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INTROD AO ESTUDO DO PROCESSO


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Prévia do material em texto

https://lucin.wordpress.com/2015/02/19/introducao-ao-estudo-do-processo/
Introdução ao Estudo do Processo – 3º período
FEVEREIRO 19, 2015 / LÚCIO DE SOUZA CRUZ NETO
Introdução ao Estudo do Processo
prof: Wander
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015
Apresentação do Curso
Aulas, chamada, avaliação, bibliografia
Noção sobre o programa
Matéria NÃO acumulativa!
Primeira avaliação: 19/03 +-
Bibliografia: Ada Pellegrini  GRINOVER (e outros). Teoria Geral do Processo, Ed Malheiros.
            **       Luiz Rodrigues WAMBIER (e outro). Curso Avançado de Processo Civil, Vol I., Editora RT.
                    Humberto Theodoro Jr – Curso de Direito Processual I (Editora Del Rey)
                    Fredie Didier, Ed Juspodium, V. I.
Direito?
Direito Objetivo?
Direito Subjetivo?
Lei?
Direito Material?
Direito Processual?
Muito embora a Justiça seja o ‘‘ideal maior’’ do Direito, ele também visa a organização em sociedade. A finalidade, contudo, não se confunde com o próprio objeto. Sendo o Direito um instrumento para organização social, ele não é, em si mesma, a própria organização social.
Direito Objetivo: regra jurídica.
Direito Subjetivo: decorre do Direito Objetivo. ‘‘Facultas agendi’’. EVOCAÇÃO do Direito Objetivo. ‘‘Facultas agendi’’.
‘‘Lei’’: Direito objetivo é sinônimo de lei? SIM. Direito Objetivo é sinônimo de LEI, SENTENÇA,
Direito Material(CC,CP,CTN,CLT) x Direito Formal(CPC,CPP) => Direito Substantivo x Direito Adjetivo
O processo é o meio através do qual se aplica o direito material.
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2014
Aula 02- Sociedade e Tutela
01 . Sociedade e direito: origem e eliminação dos conflitos
02. Evolução lógico/histórica: da autotutela à jurisdição
03. Métodos alternativos de solução de conflito: generalidades, vantagens, tipos.
04.Autocomposição e autotutela na atualidade, controle jurisdicional indispensável, acesso à justiça.
A vida em sociedade traz, naturalmente, conflito de interesses. Com o surgimento desses conflitos, há mecanismos teóricos/legislativos dos quais o Direito dispõe para resolvê-los. Há alguns métodos de eliminação de conflitos, separados em dois grupos:
grupo em que apenas os interessados participam (colisão de veículos, por exemplo): *
*autocomposição, ou seja, os próprios sujeitos irão encontrar uma solução(solução compartilhada entre as partes envolvidas) –> a autocomposição não se dará necessariamente por acordo, muito embora este seja o meio mais comum, por meio do qual ambas as partes fazem concessões recíprocas. Há outras possibilidades além do acordo: a primeira delas é chamada desistência ou renúncia, segundo a qual a parte que apresentou seu pleito desiste de prosseguir com a sua pretensão ou abre mão do seu direito que justificou aquela pretensão. Há também a submissão total ao pedido do requerente.
*autotutela, ou seja, imposição da vontade de um indivíduo sobre o outro(justiça com as próprias mãos) –> muito embora não seja permitida pelo Direto, trata-se de uma forma de solução de conflito.
grupo em que há participação de um terceiro: é natural que o homem busque alguém de fora para ponderar a melhor forma de solução para determinado conflito. Há, nesse sentido, diferentes graus de influência do terceiro nas buscas do resultado:
conciliação (menos influente) 
mediação  (menos influente)
arbitragem (mais influente )
jurisdição (mais influente): solução do conflito por meio do processo judicial, ou seja, através da atividade do juiz, que substitui as partes.
Estado Moderno: detentor do monopólio do Direito, que aplica o Direito.
Apesar disso, percebe-se, nos últimos 50 anos, um movimento de mudança com relação a essa tendência. Nos últimos 200 anos não se questionou a utilização da jurisdição como ferramenta principal para solução de conflitos, o que trouxe uma sobrecarga muito grande com a qual o Estado não é capaz de lidar. Nesse sentido, torna-se necessária a pacificação social por outros modos. Numa concepção tradicional de Direito, a pacificação social é alcançada quando as partes envolvidas não almejam se agredirem fisicamente. No entanto, esta concepção é demasiadamente restrita. Há três grandes instrumentos alternativos de pacificação social alternativos à jurisdição, já mencionados: conciliação, mediação e arbitragem. A conciliação é certamente o método alternativo mais perceptível desses três: é próxima de um acordo, porém não se confunde com ele já que o acordo é realizado quando os interessados agem sem a participação de um terceiro. A conciliação depende, sempre, da participação de um conciliador; seja em juízo ou fora dele. Mediação é um sistema parecidíssimo com a conciliação: envolve a participação com um terceiro sem poder de decisão. A diferença sutil está no fato de que se A e B estão brigando por um determinado problema, a prioridade da conciliação é resolver o problema, enquanto que o foco da mediação é estabalecer um diálogo entre as partes, e ainda que o problema não seja resolvido imediatamente, tendo havido o diálogo a mediação é consumada, já que garante autonomia à solução do caso. Diferentemente da conciliação/mediação, no caso da arbitragem tem-se, aqui sim, uma decisão. O terceiro envolvido não é o juiz, e sim o árbitro, que via de regra é um advogado por meio de um escritório de advocacia especializado em arbitragem. A arbitragem tem natureza contratual e, por meio dela, as partes escolhem abrir mão da jurisdição e ter o seu conflito decidido por um árbitro. A arbitragem economiza TEMPO às partes envolvidas. Ao assumir a opção pela arbitragem as partes abrem mão do direito de questionar o mérito dessa decisão em juízo.
04 . O Estado permite, excepcionalmente, o uso da violência pelo particular como legítima defesa => exemplo de autotutela. Exemplo do vizinho que muda a cerca de lugar–Direito Civil: permitido ao vizinho prejudicado retornar a cerca ao mesmo lugar
Há situações em que a jurisdição é obrigatória.
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015
Teoria Geral de Processo (conceitos elementares)
Direto material/processual: processo e direito processual, instrumuntabilidade do processo.
Evolução do Direito Processual no ocidente
Posição enciclopédica do Direito Processual, relação com outros ramos do Direito, subdivisões do Direito Processual.
Deve-se fazer a distinção entre Direito material e Direito processual não devido à distinção propriamente dita, mas devido à necessidade de se ter um olhar mais voltado ao processo propriamente dito.
Os Estado Moderno se formou sendo o Estado que se mantém segundo um monopólio do Direito. Dentro dessa concepção teremos as típicas 3 atividades do Estado:
Administrativa (P Executivo)
Legislativa (P Legislativo)
Jurisdicional (P Judiciário)
A grande característica da lei enquanto regra jurídica que as diferencia das demais é a sua generalidade, ou seja, vale para todo mundo. Isso se dá pois a lei é abstrata. Ex: tributo IPVA (QUALQUER pessoa no mundo real que for proprietária de veículo automotor  PODE pagar IPVA e deverá).
Silogismo: raciocínio de adequação da norma geral abstrata ao fato concreto. O juiz fundamenta sua decisão através do silogismo.
As regras do processo(Direito Processual) são também gerais e abstratas. Se as regras de Direito Material são aquelas que orientam a vida em sociedade, estabelecendo como vivemos com os outros, as regras de Direito Processual determinam a maneira/o modo/o como se deve aplicar a lei material na solução de um conflito, de um caso concreto.
Outro conceito importante para que se entenda o que se propõe a ser o Direito Processual, deve-se ter em mente as definições de Direito. Direito Processual pode também ser a Ciência que estuda o Processo (Direito como Ciência). Direito como norma => Direito Processual define como aplicar a lei material para a resolução de um conflito.
O processo é o MEIO utilizado para aplicar o Direito Material. É através dele que o Juiz, com aprovação da sentença, faz valer a regra judicial. Processo é algo que se desenvolve ao longo do tempo: complexo queenvolve relação jurídica(autor/réu) e sequência de atos concatenados no tempo e destinados à prestação jurisdicional. A ideia de processo remete à ideia de evolução que ao longo do tempo se desenvolve objetivando a prestação jurisdicional, ou seja, aprovação de uma sentença e sua posterior efetivação.
Processo: relação jurídica que se desenvolve por uma sucessão de atos logicamente concatenados e destinados à prestação jurisdicional.
Ao se priorizar o Direito Processual em detrimento do Direto Material corre-se o perigo de contribuir para a ineficácia e burocracia do Direito.
Histórico:
O adjetivo adere ao substantivo como o Direito Processual seria aderente ao Direito Material: século XI. –> Não existia a percepção do que é  o processo. Apenas a percepção de que as regras do Direito precisam ser aplicadas.
Século XIX: percebe-se efetivamente um DESTAQUE a ponto de se necessitar uma teoria própria para o processo. Tem-se, aí, então, o surgimento do Processualismo científico.
(O grande propósito do positivismo é construir finalmente uma Ciência efetivamente, tirando a preocupação com a Justiça, com o fato social, etc. ) => fase AUTONOMISTA
Atualmente: processualismo científico e positivismo jurídico perdem força. O processo CEDE ao Direito Material. Fase INSTRUMENTALISTA do processo.
Direito Positivo pode ser classificado em Direito Público e Direito Privado (Mônica: ramos do Direito). Direito Positivo Direito Público Externo = Direito Internacional Público
Direito Positivo Dreito Interno = Penal, Administrativo, Tributário, Constitucional, Eleitoral, Trabalhista(alguns), PROCESSUAL.
Direito Positivo Direito Privado Comum = Civil
Direito Positivo Direito Especial = Empresaral, trabalhista(alguns), Internacional Privado.
O JUIZ JULGA O PROCESSO, E NÃO O FATO. O juiz não presencia o fato e é obrigado a jogar com base nas provas.
A Constituição cria estrutura que permite a praticidade do processo, bem como estabelece princípios, ou seja, valores que irão orientar o processo. A Constituição é o corpo e o espírito do Direito Processual.
