 Atenção: cuidado ao citar autor, pois o examinador pode conferir se o autor falou mesmo aquilo. 
 Obs.: número do inquérito: pode colocar onde quiser, pode colocar na introdução, antes da 
titularidade, etc. 
 Atenção: a representação é uma das peças que mais exige a redação, pois tem que 
fundamentar todos os pedidos. 
 
- Resumo da estrutura da representação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Possíveis medidas que podem ser pedidas na representação: 
 1. Busca e apreensão: art. 5º, XI, CR/88 art. 240 e ss., CPP; 
2. Sequestro de bens: art. 125 e ss., CPP e art. 4º, Lei n.º 9.613/98 (Lei de lavagem); 
 
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3. Prisão temporária: art. 1º, I, II ou III, Lei n.º 7.960/89 (a doutrina entende que o inciso III 
sempre tem que estar presente, ora com o inciso I, ora com o inciso II) e Lei n.º 8.072/90; 
4. Prisão preventiva: art. 312 (requisitos e pressupostos) e art. 313 (condições que cabem 
prisão preventiva); 
 5. Medidas cautelares diversas da prisão: art. 319, CPP; 
 6. Interceptação telefônica e telemática: Lei n.º 9.296/96; 
7. Afastamento de sigilo bancário e/ou fiscal: art. 1º, §4º, Lei Complementar n.º 105/01 
(bancário) e art. 198, §1º, CTN (fiscal); 
8. Ação controlada: art. 8º, Lei n.º 12.850/13. 
(Atenção: a Lei n.º 9.034/95 foi expressamente revogada pela Lei n.º 12.850/13) 
9. Infiltração policial: art. 10, Lei n.º 12.850/13. 
 
 Obs.: Cada uma dessas medidas tem que aparecer na representação em dois momentos: tanto 
na fundamentação jurídica quanto nos pedidos. Os artigos especificados podem ser colocados na 
fundamentação jurídica, e nos pedidos coloca o nome de cada pedido; mas isso desde que a 
fundamentação jurídica tenha sido feita de forma organizada. 
 Dica: estamos colocando todos os artigos que vão fundamentar os pedidos. O professor sugere 
que escolha uma cor diferente da que normalmente usa, e sublinha todos esses artigos com 
aquela cor. 
 
- Busca e apreensão: 
A busca e apreensão é considerada uma das diligências mais famosas durante um inquérito 
policial, essa busca e apreensão viola o domicílio, então tem que ser autorizada pelo juiz. 
Para solicitar, na peça, uma busca e apreensão, o enunciado tem que trazer o local, não pode 
pedir busca e apreensão num lugar indeterminado. O enunciado tem que citar, então, um galpão, 
uma casa, etc. Não pode pedir busca e apreensão de forma genérica. Se não tem dados precisos, 
não adianta pedir um mandado de busca e apreensão. Tem que convencer o juiz da necessidade 
dessa medida. 
Quando o Delegado pede uma busca e apreensão em escritório de advocacia, tem que ter 
comunicação da OAB. Deve falar isso na peça. 
Feita a apreensão, tudo que for obtido pela apreensão será futuramente periciado. 
Em regra, a busca e apreensão vai ser pedida na representação. Não vai pedir busca e apreensão 
se for um TCO, por exemplo. Numa portaria, pode até pedir busca e apreensão, indicando como 
uma das diligências que “oficie-se ao juízo competente, solicitando-se a busca e apreensão 
conforme minuta anexa”. Mas em rega, aparece na representação. 
A busca e apreensão também pode ser um item do despacho fundamentado. Por exemplo, 
apreendeu uma quadrilha e um dos conduzidos falou que na chácara X vai encontrar armas, 
 
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munições, etc. Já no despacho fundamentado vai mandar “oficiar ao juízo competente para a 
busca e apreensão conforme minuta anexa”. 
Esta muito comum na policia pedir busca e apreensão junto com a ação controlada, pedindo ao 
juiz que este dê essa busca, mas podendo executá-la no melhor momento. 
 
- Sequestro de bens: 
O examinador, obrigatoriamente, tem que colocar no enunciado que o bem foi obtido com o 
provento do crime. Não pode inventar, não pode pedir um sequestro do nada, o examinador tem 
que ser muito claro sobre a obtenção do bem com o produto do crime. 
Atenção: O art. 4º, da Lei n.º 9.613/98 (Lei de lavagem), não usa mais a palavra sequestro, 
passou a chamar de medidas assecuratórias de bens, direitos ou valores. 
 
