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CC 2 Historia do direito

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HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO - CCJ0256 
Caso Concreto 2 
O Foral de Olinda de 1537 é o documento histórico mais antigo relativo à cidade e 
elevou o povoado de Olinda à condição de Vila, estabelecendo seu patrimônio público, 
bem como um plano de ocupação territorial. Foi produzido pelo primeiro capitão 
donatário de Pernambuco (Duarte Coelho) aos povoadores e moradores, cedendo o 
direito de uso da terra, mas sem transferir sua propriedade. Ainda hoje a Prefeitura 
Municipal se utiliza do documento para fundamentar a cobrança de foro anual e também 
de “laudêmio”“. Inconformado, José, morador em terreno passível de cobrança, afirma 
que no Brasil não se reconhece um documento com quase cinco séculos de existência, 
além do que os forais não possuem força jurídica. 
Diante da informação acima, pesquise e responda: 
a) o que é uma Carta Foral? 
 
R: Carta foral é o documento concedido pelo rei ou por um senhorio, tinha como 
finalidade firmar um acordo, aonde discriminava os direitos e deveres, na época das 
capitanias hereditárias o rei mandava aos capitães donatários, recebiam uma carta 
foral concedendo direitos e os deveres para com a coroa portuguesa. 
b) Com que fundamento o Município de Olinda continua cobrando o foro anual e 
laudêmio? 
 
R: O município fundamenta-se na tese que um titulo de aquisição não perde sua 
eficácia por ser antigo, o foral de Olinda é uma doação, e em nenhum momento foi 
revogado, ou seja, teoricamente a terra pertence ao município, e as pessoas possuem 
apenas a posse, tendo que pagar por ele, mais ou menos como funcionava nas 
capitanias hereditárias. 
 
Sugestão para encaminhamento de questão. 
a) Uma carta de foral é um documento concedido por um rei ou por um senhorio a 
uma povoação onde se estabelecem as normas de relacionamento dos seus 
habitantes, entre si e com o senhor que lhes outorgou o documento. É 
concedido como uma carta de privilégio, concedendo aos moradores da terra 
que a recebe um estatuto privilegiado ou de exceção. O seu nome origina-se de 
um documento régio que estabelecia os foros (direitos, deveres, liberdades e 
garantias) dos povoadores ou habitantes de uma terra a ser fundada, ou que 
recebia mercê nova por seu desenvolvimento. Assim, cada carta de foral 
estabelecia direitos e deveres particulares desses colonos, habitantes ou 
povoadores na vida municipal, exercício da Justiça, privilégios da terra, 
organização social e administrativa, etc. Definia, ainda, o que pertencia à Coroa 
e ao senhor donatário, quando o houvesse.No caso em tela, a Carta Foral era 
um tipo de documento uito utilizado em Portugal que estabelecia normas, entre 
outras coisas, para o pagamento de tributos pelos colonos. Geralmente, se 
descobertos metais e pedras preciosas, 20% seriam da Coroa e, ao donatário 
caberiam 10% dos produtos do solo 
 
b) Com base no direito e, no caso, o Foral de Olinda de 1537. Isto porque possui 
este força jurídica para fundamentar a cobrança exigida pela Prefeitura. Com 
efeito, o instituto do direito ao foro só pode ser extinto através de acordo entre 
aforador e senhorio, o que não ocorreu no caso em tela. Assim sendo, não 
possui razão, devendo o mesmo José e seus descendentes continuarem pagando 
o foro anual e, no caso que couber, laudêmio. 
 
R A carta foral foi um dos principais documentos na capitanias hereditárias, 
dava aos senhores donatarias direito de administrar as terras que tinha a posse, 
e cobrava certas porcentagem sobre oque era produzido, cultivado, ou minerado 
nessas terras, é um ato jurídico perfeito, e acabado pela irrevogabilidade do 
direito adquirido.

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