Subdivisão do próprio Direito Processual:
Comum:
Processo Civil     STJ
Processo Penal   STJ
Especial:
Processo Trabalho – TST
Processo Eleitoral – TSE
Processo Militar – STM
Processo Civil abarca também as questões de Direito Comercial, Tributário, Administrativo  e até Constitucional. Por isso na Teoria do Processo se trabalhará mais o Processo Civil, que é mais abrangente e é subsidiariamente aplicado em caso de lacuna no Processo de Trabalho e no Processo Eleitoral.
Não se aplica CPC unicamente no Penal e Militar porque eles tem uma lógica completamente diferente.
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015
Evolução do Direito Processual no Brasil
Introdução – do Estado legislativo ao Estado Constitucional: Escola da Exegese, Positivismo, Estado Social ( princípio da legalidade e atividade jurisdicional ).
Evolução do Processo no Brasil: Império(1822/1889), República (1889 aos dias atuais), evoluções do CPP e do CPC
Conclusão
Rev Francesa
1800 __________________ 1900 _________________ 2000   HOJE
Nosso propósito é tentar construir um sentido de evolução ao Direito que chegue aos dias atuais para tentarmos entender porque chegou-se onde chegou. Na Revolução Francesa tem-se uma expressiva força econômica(a burguesia quer liberdade pra poder negociar) fundamentada segundo o pensamento iluminista, que representa o ápice da valorização da razão na história ocidental. Tem-se, portanto, o ideal de racionalidade, universalidade(razão pertence a todo homem) e de liberdade individual. Diminuição, portanto, do poder estatal. O Estado mínimo/liberal é aquele que interfere pouco e, naturalmente, deixa as pessoas agirem com liberdade. (Ideal que veio ao Brasil, por exemplo, com a Inconfidência mineira).
Em 1791 surge a primeira Constituição da França que prevê a criação do 1º Código Civil. No final de 1804 tem-se um processo de produção de diversas pequenas leis que foram depois reunidas numa lei só.
1º artigo do Código: ‘‘não há Direito superior ao Direito Natural, visto este governar todos os homens’’. ; Depois tira-se este artigo e muda o nome do Código Civil da França para Código de Napoleão. Então Napoleão obriga que todos os estudantes estudem apenas o Código de Napoleão: assim eles não tiveram outras referências para poder criticar o seu dispositivo legal.
Escola da Exegese: fetichismo da lei –> fixação pela lei. Apesar dessa expressão, a Escola da Exegese valoriza a figura do legislador e a lei é interpretada segundo a preferência pessoal de quem a criou. Nesse sentido, o juiz deveria simplesmente repetir aquilo que o legislador já estabeleceu: ‘‘boca da lei’’ (raciocínio da subsunção). A Escola da Exegese, contudo, entra em declínio já que a lei não mais poderia ser interpretada segundo a preferência pessoal de quem a criou, então em 1880 toma força o Positivismo Jurídico.
O Positivismo Jurídico não traz uma grande ruptura no que se refere à mentalidade do Direito, já que continua dando muita força ao aspecto FORMAL do Direito; a diferença era que ao invés de valorizar a pessoa do legislador o valorizado era a norma em si. O positivismo jurídico persiste até meados do século XX. Apesar disso, temos paralelamente ao movimento positivista um movimento histórico fundamental para nós, que é a Teoria Social(final século XIX, início do século XX), que muda completamente o rumo do Direito ao longo do século seguinte.
Se, antes, quem oprimia era o Estado, quem passou a oprimir foi o próprio burguês. O excesso de liberdade decorrente do ano de 1800 gera um excesso de desigualdade no ano de 1900: daí se falar em igualdade, que deveria vir por meio da oferta do Estado de trabalho, saúde, educação(direitos sociais: segunda geração de direitos).
liberdade: direito de primeira geração.
Agora o Estado deveria ter uma postura ativa, para gerar emprego, gerar saúde, gerar educação.
1919: Constituição Weimar –> tratada como a primeira constituição social da História, que traz efetivamente os direitos de segunda geração.
Com o Estado Social entende-se que o juiz não poderia ser tão somente a boca da lei. Com isso a atividade jurisdicional muda completamente. Agora o juiz aplicaria a lei, em conformidade com a Constituição. Essa conformação da Lei à Constituição é justamente fator responsável por abrir as portas para a interpretação da lei.
Nesse sentido, o juiz começa a ter poder de criação do Direito, tornando-se co-responsável. (reinterpretação da lei).
Brasil
1822 ___________________________ 1889 ________________________ 2000
Quando o Brasil se torna independente de Portugal, sem possuir leis, recepciona o ordenamento jurídico das ordenações filipinas (início do século XVII). Só que as ordenações filipinas estavam defasadas, sobretudo no que tange ao Direito Penal, então em 1830/32 temos o Código de Processo Penal e em 1850 temos o Código de Processo Comercial. Em 1876 tem-se a consolidação das leis processuais (que não representou nenhuma inovação em termos de conteúdo).
Percebe-se que o Processo Civil não possuía muita relevância à época.
Em 1891 a Constituição cria uma divisão que até hoje existirá em nosso Direito: Justiça Federal  (processo que ali tramitasse seguiria lei federal) x Justiça Estadual (processo que tramitasse ali seguiria lei estadual). Artigo 109. Na Constituição de 1934 estabelece-se que norma processual só poderia ser criada pela União. Processo de BH é idêntico, portanto ao do estudante do Rio de Janeiro/São Paulo. Legislação federal pra Penal/processual civil.
processo NÃO pode ser regulamentado por norma local. Em Minas, por exemplo, não se pode haver criação de novo tipo de recurso, novo prazo, etc.
Em 1939 há o primeiro código de processo civil brasileiro, tendo sido revogado pelo de 73. Até hoje há dispositivos deste CPC em vigor. Ele não foi totalmente revogado.
Em 1941 é criado o Código de Processo Penal atualmente em vigor. Esta norma tá demandando atualização e já passou por mais de 60 modificações desde que foipromulgada…
O Código de 1973 é organizado em 5 livros:
Processo de Conhecimento
Processo de Execução
Processo Cautelar
Procedimentos Especiais
Disposições Finais
O livro do Processo de Conhecimento é discorre sobre o direito de alegação/direito de produzir provas/prolação de sentença que diz quem tem Direito e a quê tem Direito. Ele é, por definição, portanto, aquele em que o juiz gera o acertamento ou a definição do Direito das partes.  (QUEM TEM DIREITO… E A QUÊ?)
Havendo o risco de o réu não cumprir aquilo que o juiz determinou, há o processo de execução, ou seja, o mecanismo pelo qual se faz valer a decisão definitiva proferida no Processo de Conhecimento. O Processo de Execução, portanto, concretiza o Direito previamente definido. ATUAÇÃO, ATIVIDADE, PRÁTICA.
Existem, contudo, situações de urgência que demandam uma proteção ou um elemento assecuratório para que outro processo possa ter efetividade, alcançando, assim, o seu resultado. Assim surge o Processo Cautelar. Tratam-se de mecanismos de proteção para situações de urgência. Ex: medida cautelar de arrolamento: serve para auferir determinado patrimônio tendo em vista sua proteção(para depois haver a divisão, por exemplo). (Marido ou Esposa poderiam, afinal, ir passando o patrimônio que depois deveria ser dividido igualmente entre os dois para algum amigo).  => a espera pelo resultado do processo poderia inviabilizar a satisfação do resultado pretendido.
Procedimentos Especiais: o Legislador criou caminhos específicos/meios diferenciados para determinadas situações. Esses meios especiais nada mais são, contudo, que uma forma de cognição. (No fundo são processos cognitivos).
Processo sincrético: processo que mistura uma fase de cognição(processo de conhecimento) e uma fase de execução(processo executivo) num único feito. Num único processo o feito evolui até a sentença e depois prossegue na fase executiva. (Tendência atual do processo: cada vez mais rápido/econômico).
Professora Ada ressalta as 3 tendências atuais do processo, e essas tendências são tendências que merecem a nossa atenção.
1º tendência: o abandono de um processo abstrato e a busca de um processo cada vez mais concreto. A efetividade do processo é o grande desafio da atualidade, necessitando ser uma efetividade que não viole Direito da parte demandada.
2º tendência(fraca no Brasil): processo que abandona plano nacional e caminha em direção ao plano internacional. (Cooperação entre nações, por exemplo, na Europa. Talvez caminhemos pra isso).
3º tendência: abandono de um processo individual pra tendência de um processo cada vez mais coletivo (Novo CPC traz mecanismos muito interessantes).  => ex do FGTS: todos os trabalhadores de carteira assinada sofreram com o rombo. Nestes casos, Ministro pode suspender todas as ações pra julgar uma que é paradigma, evitando a multiplicação de processos.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2014
Aula 5 – Direito Processual Constitucional
1 – Introdução
2 – Tutela Constitucional do Processo: direito de ação (artigo 5º, XXXV) e devido processo legal
3 – Tutela do Processo por Tratados Internacionais (incisos LXVII e LXXVIII)
4 – Garantias no processo administrativo
Falar em Direito Processual Constitucional é enfatizar as relações entre o Direito Processual e o Direito Constitucional, ou estudar elementos do processo na sua relação com a Constituição. O que faremos é abordar o processo pela perspectiva que considera elementos constitucionais.
Quando falamos da contribuição da Constituição para o processo temos vários exemplos. É difícil classificar esses elementos de modo razoável, contudo.
Direito Processual Constitucional —->
tutela constitucional do processo:
princípios processuais: valores que orientam a atividade processual não estão exclusivamente previstos na Constituição, mas ela sem sombra de dúvida traz os mais importante deles que orientam a atividade processual brasileira. A Constituição, assim, dita o sentido ético do processo(valores).
organização de toda a estrutura judiciária: a Constituição também o faz, curiosamente.
jurisdição constitucional: previsão de instrumentos processuais na própria Constituição
tutelas das liberdades: remédios constitucionais –> instrumentos de proteção que a própria Constituição confere ao cidadão.
controle de constitucionalidade: ferramentas processuais que garantam a manutenção e o respeito da ordem constitucional quando em conflito com outras normas do ordenamento jurídico.
/\ Estudaremos tudo isso mais detalhadamente.
