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DISCURSIVA DIDÁTICA certa

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DISCURSIVA DIDÁTICA
Demerval Saviani afirma que: O estudo das raízes históricas da educação contemporâneanos mostra a estreita relação entre a mesma e a consciência que o homem tem de si mesmo, consciência esta que se modifica de época para época, de lugar para lugar, de acordo comum modelo ideal de homem e de sociedade.
SAVIANI, Demerval. Educação: do senso comum à consciência filosófica. São Paulo: Autores Associados, 1991. P. 55.
 Com base nos conteúdos abordados no livro-texto e nas aulas da Professora Jussara Finatti: Explique porque as diferentes concepções de homem, sociedade, escola e educação influenciam na perspectiva didática (método) adotada pelo professor.
É importante que o aluno tenha claro que as concepções de homem, sociedade, escola e educação alteram-se de acordo com o contexto histórico em que se está inserido, ou seja, são produzidas socialmente a partir de determinadas circunstancias históricas, as quais estabelecem as tecnologias especificas a serem utilizadas por meio da relação pedagógica. A intencionalidade educativa é quem define o caminho, método, a ser percorrido e os veículos através dos quais este caminho será percorrido (técnicas). Sendo o método o elemento unificador e sistematizador do processo de ensino, que determina o tipo de interação a ser estabelecida entre professor, alunos e conteúdos, conforme a orientação que o fundamental. E esta orientação envolve concepções de homem, mundo, sociedade, educação, escola, respondendo, em ultima analise a um ponto de vista de classe social. 
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Leia o texto:
Marchesi (1987) menciona pesquisa em que educadores manifestam opiniões aparentemente contraditórias sobre o atendimento do aluno surdo no ensino regular; isso porque, mesmo entre os que são claramente favoráveis à solução, há reconhecimento de que, sem um mínimo de condições adequadas, ela não se efetiva. A questão está no fato de que integrar não é só “alocar” a criança na sala de ensino regular; e o atendimento em escola especial não pode ser automaticamente, interpretado como segregação. A inserção na escola regular, pelo menos tal como organizada neste momento, leva a acentuar discrepâncias de oportunidades e, portanto, a segregar. Faz-se necessário um grande cuidado em projeto desse tipo, porque, se os caminhos oferecidos são iguais, impede-se o alcance de metas iguais, invertendo-se a tese de metas comuns e caminhos diferentes (Vygotsky, 1993). A busca de soluções é bastante complexa. Conforme lembra Behares (1993c), o fundamental é que as diretrizes de inovação atendam à condição bilíngue da pessoa surda e às peculiaridades culturais implicadas por sua participação em comunidades de ouvintes e de surdos.
GOES, Maria Cecília Rafael de. Linguagem, Surdez e Educação. Campinas, SP: Autores Associados 2002. p. 48, 49. Refletindo sobre o atendimento do aluno surdo no ensino regular explique a afirmação utilizando os conteúdos abordados nas aulas e no livro-base da dsicplina: Toda educação é "especial".
 “As escolas atendem as diferenças sem discriminar, sem trabalhar à parte com alguns alunos, sem estabelecer regras específicas para planejar, aprender [...]”. É necessário que as instituições de ensino regular desenvolvam uma comunidade inclusora. É preciso aceitar as diferenças sabendo que o surdo possui sua própria identidade. “Levando em consideração o fato de que cada indivíduo é único [...]” livro-base pg 86-87.
“Em seu caráter moral, ensinar obriga o educador a assumir uma postura comprometida. Quando ensinamos, criamos realidades. Através do que ensinamos, definimos o verdadeiro e o falso, o bom e o mau, o correto e o incorreto. Somos criadores de definições culturais que transmitimos aos alunos com caráter de verdade, em função da autoridade que nos confere o papel de professor. Isso estabelece uma relação de desigualdade de poder e autoridade entre o professor e aluno. O ensino é uma atividade que nunca pode ser exercida de forma neutra, já que, ao ensinar, sempre estamos transmitindo uma maneira de ser e estar no mundo”.
FAIRSTEIN, Gabriela Alejandra. Como se ensina? São Paulo: Loyola, 2005. p.20-21.
 Com base na reflexão suscitada por Fairstein e nos conteúdos abordados nas aulas e no livro-base, explique:
Que aspectos justificam a não neutralidade do professor?
