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INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS Profª Ms. Ana Carolina Estácio do Ceará Curso de Enfermagem Disciplina: Ensino Clínico em saúde da Mulher 1 OBJETIVOS APRENDER A UTILIZAR A ABORDAGEM SINDRÔMICA NO ATENDIMENTO À CLIENTELA; CONHECER A ETIOLOGIA, MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E TRATAMENTOS DAS PRINCIPAIS IST. 2 INTRODUÇÃO Mais de um milhão de pessoas adquirem alguma IST diariamente (OMS, 2013). Problema de saúde pública: IST x Aids; Portadores de IST não ulcerativas têm risco maior de 3 a 10 vezes de se infectar pelo HIV. Portadores de IST ulcerativas, esse risco sobe para 18 vezes; Abortos espontâneos, natimortos, baixo peso ao nascer, infecção congênita e perinatal; Clamídia x infertilidade entre homens; HPV e o carcinoma em colo de útero, pênis e ânus. 3 Ações essenciais 4 Convocação de parceiros 5 COMUNICAÇÃO: cartão, correspondência, busca ativa. Diagnóstico das IST Abordagem Sindrômica: Classificação segundos as principais síndromes; Utiliza fluxogramas; Indica tratamento para agentes mais frequentes na síndrome. 6 FLUXOGRAMAS DE CONDUTA Úlceras anogenitais; Corrimento vaginal; Corrimento uretral; Verruga anogenital; Doença inflamatório pélvica (DIP). 7 Úlceras anogenitais 8 Sífilis A sífilis é uma doença infecciosa sistêmica, de evolução crônica; Transmissão: relação sexual, transfusão de sangue (raro), vertical; É causada pelo Treponema pallidum, um espiroqueta; 9 Sífilis Formas adquirida recente: primária, secundária latente; tardia: terciária; Formas congênita recente; tardia. Incubação: 10 a 90 dias (média de 21) após o contato; 10 Sífilis Primária Cancro duro: lesão erosada ou ulcerada, geralmente única, indolor, com bordos endurecidos, fundo liso, brilhante e secreção serosa escassa (altamente infectante); Homem: glande e sulco balanoprepucial; Mulher: pequenos lábios, paredes vaginais e colo uterino; É acompanhada de adenopatia regional não supurativa, móvel, indolor e múltipla; Aparece de 1 a 3 semanas (até 3 meses) após o contágio. 11 12 13 Sífilis Secundária Aparece de 6 semanas a 6 meses; Lesões cutâneo-mucosas, não ulceradas, acompanhadas de micropoliadenopatia generalizada e artralgias, febrícula, cefaléia e adinamia; Manchas eritematosas (roséolas - tronco), pápulas elevadas em platô (sifílides papulosas), palma das mãos, planta dos pés, cavidade oral e genital, alopécia (couro cabeludo e sobrancelha). 14 15 16 Sífilis Latente 1 a 2 anos; Após desaparecimento da fase secundária até o surgimento da fase terciária; Ausência de sinais e sintomas; Sorologia positiva. 17 Sífilis Terciária 1/3 dos pacientes sem tratamento; 3 a 12 anos de infecção (30 anos); Manifestações tegumentares, oculares, ósseas (artropatia), cardiovasculares (aneurisma aórtico e estenose coronariana), neurológicas (demência, mielite transversa) ou assintomática. “O comprometimento do SNC (neurossífilis) pode ocorrer em qualquer estágio da sífilis.” 18 Sífilis Congênita Taxa de infecção: 70 a 100% (1ª e 2ª) e 30% (3ª); Brasil: 16: 1000 (OMS: 1:1000); Ocorre em qualquer fase gestacional ou estágio clínico da doença materna; Óbitos fetais, abortos, prematuridade, baixo peso, hepatomegalia, lesões cutâneas, sofrimento respiratório, fissura peribucal, alterações ósseas, anemia, icterícia, hemorragia, meningite, retardo mental, surdez e cegueira; 19 20 Dentes de Hutchinson 21 Diagnóstico Clínico, epidemiológico, laboratorial; VDRL (Venereal Disease Research Laboratory) não- treponêmico; FTA-abs e Elisa (treponêmico); Raio X (congênita); Exame de líquor (SNC). 