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trabalho de literatura romance de 30

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​Romance de 30
Chama-se de romance de 30 ou Neorealismo a produção ficcional brasileira de inspiração realista produzida a partir de 1928, ano de publicação de A bagaceira, de José Américo de Almeida, que inaugura o referido ciclo.
Em função do predomínio da temática rural, generalizou-se também o conceito de romance regionalista para indicar os relatos da época, apesar de alguns romances urbanos fazerem parte do mesmo período.
As características comuns aos romances de 30 são a verossimilhança, o retrato direto da realidade em seus elementos históricos e sociais, a linearidade narrativa, a tipificação social (indivíduos que representam classes sociais) e a construção ficcional de um mundo que deve dar a idéia de abrangência e totalidade. Características muito semelhantes às do Realismo machadiano, com o acréscimo do regionalismo e das conquistas modernistas de introspecção e liberdade lingüística.
A década foi marcada também por um impressionante florescimento de estudos sobre a sociedade brasileira, com destaque especial para Casa-grande e senzala (2054), de Gilberto Freyre.
Quanto à temática, os romancistas de então enfatizam as questões sociais e ideológicas. É uma época de efervescência política no país e no mundo: no Brasil Getúlio Vargas assume depois de uma Revolução e inauguraria o Estado Novo, enquanto o mundo vive o período entre-guerras e assiste à ascensão do socialismo na União Soviética. O escritor, ao invés de pegar em armas, usa a ficção, a descrição e o romance como forma de denunciar as desigualdades e injustiças.
Alguns romances do período
1928: A Bagaceira, de José Américo de Almeida, (PE)
1930: O Quinze, de Rachel de Queiroz, (CE)
1934: São Bernardo, de Graciliano Ramos, (AL)
1934: Bangüê, de José Lins do Rego, (PB)
1935: Caminhos Cruzados, de Érico Veríssimo, (RS)
1936: Mar Morto, de Jorge Amado, (BA)
1937: Capitães da Areia, de Jorge Amado, (BA)
1938: Vidas Secas, de Graciliano Ramos, (AL)
Rachel de Queiroz
Rachel de Queiroz nasceu na cidade de Fortaleza, estado do Ceará, no dia 17 de novembro de 1910, filha de Daniel de Queiroz e de Clotilde Franklin de Queiroz. A sua bisavô materna era prima de José de Alencar, a literatura além de estar presente em sua alma também estava no sangue.
A sua família fugindo da seca nordestina transfere-se para o Rio de Janeiro em julho de 1917. No mesmo ano viajam para o Belém do Pará e depois de dois anos retornam para o Ceará.
Em 1925, aos 15 anos de idade, se formou professora. Em 1927, com o pseudônimo de “Rita de Queluz” começa a escrever cartas para o jornal “O Ceará”. O diretor do jornal Júlio Ibiapina, amigo de seu pai, Daniel de Queiroz, a convidou a colaborar no jornal. Rachel de Queiroz foi escolhida a “Rainha dos Estudantes”, premiação que ela mesma questionava.
O seu trabalho de colaboração no jornal se amplia e passa a organizar a página de literatura do jornal. Em 1930, esteve de repouso para tratar de um problema pulmonar, nesta época escreveu o livro “O Quinze” romance que descrevia sobre a seca no nordeste.
Seus pais patrocinaram a primeira edição do livro, perante o sucesso local a autora enviou o livro para o Rio de Janeiro e São Paulo, recebendo o elogio de Mário de Andrade. Em 1932, casa-se com o poeta José Auto da Cruz Oliveira.
Nesta época o seu segundo romance “João Miguel” foi vetado pelo Partido Comunista, a escritora rompeu com o partido e lançou a obra pela editora Schmidt, no Rio de Janeiro.
Em 1937, lançou “Caminho de Pedras”, pela editora José Olympio que a editaria até 1992. Durante o Estado Novo, seus livros foram queimados e a escritora é detida por três meses no quartel do Corpo de Bombeiros de Fortaleza.
Em 1939, divorcia-se de seu marido, lança o romance “As Três Marias” e em 1940 conhece o médico Oyama de Macedo, com quem vive até 1982. Torna-se cronista exclusiva da revista “O Cruzeiro” deixando de escrever para jornais.
Em 1992, publica “Memorial de Maria Moura”, adaptada pela TV Globo em 1994, no formato de minissérie. Faleceu no dia 4 de novembro de 2003.