DIREITO DE AÇÃO
Ao falar da tutela constitucional do processo, ou seja, das normas constitucionais que estabelecem a orientação do processo no Brasil, o ponto de partido não poderia ser outro a não ser o direito de ação, já que ele possibilita a existência do processo e sua utilidade/aplicação. O direito de ação é um importante princípio de direito processual, o de pleno acesso à justiça. Quando provocado, o Estado é OBRIGADO a julgar. Temos o poder de OBRIGAR o Estado a examinar o nosso caso e julgá-lo. O direito de ação é o direito ao processo.
O fato de determinada pessoa perder uma ação não significa que ela perderá seu DIREITO de ação.
Artigo 5º, XXXV: princípio da inafastabilidade da jurisdição: a lei não excluirá da apreciação do poder judiciário qualquer ato de lesão ou ameaça a direito. Se a Constituição diz expressamente que a lei não pode excluir da apreciação do Judiciário agressão ou ameaça ao Direito, como conciliar a questão da arbitragem no Direito brasileiro? O fato de sempre termos direito à jurisdição não significa que devamos utilizá-lo. Podemos sim ABRIR MÃO do nosso direito.
Inciso XXXV fala em lesão ou ameaça, ou seja, nosso direito de provocar o Estado não existe apenas quando sofremos a violação de um direito, mas pode vir também quando estamos com o RECEIO de vir a sofrê-lo.
Devido Processo Legal (expressão surgida na Inglaterra em 1215, com a Magna Carta) –> possibilidade de se defender o direito dentro de um processo que se desenvolva regularmente. O devido processo legal é a síntese de todos os princípios do processo.
Vimos que o processo é um ramo do Direito Público Interno e, por essa clara razão, normas externas não influenciam no processo brasileiro. Tratados internacionais não interferem no processo brasileiro. Tratados internacionais ratificados ingressam na ordem jurídica com força de lei ordinária.
Pra que seja ratificada como norma constitucional, deve possui conteúdo de direito humano e forma com quórum de aprovação de 3/5.
Pacto de San Jose da Costa Rica (1969)
Intérprete para réus estrangeros
Previa prazo razoável para defesa
Prazo razoável de duração do processo
Prisão civil, exceto o devedor de alimentos (ninguém poderia ser preso por DÍVIDAS, a não ser que devesse alimentos)
O pacto de San Jose foi ratificado em 1992. A Constituição hoje prevê que não cabe prisão por dívida exceto pro devedor de alimentos e pro depositário infiel.
O depositário é uma pessoa responsável pela guarda e pela preservação de bens apreendidos durante o decorrer do processo. Geralmente ele é determinado pelo oficial de justiça. O depositário é um importante auxiliar do juiz, importante para que o processo possa seguir. Se ele deixa de cumprir sua obrigação pode ser, portanto, preso.
O STF DECIDIU QUE AMBAS AS HIPÓTESES DE DEPÓSITO NÃO MAIS PODERIAM SER PUNIDAS COM PRISÃO, DEPOIS DA RATIFICAÇÃO DO PACTO SAN JOSE. ELE SUMULOU A QUESTÃO: SÚMULA VINCULANTE Nº 25.
GARANTIAS NO PROCESSO ADMINISTRATIVO
No processo administrativo a relação litigiosa envolve aquele que vai julgar. Exemplo: contribuinte recebe IPTU maior por erro da Prefeitura. Primeiro o contribuinte tenta resolver a questão na própria Prefeitura, de onde sai uma decisão não definitiva em hipótese de o erro não ter sido corrigido. Nessa situação(se o caso não foi solucionado entre as partes) há a necessidade de se ajuizar um processo judicial. quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015 Controle de Constitucionalidade Tratam-se das formas através das quais o Estadoexerce a harmonia das normas infra-constitucionais com a Constituição. Há n mecanismos que farão este controle, que poderão ser exercidos pelo Poder Executivo, Legislativo e Judiciário. Veto da Presidenta: eliminação de norma por acreditar que determinada norma é inconstitucional. Legislativo o tempo inteiro faz o controle do Judiciário, ambas realizadas a posteriori. Judiciário faz o controle difuso(aquele que pode se dar em qualquer processo – efeito ‘‘inter partes’’) e o controle concentrado(ex: STF julga uma ADIN — exemplo: Lei 100/2007). Aula 06 – Princípios do Processo – Parte I  1 – Introdução (princípios informativos) 2 – Imparcialidade: meios de prevenção (CF, art. 95 e art. 5º, XXXVII), meios de correção.  3 – Igualdade: art. 125 do CPC, proporcionalidade, prerrogativas do Estado. Princípios informativos dos processos: cada autor dá um sentido para esta expressão. Ada separa totalmente os princípios informativos dos princípios do processo, já que os informativos não tem nenhum conteúdo ético, possuindo tão somente um conteúdo operacional. A Ada apresenta os princípios informativos como de ordem puramente técnica, que dizem respeito ao desenvolvimento e ao melhoramento operacional do processo. A logística do processo se tornar melhor é muito importante nos dias de hoje. Ela elenca 4 princípios informativos: lógico, jurídico, político, econômico. Lógico: eliminação das contradições/erros operacionais. Jurídico: valoriza um tratamento igualitário às partes. (traz um reflexo na esfera valorativa do processo) Político: busca-se o processo em que os resultados sejam maximizados. (maximização de resultados na esfera coletiva – processo mais efetivo e produtivo) Econômico: busca-se a minimização dos meios, desburocratização do processo – economia de dinheiro e economia LÓGICA. (Mais ou menos como uma empresa deve funcionar /\ ) Princípios do processo: A imparcialidade é uma decorrência do direito das partes de serem tratadas com igualdade. A relação processual envolve um autor que tem um interesse conflitante com um réu que deverá ser intermediada pelo Estado (figura do juiz). A forma adequada/ideal de aplicação da lei é aquela em que o juiz se encontra equidistantes das partes, estando, portanto, IMPARCIAL. Ideia de igual distanciamento das partes do juiz. Não cabe obviamente ao juiz fazer a sua vontade, mas sim a vontade do Direito. O artigo 95, parágrafo único da Constituição traz vedações constituicionais a qualquer magistrado. O princípio do juiz natural proíbe a escolha do juiz por quem será julgado. Meios de correção: ainda que o juiz seja parcial ao julgar um processo, erros acontecem, e a lei processual trará instrumentos que possam corrigir isto. Um mecanismo da lei processual civil, a chamada exceção, que pode ser de impedimento ou de suspensão, por exemplo, é um desses meios. A lei processual considera que a parcialidade do juiz se dá em hipóteses classificadas como de entendimento ou em hipóteses classificadas como de suspeição: se ele se ver num desses casos, ele é obrigado a se declarar como tal. Se ele não se der por impedido ou suspeito, a parte interessada pode apresentar essa exceção. As hipóteses de impedimento são mais graves. Apesar da lei colocar que é de 15 dias, a jurisprudência admite que a qualquer tempo do processo a parte pode suscitar o impedimento do juiz. Este problema é tão grave que mesmo se o problema terminar e transitar em julgado a parte pode suscitar uma ação recisória(para quebrar a decisão judicial). Já a suspeição é fixada em prazo por lei (dúvida quanto à parcialidade do juiz). casos de impedimento: 134 casos de suspeição: 135 A lei fala em amigo íntimo. Igualdade: art. 125 do CPC, proporcionalidade, prerrogativas do Estado: ‘‘Paridade de Armas’’, farplay. Lei prevê para ambas as partes prazos iguais para, por exemplo, colher provas e disputar em pé de igualdade com o adversário. Não adianta, contudo, dar o mesmo tratamento a todos, necessitando haver desigualdade aos desiguais: justiça gratuita/prioridade a idosos/ inversão do ônus da prova(previsto no Código de Defesa do Consumidor: passa-se a acreditar que o que o consumidor é verdade e quem deve comprovar que ele falou mentira é a empresa, parte maior) Prática em que a ‘‘paridade de armas’’ não é tão concreta assim: Hoje: prazo típico para a parte contestar o Estado, que ajuizou contra a parte: 15 dias prazo típico para o Estado contestar contra a parte: 60 dias. prazo típico para advogado da União recorrer: 30 dias advogado da parte: 15 dias Estado perdeu ação: paga 1,2,3,4% de honorário na prática. se particular perdeu: paga entre 10/20% de honorário na prática. segunda-feira, 2 de março de 2015 perdi aula
quinta-feira, 5 de março de 2015
1 – Princípio da Ação… processo inquisitivo/acusatório, exceções (CPC, arts 989, 1113, 1129, 1142, 1160), colusão (129)
2 – Disponibilidade/Indisponibilidade: momentos, exceções, poderes do advogado.
3 – Dispositivo: definição, verdade real/ formal, livre investigação (130).
O processo penal brasileiro é, hoje, tipicamente acusatório, tendo abandonado a forma inquisitiva. O processo antigo era um processo em que a figura do juiz se confundia com a figura do acusador: ele tinha uma figura inquisitiva e quanto mais iniciativas o juiz têm num processo penal mais risco ele tem de ser parcial.
Ao longo das décadas o processo tem o sentido de tirar do juiz esse poder, passando para o MP esse poder, fazendo com que tenhamos um Magistrado neutro que depende do MP para iniciar uma ação. Essa palavra do processo acusatório mostra a força do princípio da demanda no âmbito do processo penal: Estado tem que promover, mas jamais através do poder judiciário, sempre através do Ministério Público.