- Prisão temporária e prisão preventiva: 
. A prisão temporária, segundo a doutrina, é aquela prisão em que se prende para investigar (art. 
1º, I, da Lei n.º 7.960/89, diz “quando imprescindível para as investigações do inquérito”). 
Então, no enunciado, tem que perceber que está no início das investigações, tem um lastro 
informativo muito pequeno. 
Para ser pedida uma prisão temporária, tem que ser um dos crimes do art. 1º, III, da Lei n.º 
7.960/89. 
 Cuidado: o crime de quadrilha foi revogado pela Lei n.º 12.850/13, hoje temos um novo tipo 
penal, a associação criminosa. E a doutrina tem se posicionado não admitindo a prisão temporária 
para o crime de associação criminosa. 
Além disso, não existem mais o crime de atentado violento ao pudor e o crime de rapto, listados 
no art. 1º, III, CPP. 
. A prisão preventiva é mais exigente, porque para prender preventivamente tem que ter, peloart. 
312, CPP, indícios de autoria e materialidade. Além disso, tem que ter um dos requisitos: garantia 
da ordem pública, garantia da ordem econômica, conveniência da instrução criminal, e para 
assegurar a aplicação da lei penal. 
A garantia de ordem pública é muito difícil de conceituar, de demonstrar, vão ser crimes 
que afetem a sociedade, etc. 
Garantia da ordem econômica são crimes que mexem com a econômica, mercado, etc. 
Aplicação da lei penal: quando a pessoa tem um histórico de fuga, etc. 
Conveniência da instrução penal: pessoa está dificultando as investigações, etc. 
Para pedir uma prisão preventiva tem que ter as condições do art. 313, CPP: 
 Crime doloso punido com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 anos. 
 Até 4 anos, não cabe prisão preventiva. 
 Se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado. 
 
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 Crime envolver violência doméstica e familiar contra mulher, criança, adolescente, idoso, 
enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de 
urgência. 
Esses itens do art. 313, CPP, são alternativos. 
Parágrafo único: também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a 
identidade do preso. Nesse caso, o enunciado tem que deixar isso claro e deve falar na peça que 
a medida terá duração até a identificação. 
Art. 313, Parágrafo único. Também será admitida a prisão preventiva quando houver 
dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos 
suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade 
após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da 
medida. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 
A prisão preventiva é mais ampla e não tem prazo, então dá mais segurança para investigação 
pedir a preventiva do que a temporária. Se for uma temporária vai estar muito na cara no 
enunciado que é temporária. Isso porque os requisitos da temporária são objetivos, os da 
preventiva não. Então, pode ir por eliminação. Se não couber temporária, lê o enunciado de novo 
e vê se cabe prisão preventiva. 
 Obs.: no caso de temporária, não precisa colocar o prazo, a não ser que esteja na cara. 
A Lei n.º 12.403/11 teve como objetivo constitucionalizar a matéria de prisão dentro do CPP. O 
seu segundo objetivo foi colocar a liberdade com a regra e a prisão como exceção. 
Um dos mecanismos que tenta reforçar esse dogma é o art. 282, §6º, CPP, que estabelece que a 
prisão preventiva vai ocorrer só em último caso. 
A legislação, para tentar reforçar esse dogma, cria medidas cautelares diversas da prisão. Então, 
na peça, pode pedir uma medida cautelar de forma subsidiária, ou seja, pedir ao juiz que, caso 
não seja decretada a prisão, seja concedida uma medida cautelar diversa da prisão (art. 319, 
CPP). 
 
- Medidas cautelares diversas da prisão: 
Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para 
informar e justificar atividades; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por circunstâncias 
relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para 
evitar o risco de novas infrações; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias 
relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante; (Redação 
dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou 
necessária para a investigação ou instrução; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o investigado ou 
acusado tenha residência e trabalho fixos; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou 
financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações 
penais; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 
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VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou 
grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do 
Código Penal) e houver risco de reiteração; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do 
processo, evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de resistência injustificada à 
ordem judicial; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
IX - monitoração eletrônica. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 1
o
 (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 2
o
 (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 3
o
 (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 4
o
 A fiança será aplicada de acordo com as disposições do Capítulo VI deste Título, 
podendo ser cumulada com outras medidas cautelares. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
 