Filha de intelectuais, Rachel de Queiroz descendia pelo lado materno do romancista José de Alencar. Ainda criança, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro, fugindo da seca de 1915. (O fato seria depois tematizado em "O Quinze".)
Logo em seguida, a família mudou-se de novo, indo para Belém, onde ficou dois anos. Em 1917, voltou para Fortaleza, pois o pai foi designado juiz na capital cearense.
Em 1921, Rachel ingressou na escola normal, onde se diplomaria em 1925.
Estreou em jornal em 1927, com o pseudônimo Rita de Queiroz. Em 1930, aos 20 anos, publicou "O Quinze", seu primeiro romance. Tratando dos flagelados e da pobreza nordestina, foi bem recebido pela crítica, tendo merecido comentários de intelectuais como Augusto Frederico Schmidt e Graça Aranha.
Na década de 1930, Rachel entrou para o Partido Comunista Brasileiro, desenvolvendo militância política em Pernambuco (em 1937, chegaria a ser presa).
Casou-se com José Auto da Cruz Oliveira em 1932. Na mesma época, colaborou como cronista para jornais e revistas e publicou uma série de traduções, de autores como Jane Austin, Balzac e Dostoievski.
Em 1937, saiu o romance "Caminho de Pedra". Dois anos depois, foi a vez de "As Três Marias". Em 1948, suas crônicas foram reunidas na antologia "A Donzela e a Moura Torta".
A autora estreou no teatro em 1953, com a peça "Lampião". Em 1958, publicou "A Beata Maria do Egito".
Nos anos 1960, Rachel de Queiroz passou a colaborar com o governo militar, sendo nomeada para integrar o Conselho Federal de Educação em 1967.
Em 1969, lançou "O Menino Mágico", seu primeiro romance infanto-juvenil. Em 1975, publicou o romance "Dora Doralina". Dois anos depois, tornou-se a primeira mulher a entrar para a Academia Brasileira de Letras.
Traduzida para diversos idiomas, tendo ainda livros adaptadas para o cinema e a televisão, Rachel de Queiros obteve amplo reconhecimento por sua obra. Em 1989, a José Olympio Editora publicou sua "Obra Reunida", em cinco volumes.
Em 1992 escreveu "Memorial de Maria Moura", romance que lhe trouxe diversos prêmios, entre eles o prestigiado Camões, dedicado ao melhor autor do ano em língua portuguesa.
Aos 92 anos, no dia 4 de novembro de 2003, dormindo em sua rede, morreu Rachel de Queiroz. 
José Lins do Rego
"Não gosto de trabalhar, não fumo, durmo com muitos sonos e já escrevi 11 romances. Se chove, tenho saudades do sol; se faz calor, tenho saudades da chuva. Temo os poderes de Deus, e fui devoto de Nossa Senhora da Conceição. Enfim, literato da cabeça aos pés, amigo dos meus amigos e capaz de tudo se me pisarem nos calos. Perco então a cabeça e fico ridículo. Afinal de contas, sou um homem como os outros e Deus permita que assim continue." Esta é a auto-descrição de José Lins do Rego, considerado um dos maiores ficcionistas da língua portuguesa. 
José Lins do Rego Cavalcanti era filho de fazendeiros. Com a morte da mãe, passou a ser criado pelo avô, num engenho de açúcar. Aos oito anos ingressou no Internato Nossa Senhora do Carmo, onde estudou durante três anos. Em 1912 passou a estudar em João Pessoa. Nesse mesmo ano, publicou seu primeiro artigo em jornal. Três anos depois mudou-se para o Recife, onde concluiu seus estudos secundários. 
Em 1919 ingressou na faculdade de direito do Recife. No ano seguinte, passou a escrever uma coluna literária para o jornal "Diário do Estado da Paraíba". Em 1924 formou-se e, no ano seguinte, casou-se com Filomena Masa Lins do Rego, com quem teve três filhas. Em 1925, Lins do Rego assumiu o posto de promotor público na cidade de Manhuaçu, em Minas Gerais, mas no ano seguinte mudou-se para Maceió, onde começou a trabalhar como fiscal de bancos, cargo que ocupou até 1930. 
