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CAMPUS MARQUES 
CURSO DE PSICOLOGIA 
Acadêmicos: 
Amanda Eliete Bonfim - N193EB8 – 01/PS1A13
Ana Paula Ramos Pires -D079CF6 - 01/PS1A13
Eduardo Souza Silva - N171BH-1 - 02/PS2A13
Gabriel Bernardes Caiuby- N205016
Gisela Lucas da Silva D21821-2 - 02/PS2A13
Helena Maria de Barros Garcia - T3338D-4 - 02/PS2A13
Isaac Cesar Fernandes Batista N1184J8
Jhenifer Ap. Cerqueira Reis D42cbf-9 - 02/PS2A13
Larissa Cristina de Souza - N156ja3 - 02/PS2B13
Leticia Lima Miranda - N141DD7 - 02/PS2A13
Sensação e Percepção
São Paulo
2017
1.	Introdução	3
1.1.	Sensação e percepção	3
1.2.	Sentidos	3
1.3.	Processamento top-down e bottom-up	4
1.4.	Atenção seletiva	4
1.5.	Figura e fundo	4
1.6.	Percepção das cores	5
1.7.	Influência de contexto no processo de sensação e percepção	5
A.	Problema:	6
B.	Objetivos:	6
C.	Hipóteses:	6
D.	Justificativa:	6
2.	Método	7
3.	Figura	8
4.	Resultados	9
Tabela 1	9
Tabela 2	9
5.	Discussão	10
6.	Referências bibliográficas	11
Introdução
Sensação e percepção 
“As sensações ocorrem por meio de estímulos que são captados do ambiente por vias sensórias e codificados como sinais neurais”
”A percepção envolve a organização, seleção e interpretação das informações que foram captadas pelos sentidos. São influenciadas também pelos estados psicológicos do individuo.” 
(Myers,2006)
Sentidos
Segundo Feldman (2005) os seres humanos possuem cinco sentidos: visão, olfato, paladar, audição e tato. Os sentidos são responsáveis pela nossa capacidade de interpretar o ambiente, ou seja, captar diferentes estímulos ao nosso redor. Sem os sentidos não seríamos capazes de perceber as variações do meio e, como consequência de reagir adequadamente diante de um perigo. 
A visão é o sentido responsável pela captação de luz e a formação de imagens. Os olhos possuem receptores sensoriais, sendo mais precisamente localizados na retina.
A audição está relacionada com a captação e percepção das ondas sonoras. Os receptores sensoriais desse sentido se encontram em uma região da orelha denominada de cóclea. 
O olfato é o sentido que está relacionado a captar o odor das partículas químicas presentes no ar. Os receptores sensoriais desse sentido se localizam no epitélio olfatório, que fica no alto da cavidade nasal.
O paladar é responsável pela percepção dos sabores dos alimentos. Os receptores desse sentido estão presentes em estruturas chamadas de papilas gustativas, distribuídas por toda a língua, palato, faringe, epiglote e laringe.
O tato é o sentido que permite a percepção de texturas, dor, temperatura e pressão. Os receptores relacionados a ele se encontram em toda a pele, mucosas e algumas vísceras. Existem diferentes receptores, cada um relacionado com um tipo de estímulo tátil específico.
Processamento top-down e bottom-up
Em nossasZ experiências do dia - a- dia a sensação e percepção fundem-se em um processo contínuo. Dessa forma, as sensações são captadas pelos receptores sensoriais e evoluídas para níveis mais elevados de processamento. (Myers, 2006). 
A análise sensorial se inicia em seu ponto de entrada como processamento Bottom-up: de baixo para cima. Sendo que as sensações começam com os receptores sensoriais e sobem para a integração cerebral da informação sensorial. (Myers, 2006).
O que é detectado pelos sentidos também é interpretado pela mente, através de percepções. Estas percepções são construídas a partir tanto das sensações que vêm de baixo para cima até o cérebro como através de nossas experiências e expectativas, o que é denominado de processamento top-down (de cima para baixo) (Myers, 2006).
Um estímulo fraco, ou sinal, é detectado não apenas através de sua intensidade (como o tom do teste de audição), mas o nosso estado psicológico (experiência, expectativas, motivação, fadiga) também influencia de maneira determinante para detecção de sinais ou estímulos. Como exemplo, temos o fato de que nossa sensibilidade é aumentada em algumas situações de perigo, como exemplo a guerra. Os limiares absolutos também variam sendo que o choro mais tênue no berço será notado por pais cansados, que irão ignorar sons mais altos e relevantes. (Myers, 2006).
