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1 Modelos Contemporâneos de Gestão Profa. Elaine Hobmeir Aula 4 Apresentação da Disciplina Organização da Aula Introdução Gestão do Conhecimento Gestão Estratégica Síntese Objetivos de Aprendizagem O conhecimento Diferença entre dado, informação e conhecimento Conectando estratégia e valor para e empresa Gestão estratégica e os diferentes conceitos Origens e desenvolvimento da área estratégica Como funciona o processo da estratégia nas organizações Modelo SWOT Análise das forças competitivas Cultura, organização e a estratégia organizacional Adhocracia Problematização A Gestão Divertida e Inovadora do Fundador da Grife Reserva Marcelo Correa Fonte: EXAME, 29/01/2015 2 Quem passou por uma loja da marca Reserva no último Natal não encontrou nas vitrines e nas embalagens fotos de modelos, mas um ensaio com 11 empreendedores de projetos sociais vestindo roupas com o pica-pau vermelho no peito. (...) (...) Trata-se da iniciativa Rebeldes com Causa, uma forma que a grife voltada para consumidores capazes de pagar 300 reais por uma camisa encontrou de se engajar numa missão de capitalismo consciente. (...) (...) O autor da ideia é o engenheiro de produção carioca Rony Meisler, de 33 anos, sócio-fundador da Reserva ao lado do publicitário Fernando Sigal, também de 33. (...) (...) “A transparência e a felicidade no trabalho vão criar uma nova mentalidade, um capitalismo mais consciente, e isso vai ser bom para todo mundo”, diz Rony. Criada em 2006, a Reserva fechou 2014 com faturamento de 231 milhões de reais, 600 funcionários, 36 lojas próprias, cinco franqueadas e 1.400 pontos multimarcas em 14 estados (...) (...) Sucesso entre homens jovens de classe alta e conhecida por ter o apresentador Luciano Huck como sócio, a marca também se destaca pela comunicação franca, irreverente e despojada com o público. (...) (...) Nisso, ela reflete a personalidade de Rony, que se comunica da mesma forma nas atribuições de empresário e de líder. Em seu cartão, por exemplo, não está escrito presidente. No lugar do cargo, aparece uma rasura em vermelho que forma a palavra “sorridente”. (...) 3 (...) Rony tem suas excentricidades de gestão de pessoas. Uma delas é ter mudado o nome de algumas áreas. O RH virou “fontes humanas”. O marketing interno foi batizado departamento de “felicidade”, cuja função é criar um ambiente de trabalho mais divertido e feliz. (...) (...) “O que é mais valioso, afinal: um montão de gente indo trabalhar ou o mesmo montão de gente indo fazer o que ama num lugar em que ama estar?”, diz Rony. (...) A ideia de criar a Reserva surgiu em 2006, quando Rony e Fernando estavam na academia. Eles notaram que cinco homens vestiam um modelo semelhante de bermuda (...) (...) “A gente brincava que era um problema de ‘D’”, diz Rony. “Ou era demanda reprimida, com pouca gente oferecendo bermuda de homem, ou era demência, com todo mundo maluco usando a mesma roupa sem perceber.” (...) (...) Rony deseja que as boas práticas de liderança sejam disseminadas e (por que não?) copiadas. Ele conversa abertamente sobre as práticas da Reserva com amigos do mundo corporativo com o intuito de que repliquem as boas ideias. (...) (...) Claro que ele não imagina presidentes de instituições financeiras fantasiados de coelho cor-de-rosa, mas acredita — e desafia — que as coisas podem ser feitas de maneira diferente. 4 Como a grife Reserva se diferencia das demais? Tema 1 A Gestão do Conhecimento Conhecimento O conceito de conhecimento está diretamente ligado a ideias de informação e dados que se pode retirar dela A partir da identificação dos significados dos dados é que podemos gerar o conhecimento Esse conceito de conhecimento percorre Platão, Aristóteles, Descartes e Locke O conhecimento tem motivado uma imensurável diversidade de material intelectual Podemos utilizar a conceituação de Davenport e Prusak (1998, p.6) sobre conhecimento: é uma mistura fluída de experiência condensada, valores, informação contextual e insight experimentado, a qual proporciona uma estrutura para a avaliação e incorporação de novas experiências e informações. (...) (...) Ele tem origem e é aplicado na mente dos conhecedores. Nas organizações, ele costuma estar embutido não só em documentos ou repositórios, mas também em rotinas, processos, práticas e normas organizacionais 5 Diferença Entre Dado, Informação e Conhecimento Davernport e Prusak (1998, p. 1-2): a confusão entre dado, informação e conhecimento – em que diferem e o que significam – gera enormes dispêndios com iniciativas de tecnologia que raramente produzem