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RELATORIO DE ESTAGIO DOCÊNCIA ED. INF. ANOS INICIAIS Renata de Oliveira Pinto Silva

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FACULDADE EDUCACIONAL DA LAPA 
SEGUNDA LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO: DOCÊNCIA NA EDUCAÇÃO 
INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 RENATA DE OLIVEIRA PINTO SILVA - 170120294 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BETIM 
2017
 
FACULDADE EDUCACIONAL DA LAPA 
SEGUNDA LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO: DOCÊNCIA NA EDUCAÇÃO 
INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 
 
 
Trabalho apresentado como requisito parcial 
para a atribuição de nota na disciplina de 
Estágio Supervisionado, do curso de Segunda 
Licenciatura em Pedagogia da Faculdade 
Educacional da Lapa – FAEL. 
 
Orientador: Profª Thais Cristina Rodrigues 
 
 
 
 
 
 RENATA DE OLIVEIRA PINTO SILVA - 170120294 
 
 
 
 
BETIM 
 
2017
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 04 
2 DESENVOLVIMENTO ................................................................................................. 09 
2.1 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ............. Erro! Indicador não definido.3 
2.2 DESCRIÇÃO DA DOCÊNCIA ................................................................................ 13 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 18 
REFERÊNCIAS .......................................................................... Erro! Indicador não definido. 
 
 
4 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O presente trabalho refere-se ao Relatório de Estágio Supervisionado 
Docência na Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, realizado na 
Escola.Centro de Educação Infantil Portas Abertas. 
 
 O estágio supervisionado em educação infantil e anos iniciais do ensino 
fundamental tem como objetivo, Vivenciar processos de ensino e pesquisa na 
escola-campo/centro de educação infantil/creches, ou em outros espaços 
previamente aprovados, para que os alunos desenvolvam condições e convicções 
favoráveis à continuidade da sua formação. Elaborar, desenvolver e avaliar projetos 
educativos, a partir do diagnóstico da realidade da educação infantil e anos iniciais 
do ensino fundamental, construindo formas de atuação, com vistas à melhoria da 
educação de crianças, jovens e adultos. Desenvolver conhecimentos, habilidades e 
atitudes relativas à profissão docente, considerando o contato direto com o campo 
de estágio e a formação teórica proporcionada pelo curso. 
 Educação Infantil é a fase que envolve crianças de 0 a 6 anos de idade, 
considerada a primeira etapa da Educação Básica. Seu objetivo é o 
desenvolvimento integral das crianças, ou seja, não apenas o cognitivo, mas 
também o físico e o socioemocional.Esta fase está dividida em dois segmentos: 
creche (crianças de 0 a 3 anos) e pré-escola (crianças de 4 a 5 anos e 11 meses).A 
primeira infância é um período crucial na vida das crianças, é nesta fase que elas 
adquirem capacidades fundamentais para o desenvolvimento de habilidades que 
irão impactar na sua vida adulta, por isso, cuidar da Educação Infantil é cuidar do 
futuro das nossas crianças. 
Neste quarto parágrafo apontem brevemente a metodologia utilizada, ou seja, 
quais métodos utilizaram e o que fizeram, citando as observações participantes em 
sala de aula e a docência na aplicação dos planos. Deve ser uma síntese. (Ex.: Para 
a realização deste trabalho foram realizadas observações participantes na escola e 
em uma das turmas da mesma. Também foram planejados e aplicados 05 planos de 
aula com temas e conteúdos diversos 
 
 O texto deste relatório está subdividido da seguinte forma: esta Introdução, 
que apresenta de forma geral o conteúdo do trabalho; o desenvolvimento que 
apresenta a caracterização da instituição; a observação frente aos processos de 
inclusão a observação da turma e a descrição da docência. O trabalho está dividido 
em capítulos organizados por temáticas diversas. Alguns apresentam subitens, que 
consideramos de extrema importância para a compreensão das atividades realizadas 
durante o Estágio Supervisionado. No primeiro momento, destacamos a importância do 
Estágio para a formação do futuro educador. Na sequência, fazemos a 
contextualização e a caracterização do Estágio Curricular na Educação Infantil, trazendo 
alguns dados sobre a Escola, além da explicitação do desejo de realizar as 
atividades neste espaço e a importância tanto do PPP - Projeto Político-Pedagógico - 
quanto das avaliações educacionais realizadas hoje no Brasil. Apresentamos também 
os recursos humanos da Instituição. Apresentadas estas questões, relatamos o 
momento do desenvolvimento do Estágio Curricular na Educação Infantil, buscando 
trabalhar, de forma breve, o contexto histórico da criança enquanto ser social e as 
5 
 
 
mudanças ocorridas. A partir disto, com o olhar cuidadoso, passamos ao momento da 
regência, que vai desde a observação do espaço físico à escolha da turma para 
realização do Estágio Obrigatório. A próxima temática a ser discutida é a regência, 
que foi baseada no projeto alfabetizar com o lúdico. Mais à frente, ainda sobre a prática 
educativa, abrimos espaço para dissertarmos sobre a importância de realizar o 
planejamento do trabalho docente. Por fim, relatamos as intervenções realizadas em 
sala de aula, nossos momentos de aprendizagens e reflexões. 
 Para a realização deste relatório, utilizamos como referência 
bibliográfica a Constituição da República Federativa do Brasil (1988), o Referencial 
Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998), além dos Parâmetros de Qualidade 
da Educação Infantil (2006). Para fundamentar e articular as discussões, o aporte 
teórico utilizado foi baseado nas contribuições de autores, tais como Ariès (1978), 
Craidy e Kaercher (2001), Fernandes e Gremaud (2009), Fontana e Cruz (1997), 
Libâneo (1986), Lopes e Vieira (2011), Pimenta e Lima (2004/2005), Santomé (1988), 
Tardif (2002) e Veiga (1995). Estes foram de suma importância para a consolidação dos 
saberes necessários a ser utilizados na escrita deste relatório. 
 