Atenção seletiva 
Conforme postulado por Atkinson (2002), a atenção seletiva é a capacidade que o cérebro possui de selecionar as informações consideradas relevantes e ignorar informações não importantes, sendo assim, trata-se de um tipo de atenção consciente, sendo muito importante no processo de aprendizagem.
Pode-se observar que a atenção é parcialmente determinada pelo que o indivíduo. Deseja e pela importância conferida a isto. Dessa forma, nota-se que a atenção seletiva é um fenômeno que explica, por exemplo, porque é que os anúncios contra o tabagismo são mais facilmente percebidos pelos não fumantes e porque pode se considerar que um calvo detecta mais facilmente anúncios de loções capilares.
Figura e fundo
Os termos equivalentes mais comuns para a palavra Gestalt seriam “forma”, “formato” e “configuração”.
Conforme aponta Atkinson (2002), o nosso universo perceptual é organizado seguindo regras de fundamentos básicos da Gestalt: Proximidade (agrupamos figuras próximas) ,Continuidade (percebemos padrões regulares e contínuos) , Semelhança (agrupamos figuras similares), fechamento (preenchemos as falhas para criar um objeto completo), conexão (percebemos pontos, linhas ou áreas como uma única unidade quando uniformes e ligados. O mesmo estímulo pode desencadear mais de uma percepção.
Através da psicologia da Gestalt temos o exemplo da percepção Figura-Fundo. A figura -fundo faz referência a tendência do sistema visual para simplificar uma cena com um objeto principal que nós estamos olhando (a figura) e tudo o que forma o fundo. Sendo assim, conseguimos identificar melhor um objeto e com maior nitidez, quando ele se destaca, por contraste, sobre um fundo que tende à indistinção e indefinição.
Qualquer objeto, chamado de figura é distinto do ambiente, que é o fundo. Como exemplo: Entre as vozes de uma festa, a que prestamos atenção e ouvimos é a figura, enquanto todas as outras são o fundo.
Percepção das cores 
As cores têm qualidades e características que permitem muitas possibilidades e efeitos na hora de compor um ambiente. A maioria das pessoas convive naturalmente com as cores, inconscientes de sua importância como elemento da natureza e muito relevante no convívio social. De acordo com Goldman (1964, p. 145), "87% dos estímulos que chegam ao nosso cérebro vão através da visão, ficando a audição com 7%, o olfato 3%, o tato 1,5% e o paladar com 1,5%. Ao receber o estímulo da luz, "os olhos alimentam o cérebro com informações codificadas em atividade neural – cadeias de impulsos elétricos - a qual, pelo seu código e pelos padrões de atividade cerebral, representa objetos" (Gregory, 1979, p. 77).
Influência de contexto no processo de sensação e percepção
 	A percepção está sujeita as emoções do sujeito, por exemplo, um sujeito triste e um sujeito feliz percepcionam um determinado estímulo de formas diferentes, e também está sujeito ao efeito do contexto, pois nós percepcionamos o mesmo estímulo de maneira diferente tendo em conta o contexto da forma que faça mais sentido para nós. A hipótese que explica o efeito contexto é o processamento descendente, ou seja, percepcionamos um certo objeto de acordo com as nossas expectativas, com as nossas crenças e também pela nossa motivação, assim verificamos que a nossa percepção pode ser influenciada por esses fatores. Este processamento é ilustrado através da forma como a importância do contexto determina a percepção que temos dos objetos. (Biederman, 1981).
Problema:
 “Será que uma imagem ambígua na qual tem como interpretações um gato e um rato será diferente entre pessoas que tenham medo de ratos e pessoas que não o tenham?”
Objetivos:
Comparar respostas de diferentes sujeitos sobre a observação da mesma figura. Treinar habilidades de instrução, observação e coleta de relatos, além de treinar a tabulaçãode dados, o levantamento de hipóteses e a síntese dos dados coletados e a redação de relatório.