resultados satisfatórios. (...) (...) Por mais primário que possa soar, é importante frisar que dado, informação e conhecimento não são sinônimos. O sucesso ou o fracasso organizacional pode depender de se saber qual deles precisamos, com qual deles contamos e o que podemos ou não fazer com cada um deles. (...) (...) Entender o que são esse três elementos e como passar de um para o outro é essencial para a realização bem-sucedida do trabalho ligado ao conhecimento Nonaka e Takeuchi (1998, p. 63) citam três aspectos do conhecimento na busca constante e inovação nas organizações: • o conhecimento, ao contrário da informação, diz respeito a crenças e compromissos • o conhecimento é uma função de uma atitude, perspectiva ou intenção específica • o conhecimento, ao contrário da informação, está relacionado à ação Ainda de acordo com Nonaka e Takeuchi, “é sempre o conhecimento ‘com algum fim’ [...] Consideramos o conhecimento como um processo humano dinâmico de justificar a crença pessoal com relação à verdade.” 6 Conectando Estratégia e Valor Para a Empresa No caminho da Gestão do Conhecimento conectam-se as empresas em seus diversos estágios e as formas de reagir às influências, tanto internas, como externas. (...) (...) Para que a conexão funcione, deve-se prevalecer o enfoque sistêmico, identificando as correlações entre missão, visão e valores e a aplicação da estratégia levando em consideração a cultura existente As Mudanças Kaplan e Norton (1996) sugerem que mudanças significativas em desempenho requerem alterações de porte considerável, inclusive nos sistemas de mensuração e de gestão das organizações (...) Sistemas de acompanhamento de resultados financeiros realizados talvez não sejam suficientes para a administração de negócios atual, em ambientes cada vez mais competitivos, tecnológicos e capacitados Capital Intelectual – Intangibilidade e Valor A gestão do conhecimento é a arte de criar valor alavancando os ativos intangíveis e, para que isso ocorra, a organização deve visualizar sua estrutura como fluxos de conhecimento. (...) (...) Na era industrial, o valor era criado a partir dos bens materiais e a agregação deste valor se dava por meio da adição de recursos como energia e mão de obra 7 Kaplan (1996, p.6) afirma que: há uma possibilidade de que a causa dos fracassos tenha sido a falta de vínculo destes programas com a estratégia organizacional ou, ainda, resultados econômicos e financeiros. (...) (...) A navegação em ambientes futuros mais competitivos, tecnológicos e direcionados à capacitação não pode ser atingida meramente ao se monitorar e controlar medidas financeiras de desempenhospassados As organizações devem sempre trabalhar vislumbrando o futuro, utilizando novas métricas para a gestão da empresa e o acompanhamento dos cenários organizacionais (...) (...) Não podemos afirmar que a maneira de ver o mundo mudará de forma drástica, portanto não conseguimos prever o que está por vir, mas sabemos que a informação e conhecimento são os itens principais deste novo paradigma. Identificamos que as empresas de serviços constituem cerca de 2/3 do PIB dos empregos, e essa economia chama-se do conhecimento ou de serviços Tema 2 Gestão Estratégica Gestão Estratégica e os Diferentes Conceitos “Strategos é uma composição de stratos, que significa exército, e agein, que significa liderar. Já o verbo grego stratego passa a ser utilizado no período de Alexandre Magno e significa ‘planejar a destruição dos inimigos por meio do uso efetivo de recursos.’ (VIZEU e GONÇALVES, 2010, p. 6) 8 Grandes autores investigaram as várias abordagens da estratégia: Henry Mintzberg, Igor Ansoff, Michael Porter, Kaplan e Norton, Prahalad e Hamel, Prahalad e Ramaswamy Para Ansoff (1977), as empresas devem ser conduzidas para o futuro sem que esta ação seja apenas uma repetição do passado, pois, afinal, nem sempre as técnicas bem-sucedidas do passado garantem iguais resultados no futuro. (...) (...) Além de tudo deve-se lembrar da existência das variáveis ambientais, utilizar competências diferenciadas e estabelecer opções estratégicas de forma a responder os objetivos estabelecidos Na abordagem de Mintzberg (1994), o autor apresenta um estudo da relação entre a formulação da estratégia e o planejamento, entre as decisões da organização, processos dinâmicos e complexos que são baseados em objetivos estabelecidos e que respeitam a missão, a cultura e os propósitos organizacionais Para Porter (2004), o futuro das empresas pode ser identificado a partir da construção de um cenário que represente situações que considerem os fatores políticos, econômicos, ambientais e sociais, de modo a prever incertezas e, consequentemente, auxiliar os gestores na tomada de decisão Já na abordagem de Kaplan e Norton (2000) o autores propuseram um sistema de medição integral de desempenho, para acompanhar e ajustar as estratégias de negócios intituladas de balanced scorecard – BSC –, que é um painel balanceado de controle (...) 