Exceções à regra no princípio da ação/da demanda: a lei brasileira em alguns casos dará ao Magistrado o poder de iniciar o processo. No processo penal o habeas corpus pode ser impetrado pelo Magistrado. No âmbito do Direito do Trabalho, a execução da sentença pode ser iniciada por ato do juiz, não dependendo de requerimento da parte o início da fase executiva. No âmbito do Processo Civil, hoje a norma em vigor prevê pouquíssimas hipóteses em que um Magistrado pode começar um processo: ele inicia uma ação(inventário: processo judicial através do qual se arrecadam os bens da pessoa falecida e se transmitem eles para os sucessores; se nenhum dos designados determinar a abertura de inventário o juiz pode por conta própria fazê-lo.); nos processos em geral o início da ação se dá por Petição Inicial, no processo penal típico seu início se dá por uma denúncia oferecida ao Ministério Público, e quando o processo se iniciar por ato do Magistrado ele expede um ofício(documento através do qual o juiz determina a abertura de um processo – artigo 989) ; alienação judicial: há casos em que a renda de um determinado bem dependerá de autorização de juiz e neles haverá necessidade de propositura deste procedimento. Ex pai doa ao filho de 5,6 anos imóvel e tempos depois tem necessidade de vender este bem: venda de bem de incapaz SÓ SE VENDE COM ALIENAÇÃO DO JUIZ.  Art 1113 Art 1129: se o juiz ficar sabendo que determinada pessoa já deixou testamento, a lei autoriza que o juiz colabore com a execução do caso como exposto no artigo. ; Artigo 1142: herança jacente é herança deixada por alguém que morreu sem ter sequer um herdeiro. Último ex: ausência –> CPC traz o procedimento que se assemelha ao inventário mas considera uma pessoa viva (artigo 1160): juiz também pode dar início ao processo de declaração dos bens de ausente.   
(Esses detalhes: inventário, alienação judicial, exibição de testamento, herança jacente, ausência NÃO CAEM EM prova –> pra gente é importante o que é em comum nesses casos A POSSIBILIDADE DE INICIATIVA DO JUIZ MESMO HAVENDO O PRINCÍPIO DA DEMANDA. NESSES CASOS O JUIZ NÃO SERÁ PARCIAL POIS NÃO HÁ CONFLITO DE INTERESSES.)
Colusão: também é exceção ao princípio da demanda. Na aula que vem veremos um princípio importante do processo, que é o princípio da lealdade processual,segundo o qual a lei pune condutas desleais no decorrer no processo (parte que mente). Existe, contudo, algo pior que isso: hipótese do autor e do réu JUNTOS combinarem uma fraude no processo. Se o juiz descobrir essa COLUSÃO ele pode tomar uma providência. Artigo 129: sentença que OBSTE(impeça) aos objetivos das partes. Pode até proferir sentença extra-petita porque neste caso a justificativa é razoável.
(O juiz não pode ir além da sua competência, se há crime cabe a ele apenas oficiar ao MP, para que o promotor de justiça tome as suas atitudes).
Disponibilidade: poder que nós temos de abrir mão de direitos. Direitos da esfera civil (sem interesse público) são fundamentalmente disponíveis(em regra). Em regra o que vale é a disponibilidade dos direitos. Ao falar em disponibilidade de direitos considera-se tanto a propositura da ação(a parte simplesmente não contrata advogado e ‘‘deixa pra lá’’) quanto durante o processo(por meio da desistência e da renúncia). Se um advogado no curso do processo atravessa uma petição desistindo, a desistência é quanto à ação em si mesma; a renúncia, por sua vez, é quanto ao direito sobre o qual se funda a ação.
Quando B bate o carro na traseira de A, faz com que surge o direito a uma indenização. A ajuiza ação contra B relatando na petição inicial tudo o que aconteceu. No meio do processo. Se A optar por DESISTIR, ele MANTÉM o DIREITO SOBRE O QUAL SE FUNDA A AÇÃO, podendo, depois, caso não tenha prescrito, abrir um novo processo.
Renunciar é mais grave que Desistir, pois o sujeito não abre mão apenas do processo, e sim do Direito subjetivo.
Ação Penal Pública
Indisponibilidade: propositiva
                             durante
in dubio pro societate: promotor de justiça pega inquérito e se houver indício de autoria denuncia. Se tiver certeza de que não há indício de autoria há o arquivamento.
No curso do processo, havendo provas contundentes de que o réu não praticou o crime pode-se pedir a absolvição do réu.
Do mesmo jeito de que o processo civil pode ter casos raros de indisponibilidade o processo penal também pode. Ex do processo civil indisponível: ações tributárias.
Ação penal privada: Não há interesse público.
Ação penal pública condicionada: maria da penha – MP promove ação desde que a vítima apresente representação formal contra o agressor.  Depois que MP promove ação não há como voltar atrás.
Poderes dos advogados: quando o advogado ingressa pra defender ele precisa provar para o juiz que representa a figura, provando-o por meio da apresentação da Procuração(documento definido como ‘‘instrumento do mandato’’). A ‘‘procuração para o foro’’ é a que o advogado precisa apresentar, a procuração com poderes ‘’ad judicia’’. Toda vez que um advogado recebe poderes do cliente para atuar num processo tem que vir com poderes ad judicia. Um advogado munido de procuração ‘‘para o foro em geral’’ só está autorizado a praticar atos de DEFESA do seu cliente: NADA que for feito pra diminuir ele pode. (É uma procuração absolutamente segura ao cliente). Se o advogado quer ter um pouco mais de liberdade de ação no processo ele irá acrescentar na procuração os poderes especiais que dependem de expressa autorização: desistir, renunciar, receber valores. Advogado com procuração para o foro em geral NÃO PODE FAZER ACORDO, porque ACORDO é concessão recíproca, e nisso há perca, então acordo tem que estar expresso nas partes especiais.
Princípio dispositivo x Princípio Inquisitivo: no inquisitivo o juiz ‘’deixa o barco correr’’ de acordo com os pedidos que as partes apresenta, em oposição ao princípio dispositivo.
Princípio da verdade real x princípio da verdade formal: se, hoje, tanto o processo penal quanto o processo civil possuem tendência de maior liberalidade o mesmo não se pode dizer quando há verdade formal(peso maior no processo civil) e verdade real(processo penal). A lei autoriza, em algumas situações, que o juiz julgue a partir de presunções, mesmo sem ter certeza do que realmente aconteceu.
Na aula passada falou-se de revelia: se um réu regularmente citado não comparece para se defender o juiz irá presumir como verdade as alegações feitas pelo autor. Essa é a chamada verdade formal. Mas essa lógica faria sentido no processo penal? Não: mesmo sem defesa da parte é necessário o recolhimento suficiente de provas para que se chegue à verdade real.
O artigo 130 do CPC dá ao juiz a iniciativa na busca de provas.
segunda-feira, 9 de março de 2015
Princípios do Processo – IV
Impulso Oficial: arts, 262, 125, II e 162, parágrafo 4º.
Persuasão Racional e Motivação: CF, art 93, IX, (subsunção), CPC, art 131 e 165 (elementos da sentença).
Publicidade: CF, art 93, IX, CPC, art 155, e CPP, art 792
Lealdade Processual: art 15,16 e 17 do CPC
Economia Processual e Instrumentalidade das formas: CPC, arts 250 e 244.
Recorribilidade: previsão constitucional, vantagens, reexame necessário, supressão de instância.
Quinta-feira haverá revisão para a prova.
1 – O princípio do impulso oficial guarda relação com o princípio da ação ou da demanda, segundo o qual o início da ação só pode se dar pela proposição da parte interessada, ressalvadas alguma situação em que não há conflito de interesse. No geral, o juiz deve permanecer inerte. Uma vez iniciado o processo, o Estado passa a ter interesse no seu desenvolvimento até a sentença. Portanto, a movimentação , oimpulso oficial não depende do interesse das partes, pois passa a haver interesse das partes.
Para o autor que é importante que o processo corra, para o réu não. É normal que se peça andamento, ou seja, a devida marcha a determinado processo: faz-se isso verbalmente, de maneira educada. 
Artigo 262.
Artigo 125II
Artigo 162, parágrafo IV:
Os atos do juiz podem ser sentenças, decisões interlocutórias e despachos. Já os atos do juízo envolvem também atos meramente ordinatórios, ou seja, atos de simples movimentação do processo.  Atos que não contém nenhum decisório são atos meramente ordinatórios. A lei diz que estes atos não dependem de ordem do juiz, objetivando ganhar tempo. O princípio do impulso oficial também está relacionado ao da economia processual, pois o processo deve andar rápido.
2- Princípios da persuasão racional e motivação: são dois princípios distintos referentes a um fenômeno só. A persuasão racional diz respeito à forma de convencimento do juiz quando da sentença. O juiz tem liberdade de apreciação das provas. Seu convencimento, no entanto, deve-se dar de maneira lógico-jurídica. Cabe ao juiz, a partir das provas, encontrar, na sua mente, qual o fato que as partes objetivaram comprovar. A partir do raciocínio de subsunção ele encontra o resultado.
Ex: direito penal. Matar alguém. Se há no processo prova de que alguém matou outrem, o juiz pega o artigo 121 e pode aplicar consequência, reclusão de 6 a 20 anos.
O juiz também é obrigado a explicitar os motivos na sentença sob pena de nulidade do julgamento. O princípio da motivação exige que o juiz apresente os motivos, as razões de seu convencimento.
Artigo 93 da CF: afinal, se o juiz julga um processo e não diz o motivo, a parte não tem nem como recorrer.
Artigo 131
Artigo 165 / 458
Ao longo do processo um Magistrado pode proferir decisões menores que a sentença, chamadas de Decisões interlocutórias, que são decisões que podem ser conferidas ao longo do curso do processo. (Ex: fase de prova –> parte pede para ouvir uma testemunha e o juiz indefere este pedido). Para cada decisão interlocutória a parte prejudicada poderá recorrer.
Acórdão é a decisão proferida no Tribunal que REVÊ a sentença do juiz. Acórdão vem de acordo. Acordo de que? Dos magistrados que reveem a sentença do julgamento. Todo julgamento do Tribunal é feita por um colegiado.
Toda sentença precisa conter um relatório, uma fundamentação(fato/direito) e um dispositivo. O relatório é um relato/narrativa de todos os fatos relevantes que ocorreram no processo ao longo de toda sua evolução até o momento do julgamento (assim ele é obrigado a enumerar os principais fatos ocorridosno processo). O relatório é o relato de tudo que aconteceu no processo, sendo essencial para o juiz provar que leu o processo. Fundamentação: a partir das versões dos fatos, o juiz busca no ordenamento jurídico uma norma que abrigue o caso e realiza a subsunção, o silogismo. Tendo apresentado os seus motivos, o juiz realiza o dispositivo, ou seja, a conclusão da sentença, dizendo se acata, se rejeita ou se acata parcialmente o pedido do autor, impondo o comando: ‘‘julgo procedente o pedido’’ ‘‘julgo improcedente o pedido’’.