22 Herpes Agente etiológico: herpes simplex virus (HSV), tipos 1 (lesões periorais) e 2 (lesões genitais); Período de incubação: 1 a 26 dias (8 dias); Transmitida por contato sexual (oro-genital) ou contato com lesões e fômites, vertical (rara); O vírus poderá ficar em latência e reativar; Complicações: retenção urinária, meningite, disseminação cutânea e visceral 23 Manifestações clínicas Herpes recidivante: lesões iniciais tipo pápulas eritematosas de 2 a 3 mm, seguindo-se por vesículas agrupadas que se rompem e originam ulcerações. Corrimento genital aquoso (cervicite herpética), com ardor e prurido. Podem ocorrer sintomas gerais como: ardência miccional, febre e mal-estar; As infecções podem ser no olho, gengiva, dedos de mãos e pés, SNC. 24 25 26 Tratamento Analgésicos e anti-inflamatórios; Recidivas: trauma mecânico, tensão emocional, doença sistêmica, alteração imune, menstruação, febre, exposição ao sol ou frio intenso, fadiga e estresse. Considerar riscos para gravidez (aborto, infecção no canal de parto, transplacentária – rara). 27 28 29 CORRIMENTO VAGINAL 30 CANDIDÍASE Infecção causada por fungo no trato geniturinário da mulher (vulvovaginite) e homem; Período de incubação desconhecido; Agente etiológico: Candida albicans; Manifestações clínicas: prurido, ardor, dispareunia, disúria, polaciúria e eliminação de corrimento vaginal em grumos inodoro. A vulva e a vagina encontram-se edemaciadas e hiperemiadas. No homem apresenta-se com hiperemia da glande e prepúcio, edema e pela presença de pequenas lesões puntiformes, avermelhadas e pruriginosas. Ph vaginal < 4. 31 Transmissão: Não é uma doença de transmissão exclusivamente sexual. Recorrência: diabetes, gravidez, uso de contraceptivos orais, uso de antibióticos e medicamentos imunodepressores, obesidade, uso de roupas justas; Diagnóstico: Clínico, ph vaginal. Não é necessário tratar o parceiro (sintomático). 32 33 34 35 36 TRICOMONÍASE Doença infecto-contagiosa do sistema gêniturinário do homem e da mulher. Epidemiologia: 170 milhões (mundo) e 4,3 milhões (Brasil) por ano; 50% das mulheres são assintomáticas; Agente etiológico: Trichomonas vaginalis (protozoário); Período de incubação: em média 1 a 2 semanas; Manifestações clínicas: corrimento amarelo esverdeado, bolhoso, odor desagradável, dispareunia, prurido vulvar, teste de “Schiller” tigróide. No homem causa uma uretrite discreta, sendo muitas vezes assintomático; 37 Diagnóstico: Exame direto da secreção, teste PH>4,5. Complicações: Homens (prostatite, epididimite, oligospermia) e mulher (DIP); Causa alterações celulares: repetir citológico 3 meses. TRICOMONÍASE 38 39 40 VAGINOSE BACTERIANA Ocorre por desequilíbrio da microbiota vaginal; Agente etiológico: Gardnerella vaginalis, Mobiluncus sp., Mycoplasma hominis; Manifestações clínicas: assintomático (50%). Corrimento homogêneo amarelado, branco ou acinzentado, com bolhas esparsas em sua superfície e com um odor ativo desagradável (acentuado após o coito e durante a menstruação). No homem pode ser causa de uretrite. Complicações: parto prematuro, infecção puerperal, DIP, duplica a chance de infecção pelo HIV. 41 Transmissão: Geralmente primária na mulher. Sexual no homem; Diagnóstico: exame a fresco (presença de “clue cells”), pH vaginal >4,5, teste das aminas de KOH 10%- positivo. VAGINOSE BACTERIANA 42 43 CORRIMENTO VAGINAL 44 TRATAMENTO 45 TRATAMENTO 46 ATENÇÃO 47 CASOS CLÍNICOS 48
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