9 (...) Segundo os autores, o BSC é uma ferramenta utilizada com vistas a proporcionar aos empregados uma clara visão de como suas atribuições estão correlacionadas aos objetivos gerais, possibilitando trabalhar de maneira coordenada e proativa para o alcance das metas estabelecidas As abordagens de Ramaswamy, Prahalad e Hamel (2004) afirmam que não se deve pensar nas empresas apenas como um conjunto de unidades de negócios, mas que os gerentes devem começar a entendê-las como um conjunto de competências essenciais, (...) (...) ou seja, habilidades e tecnologias que permitam oferecer benefícios por meio de possíveis oportunidades pouco percebidas, distinguindo “competências existentes das novas competências, e os produtos-mercados existentes dos novos produtos-mercados.” Origens e Desenvolvimento da Área Estratégica A estratégia é identificada desde a antiguidade como meio de se obter sucesso na empreitada militar. Temos vários exemplos disso, desde Alexandre Magno, passando por Sun Tzu, Plutarco, e Maquiavel Podemos nos deter em Nicolau Maquiavel, que escrevia conselhos sobre estratégia no século XVI. Ele teceu suas proposições a partir de três princípios: • a capacidade humana de realização e controle de eventos, denominada por ele de virtù • a fortuna ou o acaso, que se configura como um contrapeso ao primeiro elemento • a oportunidade (occasione), que se estabelece para Maquiavel como o elemento de síntese e equilíbrio da tríade (VIZEU E GONÇALVES, 2010, p. 12) 10 Para Mintzberg et al (2006, p. 78) a estratégia corporativa é: o modelo de decisões de uma empresa que determina e revela seus objetivos, propósitos ou metas, produz as principais políticas e planos para atingir estas metas (...) (...) e define o escopo de negócios que a empresa vai adotar, o tipo de organização econômica e humana que ela é ou pretende ser e a natureza da contribuição econômica e não econômica que ela pretende fazer para seus acionistas, funcionários, clientes e comunidades Na organização, devemos lembrar que a estratégia não é um processo isolado, é apenas o início de todo um sistema, é uma das etapas de um processo contínuo e dela dependem e se movimentam os demais processos da organização, desde a missão até a entrega do produto acabado Como Funciona o Processo da Estratégia nas Organizações O BSC tornou-se uma metodologia que é aplicada com êxito pelas organizações no mundo todo, se traduzirmos de forma literal, quer dizer indicadores balanceados de desempenho, e é um sistema de suporte à decisão. Ele pode levar a uma rede de desempenho que atinja todos os níveis organizacionais Modelo SWOT A matriz SWOT, ou análise SWOT, foi desenvolvida na década de 1960 na Universidade de Stanford e transformou-se em um instrumento utilizado por muitas empresas para a formulação das estratégias. (...) 11 Mas você deve estar se perguntando o que significa SWOT? É uma sigla que significa: • Strenghts – forças • Weaknesses – fraquezas • Opportunities – oportunidades • Threats – ameaças Análise das Forças Competitivas Para que se desenvolva um planejamento estratégico de forma eficaz, é necessário que se conheçam todas as forças competitivas de uma empresa. (...) As empresas estão inseridas em um ambiente competitivo que determinam o seu nível de retorno ou rentabilidade, sendo que essas forças variam de negócio para negócio. Para Porter, as principais forças competitivas são: entrantes potenciais, fornecedores, compradores, substitutos e concorrentes Análise das Forças Competitivas Devemos sempre levar em consideração que cada uma dessas forças tem seu poder de acordo com o tipo de negócio que se está verificando, podendo representar até mesmo uma ameaça. Cada uma das forças pode interferir no rumo dos negócios, por isso é muito importante um planejamento estratégico adequado a cada situação 12 Cultura, Organização e a Estratégia Organizacional O termo Cultura Organizacional foi criado pelo professor Edgar Schein, nascido nos Estados Unidos em 1928, foi um grande contribuinte na área do desenvolvimento organizacional. Segundo ele: “Cultura é a aprendizagem acumulada e compartilhada por determinado grupo, cobrindo os elementos comportamentais, emocionais e cognitivos do funcionamento psicológico de seus membros.” O desenvolvimento dessa estratégia é um processo independente e varia de acordo com a organização, mas deve-se levar sempre em consideração os objetivos estratégicos que envolvem todos os setores da empresa e suas as condições atuais Síntese Na primeira Rota, definimos conhecimento, que é: o ato ou efeito de conhecer algo. Também pode ser uma informação que possa ser adquirida, como uma instrução. (...) (...) O significado de conhecimento tem origem no latim cognoscere, que significa saber, e pode ser dividido em fases como: hipóteses, conceitos, teorias, entre outros. 