No caso do acórdão, há o relator, responsável por fazer o relatório, bem como o revisor.
Vale lembrar que o dispositivo fala: as decisões interlocutórias não precisam seguir este modelo, mas de modo conciso precisam ser motivadas.
Despacho, por sua vez, não tem conteúdo decisório. São simples ordens do magistrado que promovem o andamento da ação, sendo muito parecidos com atos meramente ordenatórios: o despacho é a ordem para a prática de determinado ato.
Princípio da publicidade: todos os processos serão PÚBLICOS, sob pena de nulidade. Processo público é o processo que pode ser fiscalizado por qualquer um, e isso é importante para evitar abusos/arbitrariedades. A lei pode limitar o acesso aos autos às partes e seus advogados para a preservação da intimidade das partes desde que essa preservação não viole o interesse público. Ex típico: processo criminal que trate do crime de estupro: a vítima já passou por um evento trágico e corre o risco de sofrer ainda mais com a exposição.
Artigo 155 CPC
CPP Artigo 792
Lealdade processual: artigo 15, 16, 17 do CPC. Buscando garantir o nível alto do debate no processo, a lealdade processual refere-se ao dever de litigar com lealdade. O respeito de uma parte com a outra é essencial, bem como de um advogado com o outro e de todos com o Magistrado. A lei autoriza o juiz a se valer de medidas para coibir excessos. Se uma parte se valer de palavras injuriosas contra a outra, a lei permite que o juiz casse as palavras. O juiz julga com base na técnica legal. Convence-se o juiz com razoabilidade, com bom senso.
No entanto, se determinada expressão chula for usada para DEFENDER o cliente, trazendo INFORMAÇÕES para o processo, tudo bem. Ex: a expressão ‘‘filho da puta’’ é necessária ao decorrer do processo, haja vista ter envolvimento com o fato que o desencadeou. O critério, portanto, utilizado para verificar se determinada palavra é injuriosa ou não é o de ampla defesa. Se agrega ao processo, será válida. Se não, e tão somente ofende, ser-lhe-á aplicada os dispositivos previstos no Código de Processo Civil.
A lei pune também a litigância de má fé, ou seja, quem maliciosamente tenta burlar o dever de ética no litígio. Artigo 16: a pessoa sabendo que não tem direito intencionalmente pleiteia em juízo. Artigo 17: I parte que mente em juízo ; II  ; III ‘’colusão’’(rever) individual ; IV
Um importantíssimo princípio do processo hoje é a economia processual: busca da leveza, da desburocratização do processo. Se o processo é o meio para se atingir o resultado, que é a aplicação da lei material, esse meio deve ser o mais rápido o possível. Quanto mais rápido for o processo melhor. De nada adianta, contudo, um processo extremamente rápido se o réu não teve direito à defesa. É preferível um processo lento, porém justo do que um processo rápido desigual. É necessário um máximo de agilidade sem que a parte perca prerrogativas básicas.
Já o princípio da instrumentalidade das formas diz respeito à maneira pela qual um ato processual pode ser praticado no processo. Como o advogado recorre, como determinada testemunha depõe, como o juiz despacha. A lei classifica os atos processuais em solenes(Formais) e não solenes(informais): se o ato for praticado de modo minimamente diferente daquilo que a lei estabelece, o ato é nulo. Caso o ato seja praticado de modo distinto do que foi previsto em lei mas tenha alcançado a sua finalidade, se não tiver havido prejuízo para a outra parte, não há problema algum nisso: princípio da instrumentalidade das formas. Esse princípio portanto diz respeito ao máximo aproveitamento o possível.
Art 250
Art 244: descrição do princípio da instrumentalidade.
Recorribilidade ou princípio do duplo grau de jurisdição: escuta-se a discussão a respeito do duplo grau de jurisdição. A CF não garante o duplo grau de jurisdição. Fala-se nele, contudo, pois de modo indireto ela o garante ao tratar da organização judiciária. A estrutura do poder judiciário brasileiro é hierarquizada e a CF, ao estabelecê-lo, determina a competência de cada juiz/juízo. Percebemos que no mínimo sempre se tem a garantia de 2 graus de jurisdição.
Ex: se ajuíza ação na justiça do trabalho, essa ação trabalhista será julgada por um juiz singular. A CF prevê que contra esta sentença a parte insatisfeita poderá apelar para o TRT(tribunal regional do trabalho), que elaborará o acórdão.
Essa lógica, da garantia do direito do reexame, é a lógica de toda a estrutura do poder judiciário. No entanto, há ação que já começa tanto na 2º instância quanto na 3º instância.
Recorribilidade: reexame. O julgamento a partir do 2º grau de jurisdição é sempre feito por um colegiado, e não mais por um juiz singular, e isso tudo traz mais segurança para o resultado do processo. Duas obs sobre o princípio da recorribilidade: a primeira delas remete ao princípio da indisponibilidade(o Estado não pode dispor do seu direito) –> mesmo que o procurador não recorra a lei prevê o reexame obrigatório nas ações em que há interesse do Estado. O Estado sempre tem direito a duas decisões.
2º questão: vedação da supressão de instância —> condição de ação: quando falta algo, o mérito do processo não é nem examinado.
Supressão de instância: a ideia da supressão de instância é evitar que se salte um nível nos 3 graus de jurisdição. Tendo, por condição de ação, não sido examinado em 1º instância, o processo que então é avaliado como ok não pode ser, de imediato, julgado na 2º instância, havendo a necessidade de retornar para a 1º instância. 
quinta-feira, 12 de março de 2015
revisão
aula quinta-feira, 20 de março de 2015
(a aula anterior foi a prova)
Unidade 2
Aula 12 – Jurisdição
1 – Conceito: função, poder, atividade, arbitragem
2 – Características: substitutividade, escapo, lide, inércia, definitividade.
3 – Princípios: investidura, aderência, indelegabilidade, inevitabilidade, inafastabilidade, juiz natural, inércia.
Matéria da segunda prova começa aqui.
O tema da organização judiciária (feita pela Constituição) fundamentalmente remete-nos à jurisdição.
Jurisdição vem da junção de duas expressões latinas Juris  (Direito) + Dictio (Dizer). O primeiro sentido dado à jurisdição, nesse sentido, é o ato ‘’dizer o direito’’. Ao criar uma lei, o legislador diz qual é direito. A atividade jurisdicional envolve dizer o que é o direito no caso concreto. Ao fazer isso, o juiz, na verdade, soluciona uma lide, um conflito de interesses, um litígio. Portanto, a jurisdição é uma atividade que se volta para a determinação do direito posto em discussão por duas partes em conflito. Essa atividade se realiza através do processo.
Há a possibilidade de se usar a palavra jurisdição em três sentidos. Jurisdição pode ser entendida como uma função do Estado(1): tal qual exerce a função legislativa/executiva, o Estado também exerce a função jurisdicional. Jurisdição, assim, seria semelhante à função do Judiciário. Jurisdição pode ser entendida também como o poder do Estado ou do juiz(2). Dizer que a jurisdição é o poder do Estado significa dizer que o Estado, enquanto poder soberano, guarda para si a forca decisória. (Todo Magistrado é dotado de PODER JURISDICIONAL ou de JURISDIÇÃO / expressão juiz não é adequada pois exclui desembargadores/Ministros que também têm, por exemplo). A jurisdição também pode ser vista como a atividade, o ato de exercer o direito (3): desenvolvimento do processo. 
==>>> Portanto: Jurisdição é o poder do Estado ou do Magistrado de dizer o direito no caso concreto.
Pode-seconsiderar a arbitragem uma forma de jurisdição? => Conflito doutrinário:  as partes se comprometem a aceitar e o árbitro tem o poder de dizer, também, o direito no caso concreto.
Argumentos negativos: arbitragem NÃO é atividade jurisdicional:
A definição de dizer o direito é extensiva: a atividade jurisdicional também envolve a efetivação, a realização do direito. A arbitragem não tem o poder de efetivar o direito. Se a decisão do árbitro não for seguida pela parte o árbitro não tem o poder de fazer executar.
Arbitragem é atividade privada, não havendo poder do Estado.
Argumentos positivos: arbitragem É SIM atividade jurisdicional: arbitragem tem o poder de fazer dizer o direito no caso concreto à medida em que soluciona a questão.
Sendo a jurisdição uma atividade secundária, que só pode ser chamada depois que as partes tentaram a autocomposição. Primeiro deve-se tentar solucionar o caso, portanto, segundo formas alternativas de pacificação social.
Substitutividade: a partir do momento em que o juiz foi provocado ele passa a substituir as partes na titularidade de quem decide. No entanto o juiz deve estimular ao longo do processo a autocomposição, pois a qualquer momento as partes podem decidir reconciliar-se.
Escopo: qual a finalidade da jurisdição? A jurisdição busca a aplicação do direito no caso concreto. A finalidade, portanto, é dizer o direito e a solução do conflito que será dada pelo juiz não seguirá critérios de moralidade, de justiça pessoal, etc.
Lide: não se fala em jurisdição se não houver uma lide, um conflito de interesses concreto: tenha ele acontecido ou esteja ele na iminência de acontecer. A atividade jurisdicional não é uma atividade de consulta: não se tem o direito de questionar um juiz para consultar algo, por exemplo, como se pode fazer num processo administrativo.
Os efeitos erga omnes mostram a praticidade do controle de constitucionalidade concentrado, que se pauta em discussões meramente abstratas –> Ex: Lei 100/2007.
Definitividade: poder de ser definitivo. Das três funções do Estado a única definitiva é a jurisdicional. Imutabilidade do resultado do processo. Trânsito em julgado: momento de encerramento do processo. Coisa julgada: não diz respeito ao processo em si mas à decisão proferida no processo, que chama-se coisa julgada, podendo ela ser de duas ordens:
material: alude ao Direito Material, ao mérito, ao problema real apresentado. (Julgamento de mérito)
formal: alude à questão de ordem processual (Encerramento do processo ‘’em si’’, independentemente do que restou nele decidido) 
Muitas vezes, tendo só havido sido julgada a coisa formal tão somente, há a possibilidade de se tentar novamente ajuizar a ação, mudando a perspectiva do processo.
