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portifólio pedagogia HISTÓRIA E CULTURA AFRO BRASILEIRA E INDÍGENA

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
PEDAGOGIA – 6º Flex e 7º SEMESTRE
Fernanda Ribeiro
 Luana ramos BRaz
 Ronise Severo Cardoso
 Tais Pacheco
GILIANE JOSENDE
história e cultura afro-brasileira e indígena
Rosário do Sul
2017
Fernanda Ribeiro
Luana ramos BRaz
Ronise Severo Cardoso
Tais Pacheco
GILIANE JOSENDE
história e cultura afro-brasileira e indígena
Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas de Ensino de História e Geografia, Ensino de Matemática, Ensino de Língua Portuguesa, Educação Física Escolar e Psicomotricidade, Seminário Interdiciplinasr VII Tópico Especiais I, Estágio Curricular Obrigatório II: Anos Iniciais do Ensino Fundamental
Profs. Lílian Gavioli de Jesus, Andressa Aparecida Lopes, Vilze Vidotte Costa, Patricia Alzira Proscêncio, Eloise Werle de Almeida, Natalia germano Gejão Diaz.
Rosário do Sul
2017
Sumário:
1 Introdução......................................................................................................03
2 Situações de Aprendizagem Interdisciplinares .........................................04
2.1 Identificação da Escola.................................................................................04
2.2 Objetivo geral................................................................................................04
2.3 Objetivo especifico........................................................................................04
2.4 Conteúdos.....................................................................................................04
2.5 Cronograma de atividades............................................................................04
2.6 Percurso metodológicos................................................................................04
2.7 Recursos........................................................................................................04
2.8 Avaliação.......................................................................................................04
2.9 Bibliografia.....................................................................................................04
2.0Referencial Teórico........................................................................................05
Conclusão..........................................................................................................06 
Referências........................................................................................................07
1 Introdução:
O objetivo deste trabalho é mostrar relevância deste tema está em considerar a diversidade da formação identitária brasileira, de matriz branca europeia, indígena do nativo e do negro africano e que vem intensificando o interesse de pesquisas nessa área do conhecimento. Observando que, durante centenas de anos, o ensino nacional esteve voltado para atender às necessidades educacionais da população branca e economicamente dominante. Somente nos anos 80 do século passado, com a redemocratização pós Ditadura Militar e as pressões da comunidade negra é que as questões antirracistas relacionadas às políticas de igualdade, reconhecimento e alteridade ganham visibilidade. Importante ainda é ressaltar que a institucionalização da Lei 10.639/2003, embora traga em seu bojo a obrigatoriedade dos estudos sobre a cultura africana, é necessário exigir que os currículos escolares e o material didático utilizado, tratem do tema de forma positiva e sem estereótipos. Fatores sobre os quais o historiador Mattos debate, focando a necessidade de haver currículos que privilegiem essa temática e sobre a dificuldade da elaboração em nossa sociedade. Visto que esta possui característica multicultural, em que a supremacia branca ocidental impôs seu legado cultural e que, na maioria das vezes, reproduzimos mesmo que inconscientemente. Viés argumentativo validado por Mattos, ao alegar que: Da importância e necessidade de se considerar, na elaboração dos projetos pedagógicos e currículos escolares, um conjunto de concepções, orientadoras de práticas sociais comum ás populações negras brasileiras que, por suas notórias vinculadas a um passado africano reconstituído no Brasil, convencionou-se nomear valores civilizatórios afro-brasileiros. Procura-se chamar atenção para a historicidade dessas concepções, bem como das práticas nelas fundamentais, como forma deliberada de fazê-las figurarem na esfera das políticas educacionais com efetivas possibilidades de colaboração com formação escolar, não só respeitadora das diferenças, mas, verdadeiramente, pluricultural. (MATTOS, 2003, p. 229). 
2 Situações de Aprendizagem
2.1 Identificação da escola: E.M. E. F. Paulo Lannes da Cunha.
Disciplinas: Língua Portuguesa, Artes, Historia, Ciências, Geografia e Religião.
Período de Realização: Segunda quinzena de Abril
Turma: 2° ano do ensino fundamental.
Professores: Fernanda Ribeiro, Giliane Josende, Luana Braz, Ronise Cardoso, Taís Rodrigues.