1.1 A importância do Estágio para a atuação do futuro educador 
 
 A importância do Estágio Curricular para a formação acadêmica é inquestionável. 
Destacamos este momento como uma forma mais efetiva de relacionar teoria e 
prática, articulando os conhecimentos compartilhados na graduação. 
 Em cursos como o de Pedagogia, que ainda é considerado bastante teórico, 
quando chegamos à prática, muitas vezes temos a sensação de estar perdidos. 
Quantas vezes ouvimos a seguinte afirmação: na teoria é assim, na prática é outra 
coisa. Para Pimenta e Lima (2004), 
O estágio sempre foi identificado como parte prática dos cursos de formação de 
profissionais em geral, em contraposição à teoria. Não é raro ouvir-se dos 
alunos que concluem seus cursos se referirem a estes como „teóricos‟, que a 
profissão se aprende „na prática‟, que certos professores e disciplinas são por 
demais „teóricas‟. Que „na prática‟ a teoria é outra. (PIMENTA; LIMA, 2004, p.06). 
 
Sabemos que não é bem assim. No curso de Pedagogia , pudemos 
perceber que, embora os primeiros semestres sejam de caráter bastante teórico, 
algumas disciplinas têm a preocupação de propor atividades para que possamos, 
em escolas, conhecer a sua realidade por meio de observações e entrevistascom 
profissionais da área. Acreditamos que estas atividades foram de fundamental 
importância para nossa formação, pois, a partir delas, passamos a conhecer 
como se dá a atuação do profissional da educação na prática. Além disso, na 
medida em que passamos a vivenciar tal realidade, nos deparamos com situações 
ocorridas no ambiente escolar, o que contribui para a nossa futura atuação 
profissional. A partir desse momento, começamos a nos questionar: É esta 
profissão que quero seguir? Será que, ao final do curso, estarei preparada para 
atuar como professora? O momento do Estágio Supervisionado torna-se importante à 
6 
 
 
medida que nos ajuda a responder, de fato, a tais questionamentos. Podemos 
afirmar que é um espaço crucial no processo de formação do pedagogo. 
As atividades desenvolvidas neste processo tornam-se essenciais quando 
pensamos no desenvolvimento de competências indispensáveis a uma atuação 
pedagógica responsável. Por meio delas, é possível refletir de que maneira tais 
atividades contribuem para o aprendizado dos alunos envolvidos e para nossa 
formação continuada. 
Analisar a nossa atuação no papel de professores, promovendo a 
contextualização dos temas trabalhados na busca da formação do pensamento 
crítico e reflexivo dos alunos, almejando sempre uma formação cidadã e para a 
equidade social, é fator determinante nesse momento. O Estágio Supervisionado 
torna-se o eixo central na formação acadêmica do futuro professor, pois é por meio 
deste que o educando tem acesso aos conhecimentos indispensáveis para a 
construção da identidade e dos saberes do cotidiano (PIMENTA; LIMA, 2004). 
Embora o momento da práxis seja aguardado por todos os estudantes dos 
cursos de Pedagogia e Licenciaturas com muita ansiedade, algumas questões 
precisam ser problematizadas quando refletimos sobre este processo formativo: 
Como trabalhar os conceitos, se, quando vamos para a prática, principalmente na 
rede pública de ensino, existem barreiras que, muitas vezes, não permitem que a 
atividade seja realizada com eficiência? Como promover propostas motivadoras 
para a turma que iremos atuar? Será que o professor responsável pela turma 
oportunizará momentos, em sua aula, para a realização das atividades propostas 
pelos estagiários? Essas e outras questões e problemáticas serão abordadas 
neste trabalho. 
Durante o Estágio Supervisionado, a observação é o primeiro passo deste 
momento de formação, tornando-o essencial para o sucesso das atividades a serem 
desenvolvidas. Permite conhecer o contexto da sala de aula e as práticas educativas 
utilizadas pelo professor titular. Verificar o dia a dia dos alunos ajuda a entender o 
que mais lhes interessa e, assim, abre caminhos para percebermos de que 
maneira vamos abordar os temas e trabalhá-los dentro e fora da sala de aula. 
Ou seja, dá-nos as condições concretas da escola e da turma escolhida. Para 
isso, o professor deve conhecer bem seus alunos e perceber em qual contexto 
está inserido, se aquilo que o aluno estuda é interessante para a vida dele ou se 
não está muito distante de seu cotidiano. A observação realizada com o objetivo 
de criar estratégias e organizar a ação docente está em conformidade com uma 
proposta de planejamento crítico, reflexivo e comprometido com o processo de 
ensino-aprendizagem, pois favorece a seleção consciente e diversificada de 
conteúdos, metodologias e avaliação. 
A segunda etapa é a identificação do nível de aprendizagem em que os 
educandos se encontram. Com estes dados em mãos, é possível trabalhar temas 
desafiadores e desenvolver atividades mais significativas, tanto para os alunos quanto 
para nós, em processo de formação. Destacamos outro momento importante neste 
momento: o de conhecer a realidade e a comunidade escolar a ser trabalhada, e 
também o de respeitar as opiniões e as “dicas” do professor titular. Somente assim 
o estagiário poderá desenvolver uma prática criativa e transformadora pela inserção 
de teorias que sustentam o trabalho do professor. 
7 
 
 
Quando chegamos à prática, realmente percebemos um cenário diferente, 
muitas vezes já idealizado por nós, mas nunca com o real tamanho da complexidade 
do sistema público de ensino. 
Em determinadas situações, é bastante desafiante relacionarmos as 
teorias aprendidas na Academia com a prática docente em sala de aula. 
Principalmente quando lidamos com a distorção série/idade, algo tão comum nas 
instituições brasileiras e da nossa cidade. A este respeito, cabe refletirmos: Como 
trabalhar alfabetização com crianças que se encontram em uma mesma sala de 
aula, com níveis distintos de aprendizagem? Será que vamos conseguir atingir a 
todos os alunos? Essa é uma problemática que permeia as instituições públicas e 
que vamos identificar, de forma mais efetiva, quando estivermos atuando como 
professores. Só podemos planejar uma atividade para determinada situação se 
nos oferecerem a oportunidade de vivenciá- las. 
A atividade docente é bastante complexa e não se restringe somente aos 
muros da escola e à formação inicial. Estamos no momento de constante mudança e 
o profissional da educação precisa se preparar para atuar nesse contexto. O 
professor deve ter em mente que uma formação continuada é algo necessário em 
sua vida profissional, já que, quando falamos em educação, não é possível 
pensarmos em propostas fixas, cristalizadas e em um círculo fechado, sem espaço 
para a mudança. É esta formação que valoriza o professor como sujeito de 
transformações que precisam se processar continuamente na escola e na 
sociedade. 
Consoante aponta o Plano Nacional de Educação (2001), 
 
A formação continuada do magistério é parte essencial da estratégia de 
melhoria permanente da qualidade da educação, e visará à abertura de 
novos horizontes na atuação profissional. A formação continuada assume 
particular importância, em decorrência do avanço científico e tecnológico 
e de exigência de um ní vel de conhecimentos sempre mais amplos e 
profundos na sociedade moderna. 
 