A coisa julgada material não exclui a coisa julgada formal. Todo processo quando termina possui coisa julgada formal. Excepcionalmente não há julgamento da matéria, contudo.
Princípios da jurisdição
Investidura: a jurisdição é exercida por autoridades investidas do poder. Os Magistrados ao tomarem posse recebem o poder do Estado e somente eles podem atuar nas decisões de conflitos. Todo Magistrado, seja ele de Tribunal, Tribunal Superior ou Comarca interior estão investidos do mesmo poder, do poder jurisdicional, mas cada um o exercerá dentro de certos limites, que são as chamadas competências. Competências são alocações, organizações de poder.
Hierarquia do poder judiciário estabelece forma de competência –> competência hierárquica (juiz de 1º grau/ juiz de 2º grau/ juiz de 3º grau)
Juiz de Vara Cível, Juiz de Vara Criminal, Juiz de Vara de Sucessões –> esfera de competência delimitada em razão da matéria.
Território: juizes poderão exercer seu poder dentro de uma certa zona de exercício de poder jurisdicional.
Aderência: cada Magistrado adere a uma certa área de Poder.
Indelegabilidade: ao contratar advogado o cliente transfere-lhe poder. O advogado pode, contudo, delegar esse poder. O poder do juiz, por sua vez, é indelegável. O juiz não pode transmitir a sua investidura para alguém. Consequência problemática: morte/adoecimento de juiz.
A lei processual brasileira estabelece instrumentos de comunicação entre Magistrados. Um desses instrumentos, viabilizadores de cooperação, é a Carta Precatória.
Inevitabilidade: tá vinculada à definitividade e à substitutividade –> o poder da decisão impede que as partes fujam daquilo que foi decidido. (Exceção: hipótese de autocomposição PÓS determinação judicial –> disponibilidade do direito).
Inafastabilidade: enquanto a inevitabilidade diz respeito ao poder do juiz/do Estado, a inafastabilidade diz respeito ao Poder do jurisdicionado, que decorre justamente da garantia constitucional do pleno acesso à justiça, e, nesse sentido, o Poder Judiciário não pode se afastar da sua obrigação. A jurisdição é um dever do Estado. O juiz não pode se recusar a prestar a jurisdição.
Juiz natural
Inércia
segunda-feira, 23 de março de 2015
Cheguei 56 min atrasado
Isentabilidade: força do Estado que não pode ser evitada pelas partes
Inafastabilidade: o juiz é obrigado a julgar
Aula 13 – Modalidades da Jurisdição
Introdução
Jurisdição comum/especial
Jurisdição penal/civil: relação, prejudicidade (CPP, art 93 e CPC art 265, IV), efeitos (CP, art 91 e CPC, art 475 , V ) prova emprestada.
Jurisdição inferior/superior
Jurisdiçao contenciosa/voluntária: características, desjudicialização
STF o topo da hierarquia judicia. Tem competˆencia para julgar questões envolvendo a CF. De sua decisão não caberá outro tipo de reexame. O Supremo não discute matéria não constitucional
CNJ: não exerce atividade jurisdicional. São atividades de ordem administrativa
STF: Exerce a jurisdição comum (processo penal/processo civil:tributária, etc)
art 93 do CPP: exemplo da bigamia. Alguém ajuiza processo civil para se divorciar da ‘‘primeira’’ eposa. Existe prejudicidade de o processo penal contra a BIGAMIA ser realizado antes deste processo civil.
(cabar de copiar caderno da Júlia)
Todo ilícito penal – ou a grande maioria deles – também traz consigo um ilícito civil. Ação civil ‘’ex delicto’’ art 91 : primeiro efeito é CIVIL (indenização).
Ação civil ‘’ex delicto’’
Art 475 -n – a sentença penal condenatória é um título executivo judicial/extrajudicial. Título é documento que permite executar o direito e título executivo judicial típico é a sentença: sentença transitada em julgado, sentença penal condenatória. Há também títulos executivos judiciais, ex: cheque. Se se recebe cheque sem fundo pode-se diretamente cobrar de quem o emitiu o pagamento, evitando, assim, a fase executória(em que se diz quem tem direito a quê), pois, afinal, quem recebeu o cheque JÁ tem direito a pagamento segundo a lei, exatamente por se tratrar de um título executivo judicial.
A ação civil ‘’ex delicto’’ é uma ação de conhecimento.
O título executivo judicial é uma ação executória.
Prova emprestada: é aquela produzida num processo e aproveitada em outro. No entanto, a parte tem direito ao contraditório e ampla defesa. Não se pode pegar prova emprestada simplesmente. Pode-se fazê-lo desde que não haja violação ao princípio do contraditório e ao princípio da ampla defesa, e isso vai acontecer quando as partes forem AS MESMAS . Ex: ação criminal – MP x C (agente) e A atuando como testemunha  ; se essa prova for utilizada numa ação civil que A move contra C, tudo bem.
Segundo Ada, jurisdição inferior seria o 1º grau de jurisdição, e todas as demais seriam jurisdição superior. No entanto há a possibilidade de um processo começar no 2º grau ou no 3º grau: críticica –> esse processo já teria começado numa jurisdição ‘‘inferior’’? 
Educativo é entender a hierarquia, não chamando de superior/inferior.
Grau Superior: STJ TST STM TSE
STJ recebe recurso do TRFs(Tribunais Regionais Federais) e TJ(Tribunais de Justiça)
TST recebe recurso do TRT
STM recebe recurso do TJMilitar
TSE recebe curso do TRE
TRFs TRT TJMilitar TRE, portanto, 2º grau
3º grau: Juízes Federais (TRFs)
TJ (Juízes de Direito)
TRT (Juízesdo Trabalho)
TJMilitar ( Juízes militar)
TRE (Juízes Eleitorais)
Há uma lógica complexa que não permite estabelecer recursos entre o STF e o 2º grau de jurisdição.
(Artigo 102 da CF trata da competência do STF e o 105 trata da competência do STJ).
Jurisdição voluntária: essa expressão é contraditória pois refere-se a uma jurisdição exercida em situação que não é conflituosa e processo só tem sua razão de ser para resolver conflito de interesses. A jurisdição voluntária caracteriza-se muito mais como uma atividade administrativa do juiz, que na grande maioria das vezes não irá julgar.
Exemplo típico de ato que SÓ produz efeito com autorização do juiz: alienação de bem de incapaz. Nesse caso há apenas interessados, todos apontando no mesmo sentido : menino de 5 anos herda imóvel e a mãe quer ter acesso a este bem.  ; filho quer JUSTAMENTE interditar o pai.
Os procedimentos de jurisdição voluntária não são litigiosos mas podem assim se tornar.
Desjudicialização –> partilha extrajudicial
                                  divórcio extrajudicial
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segunda-feira, 30 de março de 2015
Aula 14 – Poder Judiciário
1 Atividade Judiciária
2 Órgão judiciários: CF, arts 92, 24, X, e 98, II
CNJ: composição, funções
3 Independência do Judiciário: Política (CF, arts 99 e 96), Jurídica (art 95)
4 Loman (LC 35/79): garantias(art 25), prerrogativas (33), deveres (35), vedações (36), punições (42), responsabilidades (49).
O Poder Judiciário exerce o controle de constitucionalidade, bem como interpretativo das leis. O controle de legalidade feito pelo judiciário também se estende aos atos administrativos realizados pelo Executivo, e representam uma importante manutenção do equilíbrio do freios e contrapesos. Um poder cobra do outro e isso só traz benefícios pra segurança e para a ordem jurídica.
A atividade do poder judiciário não é, contudo, exclusivamente jurisdicional. Muito embora o seja preponderantemente. Nenhuma das 3 funções do Estado é exercida exclusivamente por cada órgão. Poder Judiciário tem capacidade de autogestão(administrativa) // controle de constitucionalidade (legislativa).
STF
CNJ
STJ
Justiças Especiais –> Militar/Eleitoral/Trabalhista
Justiça Federal
Justiça Estadual
O artigo 24 inciso X estabelece que… (ler)
O artigo 98 inciso II, por sua vez, diz o seguinte… (ler)
Juiz de paz não fez concurso pra Magistratura e não é magistrado. Não julga processo nem conflito de interesses. Justiça de paz – celebrar casamento
–> JUIZADOS DE PEQUENAS CAUSAS
Ao ser promulgada a Constituição usava a expressão ‘‘juizados de pequenas causas’’. Em 95 teve-se a lei 9099 que criou os Juizados Especiais CÍVEIS e CRIMINAIS. Estudaremos esta lei detalhadamente depois. No entanto, deve-se saber que esta lei criou literalmente nova estrutura jurisdicional. Estes juizados contam com atuação de juízes do Estado. O limite de competência da lei era 40 Salários Mínimos, e ficou estabelecido que a parte poderia escolher onde queria ser julgada. (justiça comum ou juizado especial) (cível)
(Art 61 da lei 9099/95 — 2 anos).
A partir deste ano teriamos um numero imenso que tramitariam na justiça normal que iriam pra essa justiça mais simples e menos burocrática. O sucesso desses juizados foi instantâneo. Em razão disso o legislador criou os juizados especiais federais (quis trazer para o âmbito da justiça federal a mesma lógica), mas a justiça federal usou um critério diferente: juizado especial cíveis tem limite de competência de até 60 salários mínimo e os criminais tem a mesma regra da lei estadual (2 anos art 61). O que faz com que o processo deixe de tramitar na justiça estadual e faz tramitar na justiça federal é quando houver interesse da União ou um de seus órgãos. Na prática, a justiça especial federal hoje julga SOBRETUDO casos referentes a INSS em competência ABSOLUTA (todos os casos referentes a INSS serão julgados LÁ), por mais que eles ultrapassem 60 salários mínimos: nesse sentido, a JESP Federal se congestionou mais do que a Justiça Federal, o que é uma ironia, pois ela foi criada justamente para descongestionar esta.  (ler isto duas vezes) =>
Juizados Especiais da Fazenda Pública entram como elementos para suprir carência dos Estados e dos Municípios: IPTU, ISS, ICMS, multa de trânsito, impostos estaduais e municipais e o valor de causa também for dentro do limite de 60 salário mínimo, ele poderá discutir judicialmente, de um modo mais simples/célere essa questão.
