Buscar

Análise Textual matéria até aula 5 em word

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Análise Textual
Aula 1: Língua, linguagem e variação linguística
1) Avaliar os conceitos de língua, linguagem e contextos de uso;
2) Reconhecer as atividades de linguagem;
3) Identificar contexto formal e informal.
A língua é um produto social e cultural constituído por signos linguísticos, caracterizado por um código, e a linguagem é o veículo de expressão. 
Assim como a dança, a música, as imagens, os gráficos e os gestos, as línguas são diferentes formas de expressão ou linguagens. Uma vez que o texto é um produto social, existe uma relação intrínseca entre ele, a cultura, o momento histórico e a ideologia em que é formado. A interpretação dos fatos e o significado que precisamos atribuir às coisas estão relacionados à capacidade humana, exclusivamente humana, que nos permite comunicar o que estamos pensando, os nossos anseios, desejos etc. Os animais se comportam sempre da mesma forma em determinadas situações, não criam coisa alguma. Já os seres humanos, dotados de linguagem, sempre podem criar uma comunicação diferente.
Reconhecida por Lei, a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) não se resume simplesmente à transposição da Língua Portuguesa em gestos, pois, assim como diversas línguas, a LIBRAS conta com diversos níveis linguísticos e itens lexicais conhecidos por sinais. Isso quer dizer que para se comunicar em LIBRAS não basta apenas conhecer sinais, é necessário conhecer também a gramática para combinar frases e estabelecer comunicação, que neste caso se dará através das combinações de configurações de mão, movimentos e de pontos de articulação. Por isso, a LIBRAS se apresenta como um sistema linguístico de transmissão de ideias e pertencente à comunidade surda brasileira, levando em consideração também as diferenças regionais como em todas as línguas.
Mas afinal qual é a diferença entre linguagem e língua?
Podemos dizer que linguagem é uma faculdade (capacidade) que permite exercitar a comunicação, latente ou em ação. 
Já a língua refere-se a um conjunto de palavras e expressões usado por um povo, por uma nação, munido de regras próprias (sua gramática).
Linguagem, língua... mas e na prática?
A atividade de comunicação que fazemos todos os dias, aparentemente sem muito esforço, não é tão simples assim. Antes da fala sair de sua boca, você pensa, elabora o que quer comunicar, depois procura palavras e construções adequadas na língua para que essa fala possa ser entendida pelos outros.A linguagem é uma capacidade humana e a língua uma espécie de “contrato” entre as pessoas em uma sociedade e é por ser uma capacidade humana que os analfabetos conseguem se comunicar, mesmo sem saber ler e escrever.Isso quer dizer que, para haver comunicação, basta o indivíduo “acionar” a capacidade mental (linguagem) e articular o código social (língua).
Aula 2: Adequação vocabular, variação linguística, texto e hipertexto
1) Analisar a variação da linguagem de acordo com os contextos;
2) Identificar a textualidade a partir dos conceitos coesão, coerência e hipertexto. 
Temos um texto toda vez que apresentamos uma ideia completa, mesmo que isso seja feito através de uma única palavra. 
Percebemos com isso que um texto não é uma questão de quantidade de palavras, mas, sim, de comunicação, da capacidade de passar uma mensagem que possa ser entendida pelo interlocutor ou pelo leitor.
Vamos falar agora de Coesão Fala-se de coesão (junção) quando temos palavras, expressões, isto é, conexões colocadas estrategicamente ao lado de outras para produzirem a sequência da mensagem com sentido. Há diferentes tipos de coesão, que são responsáveis pela chamada “tessitura do texto”.>>>Não é incomum encontramos a forma tecitura. Porém, como este termo ainda não está registrado no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), utilizaremos a forma tessitura.
Aprofundando o assunto
Texto é um entrelaçamento de enunciados oracionais e não oracionais  organizados de acordo com a lógica do autor.
Mas esse entrelaçamento não deve ser feito de qualquer jeito, pois um texto, para possibilitar o entendimento, deve ser claro, concorda? 