A formação continuada torna-se imprescindível à medida que possibilita 
ao professor a constituição dos seus saberes, num processo contínuo. Promove a 
ampliação do seu conhecimento, implicando diretamente o crescimento pessoal e 
profissional para atuar, de maneira adequada, no contexto escolar. Logo, 
reconhecemos, assim como Geraldi (2010), que o curso de formação docente nos 
forma, mas não nos torna professores. Para tal empreitada, faz-se necessária 
uma formação continuada que articule os saberes vivenciados na prática com 
os conhecimentos e desafios diários que se apresentam na sociedade e para a 
educação. 
Segundo Pimenta e Lima (2005), os currículos dos cursos de formação de 
professores têm se constituído em um aglomerado de disciplinas, que, muitas vezes, 
não são utilizados no campo da atuação profissional. Esta lacuna entre a teoria e 
prática nos deixa, em determinados momentos, com dificuldades de planejar 
situações de aprendizagens que, de fato, sejam executáveis no contexto das 
escolas públicas e tragam contribuições para o processo de ensino-aprendizagem. 
Porém, esta situação pode ser amenizada quando realizamos o contato in loco 
8 
 
 
com a realidade do contexto sociocultural do aluno, alicerçado pelas teorias que 
estudamos e compartilhamos no interior das disciplinas e, principalmente, quando 
tornamos este momento objeto de reflexão. Diante deste contexto de reflexão, 
podemos propor atividades para contribuir com uma educação de qualidade. 
 Torna-se importante, durante o processo de formação,que os estudantes 
vivenciem práticas interdisciplinares desde a universidade, pois somente assim poderão 
ter condições e coragem de transformar o ato pedagógico num ato de conhecimento 
da vida. Ao chegar à sala de aula, o professor deve ter propriedade do conhecimento 
científico e todo o seu processo de organização e didática a ser utilizada e, além disso, 
deve construir com seus alunos o alicerce do conhecimento, fazendo com que os 
educandos possam expressar seus sentimentos, desejos e saberes. 
 Neste sentido, muitas instituições de ensino estão assumindo um caráter 
interdisciplinar no que diz respeito aos cursos de Pedagogia, pois acreditam que as 
questões sociais e os problemas do cotidiano devem ser contemplados no trabalho 
curricular nas salas de aulas e escolas. Por isto, é de extrema importância que os 
alunos do curso de formação de professores tenham o contato com a realidade da sala 
de aula, sempre tentando propor o intercâmbio de ideias entre o que se diz e o que se 
faz, ou seja, entre a teoria e a prática. 
 Os professores em processo de formação precisam estar disponíveis e envolvidos 
para trabalhar em sala de aula com uma proposta de ensino que faça uso da 
interdisciplinaridade, pois é a partir dela que é possível trabalhar do contexto geral ao 
particular e articular as disciplinas umas às outras. Como diz Libâneo, “o importante 
não é a transmissão do conhecimento específico, mas despertar uma nova forma da 
relação com a experiência vivida” (LIBÂNEO, 1986, p.13). A prática educacional está 
muito além de compartilhar conhecimentos, ou seja, não deve permear apenas a 
transmissão sistematizada do saber, mas oferecer condições reais para que os alunos 
possam enfrentar os problemas e as questões postas pela sociedade. 
Segundo adverte Santomé (1988, p. 73), 
 
O ensino baseado na interdisciplinaridade tem um grande poder 
estruturador, pois os conceitos, contextos teóricos, procedimentos, 
etc., enfrentados pelos alunos encontram-se organizados em torno 
de unidade mais globais, de estruturas conceituais e metodológicas 
compartilhadas por várias disciplinas. 
 
 
 É notório que, quando a escola trabalha com uma prática embasada pela 
interdisciplinaridade, os alunos têm mais facilidade de ultrapassar os limites da 
disciplina concreta, enfrentando desafios, analisando e solucionando problemas 
novos, tendo em vista que existe uma motivação para aprender que vai além dos 
conhecimentos apresentados nas disciplinas. 
9 
 