CNJ (Conselho Nacional de Justiça)
Conselho Nacional de Justiça NÃO exerce atividade jurisdicional, não profere sentença nem examina recurso. Em síntese a função principal do CNJ é o aperfeiçoamento do Poder Judiciário. Foi a emenda constitucional 45 que inseriu na Constituição essa atividade exclusivamente administrativa, em 2004. Ao prever a criação desse órgão, o constituinte teve algumas intenções básicas ao prever a composição de 15 membros(9 magistrados e 6 não-magistrados). O Presidente do CNJ é o Presidente do STF. Além do Presidente do CNJ, dentre os 9 magistrados participa também um Ministro do STJ, um Desembargador Federal e um Juiz Federal, um Desembargador Estadual e um Juiz Estadual, Juiz Estadual e Juiz do Trabalho. Há, portanto, uma composição múltipla/heterogênea. Dos 6 não magistrados, são: 2 integrantes do MP, 2 advogados e 2 cidadãos.
O CNJ exerce sua atividade através de sua ouvidoria, ou seja, o canal que ele tem para receber de qualquer um do povo para receber determinada reclamação. Depois que o CNJ foi criado ele passou a exigir de todos os Tribunais do Brasil a criação de uma ouvidoria própria. Corregedoria: o CNJ tem o poder também de disciplinar a conduta dos magistrados (Ex: caso juiz carro Eike Batista ; caso juiz bafômetro).
É necessário que haja proteções voltadas para o órgão e para a própria pessoa do Magistrado. A Constituição oferece algumas blindagens ao Poder Judiciário para que ele aja de forma isenta (art 99, 96 e 95). O art 99 já garante que o Poder Judiciário tem orçamento próprio, e, assim, capacidade de administração própria. O próprio poder judiciário estabelece sua forma de organização. … art 96 / 95
Juiz tem vitaliciedade depois de 2 anos de exercício (só podem perder o cargo por decisão judicial transitada em julgado)
inamovibilidade: direito de não ser removido do seu local de trabalho
irredutibilidade de subsídio
CURIOSIDADE: — Loman: lei orgânica da magistratura nacional (lei própria da magistratura que regula toda a atividade do magistrado ou sua função no Brasil) –> as garantias do Magistrado são as mesmas do art 25 desta lei. As vedações são as mesmas trazidas pela Constituição pelo art 95 parágrafo único. Há uma série de fatores que buscam colocar o juiz concentrado na atividade jurisdicional. Há também novidades: prerrogativas do Magistrado (art 33, direito de portar armas). 
aula segunda-feira, 6 de abril de 2015
http://www.artigojus.com.br/2012/04/comarca-entrancia-e-instancia-conceitos.html
Aula 15 – Organização Jurídica
Introdução: magistratura (ingresso, promoção – CF, art 93, entrâncias e instâncias); duplo grau; composição (CF, art 94); divisão (juízos, foros, regiões), época dos trabalhos (art 93, XII, e NCPC).
Supremo Tribunal Federal: superposição, composição, competências(súmulas vinculantes).
O Poder Judiciário é um instrumento que possibilita a aplicação do processo. Uma boa organização judiciária certamente possibilita um bom desenvolvimento do processo. Quando o Estado busca organizar a jurisdição, criar segmentos que atendem à jurisdição, há o interesse numa efetividade do processo.
Destaca-se que organização judiciária não é hierarquia dos Tribunais. Mas organização judiciária vai muito mais além. Hoje veremos pontos introdutórios fundamentais à compreensão da questão.
Magistratura:
Ingresso
Não se trata de defensor público, ministério público, juiz de paz. Refere-se àqueles que tem poder de julgar e aplicar a solução no caso concreto. Trata-se desde o juiz que acaboude tomar posse aos Ministros do Supremo. Todos são Magistrados. A lei fundamental que regula esta atividade é a LOMAN. LC 35/79.
Ingresso:
art 93, I da CF: concurso público(juiz substituto), sendo exigido 3 anos de atividade jurídica.
art 94 da CF: um quinto -> TJs / TRFs    (10 anos de carreira ADV e MP)   :  10% serão provenientes da advocacia e 10% serão provenientes do ministério público.
art 115:
art 104
art 101
Promoção
Promoção por antiguidade/merecimento, conjugadamente.
Na hieraquia dos Tribunais há as instâncias
1º grau – 1º instância – maioria dos casos recebe originariamente as causas que será objeto de análise em 2º grau ou 2º instância.
Grau superior/instância superior: Brasília.
Já entrância não tem nada a ver com hierarquia jurisdicional. Temos três entrâncias em MG, todas elas com mesma hierarquia constitucional. Há hierarquia administrativa, hierarquia de CARREIRA para o Magistrado. Ao ser investido, o Magistrado será investido na condição de Juiz Substituto numa primeira entrância e cada Estado pode definir, segundo seu critério, o seu critério para o que entrância. Para MG entrância é aquela comarca composta de vara única (aquela comarca em que há apenas um juiz responsável por todos os processos). Há critério objetivo que diz o que pode ser comarca de primeira entrância. Quando for possível(mínimo 2 anos), o juiz evolui para uma comarca de 2º entrância (aquela que tem de 2 a 5 varas – de 2 a 5 juízos para a lei de MG). Quando for possível (mínimo 2 anos), ele pode requerer pedido para ir à entrância especial ( + 5 de varas para MG).
Definição de entrância: grau da carreira do juiz. À medida em que o juiz se promove, passa de entrância.
Duplo grau de jurisdição
Não é garantido por dispositivo constitucional expressamente, mas é oriundo da organização judiciária.
Composição
Ao se falar em julgamentos em 1º grau de jurisdição eles sempre são feitos por juízes singulares. A partir do segundo grau de jurisdição os julgamentos passam a ser feitos por Colegiados, sendo necessário haver no mínimo 3 julgadores (1 relator, 1 revisor e 1 vogal)
Relator é aquele que fica responsável pelo relatório. Quando juiz vai sentenciar a primeira parte da sentença é o RELATO. ( se for um recurso haverá o RELATO do recurso ). Relata-se tema objeto de discussão. Depois do relato o relator dá o seu VOTO.  (Fala-se em voto pois não necessariamente será a sentença).
O revisor é responsável pela REVISÃO do voto do relator. Se ele discorda do relator, deve apresentar nova fundamentação.
Vogal: não deve nem relatar nem revisar. Tem função maior para fins de desempate.
Decisão monocrática: aquela proferida pelo relator (Ex: Recurso interposto por parte que sustenta tese contrária à jurisprudência contrária ao Tribunal, por exemplo). Se a parte insistir, pode haver revisão.
Divisão
Foro se refere à competência de atuação do juiz. Falar de foro, portanto, é falar da unidade territorial jurisdicional mínima. Não existe nenhum tijolo, nenhuma célula menor do que o foro em questão de composição de estrutura jurisdicional. No âmbito da Justiça Estadual essa unidade recebe o nome de comarca. No âmbito da Justiça Federal essa mesma unidade mínima recebe o nome deseção ou sub-seção. Sub-seção: ficam em algumas cidades grandes para evitar desgaste de pessoas que moram longe terem que ir até BH (onde fica a seção).
Juízo: uma ESTRUTURA. Trata-se da própria unidade territorial jurisdicional mínima. É uma unidade jurisdicional necessária para possibilitar o processo. (Professor desenhou, na sala, o fórum, ou seja, o juízo: advogados esperando na bacana, a secretaria do cartório ao lado do gabinete do juiz e a sala da audiência -TUDO isso é o JUÍZO)
A hierarquia da justiça estadual está sempre nas capitais dos estados que tem competência pra julgar recursos provenientes de todas as comarcas do estado.
Se, em MG eu tenho a Justiça Federal seção MG em BH os recursos são emitidos para Brasília para o Tribunal Regional Federal da 1º Região.
Época dos trabalhos
93 XII: bem intencionada, para garantir o pleno acesso à justiça; contudo, na prática só gerou stress sendo necessário criar:
medidas paliativas para compensar isso: norma interna de tribunal, que varia de tribunal para tribunal: recesso de final de ano. Tribunal edita normal suspendendo a atividade.
Recesso de fim de ano era: (20/12 a 07/01) 
a partir de 2015  –>
suspensão dos prazos processuais 20/12 a 20/01  (Vitória dos advogados)
Superposição-> STJ e STF  (teve 10min pra falar disso)
Sendo compostos por aqueles que têm notória saber jurídico, as competências do STJ e STF estão no art 102 da CF. O art 102 fala sobre competência originária ADIN, inciso II art 102 CF fala sobre recurso ordinário; falou-se sobre recurso extraordinário; art 105 inciso I; controle difuso.
Portanto, deve o Supremo processar e julgar originariamente A AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE.
Deve julgar, em recurso ordinário, o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injução decididos em uma única instância, bem como o crime político.
Julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância.
quinta-feira, 9 de abril de 2015
Aula 16 – Organização Judiciária – II
STJ: competência, composição, Conselho da Justiça Federal (Art 105, pu, II)
Justiça dos Estados: órgãos (LC 59/2001), organização (TJMG), comarcas, Justiça Militar (CF, art 122, 124 e 125, parágrafo 1º)
Justiça da União: Justiça Federal (competência e organização no TRF), Justiça Militar, Justiça Eleitoral (art 118) e Justiça do Trabalho (art 111 e 112).
STJ: assim como o Supremo, exerce a função de um Tribunal de superposição. Esse Tribunal, portanto, não se insere na estrutura de nenhuma Justiça específica, ficando acima e fora das Justiças especiais (trabalhista, eleitoral e militar) e comuns (estadual e federal). Feita essa primeira observação, para entender a função do Superior Tribunal de Justiça é importante fazer uma analogia ao STF.
O Supremo é o guardião da Constituição. O Superior Tribunal de Justiça deve fazer a guarda da legislação federal. Mas lei trabalhista federal, lei eleitoral e lei militar não caberá a ele. A sobra sim, cabe ao STJ. Quaisquer ações originárias de quaisquer áreas do país em princípio poderão ser remitidos a ele.