Essa qualidade está relacionada diretamente aos elementos coesivos, responsáveis por promover a ligação entre as partes. 
Veja agora os dois tipos básicos de coesão (clique nas palavras em destaque nas caixas para ver os exemplos de emprego):
Coesão >>> Coesão referencial:
a informação é retomada>>> Lexical>>> Permite o entrelaçamento do texto pela substituição/omissão de palavras (podemos destacar o uso de sinônimos e hiperônimos).
Gramatical>>> Permite o entrelaçamento do texto pelo emprego de pronome, conjunções e numerais, dentre outros.
Coesão sequencial:
a informação progride>>> Temporal >>> Permite a progressão da informação pela ordenação linear dos elementos, pela utilização de partículas temporais e pela correlação dos tempos verbais.
Por conexão>>> Auxilia na compreensão do texto como um todo. Pode ser vista por meio dos operadores do tipo lógico e operadores discursivos, dentre outros.
o hipertexto pode ser entendido como uma espécie de conexão em que as informações podem ser lidas em diferentes sequências.
O hipertexto, portanto, se constrói a partir da associação de uma imagem ou informações relacionadas a um texto considerado pelo receptor da mensagem. 
Deste modo, mais do que um texto tradicional, construído a partir de palavras impressas, o hipertexto exige a participação do leitor.
Aula 3: Textualidade - coesão sequencial. Articulações sintáticas e relações semânticas
1) Analisar os processos que constituem um texto;
2) Identificar as relações sintático-semânticas em segmentos do texto na tarefa de identificação da mensagem (disjunção, explicação, relação causal, conclusão, comparação etc.).
Luci Elaine de Jesus, em seu artigo “Análise Linguística, como desatar esse nó?”, diz que, embora a coesão não seja condição suficiente para que enunciados se constituam em textos, são os elementos coesivos que dão a eles maior legibilidade e evidenciam as relações entre seus diversos componentes. 
Provamos isso ao analisar os exemplos da música “Boa sorte” e do texto “Como se conjuga um empresário”. Notamos como os elos coesivos, apesar de não serem essenciais, ajudam na compreensão do texto.
Porém, a coerência em textos didáticos, expositivos, jornalísticos, por exemplo, pela necessidade de serem sempre claros, já dependem da utilização explícita de elementos coesores.  
Vimos, nesta aula, portanto, que a coesão não garante a coerência, embora influencie o seu estabelecimento. Assim, percebemos que coerência e coesão se completam no processo de produção e compreensão do texto.
Aula 4: Tipos e fatores de coerência
1) Reconhecer os tipos de articulação semântica para a construção das mensagens;
2) Estabelecer relações entre segmentos do texto, identificando repetições ou substituições que contribuam para a continuidade do texto no processo de leitura.
A coerência, como você já sabe, é a ligação de cada uma das partes do texto com o seu todo, de forma que não haja contradições ou erros que gerem incompreensão, mal-entendido ou até mesmo falha na comunicação. 
A coerência diz respeito à intenção comunicativa do emissor, interagindo, de maneira cooperativa, com o seu interlocutor.
 Podemos organizar, de acordo com Ingedore Koch, a coerência em quatro tipos:
Coerência semântica
Refere-se à relação entre os significados dos elementos das frases em sequência. 
A incoerência aparece quando esses sentidos não combinam ou quando são contraditórios. 
É estabelecida entre os significados dos elementos do texto através de uma relação logicamente possível.
Coerência sintática
Refere-se aos meios sintáticos usados para expressar a coerência semântica: conectivos, pronomes etc. 
Trata da adequação entre os elementos que compõem a frase, o que inclui também atenção às regras de concordância e de regência.
Coerência estilística
Vem da utilização de linguagem adequada às possíveis variações do contexto. Na maioria das vezes,esse tipo de coerência não chega a perturbar a interpretabilidade de um texto. 
É uma noção relacionada à mistura de registros linguísticos (formal x informal, por exemplo). É desejável que quem escreve ou lê se mantenha em um estilo relativamente uniforme.