 
2 DESENVOLVIMENTO 
 
 Interessamo-nos em realizar o estágio nesta escola, pois é considerada uma das 
melhores da região. Por morar próximo da escola, já conhecia o trabalho que é desenvolvido 
na comunidade escolar que têm como proposta o desenvolvimento de uma educação que 
respeita a diversidade cultural promovendo o enriquecimento permanente do universo de 
conhecimentos. 
 Durante toda a nossa vivência na instituição ficou claro que a equipe escolar se 
preocupa, de fato, com a qualidade da educação que oferecem. Este foi um dos pontos mais 
importantes para a realização do nosso trabalho, pois é uma preocupação que está 
registrada no Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola, como também é algo que vai 
de encontro com as necessidades que existem hoje na educação. 
Devido às mudanças ocorridas na última década do século XX, algumas 
questões relativas à educação, ganharam uma ênfase maior no que diz respeito ao 
acesso irrestrito e a permanência com qualidade das crianças nas escolas. Deixou-se de 
pensar em uma estrutura hierarquizada de administração, partindo para a 
descentralização de responsabilidades e tarefas, de modo que as instituições e seus 
envolvidos passassem a ser avaliados. Nesta perspectiva é de extrema importância 
mensurar o desempenho e exercer a prestação de contas à sociedade das políticas e 
programas implantados. 
As avaliações educacionais realizadas hoje em nosso país estão diretamente 
relacionadas ao desempenho destas e o seu real funcionamento dentro da educação. 
Com o intuito de aumentar o conteúdo informacional da avaliação e suas consequências 
sobre as escolas, foi implementado, a partir de 2005, a Prova Brasil, que permite 
agregar à perspectiva diagnóstica a noção de responsabilização (FERNANDES; 
GREMAUD, 2009). 
Hoje a realização desta prova nas escolas é considerada pelos educadores 
um mecanismo de extrema importância, pois é através dos resultados obtidos na Prova 
Brasil, que podem analisar a qualidade da educação em cada instituição, como também 
se sua prática está coerente. Acredito que esta prova, não traga uma real situação da 
educação brasileira, tendo em vista que na correção destas avaliações, não é 
considerado o contexto como um todo, além de apresentar um peso maior do aspecto 
quantitativo sobre o qualitativo. Penso que o professor não pode depender 
exclusivamente deste tipo de instrumento para avaliar seus alunos, tendo em vista que 
a avaliação deva acontecer de forma contínua, observando todos os aspectos do 
educando e seu tempo de aprendizagem. 
Ao chegar à escola todos nos receberam muito bem, desde a diretoria, ao 
pessoal do suporte pedagógico e os professores. Isso contribuiu bastante para o fácil 
acesso aos documentos da escola, como o PPP e as pessoas que fazem parte da 
gestão escolar, o que foi de extrema importância para realização das atividades na 
escola, já que poderíamos nortear nossas atividades baseadas no projeto da escola. 
Considero que o PPP foi muito bem elaborado, pois toma por base as 
necessidades encontradas na realidade da instituição e dos educandos, atrelados aos 
documentos oficiais nacionais direcionados a Educação Infantil e as teorias abordadas 
nas diferentes disciplinas do curso de pedagogia. Um dos documentos importantes para 
a realização do projeto foi o Parâmetro de Qualidade da Educação Infantil proposto 
pelo Ministério da Educação. 
Em síntese, para propor parâmetros de qualidade para a 
Educação infantil, é imprescindível levar em conta que as 
crianças desde que nascem são: cidadãos de direitos; 
10 
 
 
indivíduos únicos, singulares; seres sociais e históricos; 
seres competentes, produtores de cultura; indivíduos 
humanos, parte da natureza animal, vegetal e mineral. 
(BRASIL, 2006, p.18) 
 
 
É com base nestes princípios e fundamentos primordiais para a qualidade da 
educação infantil que a instituição escolhida trabalha. 
A instituição possui uma estrutura física bem conservada, como podemos 
perceber nas fotos abaixo. Em suas dependências encontramos: 20 salas de aula, 
sendo quatro delas com 2 banheiros (destinadas a educação infantil); 1 cozinha; 1 
laboratório de informática com 19 computadores, mas sem uso (por falta de instalações 
elétricas); 1 quadra de esportes; 1 biblioteca; 1 diretoria; 1 secretaria; 1 almoxarifado; 
1 sala multifuncional; 1 sala dos professores e 13 banheiros divididos da seguinte forma: 
6 para os alunos e 3 administrativos. 
A escola, também, possui o Conselho Escolar que é constituído por 
representantes de pais, estudantes, professores, demais funcionários, membros da 
comunidade local e o diretor da escola. Segundo a diretora todos participam das 
decisões da gestão administrativa, pedagógica e financeira da escola, contribuindo 
com a melhoria da qualidade do ensino, como também das funções deliberativas, 
consultivas, fiscais, mobilizadoras e pedagógicas. 
O Projeto Político Pedagógico da escola explícita a importância da participação 
de todospara construir uma escola com educação de qualidade. A instituição 
apresenta uma gestão democrática que possibilita uma interação entre família, 
docentes e discentes. Juntos unem forças para propor um ambiente de formação, seja 
na escola, em casa ou na comunidade. Segundo Veiga (1995), é necessário 
decidir, coletivamente, o que se quer reforçar dentro da escola e como detalhar as 
finalidades para se atingir a almejada cidadania. Para que isto aconteça à educação 
infantil deve estar fundamentada na função indissociável do cuidar e educar, como 
também atender os direitos e necessidades próprias das crianças no que se refere à 
saúde, alimentação, higiene, proteção e acesso ao conhecimento sistematizado. 
Na Educação Infantil o Cuidar e Educar estão entrelaçados. O 
desenvolvimento, a construção dos saberes, a constituição do ser não ocorre em 
momentos estanques e de maneira compartimentada, tudo isto acontece de forma 
conjunta. É necessário, portanto, ter uma visão integrada do desenvolvimento da 
criança. 
O cuidado preciso considerar, principalmente, as 
necessidades das crianças, que quando observadas, 
ouvidas e respeitadas, podem dar pistas importantes sobre 
a qualidade do que estão recebendo. Os procedimentos de 
cuidado também precisam seguir os princípios de 
promoção da saúde. Para se atingir os objetivos dos 
cuidados com a preservação da vida e com o 
desenvolvimento das capacidades humanas, é necessário 
que as atitudes e procedimentos estejam baseados em 
conhecimentos específicos sobre desenvolvimento 
biológico, emocional e intelectual das crianças, levando em 
conta diferentes realidades socioculturais. (BRASIL, 1998, 
p. 25). 
 
Na educação infantil o cuidar está inserido na educação e precisa estar 
acompanhado do verbo educar. O tempo de aprendizagem nesta etapa acontece de 
11 
 
 
maneira diferenciada, por isso é importante estar atento a esta questão. É necessária a 
articulação de vários campos do conhecimento e cooperação de profissionais de 
diferentes áreas de atuação, Fonoaudiólogos, Psicólogos, entre outros. 
O educar na educação Infantil deve propiciar as crianças situações real de 
aprendizagem baseadas nas concepções de desenvolvimento que consideram os 
educandos nos seus contextos sociais, ambientais, culturais. 
 
A instituição de educação infantil deve tornar acessível a 
todas as crianças que a frequentam, indiscriminadamente, 
elementos da cultura que enriquecem o seu 
desenvolvimento e inserção social. Cumpre um papel 
socializador, propiciando o desenvolvimento da identidade 
das crianças, por meio de aprendizagens diversificadas, realizadas 
em situações de interação (BRASIL, 1998, p. 23). 
 