Dois anos depois, José Lins do Rego publicou seu primeiro livro, "Menino de Engenho". Custeado com seus próprios recursos, o livro recebeu críticas favoráveis e tornou-se um grande sucesso. No ano seguinte, publicou um segundo romance, "Doidinho". A partir daí, o editor José Olympio lhepropôs uma edição de dez mil exemplares para o terceiro romance. José Lins do Rego tornou-se um escritor de prestígio, estimado pelo público. 
Passou a publicar um romance por ano: em 1934, "Bangüê"; em 1935, "O Moleque Ricardo"; em 1936, "Usina"; em 1937, "Pureza"; em 1938, "Pedra Bonita"; e em 1939, "Riacho Doce". 
Nomeado fiscal do imposto de consumo, em 1935, transferiu-se para o Rio de Janeiro. Voltou a escrever para jornais. Nessa época, tomado também por sua paixão pelo futebol, tornou-se um dos diretores do Clube de Regatas do Flamengo. 
Em 1936, publicou seu único livro infantil, "Histórias da Velha Totonha", em edição ilustrada pelo artista plástico Santa Rosa. A partir de então, passou a se destacar também como cronista. Realizou diversas viagens e viu suas obras serem publicadas em vários idiomas. 
O livro que é considerado sua obra-prima, o romance "Fogo Morto", saiu em 1942. O autor consagrou-se como mestre do regionalismo. Seu último romance, "Cangaceiros", foi publicado em 1953. 
Três anos mais tarde, José Lins do Rego tornou-se membro da Academia Brasileira de Letras. Em seu discurso de posse, referiu-se ao seu antecessor, o ministro do Supremo Tribunal Federal Ataulfo de Paiva, como alguém que "chegou à academia sem nunca ter gostado de um poema". A partir desta nota de sarcasmo, seus discursos da academia passaram a ser previamente censurados. 
A obra de José Lins do Rego, bastante conhecida, foi adaptada para o teatro, o cinema e televisão. Em 1956 Lins do Rego publicou "Meus Verdes Anos", um livro de memórias. No ano seguinte morreu de um problema hepático, aos 56 anos, no Rio de Janeiro.
Poesia de 30
A li​tera​tura quase sempre privilegia o romance quando quer retratar a realidade, analisando ou denunciando-a. 
O Brasil e o mundo viveram profundas crises nas décadas de 1930 e 40, nesse momento o romance brasileiro se destaca, pois se coloca a serviço da análise crítica da realidade. 
O quadro social, econômico e político que se verificava no Brasil e no mundo no início da década de 1930 – o nazifascismo, a crise da Bolsa de Nova Iorque, a crise cafeeira, o combate ao socialismo – exigia dos artistas uma nova postura diante da realidade, nova posição ideológica. 
Na prosa, foi evidente o interesse por temas nacionais, uma linguagem mais brasileira, com um enfoque mais direto dos fatos marcados pelo Realismo – Naturalismo do século XIX. 
O romance focou o regionalismo, principalmente o nordestino, onde problemas como a seca, a migração, os problemas do trabalhador rural, a miséria, a ignorância foram ressaltados. 
Além do regionalismo, destacaram-se também outras temáticas, surgiu o romance urbano e psicológico, o romance poético-metafísico e a narrativa surrealista. 
A poesia da 2ª fase modernista percorreu um caminho de amadurecimento. No aspecto formal, o verso livre foi o melhor recurso para exprimir sensibilidade do novo tempo, se caracteriza como uma poesia de questionamento: da existência humana, do sentimento de “estar-no-mundo”, inquietação social, religiosa, filosófica e amorosa. 
Dentre os muitos poetas e escritores dessa fase destacamos: 
Na prosa: 
- Graciliano Ramos 
- Rachel de Queiroz
- Jorge Amado 
- José Lins do Rego 
- Érico Veríssimo 
- Dionélio Machado 
Na poesia 
- Carlos Drummond de Andrade 
- Murilo Mendes 
- Jorge de Lima 
- Cecília Meireles 
- Vinícius de Morais.
Por Marina Cabral
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura 
Equipe Brasil Escola
Murilo Mendes
Murilo Monteiro Mendes (Juiz de Fora, 13 de maio de 1901 — Lisboa, 13 de agosto de 1975) foi um poeta brasileiro, expoente do Surrealismo brasileiro.
Biografia
Médico, telegrafista, auxiliar de contabilidade, notário e Inspetor do Ensino Secundário do Distrito Federal. Foi escrivão da quarta Vara de Família do Distrito Federal, em 1946. De 1953 a 1955 percorreu diversos países da Europa, divulgando, em conferências, a cultura brasileira. Em 1957 se estabeleceu em Roma, onde lecionou Literatura Brasileira. Manteve-se fiel às imagens mineiras, mesclando-as às da Sicília e Espanha, carregadas de história.