Coerência pragmática
Podemos dizer que esse tipo de coerência é verificado através do conhecimento que possuímos da realidade sociocultural, que inclui também um comportamento adequado às conversações. 
Refere-se ao texto visto como uma sequência de atos de fala. Para haver coerência nesta sequência, é preciso que os atos de fala se realizem de forma apropriada, isto é, cada interlocutor, na sua vez de falar, deve conjugar o seu discurso ao do seu ouvinte, de forma a manter a expectativa de conteúdo de acordo com a situação em que o texto é usado.
texto provém do latim textum, que significa “tecido, entrelaçamento de fios”
Segundo Melo, o “texto (do latim textum: tecido) é uma unidade básica de organização e transmissão de ideias, conceitos e informações de modo geral. Em sentido amplo, uma escultura, um quadro, um símbolo, um sinal de trânsito, uma foto, um filme, uma novela de televisão também são formas textuais.” (MELO, 2003)
Conhecimento LINGUÍSTICOS
O Conhecimento linguístico consiste no domínio das regras que norteiam a língua, isso vai possibilitar as várias combinações dos elementos linguísticos.
É o conhecimento proveniente de nossas experiências com o mundo, resultante da interação sociocultural. Através dessa interação, armazenamos conhecimento, constituindo os modelos cognitivos.
Conhecimento de MUNDO
É uma espécie de arquivo que guardamos em nossa memória, como se fosse um dicionário, relacionado ao mundo e à cultura a que temos acesso. 
Por exemplo, ao chegar a um funeral, sei o comportamento que devo ter, como cumprimentar as pessoas, qual traje usar etc. Em um funeral, portanto, é aceitável dizer “é com muito pesar que trago meus sentimentos”, e não é aceitável dizer “é com muito prazer que trago meus sentimentos”.
Conhecimento COMPARTILHADO
Conhecimento compartilhado entre as pessoas, entre quem estabelece uma interação. Essa interação se torna possível graças à experiência comum dos envolvidos.
Por exemplo, as regras comunicadas em reuniões de condomínio passam a ser conhecidas por aquele grupo de condôminos.  
Inferência
São as reflexões que fazemos a partir de alguma ideia, a partir de determinado texto. Incluem as deduções, conclusões que construímos juntamente com quem conta ou escreve uma história, um fato etc.
Por exemplo, quando alguém diz que foi ao médico ver um problema nos olhos, podemos deduzir que está falando de um oftalmologista.
Contextualização
São os elementos que “ancoram” o texto em uma situação comunicativa determinada, como a data, o local, a assinatura, elementos gráficos, timbre, título, autor. 
Em documentos, por exemplo, o carimbo, a data, a assinatura são muito importantes. Já entre os fatores gráficos, a disposição do conteúdo, as ilustrações e as fotos também contribuem para contextualizar o texto.
Situacionalidade
Conhecimento de onde a história se situa, com todos os elementos necessários. Fator que atua nas duas direções, tanto da situação para o texto quanto do texto para a situação.  
Um texto coerente em uma situação pode não ser em outra, como nos casos dos textos literários que analisamos. 
A situacionalidade se aplica, por exemplo, nos e-mails que apresentam siglas referentes a jargões empresariais (como PSC – “para seu conhecimento”), em que o destinatário do e-mail que não conhecer essa sigla não conseguirá compreender a mensagem.
Informatividade
É o nível de informação contida no texto, que dependerá da intenção do produtor de construir um texto mais ou menos hermético. 
Diz respeito ao grau de previsibilidade da informação que vem no texto, que será menos informativo, se contiver apenas informação previsível ou redundante. 
Já se contiver informação inesperada ou imprevisível, o texto terá um grau máximo de informatividade, podendo, à primeira vista, parecer até incoerente por exigir do receptor um grande esforço de decodificação.
Focalização Constitui-se no próprio foco do texto, no assunto a ser tratado. Isso evita que um texto com tema da globalização passe a falar mal dos países globalizados.
O titulo do texto é, em grande parte dos casos, responsável pela focalização. 
Também pode ser analisado como a concentração dos usuários (produtor e receptor) em apenas uma parte de seu conhecimento. 
