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2 protozoários amebíase

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Parasitologia - 9 - 
AMEBÍASE 
 
 Várias espécies de amebas podem ser encontradas no homem 
 Entamoeba histolytica  única potencialmente patogênica 
 Enatamoeba hartmanni, dispar, coli, gengivalis (única da cavidade bucal) 
 Endolimax nana, Iodamoeba butschlii, Diantamoeba fragilis 
 
 É difícil a distinção entre as amebas  necessário observar várias estruturas 
 Tamanho do trofozoíto e do cisto 
 Estrutura e número dos núcleos nos cistos 
 Número e formas das inclusões citoplasmáticas 
 
Descrição 
 
 Doença causada pelo protozoário Entamoeba histolytica que vive no intestino 
grosso de humanos e pode atuar como 
 Comensal  amebíase intestinal não-invasiva  assintomática 
 Acredita-se que seja E. dispar  indistinguível da E. histolítica 
 Patogênica  sintomática 
 Forma intestinal e extra-intestinal 
 
 Formas evolutivas 
 Trofozoítos  pleomorfismo com emissão de pseudópodos 
 Fezes diarréicas (20-40 µm) e úlceras (até 60 µm) 
 Pré-cisto  oval ou ligeiramente arredondado, menor que o trofozoíto 
 Fezes formadas ou pastosas 
 Cistos maduros (tetranucleados)  esféricos ou ovais, medindo 8 a 20 µm 
de diâmetro 
 Fezes formadas  forma infectante 
 Viáveis por até 20 dias  ao abrigo de luz e com umidade 
 Metacisto 
 Fezes formadas ou pastosas 
 Forma que emerge do cisto, no intestino delgado, onde sofre divisões, 
dando origem aos trofozoítos 
 
 Biologia 
 Constituintes básicos da membrana plasmática  carboidratos, lipídios e 
proteínas 
 Locomoção  pseudópodos 
 Reprodução  divisão binária 
 Alimentação  fagocitose 
 Bactérias e partículas nutritivas  forma não invasiva 
 Hemácias, células de tecido  forma invasiva 
 Respiração  anaeróbio, sendo atualmente microanaerófilo 
 Habitat  luz do intestino grosso podendo, ocasionalmente, penetrar na 
mucosa e produzir ulcerações intestinais ou em outras regiões do 
organismo, como fígado, pulmão, mais raramente, no cérebro 
 Metabolismo  grande necessidade de ferro (respiração) 
Parasitologia - 10 - 
Ciclo Biológico  os dois ciclos podem ocorrer simultaneamente 
 
 Ingestão de cistos maduros  resiste ao suco gástrico  intestino delgado  
desencistamento  libera o metacisto  divisões nucleares e citoplasmáticas 
 oito trofozoítos metacísticos  migram para o intestino grosso  
alimentam e crescem  trofozoíto adulto  colonizam  desprendem da 
parede  desidratação  pré-cistos  membrana cística  cistos 
mononucleados  divisões nucleares  cistos tetranucleados  fezes 
 Em geraladeridos à mucosa do intestino comensal detritos e bactérias 
 
 Em situações não bem estabelecidas  quebra do equilíbrio  trofozoítos 
invadem a submucosa intestinal  multiplicam ativamente no interior das 
úlceras (forma invasiva ou magna)  circulação  outros órgãos  amebíase 
extra-intestinal (fígado  pulmão, rim, cérebro ou pele) 
 No tecido  não formam cistos e multiplicam-se ativamente por divisão 
binária, e alimentam-se de sangue e restos celulares 
 
 Os dois ciclos podem ocorrer simultaneamente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Transmissão 
 
 Principal  ingestão de alimentos ou água contaminados com cistos maduros 
 Falta de higiene domiciliar  facilita a disseminação de cistos 
 "Portador assintomático" que manipula alimentos  principal disseminador 
 
 Raramente  contato sexual (contato oral-anal) 
 
Manifestações Clínicas 
 
 Formas assintomáticas  detectada pelo encontro de cistos nas fezes 
 
 Formas sintomáticas  envolvem processos necróticos (úlceras e abscessos) 
Parasitologia - 11 - 
 Amebíase intestinal aguda 
 Diarréia muco-sanguinolentas com odor fétido  oito a doze vezes ao dia 
 Pode ocorrer desidratação, cólicas abdominais e febre 
 Amebíase intestinal crônica  ocorre longos períodos sem sintomas 
 Varias evacuações (diarréia ou não), flatulência e desconforto abdominal 
 Amebíase extra-intestinal  lesões de maior ou menor gravidade 
 Hepática, cutânea e outros órgãos (pulmão, cérebro, baço, rim, etc.) 
 
Diagnóstico 
 
 Clínico  fase aguda pode ser confundida com outras patologias diarréicas 
 
 Laboratorial  confirmar a suspeita clínica 
 Pesquisa do parasito 
 Cistos ou trofozoítos  fezes, exsudatos (punção dos abscessos) 
 Pesquisa de DNA 
 
 Imagem  retossigmoidoscopia, radiografias, tomografias, ultra-sonografias e 
ressonância magnética 
 
 Imunodiagnóstico 
 
Terapêutica 
 
 Derivado nitromidazol  metronidazol, secnidazol, tinidazol 
 Inibição da síntese e degradação do DNA  alterações da síntese protéica, 
membrana celular  morte 
 
Epidemiologia 
 
 Profilaxia 
 Medidas de higiene pessoal (lavar as mãos) 
 Destino adequado aos dejetos humanos 
 Proteção dos alimentos contra insetos coprófagos 
 Tratamento da água  cistos resistem à cloração da água, mas são 
destruídos em água fervente 
 Tratar os doentes 
 Verificar o parasitismo nos animais e tratá-los 
 Diagnosticar a fonte de infecção 
 
 Prevalência 
 No mundo  cerca de 480 milhões de pessoas infectadas 
 Maior em países subdesenvolvidos 
 10% sintomas intestinais ou extra-intestinais 
 Brasil  Sul e Sudeste de 2,5% a 11%, Região Amazônica de até 19% e 
demais regiões de 10% 
 
 Incidência  varia com as condições sanitária e socioeconômica

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