Hipóteses: 
O grupo levantou a hipótese de que pessoas que têm medo de rato irão identificar primeiramente o rato e depois o gato na figura, pois como o medo é um sistema de alarme que prepara nosso corpo para o perigo, a atenção neste caso seria voltada ao objeto de perigo.
Decodificações apresentadas pelos colaboradores durante a observação da figura.
O grupo levantou a hipótese de que a pessoa que não possui medo de rato Identificará primeiramente o gato na figura e levará mais tempo para identificar o rato, pois por não terem o medo que dispara o sistema de alerta não terão algo que influencie em sua percepção.
 Justificativa:
A relevância da proposta deste trabalho se apoia na importância do treinamento da habilidade da observação e análise do comportamento, visto que são requisitos indispensáveis para a atividade profissional do psicólogo.
Método
Para a realização deste trabalho nós entrevistamos quatro pessoas, sendo duas do sexo masculino e duas do sexo feminino, dessas pessoas duas que tinham medo de rato/gato e outras duas que não tinham, na faixa etária entre os 15 e 30 anos.
As entrevistas foram realizadas em diferentes locais, sendo duas entrevistas feitas em uma sala de estar, casa dos participantes, no período noturno, por volta das 20:00. A outra entrevista foi feita na Unip Marquês no período da manhã (11:00-12:00) e por fim, a última, na casa do participante por volta das 15:00 da tarde. Para esse procedimento, foi utilizado papel, caneta, prancheta e caderno para anotar as observações e um celular para cronometrar o tempo de resposta. Também foi utilizada a imagem ambígua retirada da internet que apresenta duas figuras: Um gato e um rato.
O grupo decidiu dividir duas duplas para cada entrevistado. Em todos os casos primeiramente os integrantes do grupo se apresentaram como estudantes de Psicologia da Unip Marquês e foi informado que estávamos realizando um trabalho de pesquisa da disciplina “Processos Psicológicos Básicos”, em seguida foi apresentado o termo de consentimento o qual foi lido e assinado pelos entrevistados.
Antes de mostrar a imagem ambígua identificamos se o participante tinha medo ou não de rato/gato através da seguinte pergunta: “ Você tem medo de algum animal?”. O objetivo de fazer essa pergunta de forma indireta era conseguir relacionar quais entrevistados tinham medo ou não e ao mesmo tempo não “induzi-los” a enxergar um dos animais primeiro que o outro de acordo com a pergunta. Com isso, foi apresentada a figura ambígua aos participantes. Foi cronometrado o tempo de resposta de cada um dos entrevistados e foram anotadas também as reações de cada um ao ver a imagem. As perguntas feitam foram quais as primeiras percepções que eles tiveram da figura e o que eles pensam ter influenciado em suas percepções.
Figura
Resultados
Tabela 1
	Colaborador
	1ª Decodificação
	2ª Decodificação
	Influência nas respostas
	1 (possui medo)
	Gato
	Rato
	Fundo preto, e orelhas.
	2 (possui medo)
	Gato
	Rato
	Contorno preto, focinho.
	3 (não possui medo)
	Rato
	Gato
	Dentes do rato, olhos do gato. 
	4 (não possui medo)
	Gato
	Rato
	Olho do gato, orelhas do rato.
Decodificações apresentadas pelos colaboradores durante a observação da figura.
Os dados revelam que a maioria (3 dos 4 entrevistados), realizaram uma primeira decodificação (o gato). Dois dos entrevistados contam que o fundo preto que faz o contorno das orelhas do gato foi a influencia para sua primeira percepção, e os outros dois contam que a influencia para ver o gato foram os olhos do animal, sendo que desses dois, um visualizou o rato primeiro; a entrevistada que visualizou o rato primeiro, acredita que a grande influencia para decodificação da imagem foi o fato de ser bióloga, o que fez com que visse mais animais do que o proposto e buscado na entrevista, vendo animais ate mesmo pelo verso da folha (a mesma viu um urso). Durante a entrevista foram observados os comportamentos e reações dos entrevistados, o entrevistado numero 1 não esboçou reações a apresentação da imagem, e ao ser questionado sobre oque poderia ter influenciado sua percepção o mesmo afasta a imagem para responder. O entrevistado de numero 2 ao ser apresentado a imagem se curvou, afastou a imagem, virou a folha do avesso, de cabeça para baixo e de lado, aproximou a folha novamente, e ao ser questionado sobre oque poderia ter influenciado sua percepção o mesmo não esboçou reações e respondeu de prontidão. O entrevistado numero 3 ao ser apresentado a imagem deu risada, debateu os dedos sobre a perna, fechou os olhos e afastou a figura, ao ser questionado sobre oque poderia ter influenciado sua percepção, o mesma respirou fundo, debateu os dedos sobre a perna e retornou a olhar a imagem. O entrevista do numero 4 não esboçou reações a apresentação da imagem, e ao ser questionado sobre oque poderia ter influenciado sua percepção o mesmo retornou sua atenção a imagem a virou de cabeça para baixo, tampou a figura em cima e depois em baixo, para então responder a pergunta. 