2.2 Objetivo Geral: perceber a mistura de raças existente no Brasil e que a maioria das crianças é fruto dessa mistura. Reconhecer e valorizar a diversidade humana, partindo de um processo de conhecimento e respeito de nossas identidades culturais, com o intuito de resgatar e fomentar atitudes individuais e coletivas contra o preconceito e a favor do respeito às diferenças.
2.3 Objetivos Específico: 
• Reconhecer e valorizar a diversidade, que está intrinsecamente ligada ao respeito ao outro, com suas crenças, credos e valores, superando assim, a intolerância e a violência entre os indivíduos;
• Identificar e analisar diferentes situações cotidianas que refletem a intolerância e o desrespeito à diversidade;
• Sensibilizar para a importância da temática étnico-racial, oportunizando discussões sobre o re-conhecimento e valorização das diversidades culturais;
• Possibilitar a construção de um “nós” entre a cultura africana e a brasileira, de uma história e de uma identidade, possibilitando a releitura e a valorização da cultura afro-brasileira e dos afro-descendentes; 
• Promover a formação de opiniões, atitudes e valores que desenvolvem os cidadãos para a consciência étnico-racial; 
• Trabalhar a construção de uma auto-estima positiva no educando, para que o mesmo possa fazer suas considerações positivas no relacionamento social com os seus semelhantes;
• Perceber que pertencemos a grupos sociais, bem como classificar alguns grupos de que fizemos parte;
• Respeitar as diversidades aprendendo a lidar com as diferenças dentro e fora da escola.
2.4 Conteúdos: 
• Língua Portuguesa – Ler e discutir acerca de diversos tipos de textos inclusive de literatura infantil, para posteriormente refletir, construir novos textos e se expressar a favor da diversidade.
• História – Estudar as dimensões sociais, políticas e culturais como meio para construir a noção de identidade do educando.
• Geografia - Refletir criticamente sobre nossa espacialidade geográfica fundamentando-se numa visão histórica, social, política, cultural e econômica.
• Artes - Incentivar e valorizar a criação artística regional através de suas diversas manifestações como dança, dramatização, músicas e artesanato. 
•Religião – Procurar desvendar os saberes e as verdades dos mitos e dos ditos populares com base nos valores e questões éticas.
2.5 Cronograma de Atividades: 
Segunda – Feira : Roda de conversa;
Terça – Feira: Trabalhar a história “ Menina Bonita dos Laços de Fita”;
Quarta – Feira: Pintura dos personagens da história “ Menina Bonita dos Laços de Fita”;
Quinta – Feira: Confecção de dedoches pelos alunos sobre a história citada acima;
Sexta – Feira: Usando os dedoches os alunos iram recontar a história;
Período de realização das Atividades: da 13h30min ás 15h00min.
2.6 Percurso Metodológico: 
1ª Atividade: Foi feita em sala de aula uma roda de conversacom os alunos sobre seus conhecimentos sobre a temática da diversidade da afro descendência, debatendo os conhecimentos individuais.
2ª Atividade: Dando seguimento ao conteúdo da aula anterior, levamos os alunos ao pátio da escola para realizarmos a narração da história “A Menina Bonita dos Laços de Fita”, onde cada criança demonstrou interesse e curiosidade sobre a história, interagindo a todo momento.
3ª Atividade: Após a pintura e confecção dos dedoches os alunos se reuniram em pequenos grupos, onde cada grupo utilizando os dedoches recontaram a sua maneira a história trabalhada, de uma forma lúdica e prazerosa a todos. 
2.7 Recursos: livro de conto, folha A4, lápis de cor, giz de cera, tinta guache, tesouras, tenaz. 
2.8 Avaliação: A avaliação será feita a partir de diagnóstico e mediante a realização dos trabalhos e das apresentações em sala de aula, observando também as atitudes preconceituosas que devem diminuir na escola. Ao fim do projeto, com certeza essas ações serão implementadas ao longo de todo o ano. Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, pode ser ensinado a amar. ”
Nelson Mandela
2.9 Bibliografia: 
Fonte: http://www.buala.org/pt/a-ler/historia-identidade-e-afro-descendencia, 
Fonte: Machado, Ana Maria, 2005; A menina Bonita dos Laços de fita; Texto da Lei 11.645/08. 
Fonte: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htmi; 
2.0 Referencial Teórico
A Lei 11.645/2008 altera a Lei 9.394/1996, modificada pela Lei 10.639/2003, a qual estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e cultura afro-brasileira e indígena”. Isso implica a necessidade de abordar a temática em questão no ensino de todas as disciplinas do currículo da educação básica, que inclui o ensino fundamental e médio. Consequentemente, essa temática aparece também no livro didático, uma vez que ele é um dos instrumentos mais utilizados pelos professores e alunos nos processos de ensino e aprendizagem. Nesse sentido, com o presente estudo, buscamos investigar se essa Lei está sendo abordada e como isso está ocorrendo nos livros didáticos de português. Nosso corpus de análise é constituído por três livros didáticos de português, destinados ao 6º ano do ensino fundamental, dois deles publicados em 2009, após a Lei entrar em vigor, e um deles em 2002, no período que precede tanto a Lei 10.639/2003 quanto a Lei 11.645/2008. Como suporte metodológico, utilizamos o método quantitativo, para verificar a presença de textos cuja temática determinada pela Lei seja contemplada. Em seguida, o método qualitativo nos auxiliou, para examinar os textos em relação à origem e às formas de abordagem da temática em questão, a partir, sobretudo, do apoio teórico de Santomé (2009) e de Marcuschi (2005). Dessa forma, constatamos que os textos presentes nos livros didáticos analisados abordam superficial e minimamente a história e a cultura dos afrodescendentes e indígenas.
As questões raciais da LDB/1961 a Lei nº 10.639/2003: povo brasileiro, segundo o IBGE senso de 2010, é constituído em sua maioria por negros. Indivíduos de diferentes etnias africanas, que foram bruscamente separadas de seu universo cultural em seu continente, para serem a partir de 1555, deportadas em terras americanas; aqui permanecendo como escravizados por mais de três séculos afastados de seus costumes, tradições, religiões e idiomas, sendo obrigados a incorporar, os valores civilizatórios europeus. Em uma conjuntura de dominados (índios e negros) e dominador (branco europeu), ao negro não foi permitido à educação formal, trajetória que vem se modificando nas últimas décadas, através da luta de comunidades negras, estudiosos e acadêmicos que defendem educação para todos e de qualidade, pois vê nesse processo uma forma do negro, através do conhecimento, equiparar-se ao não negro, nas oportunidades iguais de trabalho e nos vários segmentos sociais. Nesse aspecto a lei nº 10.639/03 constitui-se em importante passo institucional de reconstrução da trajetória do afrodescendente, propondo uma reescrita historiográfica da contribuição do negro, na constituição da identidade do povo brasileiro de forma positiva, permitindo revermos conceitos, até então estabelecidos, sobre a lógica do colonizador europeu, e reconstruir novos paradigmas, resignificando e valorizando a diversidade cultural aqui existente. Reconhecendo a importância da lei nº 10.639/03 e das ações desencadeadas nos últimos anos, que se baseiam em pressupostos democráticos, analisaremos estudos, realizados pelos teóricos: Kabemgele Munanga, Lucimar Rosa Dias e Tatiane Cosentino Rodrigues. Munanga (2001) faz uma análise das condições afro-brasileiras na atualidade, realizando um comparativo entre o negro e o branco nos domínios: da renda, da representação política, das condições de saúde, das oportunidades educacionais, de lazer, cultural etc. Em que o negro ocupa, na maioria das vezes, cargos inferiores na hierarquia social; quadro este de desigualdade, que não é constituído apenas pela herança de um passado escravista, mas continuam sendo perpetuado no tecido social desigual de oportunidades, no qual, negros e não negros estão submetidos no presente. Sobre a escravidão no Brasil, pode-se ressaltar um discurso cheio de estereótipos e preconceitos que sempre estiveram aliados a uma relação de poder, entre dominante e dominado, em que o colonizador, justifica todas as atrocidades cometidas contra os povos africanos, com chamada “Missão Civilizatória”, ou seja, converter o negro aos valores europeus; pois se pensava os africanos como: degenerados, desvirtuados, de natureza pecaminosa, resistentes aos ensinamentos cristãos, assim a escravização seria a única possibilidade de “salvação” desses povos. Assim afirmando este autor: “A desvalorização e a alienação do negro estendem-se a tudo que toca a ele: o continente, os países, as instituições, o corpo, a mente, a língua, a música, a arte, etc. Seu continente é quente demais, de clima viciado, malcheiroso, de geografia tão desesperada que o condena à pobreza e à eterna dependência. O negro é uma degeneração devido à temperatura excessivamente quente”. (MUNANGA, 2001, p.21). 									Essa herança social está arraigada ao cotidiano da sociedade brasileira e ao ambiente escolar, embora não seja o único, constitui um lócus privilegiado, no qual se aprende e compartilha: saberes, valores, crenças e costumes, desconstruindo e reconstruindo novos valores. Portanto, lugar capaz de articular e reescrever a história do negro de forma positiva. Porém são com os desdobramentos da lei e o passar dos anos, que estão se efetivando, reivindicações da comunidade negra e de intelectuais engajados na luta por políticas antirracistas. Conquistas que se fazeram sentir através da elaboração de leis e ações governamentais como: a publicação dos PCNs, que incluem o volume “Pluralidade Cultural”, o qual a diversidade racial no Brasil é vista de forma positiva; e mais recente a lei 10.639/03, sancionada pelo presidente Lula, que altera a lei nº 9.394/96, nos artigos 26 e 79, tornando obrigatória a inclusão no currículo oficial do ensino a temática” História e Cultura Afro-brasileira, como podemos constatar: A lei também estabelece que o calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como “Dia nacional da Consciência Negra”. Em 10/3/2004, também é aprovado por unanimidade pelo Conselho Nacional da Educação, as “Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana”. Pode-se concluir que as questões relacionadas à “raça” e à inclusão do negro nas escolas públicas, só estão ocorrendo diante de fortes pressões do movimento negro e de acadêmicos engajados que, nas últimas décadas, vêm lutando para que ações públicas ocorram, como forma de equiparardireitos iguais entre negros e não negros no Brasil. A Lei 11.645/08 foi uma das grandes conquistas para o reconhecimento social do negro e do indígena. Ela torna obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena em todas as escolas brasileiras, públicas e privadas, do Ensino Fundamental e Médio. Ela abarca uma série de importantes questões, pois não se resume à questão da escravidão e do preconceito, já que retrata a importância do reconhecimento do negro e do índio como pilares da formação da sociedade brasileira, como sujeitos históricos que lutaram pelos seus ideais. Essa lei foi uma conquista para os inúmeros alunos afrodescendentes e indígenas que estão em fase escolar, e que muitas vezes não se reconhecem nos assuntos que lhes são ministrados 5 nas disciplinas, principalmente na de história, que traz muito mais uma “história branca”, em detrimento de uma história na qual todas as culturas e povos tivessem o mesmo espaço e forma de abordagem.
Considerações Finais:
Pode-se observar por meio de analise bibliográfica, realizada com pesquisadores já citados no texto, que a formulação e implementação de Políticas Públicas que privilegie as questões referentes aos estudos da cultura negra e africanas na Educação Básica, na prática não garantem a efetividade e a eficácia desta temática.							 Ao desenvolver o projeto, almejamos mudanças de posturas e atitudes de estudantes diante da tão complexa questão racial brasileira, a partir do maior conhecimento adquirido sobre a história e cultura afro-brasileira. Pretende-se diminuir consideravelmente os índices de preconceito e discriminação racial dentro e fora do espaço escolar. A educação sobre a temática pode levar ao alcance dessas mudanças, pois de posse de conhecimento o ser humano pode reconhecer e valorizar o que antes julgava de forma pejorativa. 
Referências bibliográficas
Fonte: www.educacao.sp.gov.br acesso em: 10/04/2017
Fonte: www.saude.gov.br acesso em: 10/04/2017
Fonte: Vagula, Edilaine; Steinle, Marlizete Cristina. Organização do trabalho pedagógico na educação infantil. – 1. Ed. – São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013. 
Fonte: https://www.planalto.gov.ccivil03/ato2007-2010/2008/lei/11645.html acesso em: 10/04/2017
Fonte: https://WWW.youtube.com/watch?v=eT1vw2QT8A acesso em: 1/04/21017

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