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trabalho de composiçao dos alimentos

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Alimentos Funcionais
“Os alimentos funcionais fazem parte de uma nova concepção de alimentos, lançada pelo Japão na década de 80, através de um programa de governo que tinha como objetivo desenvolver alimentos saudáveis para uma população que envelhecia e apresentava uma grande expectativa de vida” (ANJO, 2004). 
Os vários fatores que têm contribuído para o desenvolvimento dos alimentos funcionais são inúmeros,sendo um deles o aumento da consciência dos consumidores, que desejando melhorar a qualidade de suas vidas,optam por hábitos saudáveis. Os alimentos funcionais devem apresentar propriedades benéficas além das nutricionais básicas, sendo apresentados na forma de alimentos comuns. São consumidos em dietas convencionais, mas demonstram capacidade de regular funções corporais de forma a auxiliar na proteção contra doenças como hipertensão,diabetes, câncer, osteoporose e coronariopatias (SOUZA, et al., 2003). Alimentos funcionais são todos os alimentos ou bebidas que, consumidos na alimentação cotidiana, podem trazer benefícios fisiológicos específicos,graças à presença de ingredientes fisiologicamente saudáveis (CÂNDIDO & CAMPOS, 2005).
Um alimento pode ser considerado funcional se for demonstrado que o mesmo pode afetar beneficamente uma ou mais funções alvo no corpo, além de possuir os adequados efeitos nutricionais, de maneira que seja tanto relevante para o bem-estar e a saúde quanto para a redução do risco de uma doença (ROBERFROID, 2002). Os alimentos funcionais são alimentos que provêm a oportunidade de combinar produtos comestíveis de alta flexibilidade com moléculas biologicamente ativas, como estratégia para consistentemente corrigir distúrbios metabólicos (WALZEM, 2004), resultando em redução dos riscos de doenças e manutenção da saúde (ANJO,2004). Os alimentos e ingredientes funcionais podem ser classificados de dois modos: quanto à fonte, de origem vegetal ou animal, ou quanto aos benefícios que oferecem, atuando em seis áreas do organismo: no sistema gastrointestinal; no sistema cardiovascular; no metabolismo de substratos; no crescimento, no desenvolvimento e diferenciação celular; no comportamento das funções fisiológicas e como antioxidantes (SOUZA, et al.,2003).
Não podem ser desenvolvidos simplesmente pela adição ou mistura de ingredientes apropriados. Efeitos decorrentes do processamento, bem como os atributos sensoriais que afetam a qualidade final do produto devem ser considerados. A aparência, odor, textura e sabor têm importante papel na escolha e ingestão dos alimentos. Embora o corpo humano necessite de vários componentes para preservar sua integridade estrutural e funcional, a grande maioria das pessoas come e bebe aquilo que é de sua preferência, conferindo, assim, ao sabor, fundamental papel na escolha e consumo dos alimentos. Apesar disso, a ingestão de alimentos não é apenas dirigida por razões hedônicas, mas influenciada por uma série de fatores relacionados. (CASÉ et al, 2005).
No que se refere aos alimentos funcionais, é relevante considerar que devem ser consumidos na dieta usual e precisam ter, como componentes ativos, substâncias naturais que, além de seus efeitos básicos nutritivos, devem aumentar o bem estar e a saúde, desde que estes sejam reforçados por bases científicas, tais substâncias podem ser ingredientes naturais funcionais ou o acréscimo de ingredientes de forma a aumentar uma característica já existente no alimento. (ROBERFROID, 2002).
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) regulamentou os alimentos funcionais pela Resolução RDC nº 02 de 07 de janeiro de 2002, que aprova o regulamento técnico de substâncias bioativas e probióticos isolados com alegação de propriedade funcional ou de saúde (BRASIL,2002). Segundo Moraes e Colla (2006), as diretrizes da ANVISA para a utilização da alegação de propriedades funcionais e/ou de saúde são: a alegação é permitida em caráter opcional; o alimento ou ingrediente,além de funções básicas quando se tratar de nutriente pode produzir efeitos metabólicos e/ou fisiológicos e/ou benéficos á sáude,devendo ser seguro sem supervisão médica; para nutrientes com funçoes plenamente reconhecidas pela comunidade cientifica,não será necessária a demonstração de eficácia ou análise da mesma para alçegação funcional na rotulagem; as alegações podem fazer referências á manutenção geral da saúde ,ao papel fisiológico dos nutrientes e não nutrientes e a redução de risco de doença.
Referências:
ALMEIDA, M.A; SALGADO, J.M. Mercado de Alimentos Funcionais Desafios e Tendências. Clínica de Nutrição. Disponível em: < http://www.clinicadenutricao.com.br/nutricaoesaudefinal.php?id=907 >. Acesso em: 17 mai. 2012.
ANJO, D. L. C. Alimentos funcionais em angiologia e cirurgia vascular. Jornal Vascular Brasileiro. v. 3, n. 2, p. 145-154, 2004. 
CANDIDO, L. M. B.; CAMPOS, A. M. Alimentos funcionais. Uma revisão. Boletim da SBCTA. v. 29, n. 2, p. 193-203, 2005
SOUZA, P. H. M.; SOUZA NETO, M. H.; MAIA, G. A. Componentes funcionais nos alimentos. Boletim da SBCTA.v. 37, n. 2, p. 127-135, 2003. 
ROBERFROID, M. Functional food concept and its application to prebiotics. Digestive and Liver Disease. v. 34,Suppl. 2, p. 105-10, 2002. 
WALZEM, R. L. Functional Foods. Trends in Food Science and Technology. v. 15, p. 518, 2004
Resolução n. 2, de 07 de janeiro de 2002.Aprovao Regulamento Técnico de Substâncias Bioativas eProbióticos Isolados com Alegação de PropriedadesFuncional e ou de Saúde. Rotulagem. Brasília, 2002.

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