As situações de aprendizagem devem ocorrer de forma integrada, contribuindo 
de fato para o seu desenvolvimento e basear-se em atividades intencionais integradas 
e que permeiem as relações interpessoais, propiciando o conhecimento a partir do 
contexto social. 
Na idade medieval, a criança era vista como um adulto em miniatura, e desde 
muito cedo enviadas para o trabalho, muitas não tinham nem condições de brincar, e 
logo que entravam na infância, não precisavam mais de cuidados básicos, pois eram 
obrigadas a realizarem atividades de adulto. Isso pode ser verificado nos desenhos e 
pinturas da época que enfatizavam essas concepções e não respeitavam as devidas 
proporções entre criança e um adulto, muito menos os fatores intrínsecos eram 
respeitados (como os hormonais), principalmente, a maneira como as crianças viam o 
mundo, desta forma observamos também que as crianças se vestiam e tinham 
comportamentos de adultos (Figura 03). 
Neste período, eram poucas as crianças que iam à escola. A educação 
acontecia nas paróquias ou mosteiros. O momento da brincadeira era visto como fútil 
com uma única utilidade, a distração. Mulheres e crianças eram consideradas seres 
inferiores que não mereciam nenhum tipo de tratamento diferenciado, sendo inclusive a 
duração da infância reduzida. De acordo com Ariès (1978), por volta do século XII era 
provável que não houvesse lugar para a infância, uma vez que a arte medieval a 
desconhecia. Os estágios da infância eram desconsiderados, sua socialização não era 
controlada pela família e a educação era garantida pela aprendizagem de tarefas 
realizadas juntamente com os adultos. 
Por volta do século XVII, consolidaram os primeiros conceitos de que a infância 
era uma etapa da vida que necessitava de cuidados próprios. Desde então a infância 
passou a ser analisada de outra forma. Essa concepção teve como principal 
representante o pensador Jean Jacques Rousseau, considerado o “pai da pedagogia 
contemporânea”. 
Além disso, Rousseau também criou inúmeros brinquedos educativos. A 
princípio estes brinquedos eram para estudar crianças com deficiência mental, mas, 
depois foram utilizados para o ensino das crianças ditas “normais”. Por isso, ele tem 
até hoje grande importância para a pedagogia. 
Recentemente, depois da década de 70, as escolas brasileiras começaram a 
trabalhar com materiais lúdicos, brinquedos pedagógicos e materiais didáticos. Algumas 
escolas já deixaram de lado a metodologia de repetição na pré-escola. Porém não 
são todas as escolas que trabalham com as brincadeiras para desenvolver o 
cognitivo das crianças. Segundo Fontana (1997), nos últimos anos, a psicologia, tem 
12 
 
 
mostrado que a brincadeira tem um papel importante no desenvolvimento da criança e 
que ela satisfaz algumas de suas necessidades. 
Figura 03 - Crianças Trabalhando e Crianças brincando no século XVII 
Fonte: http://nanamada.blogspot.com/ 
 
 
No Brasil, as leis recentes para Educação Infantil são reflexos da nossa atual 
Constituição que foi promulgada em 1988. A partir dela as crianças no Brasil 
passaram a serem consideradas, de fato, sujeitos de direito. 
É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança 
e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à 
saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à 
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e a convivência 
familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de 
negligência, discriminação, exploração, violência e opressão 
(BRASIL, 1988). 
 
Oito anos após a Constituição de 1988, tivemos a Lei de Diretrizes de Bases em 
1996 que também estabeleceu novas diretrizes para Educação Infantil. A inserção 
da educação infantil na educação básica, afirmada no Art. 22 da Lei: “a educação básica 
tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum 
indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhes meios para progredir no 
trabalho e nos estudos posteriores” forneceu a esta etapa de ensino mais ênfase e 
importância. 
Estabelecida como primeira etapa da educação, a LDB apresenta em seu Art. 
29 que “A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade 
o desenvolvimento integral da criança até os seis anos de idade, em seus aspectos 
físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da 
comunidade”. Logo, esta etapa passa a ser o reconhecimento de que a educação 
começa nos primeiros anos de vida e é essencial para o cumprimento de sua finalidade. 
Segundo Craidy e Kaercher (2001), nem os pais, nem as instituições de 
atendimento, nem qualquer setor da sociedade ou do governo poderão fazer com as 
crianças o que bem entenderem ou o que considerarem válido. Todos são obrigados 
a respeitar os direitos definidos pela Constituição eLDB. 
Quando cursamos a disciplina de Educação Infantil, percebemos na teoria 
como de fato deve ser a postura de um professor lotado nesta etapa de ensino. Sua 
prática deve ser organizada de modo que as crianças possam desenvolver com 
confiança sua capacidade e percepção das limitações. Conhecer seu próprio corpo, 
suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo hábitos de higiene pessoal. Ampliar 
suas relações sociais por meio de vínculos com outras crianças e adultos. Saber 
13 
 
 
utilizar diferentes linguagens, entender as diversidades e expressar suas emoções, 
sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades. 
Durante os momentos em sala de aula pude perceber que os estudos 
realizados nesta 
disciplina foram primordiais para a realização do planejamento e das aulas no período 
da regência. Acredito na importância da realização da atividade de estágio para nossa 
formação, pois é o ponto de partida para vivenciar, na prática, as experiências da sala 
de aula e como parte integrante de uma comunidade escolar. Além de poder analisar a 
prática à luz da teoria estudada na academia e pensar nossa futura atuação enquanto 
professores. 
 