13 Pode-se deduzir que o conhecimento é uma mistura de vários elementos; pode ser intuitivo, portanto difícil de se explicar; existe dentrodas pessoas, faz parte da complexidade e da imprevisibilidade humanas No caminho da Gestão do Conhecimento, conectam-se as empresas em seus diversos estágios e as formas de reagir às influências, tanto internas, como externas. Para que a conexão funcione, deve-se prevalecer o enfoque sistêmico, identificando as correlações entre missão, visão e valores e a aplicação da estratégia levando em consideração a cultura existente Na segunda parte da Rota, descreveu-se a gestão do conhecimento como arte de criar valor alavancando os ativos intangíveis e, para que isso ocorra, a organização deve visualizar sua estrutura como fluxos de conhecimento (...) Na era industrial, o valor era criado a partir dos bens materiais e a agregação deste valor se dava por meio da adição de recursos como energia e mão de obra Atualmente, as organizações criam valor não mais a partir dos recursos físicos, mas sim da inteligência e da competência das pessoas e, principalmente, dos relacionamentos entre elas e os seus clientes. Nesse caso podemos citar a empresa Google, que focalizou a gestão mais nas relações e nos fluxos desses ativos intangíveis “Strategos é uma composição de stratos, que significa exército, e agein, que significa liderar. Já o verbo grego stratego passa a ser utilizado no período de Alexandre Magno e significa ‘planejar a destruição dos inimigos por meio do uso efetivo de recursos.’ (VIZEU e GONÇALVES, 2010, p. 6) 14 A estratégia é algo que sempre é citada em trabalhos científicos, livros e relatos empresariais, mas por que causa tanta curiosidade? Cada vez mais as empresas enfrentam concorrência, demandas por novos produtos, pressões por retorno financeiro, sustentabilidade e responsabilidade social No século XIX temos o general prussiano Carl von Clausewitz, que escreveu um tratado sobre a estratégia, no qual identifica-se a diferença entre o nível estratégico e o tático: o primeiro se configura num patamar amplo que abrange o segundo; já a tática representa a etapa para a concretização da vitória total, um resultado associado à elaboração da estratégia. (VIZEU E GONÇALVES, 2010, p. 12) Na organização devemos lembrar que a estratégia não é um processo isolado, é apenas o início de todo um sistema, é uma das etapas de um processo contínuo e dela dependem e se movimentam os demais processos da organização, desde a missão até a entrega do produto acabado (...) Para se determinar uma estratégia organizacional, é necessário que se comece de algum ponto. Podemos iniciar com a missão da empresa, que é sua razão de ser, para que ela foi criada. Se não soubermos essa informação fica difícil começar algo Para que se desenvolva um planejamento estratégico de forma eficaz, é necessário que se conheçam todas as forças competitivas de uma empresa As empresas estão inseridas em um ambiente competitivo que determinam o seu nível de retorno ou rentabilidade, sendo que essas forças variam de negócio para negócio. Para Porter, as principais forças competitivas são: entrantes potenciais; fornecedores; compradores; substitutos e concorrentes 15 O termo Cultura Organizacional foi criado pelo professor Edgar Schein, nascido nos Estados Unidos em 1928. Foi um grande contribuinte na área do desenvolvimento organizacional. Segundo ele: “Cultura é a aprendizagem acumulada e compartilhada por determinado grupo, cobrindo os elementos comportamentais, emocionais e cognitivos do funcionamento psicológico de seus membros.” Aplicação Prática O Pretinho Básico da Estratégia Carlos da Costa Fonte: EXAME (09/09/2005) Coloque seis abelhas numa garrafa aberta. Deite-a com seu fundo encostado na janela. As abelhas, em busca da luz, permanecerão batendo no fundo da garrafa até morrer de exaustão. Se fossem moscas, que não seguem um “modelo” lógico em seu movimento, voariam desordenadamente e logo conseguiriam escapar. (...) (...) “Precisamos de mais moscas e menos abelhas fazendo estratégia”, afirmam Henry Mintzberg, Bruce Ahlstrand e Joseph Lampel, em seu recém-lançado Strategy Bites Back (“A estratégia contra-ataca”, em tradução livre, ainda sem tradução em português). (...) 