Obra
Iniciou-se na literatura escrevendo nas revistas modernistas 
Terra Roxa, Outras Terras e Antropofagia. Os livros Poemas (1930), História do Brasil(1932) e Bumba-Meu-Poeta, escrito em 1930, mas só publicado em 1959, na edição da obra completa intitulada Poesias (1925-1955), são claramente modernistas, revelando uma visão humorística da realidade brasileira. Tempo e Eternidade (1935) marca a conversão de Murilo Mendes ao catolicismo. Nesse livro, os elementos humorísticos diminuem e os valores visuais do texto são acentuados. Foi escrito em colaboração com o poeta Jorge de Lima. Nos volumes da fase seguinte, Poesia em Pânico (1938), O Visionário (1941), As Metamorfoses (1944) e Mundo Enigma (1945), o poeta apresenta influência cubista, superpondo imagens e fazendo o plástico predominar sobre o discursivo. Poesia Liberdade (1947), como alguns outros livros do poeta, foi escrito sob o impacto da guerra, refletindo a inquietação do autor diante da situação do mundo. Em 1954, saiu Contemplação de Ouro Preto, em que Murilo Mendes alterou sua linguagem e suas preocupações, reportando-se às velhas cidades mineiras e sua atmosfera. Daí por diante, o poeta lançou-se a novos processos estilísticos, realizando uma poesia de caráter mais rigoroso e despojado, como em Parábola (1946-1952) e Siciliana (1954-1955), publicados em Poesias (1925-1955). As características desse período atingem sua melhor realização no livro Tempo Espanhol (1959). Em 1970, Murilo Mendes publicou Convergência, um livro de poemas vanguardistas. Murilo Mendes também publicou livros de prosa, como O Discípulo de Emaús (1944), A Idade do Serrote (1968), Livro de memórias e Poliedro (1972). Ao morrer, em Lisboa, deixou inéditas várias obras.
Prêmios recebidos:
Prêmio Graça Aranha, pelo livro 
Prêmio Internacional de Poesia Etna-Taormina, 1972.
 
Jorge de Lima
Jorge Mateus de Lima (União dos Palmares, 23 de abril de 1893 — Rio de Janeiro, 15 de novembro de 1953) foi político, médico, poeta, romancista, biógrafo, ensaísta, tradutor e pintor brasileiro. Inicialmente autor de belíssimos alexandrinos, posteriormente transformou-se em um modernista.
Biografia
Era filho de um comerciante rico e mudou-se para Maceió em 1902, com a mãe e os irmãos. Em 1909 foi morar em Salvador onde iniciou os estudos de medicina. Concluiu o curso no Rio de Janeiro em 1914, mas foi como poeta que projetou seu nome. Neste mesmo ano publicou o primeiro livro, XIV Alexandrinos.
Voltou para Maceió em 1915 onde se dedicou à medicina, além da literatura e da política. Quando se mudou de Alagoas para o Rio, em 1930, montou um consultório na Cinelândia, transformado também em ateliê de pintura e ponto de encontro de intelectuais. Reunia-se lá gente como Murilo Mendes, Graciliano Ramos e José Lins do Rego. Nesse período publicou aproximadamente dez livros, sendo cinco de poesia. Também exerceu o cargo de deputado estadual, de 1918 a 1922. Com a Revolução de 1930 foi levado a radicar-se definitivamente no Rio de Janeiro.
Em 1939 passou a dedicar-se também às artes plásticas, participando de algumas exposições. Em 1952, publicou seu livro mais importante, o épico Invenção de Orfeu. Em 1953, meses antes de morrer, gravou poemas para o Arquivo da Palavra Falada da Biblioteca do Congresso de Washington, nos Estados Unidos da América.
Estilo e personalidade
Entre 1937 e 1945 teve sua candidatura à Academia Brasileira de Letras recusada por seis vezes. Para Ivan Junqueira, a Academia cometeu uma imperdoável injustiça com o autor, cujo trabalho literário foi excepcionalmente bem recebido pela crítica e pelo público. O acadêmico não acredita que o poeta tenha transitado à margem da literatura de seu tempo e, afirma, quando se refere ao maior poema do autor - Invenção de Orfeu, "…até hoje, transcorridos mais de 50 anos de sua publicação, não há poeta brasileiro que dele não se lembre."