A escolha teórica que o professor adota, as abordagens da qual se vale, seus métodos de ensino, tudo isso denotam uma postura parcial, uma escolha pessoal, uma concepção de homem, educação, sociedade e escola, que influenciam diretamente na forma como ensina, como trata seu aluno
Os conteúdos são fundamentais e, sem conteúdos relevantes, conteúdos significativos, a aprendizagem deixa de existir, ela se transforma num arremedo, ela se transforma numa farsa. Parece-me, pois, fundamental que se entenda isso e que, no interior da escola, nós atuemos segundo essa máxima: a prioridade de conteúdos, que é a única forma de lutar contra a farsa do ensino. Por que esses conteúdos são prioritários? Justamente porque o domínio da cultura constitui instrumento indispensável para a participação política das massas. Se os membros das camadas populares não dominam os conteúdos culturais, eles não podem fazer valer os seus interesses, porque ficam desarmados contra os dominadores, que se servem exatamente desses conteúdos culturais para legitimar e consolidar a sua dominação. Eu costumo, às vezes, enunciar isso da seguinte forma: o dominado não se liberta se ele não vier a dominar aquilo que os dominantes dominam. Então dominar o que os dominantes dominam é condição de libertação.
SAVIANI, D. Escola e democracia: teorias da educação, curvatura da vara, onze teses sobre a educação política. Campinas: Autores Associados, 2007. p. 61.
 De acordo com o livro-base e as aulas, apresente quais critérios devem ser observados para a organização sequencial de conteúdos.
Sequência lógica coerente com a estrutura e o objetivo da disciplina; Gradualidade na distribuição adequada em pequenas etapas, considerando-se a experiência anterior do aluno; Continuidade, articulação entre os conteúdos; Integração entre as diversas disciplinas do currículo. (LIVRO-BASE, p. 60)
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O desenvolvimento e a estruturação de método e das técnicas de ensino e aprendizagem encaminham-se mediante diversos processos, a exemplo da estruturação lógica (de sequência lógica do conteúdo) e sociopsicológica (de elaboração sociocognitiva do conhecimento), que ocorrem nas relações entre professores , alunos, conteúdo e contexto de ensino e aprendizagem. A ligação entre esses processos e sua mobilização poderão ter o enfoque na substância, ou seja, no significado essencial do conteúdo para a escolaridade e a vida. Portanto, para favorecer a aprendizagem, é interessante que o professor focalize questões essenciais e significativas do conhecimento. Esse princípio é comum a todos os métodos, às técnicas e às atividades de ensino e aprendizagem, tanto quanto as suas etapas de ensino e aprendizagem, tanto quanto às suas etapas de previsão e prática.
 RANGEL, Mary. Métodos de ensino para aa aprendizagem e a dinamização das aulas. Campinas: Papirus, 2005. P. 14.
 Com base nesta reflexão , nos conteúdos abordados nas aulas e no livro, explique:
O que são técnicas de ensino? (60%)
Dê exemplos de técnicas usadas em sala de aula. (40%)
As técnicas são instâncias intermediárias, são os componentes operacionais de cada proposta metodológica que viabilizarão a implementação do método em situações práticas.
Exemplos de técnicas: dinâmicas de grupo, pesquisa bibliográfica, aula expositiva, exercícios, material diversificado em uma de contar uma história (desenhos, fantoches...), atividades que motivem seus alunos, vÍdeos, não apenas cantar mas também dançar as musicas comeles.
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A questão do planejamento não pode ser compreendida de maneira desvinculada da especificidade da escola, da competência técnica e do compromisso político do educador e ainda das relações entre escola, educação e sociedade. O planejamento não é neutro. O processo de planejamento não pode ser encarado como uma técnica desvinculada da competência e do compromisso político do educador. O bom plano é aquele que conta com o respaldo da competência do sujeito que o desenvolve. O bom plano é aquele que se amolda dialeticamente ao real, transformando-o.
FUSARI, José. O planejamento educacional e a prática dos educadores. Ande: Revista da Associação Nacional de Educação. n.8, ano 4, São Paulo, 1984. p.33.
Com base nos conhecimentos adquiridos , cite quais são os 4 elementos didáticos que compõem o planejamento docente: (60%) Descreva cada um deles : (40%)
Elaboração de objetivos- Fundamentais para a seleção dos outros elementos didáticos. Devem ser estabelecidos em primeiro lugar.
Seleção dos conteúdos e ordenação destes – Deve ser de acordo com os objetivos e interesses da classe; sua seleção deve seguir uma sequência lógica, gradualidade na distribuição, continuidade e integração.