16 (...) O livro é uma ode à simplicidade, à liberdade e à criatividade na estratégia, batendo forte em modelos analíticos rígidos e nas empresas de consultoria que os reproduzem. O planejamento estratégico tradicional, hermético e engessado vem se esgotando nos últimos anos. O que a obra defende, de maneira enfática, é o planejamento flexível, participativo e transparente. (...) (...) Após uma sequência de páginas demonstrando inconsistências que povoam a literatura sobre estratégia, os autores apresentam sua primeira proposição: as empresas devem se preocupar menos com modelos abstratos e mais com desafios concretos, tais como melhorar seus produtos e satisfazer seus consumidores. (...) (...) O óbvio, portanto. A aplicação da estratégia deveria ser inspirada no “pretinho básico” concebido pela estilista Coco Chanel: prático, ousado e adaptável. Não deveria nunca perder a elegância da simplicidade, fazendo seus usuários se sentirem melhor ao enxergar a si mesmos de uma nova forma. (...) (...) A estratégia deve fazer parte do dia a dia das empresas, e não ser usada apenas nos eventos anuais. Deve permear toda a organização, e não ser privilégio exclusivo dos executivos seniores. (...) (...) O melhor exemplo prático é o da Nokia, que obteve crescimento anual de 70% quando envolveu 250 funcionários na revisão de sua estratégia. (...) (...) Ao democratizar o processo, conquistou o comprometimento de mais funcionários, aumentou sua capacidade de implementação, tornou a estratégia cotidiana para boa parte da empresa e levantou ideias novas para sustentar seu crescimento. (...) 17 (...) A segunda importante recomendação dos autores é tornar a estratégia mais visual. Usando diagramas, flechas, projéteis e terrenos pedregosos, defendem uma abordagem mais imaginativa e chegam a representar com desenhos um "glossário" de 65 termos centrais. (...) (...) O presidente deve ser um “artista”, que consegue criar a “visão” da empresa da mesma forma que Mozart "vislumbrava" seus concertos -- como belas e inspiradoras pinturas. A ousadia continua, com o artigo de Jeanne Liedtka, “Tudo o que eu precisava saber sobre estratégia aprendi no zoológico.” (...) (...) Liedtka propõe que se use, na estratégia, o teste aplicado em orangotangos para saber se eles conseguem pensar. Primeiro, ser capaz de criar mentalmente uma imagem de algo que não esteja presente. Isso pode ser uma intenção, uma visão ou um modelo de negócio, que contenha a compreensão do ambiente em que a empresa se encontra. (...) (...) Segundo, possuir um propósito a ser alcançado, uma finalidade para a ação. Por último, mostrar flexibilidade, pensar em caminhos alternativos para atingir os objetivos quando os planos iniciais falham. Imaginação, propósito e flexibilidade -- demonstrados pelo orangotango, mas, segundo a autora, ausentes de muitas estratégias empresariais. (...) (...) A entrada da Honda no mercado americano, em 1959, representa o sucesso de uma iniciativa empresarial flexível. Em apenas sete anos, a montadora japonesa conquistou a fatia de 63% do mercado americano de motocicletas. (...) (...) Segundo o relatório de uma importante consultoria escrito em 1975, o sucesso japonês advinha de ummodelo de negócio complexo, baseado em motocicletas desenhadas para produção em grande escala, com foco em conquista de participação de mercado e investimento em eficiência operacional. (...) 18 (...) A realidade, porém, mostrou-se diferente. Executivos da Honda revelaram que nada daquilo fora planejado. Resultou da persistência, da obsessão pela qualidade e do acaso. Certo dia, um gerente de compras da Sears perguntou sobre as pequenas motocicletas, de 50 cilindradas, que os próprios representantes da Honda dirigiam. (...) (...) Embora os principais executivos no Japão achassem que o mercado americano demandaria modelos maiores, renderam-se às encomendas da Sears, e isso abriu uma enorme oportunidade, fazendo da Supercub 50cc o modelo mais vendido. (...) (...) Eles simplesmente ouviram a voz do cliente e atenderam da melhor forma possível os consumidores com aquilo que sabiam fazer melhor. Agora que você aprendeu um pouco sobre a estratégia, é interessante que você descreva como funciona o Planejamento Estratégico na empresa que você trabalha. Escreva um texto de 15 linhas no mínimo
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