Os textos de Jorge de Lima abrigamuma colossal possibilidade de leituras (a convivência entre a tradição e o novo, o vulgar e o sublime, o regional e o universal) refletem um artista em constante mutação, que experimentou estilos diversos como o parnasiano, o  regional o barroco, o religioso. Na sua multiplicidade, Jorge de Lima pertence a todas as épocas, mesmo se reportando a um tema ou uma situação específica, ao tocar em injustiças sociais que mudaram pouco desde o início da civilização e quando escreve sobre as grandes dúvidas de todos nós, "…da miséria humana, da tentativa de superação de nossas amarras e de nossas limitações.", explica o poeta e jornalista Claufe Rodrigues, leitor voraz de Jorge de Lima.
Ítalo Moriconi, poeta e professor de literatura brasileira na Uerj, autor, entre outros, de Como e por que ler a poesia brasileira do século XX, ao analisar a obra de Jorge de Lima (contrariamente à Ivan Junqueira quanto a questão de o poeta não ter alcançado fama por conta de sua obra ser, em parte, muitas vezes hermética e comprometida com o catolicismo), não acredita na hipótese de que a questão religiosa tenha atrapalhado a carreira do poeta: "Como poeta religioso Jorge de Lima nunca produziu nada com a qualidade de um Murilo Mendes em "Poesia liberdade". O lugar canônico de Lima vem dos sonetos, da sua primeira poesia modernista e, sobretudo de Invenção de Orfeu.".
Moriconi afirma que a maioria dos professores de letras não conhece bem nem Murilo Mendes nem Jorge de Lima e toca num ponto fundamental para a pouca visibilidade do poeta: "…como levar um poeta tão complexo a um currículo básico de graduação? "(…)Quem os conhece, mesmo quando os amam, como é o meu caso, hesitam em substituir um daqueles quatro por esses dois.", referindo-se aos poetas Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Mário Quintana e João Cabral de Melo Neto.
Poesias
XIV Alexandrinos (1914)
O Mundo do Menino Impossível (1925)
Poemas (1927)
Novos Poemas (1929)
O acendedor de lampiões (1932)
Tempo e Eternidade (1935)
A Túnica Inconsútil (1938)
Anunciação e encontro de Mira-Celi (1943)
Poemas Negros (1947)
Livro de Sonetos (1949)
Obra Poética (1950)
Invenção de Orfeu (1952)
Romances
O anjo (1934)
Calunga (1935)
A mulher obscura (1939)
Guerra dentro do beco (1950)
Vinicius de Morais
Consagrado no movimento da bossa nova, Marcus Vinícius Cruz de Melo Moraes compôs, junto com Tom Jobim, a música Garota de Ipanema, símbolo de uma época e, com seu jeito pausado e intimista de cantar, foi um marco da bossa nova. Além de compositor e intérprete, destacou-se na poesia, sendo considerado o último e um dos mais brilhantes poetas do modernismo. Nascido no bairro do Jardim Botânico no Rio de Janeiro, cidade que jamais cansou de cantar e louvar, formou-se em Direito em 1933. No mesmo ano publicou seu primeiro volume de poemas, O Caminho para a Distância e, em 1935, lançou Forma e Exegese. Escrevendo sonetos tensos e versos pomposos, sua poesia inicial está tomada pela metafísica, com poemas de acentos bíblicos. Em 1938, recebendo a primeira bolsa do Conselho Britânico para a Universidade de Oxford, partiu para a Inglaterra. No Magdalen College, estudou Língua e Literatura inglesas. Nesse mesmo ano escreveu Ariana, a Mulher, iniciando sua transição lenta para o cotidiano. Em Novos Poemas, também escrito em 1938, abandonou as imagens espirituais em favor de uma linguagem mais realista, coloquial e lírica. Retornou ao Brasil quando estourou a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), iniciando a atividade de crítico de cinema em A Manhã. Em 1943, publicou uma de suas mais belas obras, Cinco Elegias, e ingressou na carreira diplomática, partindo em 1946 para Los Angeles como vice-cônsul. Em 1953, compôs seu primeiro samba, Quando Tu Passas por Mim. Em 1954, foi encenada sua peça Orfeu da Conceição, com música de Tom Jobim e cenário de Oscar Niemeyer, no Teatro Municipal. O filme franco-brasileiro conquistou em 1959 o prêmio no Festival de Cannes. Em 1958, com o lançamento do LP Canções do Amor Demais, gravado por Eliseth Cardoso, de composições suas em parceria com Tom Jobim, iniciou-se a bossa nova. Músico de muitos parceiros, Vinícius compôs também com Baden Powell (Samba em Prelúdio), Carlos Lyra (Minha Namorada), Ary Barroso (Rancho das Namoradas), Chico Buarque de Hollanda (Valsinha) e com seu "inseparável amigo" Toquinho (Nilzete, Tonga da Mironga do Kabuletê, Tarde em Itapuã, Samba da Rosa).