Definição do método e a escolha das técnicas- esta definição depende da abordagem de ensino que o professor usa como base, e tem como questão central a aquisição de conteúdos.
Estabelecimento de critérios de avaliação e dos instrumentos a serem utilizados para tal- é um elemento fundamental do processo de ensino, pois é por meio dela que se pode verificar se o ensino está alcançando seus objetivos.
(LIVRO-BASE, p. 56-67)
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A questão da seleção e da organização dos conteúdos escolares, até meados da década de 1980, foi tratada do ponto de vista exclusivamente técnico nos cursos de formação de professores. À escola atribuía-se a função de transmissão do saber acumulado historicamente, cientificamente organizado, considerando aspectos lógicos e psicológicos tendo como pressuposto básico a formação teórica sólida como garantia de uma prática consequente. Subjacente a essa abordagem, tem-se a concepção da teoria como guia da ação prática, caracterizando a separação entre teoria e prática. A partir da segunda metade da década de 1980, essa questão passou a ser alvo de muitas discussões entre os educadores progressistas que, comprometidos com a maioria da clientela presente nas escolas, buscaram alterar a lógica subjacente à abordagem anterior, passando a orientar a seleção e organização dos conteúdos escolares com base no pressuposto de que para essa maioria, teoria e prática constituem uma unidade. Em outros termos, no fazer gera-se um saber.
MARTINS, Pura. Conteúdos Escolares: A quem compete a seleção e a organização? In VEIGA, Ilma. Repensando a didáctica. São Paulo: Papirus, 2008, p. 75.
Com base na reflexão de Martins , nos conteúdos do livro-base e das aulas, explique qual a principal diferença entre as reflexões teóricas sobre a seleção de conteúdos e como esta se dá na prática ? importante que aluno tenha claro que na teoria ambiciona-se que o professor selecione os conteúdos ao organizar seu plano de ensino, entretanto na prática, partindo do exemplo de Martins, existe uma distância entre o conteúdo programático e a realidade dos alunos, o programa curricular vem pronto e é imposto ao professor o seu ensino. (LIVRO-BASE, p. 60-62) A distância entre os conteúdos e a prática/vida do aluno...
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“Em seu caráter moral, ensinar obriga o educador a assumir uma postura comprometida. Quando ensinamos, criamos realidades. Através do que ensinamos, definimos o verdadeiro e o falso, o bom e o mau, o correto e o incorreto. Somos criadores de definições culturais que transmitimos aos alunos com caráter de verdade, em função da autoridade que nos confere o papel de professor. Isso estabelece uma relação de desigualdade de poder e autoridade entre o professor e aluno. O ensino é uma atividade que nunca pode ser exercida de forma neutra, já que, ao ensinar, sempre estamos transmitindo uma maneira de ser e estar no mundo”.
FAIRSTEIN, Gabriela Alejandra. Como se ensina? São Paulo: Loyola, 2005. p.20-21.
Com base na reflexão suscitada por Fairstein e nos conteúdos abordados nas aulas e no livro-base, explique: Que aspectos justificam a não neutralidade do professor?
A escolha teórica que o professor adota, as abordagens da qual se vale, seus métodos de ensino, tudo isso denotam uma postura parcial, uma escolha pessoal, uma concepção de homem, educação, sociedade e escola, que influenciam diretamente na forma como ensina, como trata seu aluno. (LIVRO-BASE, p.63 e AULA 1 - vídeo 3- aos 9 minutos é tratado do assunto)
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“Aprender a aprender” foi um lema defendido pelo movimento escola novista e adquiriu novo vigor na retórica de várias concepções educacionais contemporâneas, especialmente no construtivismo. No mundo todo, livros, artigos e documentos oficiais apresentam o “aprender a aprender” como um emblema do que existiria de mais progressista e inovador, um símbolo da educação do século XXI.
DUARTE, Newton. Vigotski e o “Aprender a Aprender”: Crítica às apropriações neoliberais e pós-modernas da teoria vigotskiana. Campinas: Autores Associados, 2001.
Explique qual a diferença de enfoque do “aprender a aprender” dos escola novistas para os pensadores da educação atual.
No período da escola nova o enfoque estava no sujeito psicológico e atualmente está centrado no sujeito produtivo, intelectualmente ativo, criativo e capaz de dominar os processos de aprender. (LIVRO-BASE, p.26)
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