 Prestar atenção nos seguintes incisos: 
. Inciso VI: suspensão do exercício de função pública. 
O STJ enfrentou esse tema e permitiu que cargos eletivos também tenham suas funções públicas 
suspensas. 
O CPP não dá o prazo de suspensão, o STJ já falou que o prazo poderia ser de 180 dias, mais do 
que isso feriria o princípio da proporcionalidade, mas não precisa falar sobre isso na prova. 
. Inciso V: Recolhimento domiciliar: atenção, não confundir, pois existe prisão domiciliar, 
recolhimento domiciliar e regime domiciliar. 
 Regime domiciliar é cumprimento de pena, a pessoa pede para cumprir o restante da pena 
em casa, se for um dos casos do art. 117, LEP. 
 Prisão domiciliar é um substitutivo da prisão preventiva para os casos elencados no art. 
318, CPP. 
 Medida domiciliar é medida cautelar diversa da prisão (art. 319, V), é para qualquer 
pessoa, desde que essa pessoa tenha residência e trabalho fixo. 
. Inciso IX: monitoração eletrônica: vários setores questionam o uso da tornozeleira em presos, 
mas pelo CPP pode aplicar. 
Para as medidas cautelares, vai ter que estar muito bem caracterizada no enunciado. Então, na 
hora da prova, lê o enunciado e o art. 319, para ver se encaixa. 
 
- Interceptação telefônica: 
A quebra do sigilo telefônico são os números efetuados, é o extrato, a conta telefônica. Já a 
interceptação telefônica é um terceiro ouvindo a conversa de outros dois, que não sabem da 
gravação. 
Para pedir a interceptação telefônica, tem que preencher 6 requisitos: 
 Fato certo e determinado. Não posso pedir interceptação telefônica sem especificar o 
crime; 
 Pela lei, só pode ser concedida em último caso; 
 Para fins criminais; 
 Tem que ser enviado para o juízo competente, só ele pode conceder; 
 Para crime apenado com reclusão (não cabe para detenção); 
 
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 Tem que ter indícios de autoria e materialidade. 
Esses itens estão no art. 1º e 2º da Lei 9.296/96. Tem que comprovar ao juiz a necessidade dessa 
interceptação. 
 Cuidado: não se exige autorização judicial para que o delegado requisite os dados cadastrais à 
operadora telefônica (art. 15, Lei n.º 12.850/13). 
Essa lei, no art. 21, prevê um crime para o caso em que o delegado requisita os dados cadastrais 
para a empresa e a empresa não atende. 
 Obs.: teoria da serindipidade: possibilita a utilização de provas encontradas de forma 
inesperada. A serindipidade de 1º grau é quando a informação nova tem ligação com o 
deferimento inicial, a de 2º grau são aquelas informações fortuitas que não têm nada a ver com o 
deferimentoinicial. 
A interceptação grava conversas futuras, não tem como gravas conversas anteriores. 
 
- Sigilo bancário ou fiscal: 
Deve analisar os dados fornecidos no enunciado para ver se deve pedir a quebra do sigilo 
bancário ou fiscal. 
Sigilo bancário vai ser para provar vinculação entre sujeitos de fatos que já aconteceram. 
 Já o sigilo fiscal vai ter a ver com lavagem de dinheiro, etc. 
 
- Ação controlada: 
Na ação controlada, você praticamente vai pedir ao juiz que você possa prevaricar, vai pedir ao 
juiz que possa retardar a intervenção policial relativa à ação praticada por organização criminosa, 
para que a medida legal se concretize no momento mais eficaz para a produção de provas. 
Deve comunicar antes ao juiz, não pode ser depois. 
A lei fala que o juiz vai ser comunicado da ação controlada, se o juiz quiser, ele pode estabelecer 
os limites da atuação. 
Se o enunciado trouxer um caso de ação controlada que envolva organização criminosa, o pedido 
tem que ser a comunicação ao juiz da ação controlada. 
 Cuidado: a ação controlada prevista na organização criminosa é diferente da ação controlada 
do art. 53, II, da Lei n.º 11.343/06 (Lei de drogas). O art. 8º, da Lei n.º 12.850/13 fala em 
comunicação ao juiz; já o art. 53 não fala em comunicação, e sim em autorização. 
O STJ ainda não se manifestou sobre essa aparente antinomia. Na prova, deve pedir 
comunicação ao juiz na ação controlada. Mas se a matéria da prova for drogas, deve pedir 
autorização ao juiz. 
 
- Infiltração: 
A infiltração está prevista no art. 10, da Lei n.º 12.850/13 e no art. 53, I, da Lei n.º 11.343/06. 
 