​
Cecília Meireles 
Nome completo Cecília Benevides de Carvalho Meireles
Nascimento 7 de novembro de 1901
Rio de Janeiro
Morte 9 de novembro de 1964 (63 anos)
Rio de Janeiro
Nacionalidade brasileira
Ocupação Poetisa e educadora
Escola/tradição Modernismo
Movimento estético Poesia
Principais trabalhos Ou Isso ou Aquilo / Romanceiro da Inconfidência
Parentesco Carlos Alberto de Carvalho e Meireles e Matilde Benivedes
Cônjuge Fernando Correia Dias (1922-1935)
Heitor Grillo (1940-1964)
Filho(s) Maria Elvira Meireles
Maria Matilde Meireles
Maria Fernanda Meireles Correia Dias
Cecília Benevides de Carvalho Meireles[1] (Rio de Janeiro, 7 de novembro de 1901 — Rio de Janeiro, 9 de
novembro de 1964) foi uma poetisa, pintora, professora e jornalista brasileira. É considerada umas das vozes líricas
mais importantes das literaturas de língua portuguesa.
Biografia
Órfã de pai e de mãe, Cecília foi criada por sua avó portuguesa, D. Jacinta Garcia Benevides. Aos nove anos, ela
começou a escrever poesia. Frequentou a Escola Normal no Rio de Janeiro, entre os anos de 1913 e 1916. Como
professora, estudou línguas, literatura, música, folclore e teoria educacional.
Em 1919, aos dezoito anos de idade, Cecília Meireles publicou seu primeiro livro de poesias, Espectro, um conjunto
de sonetos simbolistas. Embora vivesse sob a influência do Modernismo, apresentava ainda, em sua obra, heranças
do Simbolismo e técnicas do Classicismo, Gongorismo, Romantismo, Parnasianismo, Realismo e Surrealismo, razão
pela qual a sua poesia é considerada atemporal.
No ano de 1922, ela se casou com o artista plástico português Fernando Correia Dias, com quem teve três filhas. Seu
marido, que sofria de depressão aguda, suicidou-se em 1935. Voltou a se casar, no ano de 1940, quando se uniu ao
professor e engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira Grilo, falecido em 1972.
Teve ainda importante atuação como jornalista, com publicações diárias sobre problemas na educação, área à qual se
manteve ligada, tendo fundado, em 1934, a primeira biblioteca infantil do Brasil. Observa-se ainda seu amplo
reconhecimento na poesia infantil com textos como Leilão de Jardim, O Cavalinho Branco, Colar de Carolina, O
mosquito escreve, Sonhos da menina, O menino azul e A pombinha da mata, entre outros. Com eles traz para a
poesia infantil a musicalidade característica de sua poesia, explorando versos regulares, a combinação de diferentes
metros, o verso livre, a aliteração, a assonância e a rima. Os poemas infantis não ficam restritos à leitura infantil,
permitindo diferentes níveis de leitura.
Em 1923, publicou Nunca Mais… e Poema dos Poemas, e, em 1925, Baladas Para El-Rei. Após longo período, em
1939, publicou Viagem, livro com o qual ganhou o Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras.
Cecília Meireles 2
Nos Açores, de onde eram oriundos os seus pais, o nome de Cecília Meireles foi dado à escola básica da freguesia de
Fajã de Cima, concelho de Ponta Delgada.
Obras da autora
Cecília Meireles em Lisboa. Desenho de seu
primeiro marido, Fernando Correia Dias.