Tabela 2
	
Colaborador
	1ª Decodificação
TEMPO
	2ª Decodificação
TEMPO
	1 (possuem medo)
	Imediata
	5 segundos
	2 (possuem medo)
	5 segundos
	7 segundos
	3( não possuem medo)
	2 segundos
	4 segundos
	4 ( não possuem medo)
	Imediata
	2 segundos
Tempo de resposta das decodificações apresentadas pelos colaboradores durante a observação.
Observa-se que o entrevistado 1 e 4 decodificaram a imagem de imediato, porem enquanto o número 4 levou 2 segundos para decodificar a 2º imagem, o número 1 levou 5 segundos. Enquanto o número 2 levou 5 segundos para decodificar a 1ª imagem e 7 segundos para a 2ª imagem, o numero 3 decodificou a primeira em 2 segundos e a segunda em 4 segundos, tendo em vista que também visualizou outro animal (coelho).
Discussão
O objetivo da pesquisa era comparar respostas de diferentes sujeitos sobre a observação da mesma figura. Treinar habilidades de instrução, observação e coleta de relatos, além de treinar a tabulação de dados, o levantamento de hipóteses e a síntese dos dados coletados e redação de relatório. Após o término do trabalho, concluímos que esse objetivo foi alcançado, já que conseguimos treinar nossas habilidades coletando dados e levantando hipóteses. O grupo reforçou os conhecimentos e técnicas de observação e colocamos em prática o aprendido nas aulas.
As hipóteses levantadas pelo grupo sugeriam, primeiro que pessoas que têm medo de rato iriam identificar primeiro o rato e depois o gato na figura, pois como o medo funciona como um sistema de alarme que prepara nosso corpo para o perigo, a atenção neste caso seria voltada ao objeto de perigo, e segundo que as pessoas que não possuem medo de rato identificaria primeiro o gato na figura e levaria mais tempo para identificar o rato pois por não terem o medo que “dispara o sistema de alerta” não teriam algo que influencie sua percepção. No entanto, nenhuma das hipóteses foram confirmadas, pois as duas pessoas que tinham medo viram primeiramente o gato e das duas pessoas que não possuem medo só uma viu o gato primeiramente.
Concluímos que pelo fato do fundo da imagem ser branco, assim como o desenho do rato na imagem, a percepção da maioria dos voluntários seria primeiramente identificar o desenho sobreposto de preto (no caso a imagem do gato), e somente depois com melhor análise da figura identificar o rato. As cores têm características que permitem muitas possibilidades e efeitos na hora de compor uma imagem, e duas figuras apresentadas  numa imagem, sendo uma com a mesma cor do fundo, seria mais provável identificar a figura com a cor diferenciada do fundo, por conta do realce na totalidade da imagem. Pode se considerar também os formatos apresentados, já que a figura do rato é apresentada com mais detalhes, o voluntário que exclui o formato maiore preto em volta, centralizando o olhar, poderá identificar com mais facilidade o rato, neste caso os fatores de medo ao qual cogitamos ao criar as hipóteses não foram a maior influencia na decodificação da imagem, os entrevistados foram influenciados pelas formas e cores, tornando nossas hipóteses falhas. 
Referências bibliográficas
ATKINSON, R. L. ET AL. Introdução a Psicologia. Porto Alegre: Artmed, 2002. 
GOLDMAN, Simão. Psicodinâmica das cores. Porto Alegre: Ed. La Salle, 1964. 
GREGORY, Richard L. Olho e Cérebro. Psicologia da Visão. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1979. 
MYERS, D. Psicologia. Rio de Janeiro: LTC, 2006.

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