 
2.1 OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE DA TURMA 
 
 
O primeiro encontro para desenvolver as atividades do plano de ação foi no dia 16 
de novembro de 2017. Este foi o momento apenas de observar o cotidiano em sala de 
aula e fazer as anotações que considerássemos importantes. 
A professora foi bastante atenciosa, mas deixou claro no primeiro encontro que 
sua intenção era estar no ensino fundamental, mas que por falta de escolha teve que 
assumir a turma de educação infantil. Apresentei-me as crianças e percebi que 
estavam um pouco tímidas, mas com o decorrer do dia foram se familiarizando. 
O processo de familiarização da professora com os alunos durou duas semanas. 
A docente buscou conhecer as crianças, onde moravam, quantos anos tinham o que 
gostavam de fazer, entre outros. Em seguida iniciou uma atividade de sondagem para 
perceber o nível de desenvolvimento das crianças, pelo menos foi o que percebemos, 
mas só tivemos uma resposta concreta nas próximas visitas. 
Estes momentos foram importantes para que pudéssemos analisar e planejar as 
aulas e projetos para turma. Além disso, verificamos a real necessidade dos alunos do 
nível IV da educação infantil que foi a turma escolhida por nós para fazermos nosso 
primeiro estágio curricular obrigatório na educação infantil. Lembramos que essas 
crianças tinham entre 5 e 6 anos de idade. Escolhemos esta turma para fazer as 
observações e regência, pois já havíamos cursado a disciplina de Alfabetização e 
Letramento I Consideramos que esta turma seria ideal para colocar em prática o que 
já havíamos aprendido em tal disciplina. De fato, a escolha foi bastante certa, no 
sentido que as atividades propostas desenvolvidas tiveram uma repercussão bastante 
significativa para o aprendizado dos alunos, baseada nesta perspectiva, começamos a 
articulação para nossa próxima etapa que seria a regência. 
 
 
 
2.2 DESCRIÇÃO DA DOCÊNCIA 
 
Nos dias de observação percebemos que a professora em sua prática trabalhava 
com as famílias das letras. Isso pode ser demonstrado na fala da docente: - “hoje 
vamos trabalhar a família do B - ba, be, bi, bo, bu”. Minha intenção neste trabalho não é 
criticar ou desfazer da metodologia adotada pela docente, porém considero ser mais 
significativo trabalhar com as letras dentro de um contexto mais amplo e fazendo relação 
14 
 
 
com aquilo que a criança vivencia, trazendo significado para o alfabetizando. Para isso, 
o professor tem que fazer uma investigação inicial sobre os conhecimentos prévios 
dos seus alunos. 
 
Desta forma, as atividades pedagógicas devem ser focadas no 
desenvolvimento das capacidades fundamentais às práticas da 
linguagem oral e escrita. No contexto da sala de aula, as crianças 
precisam ouvir e falar, ler e escrever os mais variados textos. A 
prática pedagógica organizada em torno do uso da língua e sua 
reflexão deve visar não só ao processo de alfabetização em si 
mesmo, mas também à possibilidade de inserção e participação 
ativa dos alunos na cultura escrita, nas práticas sociais que 
envolvem a escrita, na produção e compreensão de diferentes 
gêneros textuais. (LOPES E VIEIRA, 2011, p. 10). 
 
Esta perspectiva estabelece um novo caminho a ser seguido pelas escolas, o 
de rever as práticas pedagógicas para o ensino das séries iniciais, trazendo um desafio 
maior aos profissionais de educação. É neste sentido que a relevância da prática 
pedagógica se torna preponderante, pois busca alfabetizar mantendo um equilíbrio entre o 
trabalho de aquisição do código, articulado ao domínio da leitura e escrita, 
contextualizando com os temas trabalhados em sala de aula a partir de discussões e 
necessidades atuais, além de propor aos alunos situações reais de alfabetização e 
letramento. Sabemos que isso não é tarefa fácil, já que no Brasil a teoria do 
conhecimento empirista dominou tudo que se fez em alfabetização até a década de 
70, onde considerava que o aprendizado da leitura e da escrita se dava por meio de 
um processo de associação entre grafema e fonema, onde a criança evoluiria por 
receber e fixar informações transmitidas pelos adultos. 
Infelizmente, mesmo depois de passado tantos anos, podemos observar 
fortemente na pratica pedagógica da professora titular da turma que estagiamos, o 
enraizamento desta teoria nos dias atuais. Talvez em sua formação a disciplina de 
alfabetização não tenha problematizado estas questões. Mas, embora compreendamos 
a dificuldade, acreditamos na possibilidade de mudança, pois “o saber dos professores 
não provém de uma fonte única, mas de várias fontes e de diferentes momentos da 
história de vida e da carreira profissional” o que possibilita a compreensão desse conceito. 
(TARDIF, P.18, 2004) 
Nossa primeira atividade foi planejada diante da dificuldade dos alunos escrevem 
seu próprio nome. Fazer os crachás e o mural para colocar o nome deles foi o ponto 
de partida para conhecermos melhor o nível em que as crianças se encontravam, 
sempre pensando em trabalhar de forma lúdica e considerando os interesses e 
necessidades deles. Por isso, tivemos um momento de investigação de interesses 
das crianças. Daí então, começamos nosso trabalho de regência. Segundo Lopes 
apud Leal (2011), a brincadeira é um poderoso instrumento que pode auxiliar nas 
práticas de alfabetização e letramento. Diante desse pressuposto buscamos alicerçar 
todo nosso projeto com base lúdica. 
Desse modo, confirma que o brincar com a língua faz parte das 
atividades sociais que a criança realiza quando canta cantigas de 
roda, recita m poemas, quadrinhas e adivinhações, quando lê 
contos de fadas, faz palavras cruzadas ou brinca de adedonha. 
Essas atividades lúdicas que envolvem a formação de palavras 
permitem à criança o entendimento do sistema de escrita 
alfabética, ao mesmo tempo, que se constituem em momentos 
prazerosos de utilização da leitura, escrita e oralidade nas práticas 
sociais (Lopes apud Leal, p13, 2011). 
15 
 
 
 
Foi nesta perspectiva que buscamos desenvolver as atividades em sala de 
aula na prática de estágio tendo em vista que articular os jogos e as brincadeiras aos 
conteúdos escolares propicia às crianças o conhecimento sobre o uso social da leitura e 
da escrita. Essa forma lúdica de se trabalhar é de fundamental importância para o 
desenvolvimento da criança, pois, adquirem diversas experiências, interagem com 
outras pessoas,organizam seu pensamento, tomam decisões e criam maneiras 
diversificadas de jogar, brincar e produzir conhecimentos. Ressaltamos ainda que os 
processos de desenvolvimento e de aprendizagem envolvidos no jogar e no brincar 
contribuíram de forma significativa nos processos de apropriação do conhecimento, 
além de desenvolver as habilidades físicas, cognitivas, afetivas e sociais. Para 
Vygotsky, 
“O lúdico influencia enormemente o desenvolvimento da criança. É 
através do jogo que a criança aprende a agir, sua curiosidade é 
estimulada, adquire iniciativa e autoconfiança, proporciona o 
desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da 
concentração.” (Vygotsky, 1998). 
 