Uma reportagem sobre um crime será lida de maneiras diferentes por um advogado, um psicólogo, um sociólogo e um policial, por exemplo. Assim, como o mesmo crime seria descrito de maneiras diferentes por esses profissionais.  
Intertextualidade
É uma interação entre textos, sendo um mecanismo importante para o entendimento de determinadas mensagens. 
Ocorre quando um texto faz alusão a outros textos, exigindo do leitor uma busca de informações fora do universo do texto em questão.
Intencionalidade e aceitabilidade
O primeiro fator diz respeito à intenção do emissor e o segundo refere-se à atitude do receptor de aceitar a manifestação linguística como um texto coeso e coerente.
Aula 5: Tipologia textual e gêneros textuais – parte 1
Ao final desta aula, você será capaz de:
1) Identificar as diferentes organizações discursivas em diversos tipos de texto;
2) Reconhecer as características discursivas de diferentes textos;
3) Avaliar a informação do texto através de habilidades específicas
Conceituando gêneros textuais e tipologia textual: um pingo de teoria
Os gêneros textuais podem ser encarados como as diversas formas que um texto assume para cumprir determinados objetivos, ou seja, para informar. Sendo assim, podemos admitir que diferentes formas de textos fazem parte de nosso cotidiano, levando em conta que a comunicação atende a vários propósitos. Os gêneros textuais são praticamente infinitos, visto que são textos orais e escritos produzidos por falantes de uma língua em um determinado momento, em um determinado contexto.
O tipo de texto, por sua vez, é limitado, pois se refere à estrutura composicional da língua. De forma geral, temos cinco tipos textuais (narração, argumentação, exposição, descrição e injunção), que aprofundaremos ainda nesta aula.
Não esqueça que em um tipo textual pode aparecer em qualquer gênero textual, da mesma forma que um único gênero pode conter mais de um tipo textual.
Uma carta, por exemplo, pode ter passagens narrativas, descritivas, injuntivas e assim por diante.
Vamos agora analisar os tipos textuais e ver alguns exemplos.
NARRAÇÃO
A narração conta um fato, que pode ser ou não inventado. Esse tipo de texto compõe-se de personagens, tempo e lugar. Normalmente, os verbos utilizados estão no tempo passado.
ARGUMENTAÇÃO
A argumentação é um tipo de texto através do qual o emissor da mensagem tenta convencer o ouvinte/leitor. O texto argumentativo defende uma ideia específica.
EXPOSIÇÃO
A exposição é um tipo de texto que apresenta uma ideia, uma reflexão, um conhecimento, uma explicação sobre um objeto (pessoa, fato, circunstância). Como traz informações específicas sobre um tema, também é chamada de texto informativo.
DESCRIÇÃO
A descrição apresenta um objeto do discurso (pessoa, coisa, circunstância, fato etc.), realçando suas características e pode ser objetiva ou subjetiva. 
No primeiro caso, destacam-se características concretas do objeto, aproximando-o o mais possível da realidade. No segundo, o observador apresenta o objeto segundo a emoção que o envolve.
INJUNÇÃO
A injunção é uma tipologia textual que se caracteriza por determinar, indicar, orientar como se realiza uma ação.
Como vimos, os gêneros textuais adaptam-se às circunstâncias da comunicação, bem como aos interesses do emissor e do receptor da mensagem.
 Por esse motivo, não há um limite para as classificações de gêneros, visto que os textos podem ser produzidos por falantes diversos e com objetivosespecíficos, de forma oral ou escrita. 
Os gêneros textuais, portanto, são ações discursivas que se constituem para representar o mundo, as experiências vivenciadas, os conhecimentos, os desejos etc.
 Veja alguns exemplos de gêneros textuais.
POESIA – FINS ESTÉTICOS
NOTÍCIA – INFORMAÇÃO 
E-MAIL – COMINICAÇAO RÁPIDA
PUBLICIDADE – USO DA IMAGEM PARA O CONVENCIMENTO
CHARGE – ASSOCIAÇAO ENTRE TEXTO E IMAGEM

Continue navegando