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No caso da infiltração, tanto a Lei n.º 12.850/13 quanto a Lei n.º 11.343/06 fala em autorização 
judicial, não é mera comunicação. 
A infiltração será admitida pelo prazo de 6 meses, podendo ser renovada, comprovada a sua 
necessidade, tem que ter um relatório do agente sobre as atividades. 
 Cuidado: informante: não tem nada a ver com infiltração de agente, o informante é alguém 
comum do povo que repassa informações para a polícia. 
A prova tem que falar alguma coisa, que a pessoa se disponibilizou a se infiltrar, etc. 
 
9 REQUISIÇÃO DO DELEGADO 
 
- A requisição é feita através de um ofício, quando não demandar autorização judicial. 
- Normalmente não é uma peça isolada. 
 Ex.: está investigando uma quadrilha de servidores públicos e o Tribunal de Contas já tem um 
relatório. Faz-se um ofício, requisitando esse relatório ao Tribunal de Contas. 
- Poder requisitório do Delegado: 
 Art. 17-B, Lei n.º 9.613/98; 
 Art. 15, Lei 12.850/13; 
 Art. 2º, §2º, Lei n.º 12.830/13; 
 Art. 6º e 13, CPP. 
Por esses artigos, podemos perceber que está havendo uma ampliação do poder do Delegado. 
 
10 RELATÓRIO 
 
- O relatório é traduzir o enunciado no corpo do relatório. 
- Art. 10, §1º, CPP e art. 52, I, Lei N.º 11.343/06. 
- A peça só vai ser relatório se faltar poucas medidas para o encerramento do inquérito. 
É comum ter que pedir medidas cautelares do art. 319, prisão preventiva, por exemplo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TÍTULO: Relatório final ou só relatório 
Cabeçalho: 
DATA DE INÍCIO 
DATA DE TÉRMINO 
INDICIADOS: _________________________________, pelo crime _____, CP. 
JUÍZO COMPETENTE: 
 
DESENVOLVIMENTO 
 Introdução 
 Desenvolvimento 
 Resumo das diligencias 
 Da materialidade 
 Da autoria 
 Dos pedidos 
 Conclusão 
AUTENTICAÇÃO 
 
 
 
 
- Estrutura do relatório: 
 
 
- Pode separar o desenvolvimento em tópicos: introdução, desenvolvimento, da materialidade da 
conduta, da autoria e dos pedidos, e depois a conclusão. 
No desenvolvimento vai ter um resumo das diligências. 
- Na conclusão tem que ter remessa ao Poder Judiciário, não tem remessa para o MP. 
Exemplo: “remeto os autos concluídos ao juízo competente”. 
- Autenticação: local, data e assinatura. 
- Se tiver um pedido, pode colocar os pedidos antes da conclusão. 
 
11 AVISOS FINAIS 
 
- O gabarito dos exercícios será disponibilizado na área do aluno. 
- A peça do Piauí também vai ter o gabarito disponibilizado. 
- A peça de Balneário Camboriú vai ser corrigida pelo Supremo. 
 
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Dúvidas enviadas pelos alunos: 
1. Na representação pela infiltração de agentes, não é necessário colocar na peça a 
qualificação do agente infiltrado. 
2. Se for feita a prisão em flagrante de maior de idade e de um menor de idade juntos, na 
prova deve-se afazer duas peças separadas. 
3. Em regra, deve ser feito o despacho após o auto do flagrante, se no enunciado falar 
que o auto já foi lavrado, faz só o despacho, como na prova de Piauí. 
4. Para representação para preventiva sempre é necessário o enquadramento no at. 313. 
5. Quais peças podem ocorrer o indiciamento? Normalmente é no despacho. 
6. Nas representações é melhor o formato ofício ou petição? É melhor no formato de 
petição. 
Na prática, utiliza-se um ofício que encaminha a representação, o ofício vai ser o veículo 
para encaminhamento, mas para prova melhor usar só a peça representação. 
7. No caso de crime de menor potencial ofensivo, o endereçamento é para o Juizado 
Especial Criminal. 
No caso de crime doloso contra a vida, o endereçamento é Tribunal do Júri. 
8. Se for TCO e auto de flagrante, só tem assinatura no final, pois local e data já estão no 
início; nas outras peças coloca a autenticação toda (local, data e assinatura). 
9. No caso de delação premiada, o delegado pode fazer o acordo, e pede, na 
representação, o perdão judicial àquele que aderiu ao acordo de delação premiada.

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