 
A falta da intencionalidade e situações reais de alfabetização, nas 
brincadeiras realizadas na sala de aula nos motivou a desenvolver nosso planejamento 
nessa perspectiva. Preencher esta lacuna foi um dos maiores desafios enfrentados 
por nós, já que passaríamos dar uma importância maior ao lúdico, trabalhando de 
maneira intencional, para que as atividades realizadas fizessem sentido para nós e para 
as crianças. Acredito que escolhemos o caminho certo, pois era notória a felicidade das 
crianças ao estarem conosco e realizando as atividades, além de terem conseguido 
grandes avanços no processo de alfabetização. 
Quando chegamos à sala as 07h da manhã, esperamos as crianças chegarem 
até as 07h15min. Inicialmente a professora titular faz a contagem dos alunos para 
poder saber quantos alunos vieram para informar ao pessoal da merenda. Nesse 
momento não interferimos. Após esse primeiro contato, a professora informou para as 
crianças que seriam nós que conduziríamos a aula naquele dia. 
Como planejado, fizemos uma roda da conversa, que não era um 
procedimento adotado pela professora, pelo menos nas segundas, pois nunca 
tínhamos presenciado. Convidamos os alunos para sentarem no chão formando um 
círculo, iniciamos as perguntas: Como foi seu final de semana? Brincaram de quê? O 
que comeram? Enfim, tentávamos trabalhar a oralidade com eles, enquanto 
aproximávamos do contexto social daqueles alunos. 
Logo após a roda da conversa, fomos trabalhar os crachás que fizemos para eles 
e buscamos fazê-lo de forma lúdica para que não fosse algo cansativo. Espalhamos 
os crachás no chão e oferecemos a oportunidade dos alunos procurarem seus próprios 
crachás e o dos colegas. Dessa forma podemos perceber quais as crianças 
precisavam de uma atenção maior nas atividades de alfabetização diante das 
dificuldades encontradas durante a brincadeira, além de trabalhar a socialização entre 
eles. 
 
 
 
 
 
 
O sentimento de angústia e tristeza se fizeram presentes dentro de mim, 
pois era notório que muitas crianças não sabiam nem a letra que começava seu 
próprio nome. Diante disto, todo o processo de planejar, executar e avaliar foi 
extremamente importante para o nosso aprendizado. Nesse momento 
aprendíamos mais do que ensinávamos. 
Como as crianças têm muita resistência a escrever no caderno, 
pensamos então em colocá-los para escrever no quadro. Como em uma 
brincadeira, todos adoraram a ideia e desta forma, escreveram o seu nome e 
dos seus colegas. 
 
A partir desse principio de que o brincar é uma prática cultural 
de construção de conhecimentos na infância, defendemos 
que as práticas de alfabetizaçã o na perspectiva do 
letramento levem em conta que a brincadeira é uma prática 
cultural e histórica, dotada de múltiplas significações, que 
permite à criança a assimilação de conhecimento sobre a 
língua, suas formas de organização e seus usos sociais 
(LOPES, p13, 2011). 
 
Segundo Lopes (2011), atividades com os nomes próprios são referências 
estáveis de escrita e têm valor afetivo, de identidade. Sua exploração em sala, tanto 
na leitura, como na escrita, proporciona aprendizagem de diversos aspectos da 
escrita (gráficos e conceitos) que são altamente relevantes no início da 
alfabetização. 
Na volta do intervalo era a hora do vídeo, assim é a rotina da professora 
titular nas 
segundas-feiras. Pensávamos em outra proposta, mas a professora não abriu 
mão do vídeo, mas nos deixou escolher o que passaríamos nos dias das nossas 
regências. A partir deste momento poderíamos explorar vídeos intencionais, que de 
fato estivesse inserido em uma proposta real de alfabetização, já que antes, pelo 
que percebemos no período da observação, este era apenas para passar o 
tempo e acalmar as crianças na volta do recreio. Além disso, as atividades propostas 
após o vídeo nem sempre tinham relação com o mesmo. 
Neste sentido levamos um vídeo curto, que tinha uma “musiquinha” 
animada com frutas dançarinas que diziam seus nomes e sua função na 
alimentação das crianças. Eles adoraram e prestaram bastante atenção. Assim 
poderíamos utilizar com utilidade a volta do recreio. Propomos atividades por meio 
da produção de listas com o nome das frutas, desta forma trabalhamos a leitura e 
a escrita com eles. Para a realização desta atividade buscamos também, por meio 
da oralidade, enfatizar a importância da alimentação saudável para o 
desenvolvimento do ser humano. 
É chegada a hora da sistematização dos temas trabalhados. Neste 
momento trabalhamos a atividade de leitura e escrita, sempre fazendo a relação 
 
 
 