• Espectros, 1919
• Criança, meu amor, 1923
• Nunca mais…, 1923
• Poema dos Poemas, 1923
• Baladas para El-Rei, 1925
• Saudação à menina de Portugal, 1930
• Batuque, samba e Macumba, 1933
• O Espírito Vitorioso, 1935
• A Festa das Letras, 1937
• Viagem, 1939
• Vaga Música, 1942
• Poetas Novos de Portugal, 1944
• Mar Absoluto, 1945
• Rute e Alberto, 1945
• Rui — Pequena História de uma Grande Vida, 1948
• Retrato Natural, 1949
• Problemas de Literatura Infantil, 1950
• Amor em Leonoreta,1952
• Doze Noturnos de Holanda e o Aeronauta, 1952
• Romanceiro da Inconfidência, 1953
• Poemas Escritos na Índia, 1953
• Batuque, 1953
• Pequeno Oratório de Santa Clara, 1955
• Pistoia, Cemitério Militar Brasileiro, 1955
• Panorama Folclórico de Açores, 1955
• Canções, 1956
• Giroflê, Giroflá, 1956
• Romance de Santa Cecília, 1957
• A Bíblia na Literatura Brasileira, 1957
• A Rosa, 1957
• Obra Poética,1958
• Metal Rosicler, 1960
• Poemas de Israel, 1963
• Antologia Poética, 1963
• Solombra, 1963
• Ou Isto ou Aquilo, 1964
• Escolha o Seu Sonho, 1964
• Crônica Trovada da Cidade de San Sebastian do Rio de Janeiro, 1965
• O Menino Atrasado, 1966
• Poésie (versão francesa), 1967
• Antologia Poética, 1968
• Poemas Italianos, 1968
Cecília Meireles 3
• Poesias (Ou isto ou aquilo& inéditos), 1969
• Flor de Poemas, 1972
• Poesias Completas, 1973
• Elegias, 1974
• Flores e Canções, 1979
• Poesia Completa, 1994
• Obra em Prosa - 6 Volumes - Rio de Janeiro, 1998
• Canção da Tarde no Campo, 2001
• Episódio Humano, 2007
• Obra principal de Cecília Meireles: Olhinhos de Gato. Olhinhos de Gato é um livro que foi baseado na vida de
Cecília, contando sua infância depois que perdeu sua mãe Matilde Benevides Meireles e como foi criada por sua
avó D. Jacinta Garcia Benevides (Boquinha de Doce, no livro)
Outros textos
• 1947 - Estreia "Auto do Menino Atrasado", direção de Olga Obry e Martim Gonçalves. música de Luís Cosme;
marionetes, fantoches e sombras feitos pelos alunos do curso de teatro de bonecos.
• 1956/1964 - Gravação de poemas por Margarida Lopes de Almeida, Jograis de São Paulo e pela autora (Rio de
Janeiro - Brasil)
• 1965 - Gravação de poemas pelo professor Cassiano Nunes (New York - USA).
• 1972 - Lançamento do filme "Os inconfidentes", direção de Joaquim Pedro de Andrade, argumento baseado em
trechos de "O Romanceiro da Inconfidência".
[1] Na ortografia vigente à época de seu nascimento, seu nome era grafado Cecilia Benevides de Carvalho Meirelles.
Ligações externas
• Biografia e poemas de Cecília Meireles (http:/ / www. lusofoniapoetica. com/ index. php/ content/ category/ 24/
88/ 312/ )
• Cecília Meireles in: Projeto Releitura (http:/ / www. releituras. com/ cmeireles_bio. asp)
• Cecília Meireles in: Secrel.net (http:/ / www. secrel. com. br/ jpoesia/ ceciliameireles1bio. html)
• Cecília Meireles in: Pegasos (http:/ / www. kirjasto. sci. fi/ meireles. htm) (em inglês)
• Poemas de Amor - Poemas de Cecília Meireles (http:/ / www. poemasdeamor. com. br/ imortais/ poemas.
aspx?id=3)
Fontes e Editores da Página 4
Fontes e Editores da Página
Cecília Meireles Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=21273078 Contribuidores: 333, 555, Adailton, Adrian de Limes, Agil, Angelinacausse, Angrense, Armagedon, Bemelmans,
Beria, Carlos Luis M C da Cruz, Cecília Frugoli, Chico, Clara C., Cléééston, Conhecer, Dantadd, Darwinius, Eduardoferreira, Eleefecosta, Eurooscar, Fabiano Tatsch, Fasouzafreitas, Frantano,
GOE, Gil mnogueira, Gustavo.kunst, Heinrich Marcato, Jo Lorib, Jorge.roberto, