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1 T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s SISTEMA AUDITIVO E VESTIBULAR Os dois tem receptores periféricos no ouvido, cóclea e canais semicirculares (utrículo e sáculo), e os dois projetam essa informação através do VIII para o tronco cerebral. Os gânglios espirais contém os neurônios que inervam a cóclea e tem os prolongamentos centrais que são os axônios que penetram o sulco bulbopontino para ir até os núcleos cocleares que vão estar na transição da ponte com o bulbo. A mesma coisa acontece com a porção vestibular do VIII que também projeta para o tronco cerebral. AUDIÇÃO O som vai ser captado pelo pavilhão auricular e transmitido pelo conduto auditivo até a membrana timpânica. A vibração da membrana faz vibrar os ossículos (martelo, bigorna e estribo) e posteriormente vai ser transmitida para a cóclea. As células que estão presentes no interior da cóclea são chamadas de células cabeludas porque contém vários cílios no seu interior, que reconhecem o movimento líquido e transformação isso em um sinal elétrico que vai ser transmitido para o SNC. Assim como todos os tipos de sensibilidade, a audição também é transmitida de forma específica (tonotopia). Cada região do córtex cerebral vai ser responsável por uma frequência específica, isso já começa na cóclea. A base da cóclea é responsável pelas frequências mais altas e o ápice é responsável pelas frequências mais baixas. A ativação das células cabeludas na cóclea faz com que as células do gânglio espiral transmitam essa informação até os núcleos cocleares que vão estar localizados na transição do bulbo com a ponte. O núcleo coclear ventral é subdividido: Porção anterior É a parte mais importante da via, a que manda células para os núcleos olivares que depois fazem o lemnisco lateral e acabam no colículo inferior Responsável pela localização espacial do som Porção posterior Funciona como o "portão da dor", mas para a audição controla qual o tipo de sensibilidade auditiva vai penetrar na SNC manda fibras que vão do núcleo olivar superior até a cóclea para fazer esse controle Núcleo dorsal Recebe fibras e manda para os colículos contralaterais Acredita-se que ele seja responsável pelo padrão mais temporal do som, ou seja, a sequência que segue de sons Na continuação da via, para chegar aos núcleos olivares superiores, as fibras podem cruzar ou não através do corpo trapezoide sobem como lemnisco lateral acaba no colículo inferior corpo geniculado medial área auditiva. Lemnisco lateral Tem fibras ipsi e contralaterais Núcleo do lemnisco lateral onde as células também podem fazer sinapse ao fazer sinapse cruzam novamente a linha média na comissura de Probst depois ascendem até o colículo inferior Lesão completa de qualquer parte da via (unilateral) acima dos núcleos cocleares, não causa déficit auditivo completo devido ao grande cruzamento e descruzamento de fibras. 2 T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s Colículo inferior Situado na porção inferior do mesencéfalo na altura que o pedúnculo cerebelar entra e cruza a linha média (decussação do pedúnculo cerebelar) Como diferenciá-lo do colículo superior? O colículo superior está mais a cima, onde já se tem núcleo rubro O colículo inferior possui um núcleo de substância cinzenta, ao contrário do colículo superior que é laminado Mantem toda a laminação no sentido de tonotopia que existia na cóclea. Quando ele for projetado para o corpo geniculado medial ele continua projetando para regiões específicas. Tem duas porções diferentes: Núcleo central o Núcleo mais importante da via porque continua com a tonotopia o Vai projetar para o corpo geniculado medial e posteriormente para o córtex cerebral Núcleo externo o Recebe não só audição, mas também outras sensibilidades ativa o córtex difusamente "despertar" Corpo geniculado medial Também apresenta várias subdivisões Ventral o É a mais importante o Transmite para o córtex auditivo primário (Giro de Heschl) o O córtex auditivo recebe toda a informação auditiva, lembrando que existe uma área auditiva primária (Giro de Heschl) e uma área auditiva secundária que fica ao redor. Essa informação que sai do corpo geniculado medial passa pela porção sublenticular da cápsula interna e se projeta nas regiões do córtex auditivo Medial e dorsal estão relacionadas com a ativação difusa do córtex, com a integração de diferentes sensibilidades Córtex auditivo 1º Área 41, Giro de Heschl (temporal transverso anterior) Lesão não produz surdez completa 2º Área 42 e 22 No lado dominante fazem parte da área de Wernicke, que abrange o giro supramarginal e angular e a porção superior e posterior do giro temporal No lado dominante está relacionado com a interpretação da linguagem No lado não dominante está relacionado principalmente com a interpretação da entonação do som Os núcleos cocleares projetam ipsi e contralateralmente e quando cruzam a linha média formam o corpo trapezoide faz sinapse ou não nos núcleos olivares superiores ascendem pelo lemnisco lateral podem ou não fazer sinapse no núcleo do lemnisco lateral e podem ou não cruzar na comissura de Probst acabam no colículo inferior, principalmente no núcleo central projetam pros corpos geniculares mediais, principalmente na parte ventral projetam através da parte sublenticular da cápsula interna para o córtex auditivo 1º (giro de Heschl) 3 T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s VIA VESTIBULAR As células receptoras vão estar nos canais semicirculares. Também são células que possuem cílios na sua superfície e vão reconhecer o movimento líquido quando mexemos a cabeça, principalmente horizontalmente. Essa informação vai ser transmitida através das células que estão no gânglio ciliar para o tronco cerebral, mas especificamente para os núcleos vestibulares que estão na ponte (superior e lateral) e no bulbo (medial e inferior). Esses núcleos vestibulares se situam estre o sulco limitante e os pedúnculos cerebelares superior, inferior e médio. Mandam fibras ipsi e contralaterais assim como a audição. Projeções dos núcleos vestibulares As células dos canais semicirculares transmitem para as células dos gânglios vestibulares que fazem sinapse com os núcleos vestibulares. Esses por sua vez projetam para 4 regiões principais: Laterais e mediais projetam para a medula formando os tratos vestibuloespinhais, responsáveis por equilíbrio, postura e contratura da musculatura axial. Também podem projetar diretamente para o cerebelo, principalmente para o lóbulo floculonodular e para o núcleo fastigial que são as regiões relacionadas com o equilíbrio Podem ainda mandar fibras para o fascículo longitudinal medial (III, IV, VI, VIII) Podem ir para o córtex (região posterior do giro pós central) passando pelo núcleo lateral ventral posteromedial do tálamo 4 T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s SISTEMA GUSTATÓRIO E OLFATÓRIO A gustação e o olfato são percebidos por alterações químicas, que serão transformadas em estímulos elétricos e projetadospara o SNC. GUSTAÇÃO Existem 4 componentes principais: salgado, doce, ácido e amargo. Para sentir as nuances dessas gustações é preciso que o olfato esteja funcionando. Não existe um cruzamento entre essas duas vias, mas uma das áreas que o olfato projeta é amígdala que projeta para o hipotálamo, que é a região onde estão os centros da saciedade, fome e sede. Através dessa influência o olfato consegue auxiliar e controlar a percepção da gustação. A parte consciente da inervação visceral entra pela medula, faz sinapse em uma porção do funículo posterior e segue bem na linha média e projeta para cima. A informação inconsciente pode se tornar consciente. Quando isso acontece ela é projetada para a região anterior da porção posterior da ínsula. Nervos que fazem a gustação VII (2/3 anteriores) Lingual corda do tímpano intermédio Gânglio sensitivo geniculado situado no ouvido no joelho externo do facial IX (1/3 posterior) Gânglio sensitivo gânglio inferior (petroso) X (epiglote) Gânglio sensitivo gânglio inferior (nodoso) 5 T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s Toda sensibilidade de gustação e sensibilidade visceral vai ser perfeita pelo VII, IX e X e o corpo do neurônio responsável por essa sensibilidade (1º) vai estar nos gânglios sensitivos dos respectivos nervos. Esse 1º vai projetar para o SNC (núcleo do trato solitário bulbo). O núcleo do trato solitário é dividido em 2 porções: Rostral Responsável pela gustação Todas as fibras da gustação fazem sinapse aqui e vão subir pelo tronco cerebral até o tálamo (núcleo lateral ventral posteromedial) porção anterior da ínsula posterior giros orbitários do frontal Núcleo cardiorrespiratório Recebe a informação visceral Dá sequência a todos os reflexos das vísceras A informação visceral vai do núcleo cardiorrespiratório para várias regiões: o Formação reticular do tronco (bulbo e ponte) para mandar a informação eferente do parassimpático o Coluna lateral da medula onde vão estar os corpos dos neurônios pré- ganglionares do SN simpático o Amígdala e hipotálamo o Núcleo ambíguo músculos da faringe e laringe deglutição o Núcleo parabraquial controle parassimpático das vísceras OLFATO Transmitido pelo I é o único nervo que transmite direto para o telencéfalo As células do olfato estão localizadas na mucosa nasal. Os axônios passam pela lâmina cribiforme e acabam no bulbo olfatório (evaginação do telencéfalo). Do bulbo olfatório saem fibras que vão formar o trato olfatório O trato olfatório quando vai acabar se bifurca em: 6 T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s Estria olfatória lateral Continuação do trato olfatório A informação do olfato pode projetar para duas regiões diferentes: o Uncus e parahipocampo compreensão do olfato o Região mais profunda da amígdala e do tubérculo olfatório relacionadas com a emoção e o comportamento do cheiro Estria olfatória medial Funciona como o portão da dor Contém axônios de células que estão lateralmente ao trato olfatório, chamadas de núcleo olfatório primário. Esses axônios entram pela estria medial e voltam para o bulbo olfatório para controlar a informação que vai entrar no olfato "portão do olfato" Entre as duas estrias está o trígono olfatório. É nessa região que está localizada a substância perfurada anterior e por ela entram vários vasos que vão vascularizar principalmente os núcleos da base (artérias reticuloestriadas). Essa região também é conhecida como prosencéfalo basal, muito importante para o sistema límbico. Tubérculo olfatório Núcleo Meynert Córtex olfatório primário Uma das regiões mais antigas do córtex paleocórtex Delimitado através dos sulcos rinal e colateral (uncus e parahipocampo)
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