Art 105 da CF traz as 3 competências típicas do Superior Tribunal de Justiça sempre deste limite material (guarda da legislação federal):
I: Competência originária: crime comum de governador; MS ate de Ministro de Estado.
Assim como o STF tá lá em cima e excepecionalmente também terá competência originária, o STJ que em tese representa o 3º degrau na hierarquia dos tribunais pode ter competência originárias. É importante quebrar o preconceito de que todo processo deve começar em 1º grau de jurisdição. A ação é proposta e iniciada diretamente pelo STJ.
II: Competência recursal: recurso ordinário. A expressão recurso ordinário traduz a ideia de ‘’apelação’’, muito embora não seja a mesma coisa que isso.
(Mandato de segurança contra ato do governador deve ser impetrado no STJ, por exemplo).
III: RESP: Recurso Especial    (semelhante ao recurso extraordinário do STF)
( 99% dos casos que chegam ao STJ )
Decisão do TRF
: a) contrariar lei federal
interpretação divergente de outro tribunal
Ex: decisão do TJMG no entendimento da parte que perdeu viola dispositivo de lei federal, interpõe recurso especial para o STJ
decisão do TJMG no entendimento do parte que perdeu viola dispositivo de Constituição, interpõe recurso extraordinário para o STF.
(Se violar a lei federal E a Constituição a parte que perdeu terá 15 dias para interpor esses 2 recursos)
O dispositivo do artigo III do art 105 fala expressamente em decisão de TRIBUNAL. Já o análogo, do Supremo, (Art 102) não fala em Tribunal. Do ponto de vista processual, a diferença está no âmbito dos juizados processuais.
Dispositivo também diz que cabe julgamento quando a decisão proferida por TRF ou TJ der interpretação divergente dade outro tribunal. Em caso de divergência de jurisprudência, o STJ dá a última palavra quanto à melhor interpretação sobre o dispositivo em que há dúbio entendimento por diferentes Tribunais.
Essas competências mencionadas representam a atividade jurisdicional. Mas há também a atividade administrativa do STJ:
CONSELHO DA JUSTIÇA FEDERAL: art 105, parágrafo único
Composição: art 104 da CF fala da composição do STJ. Dizia-se que a composição seria no mínimo de 33 Ministros: 1/3 de desembargadores federais, 1/3 de desembargadores estaduais e 1/3 de advogados ou integrantes do Ministério Público.
Justiça dos Estados: é aquela que abarca maior número dos processos. O que não for justiça federal (depois de excluída a justiça especial: eleitoral/militar/trabalhista) cai na justiça estadual. Órgãos que compõem a justiça do estado. — lei de organização judiciária do estado de minas gerais, no artigo 9º, prevê os órgãos que compõem a Justiça Mineira:
Tribunal de Justiça  2º grau *
Tribunal de Justiça Militar 2º grau **
Turma Recursal da JESP 2º grau ***
Juízes de Direito 1º grau *
Juízes Militares 1º grau **
JESP 1º grau ***
Tribunal do Júri – competência de reexame do tribunal de Justiça *
Organização do Tribunal de Justiça
Câmara: grupo de colegiado reunidos em um Tribunal estadual. No caso de MG, o colegiado é composto tipicamente por 5 Desembargadores.
Turma: grupo de colegiado reunidos no STF/STJ.
Justiça Militar dos Estados/ Justiça Militar no âmbito Federal –> art 122 : STM, TJM, Juízes Militares. Competência da justiça militar: julgamento de crimes militares, previstos no Código Penal militar. É uma justiça fechada. STM tem 15 Ministros vitalícios, sendo 2/3 dele composto exclusivamente de membros de forças armadas. É natural que seja uma ordem que siga o seu próprio regimento.
O que difere a Justiça Militar da União da Justiça Militar dos Estados é o interesse dos sujeitos envolvidos na lide: se é membro das forças armadas(Exército, Marinha, Aeronáutica) é julgado pela justiça militar da união, já se é policial militar ou corpo de bombeiro é julgado pela justiça militar dos estados.
Justiça da União: art 109 da Constituição. No Tribunal Regional Federal há turmas que serão separadas segundo matérias para facilitar o desenvolvimento dos processos.
Justiça Eleitoral (Art 118): é uma justiça SAZONAL. Sua lógica é diferente e ela cria um sistema mais econômico para o Estado. Quando há necessidade, os Magistrados assumem os cargos para resolver essas questões. Art 118.
TSE
TRE
Juízes Eleitorais
_______________
Juntas Eleitorais : não exerce atividade jurisdicional.
Apesar de se tratar de uma justiça da União, na grande maioria das vezes os membros que a compõem são do Estado (juízes estaduais).
TSE compor-se-á, no mínimo, de 3 Ministros do Supremo, 2 do STJ, 2 advogados
TRE notar que na prática apenas há um desembargador federal. Interessante notar que talvez isso se dê pelo fato de as eleições se darem majoritariamente nos Estados e Municípios.
111 / 111 A
Justiça do Trabalho: mais informal/’’oral’’. Há comarcas que ainda não a tem, havendo a necessidade do Juiz de Direito (estadual) suprir esta lacuna, devendo conhecer o tema. Em Minas Gerais não temos este problema.
Art 109 parágrafo 3º: ater-se a ele.
 Aula segunda, 13 de abril de 2014 
Não fui – dia em que me roubaram- ( atualizar depois)
ATUALIZANDO:(CADERNO OUTREM)
Aula 17 – Ação
Conceito: jurisdição x ação, evolução histórica, prestação e tutela jurisdicional.
Juris + dictio: poder/dever do Estado de dizer o direito no caso concreto.
Jurisdicionados X Estado
1) Ato de realização (busca de) do direito subjetivo
2) O direito subjetivo (faculdade) de exigir do Estado a prestação jurisdicional. – (após séc. XIX)
3) Ato de exigir a prestação jurisdicional pelo Estado.
Elementos da Ação: partes (sujeitos do processo, parte em sentido amplo/restrito), pedido (mediato/imediato), causa de pedir, identidade de ações (litispendência, coisa julgada, mérito/ objeto da causa, conexão e continência)
Elementos da ação
Partes: Autor e Réu (titulares dos interesses contrapostos)
Sujeitos da Ação: Juiz; autor; réu; advogado; ministério público; auxiliares da justiça: (escrivão; escreventes; oficial de justiça; contabilista; [depositários; peritos]); terceiros – interesse jurídico no processo, tanto quanto no polo ativo como no passivo: (assistência; denunciação da lide).
Terceiro pode fazer parte? Exemplo do Ronaldinho e o Locatário
Pedido
Causa de pedir
Identidade de ações – Art. 301, CPC
Litispendência: duas lides ao mesmo tempo em andamento, juiz extingue aquela que começou depois.
Coisa julgada
Aula  quinta-feira 16/04/2015
Aula 18 – Condições da Ação e Classificação das Ações
Condições, carência da ação, momento do exame (recurso), NCPC.
Classificação das Ações : o pedido, a sucumbência, Ação Penal e Trabalhista
Se um advogado ajuíza ação requerendo indenização por dano material E dano moral ; outra havia requerido indenização por dano material. (Há identidade PARCIAL entre as ações – temática da outra aula)
Na continência a lei determina a REUNIÃO dessas ações pra evitar a prolação de sentenças.
Art 104 do CPC. (Identidade quanto às partes e causa de pedido, mas objeto de uma, por ser mais amplo, abrange a outra).
Se o juiz percebe que há ações conexas ou pela causa de pedido ou pelo seu objeto ele pode determinar a reunião dessas ações.
(Ex: familiares do jovens que morreram na boate Kiss demandam indenização; causa de pedido é a mesma. 50 ações espalhadas pela comarca de Santa Maria e, em tese, o juiz podeira reunir as ações. No entanto, é grade demais a disparidade de pedidos possivelmente e isso provavelmente não seria adequado.)
Caso em que a reunião das ações TEM que acontecer: — locador ajuíza ação de despejo contra o locatário, que havia ajuizado ação renovatória contra locador. Se o primeiro caiu pra 2ª cível e o segundo caiu para a 30ª cível; é possível que ambos os pedidos sejam julgados procedentes, o que geraria um conflito ( um juiz diz que tem que ficar e outro diz que tem que sair ) – necessidade de reunir as ações para não haver decisões contraditórias.
Reunião – PROXIMIDADE DE AÇÕES NÃO NECESSARIAMENTE IDÊNTICAS.
Falou-se na aula passada que o autor tem direito de ação porque tem direito de exigir do Estado o cumprimento da prestação jurisdicional. Prestar jurisdição é examinar problema, não necessariamente vencer ação. Para que o autor possa exigir isso do Estado ele precisa preencher certos requisitos. Diz o artigo 3º do CPC: / art 267 : interesse/legitimidade/possibilidade jurídica do pedido.
Se faltar qualquer um desses pedidos, o autor será CARECEDOR DA AÇÃO (impossibilidade de a parte exigir do Estado o cumprimento da prestação jurisdicional). Carência da ação é, portanto, muito diferente da perda da ação. É tão somente a não examinação do mérito.
Juiz sempre julga de três modos (procedente, parcialmente procedente, improcedente) ou NÃO JULGA. Neste caso o juiz NÃO JULGA.
Interesse: cabe ao autor demonstrar a necessidade e a utilidade do processo, sob pena de o juiz não receber a petição inicial. Ajuizar ação de cobrança antes do vencimento da dívida é um exemplo em que não há interesse. É razoável que o autor demonstre, na petição inicial, que tentou resolver o problema e não tem outra escolher a não ser requerer a prestação jurisdicional. Além disso, o processo não é instrumento de vingança(esposa traída) nem mencanismo para auferir posicionamento de Tribunal(dúvidas teóricas): deve haver utilidade para o autor. O processo deve ter UTILIDADE. E a utilidade do processo também se verifica pela adequação do provimento pleiteado, ou seja, o autor deve apresentar pedido que seja capaz de gerar utilidade pretendida no processo sob pena do processo ser ineficiente pra ele. (Há divergência na doutrina quanto a isso pois há processualistas que dizem que a adequação do provimento pleiteado é uma questão de ORDEM TÉCNICA e não pode ser utilizada para tirar a credibilidade do interesse)