das letras encontradas no nome das frutas com seus próprios nomes.. Assim 
percebemos que as crianças gostavam muito de escrever no quadro e tinham 
uma participação mais efetiva nestas atividades. Este momento foi bastante 
significativo, pois as crianças apresentavam um interesse maior e com isso pudemos 
perceber que não é só com lápis e papel que se aprende a ler e escrever. O 
professor precisa estar atento ao que realmente é de interesse dos alunos, somente 
desta maneira poderá desenvolver atividades motivadoras e diferenciadas, trazendo 
outras propostas que ultrapassam um ensino tradicional. Como de costume iniciamos 
a aula com a roda de conversa. Em seguida realizamos as atividades que estavam 
inseridas dentro do nosso projeto que era alfabetizar de forma lúdica. Levamos para 
sala de aula um jogo com as letras, algo que eles pudessem interagir 
brincando e ao mesmo tempo para fazer relação com as letras do alfabeto e dos 
seus nomes. Foi idealizado então o Bingo do Alfabeto. Para o desenvolvimento 
desta atividade buscamos trabalhar as letras de forma diferenciadas e não isoladas, 
uma vez que, levamos para sala de aula figuras que faziam parte do cotidiano 
dos alunos e solicitamos que nos falassem o que era aquela figura e que letra 
começava e terminava a palavra. 
Com esta proposta foi possível trabalhar as relações entre eles, além da 
atividade de leitura e escrita. Segundo Lopes (2011), a exploração específica da 
forma e nome das letras, se configuram como jogos e podem ser montadas e 
desenvolvidas, como bingos com letras e nomes para identificação e memorização 
das letras, seus nomes e valores sonoros, dados, entre outros. 
O desenvolvimento desta atividade trouxe a oportunidade de vivenciar de 
forma diferenciada o ensinar e o aprender. Neste momento pudemos perceber que 
a brincadeira em sala de aula é bastante instigante e motivadora para todos os 
envolvidos. Os alunos interagem, se expressam, testam seu conhecimento de 
mundo. Para nós fica a importância destas atividades para o desenvolvimento 
dos alunos. Quando voltamos do intervalo as crianças realizaram uma atividade 
de caça palavras. De início seria uma atividade para casa, porém a professora nos 
informou que seria muito complexapara que eles fizessem sozinhos, segundo 
ela exigia muito das crianças e alguns pais poderiam não conseguir ajudá-los. 
Então trabalhamos a atividade em sala de aula, antes do vídeo. Este momento 
foi de fundamental importância para nós, pois remeteu-nos as aulas de didática 
quando a professora enfatizava a discussão trazida por vários autores de que Não 
existe planejamento rígido! 
 Todos nós discutimos durante o curso de pedagogia a ideia de que o 
planejamento flexível permeia as ações pedagógicas desenvolvidas no contexto 
escolar, por isto devemos estar atentos a esta tal flexibilidade. 
Precisamos distinguir a flexibilidade de frouxidão: é 
certo que o projeto não pode se tornar uma camisa de 
força, obrigando o professor a realizá-lo mesmo que 
as circunstâncias tenham mudado radicalmente, mas 
isto também não pode significar que por qualquer 
coisa o professor estará desprezando o que foi 
planejado. (VASCONCELLOS, 2000, P.159) 
 
Como diz Vasconcelos não podemos ter o planejamento como uma camisa 
de força. Precisamos ter consciência de assumi-lo como um dispositivo norteador 
 
 
 
das atividades. Não podemos deixar de lado, por completo, o que foi planejado 
sem procurar uma explicação para o ocorrido. É necessária uma reflexão por parte 
do professor quando a atividade que foi prevista não foi concretizada. Acima de 
tudo o comprometimento deve ser assumido, pelo professor, no intuito de prever as 
possíveis mudanças no decorrer do caminho. 
 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A universalização do ensino, as transformações sociais e o aumento dos anos 
da escolarização fizeram crescer a expectativa de outras exigências em relação 
aos professores e a escola, temos um papel fundamental neste processo por isso 
devemos trabalhar em conjunto para atender as necessidades deste novo 
modelo de ensinar, adquirindo assim mais autonomia e controle. 
O presente trabalho trouxe uma análise sobre o estágio obrigatório na 
Educação Infantil. Pensar e elaborar o projeto e os planos de aula como uma 
professora titular tendo como suporte os referenciais teóricos já estudados e as 
disciplinas, já cursadas, como a disciplina de Didática e Alfabetização e 
Letramento e tantas outras foi primordial para o sucesso do nosso estágio 
obrigatório e para execução das atividades propostas em sala de aula. 
Experiências como essas são extremamente importantes para construção 
do conhecimento do pedagogo, sem esses momentos não podemos colocar em 
prática toda a bagagem intelectual aprendida. Foi possível articular diversos 
saberes, conhecimentos e experiências. Nosso estágio foi bastante rico de 
aprendizagem, pois nos possibilitou fazer articulações com a teoria estudada. 
Acredito que a atividade de estágio nos trouxe a aproximação de 
relacionar a teoria com a prática estudada, revelou-se também como oportunidade 
para responder vários questionamentos indagados por nós durante o curso. As 
dúvidas ficaram para trás, já que a vivência nos proporcionou uma satisfação 
ímpar, a de dever cumprido. O planejamento pensado por nós, para a realização 
do estágio foi concretizado, mas isso só foi conseguido, pois tivemos uma base 
sólida quanto às disciplinas estudadas e a orientação que nos foi dada, como 
também total liberdade para planejar as aulas e desenvolver as atividades na 
sala de aula. 
O estágio curricular obrigatório veio para mim como mais um desafio entre 
tantos outros do curso de Pedagogia, acredito que este tenha sido o mais difícil, mas 
também o mais prazeroso e real. Digo real, pois é neste momento que colocamos em 
prática boa parte do que aprendemos. O processo vivido nesse percurso me fez 
compreender a importância deste momento para a formação docente. Já que são 
hora de resinificar os saberes, refletir sobre a nossa conduta e construir a nossa 
identidade enquanto pedagogos. 
Ser professor é uma satisfação muito grande. Sentir o carinho das crianças e 
perceber a evolução no processo de aprendizagem é um momento de muita 
felicidade, principalmente quando percebemos a nossa importância para a 
construção da identidade e da cidadania dos educandos. 
Quanto aos educandos, ficou claro o prazer e comprometimento deles 
quanto à participação nas atividades. Muitos diziam: - Tia, adoramos a segunda-
 
 
 
feira! Nem era preciso perguntar o motivo, pois o brilho nos olhos e o entusiasmo 
com as brincadeiras deixava claro, que além da nossa presença, as atividades 
realizadas nestes dias eram diferenciadas. Acredito que as dinâmicas realizadas 
por nós contribuíram para melhorar as relações interpessoais, o respeito às 
diversidades, apropriar-se dos diversos tipos de linguagem e estabelecer relações 
entre os assuntos abordados e o contexto em que vivem. 
Penso que quando há comprometimento do profissional, planejamento 
das aulas e metas a ser alcançada, a atividade de estágio passa a ser um prazer e 
não apenas mais uma disciplina a ser estudada. Posso dizer, ao final deste 
processo, que esta é uma das disciplinas primordiais para o processo de formação 
do pedagogo. 
 
3.1 REFERÊNCIAS 
 
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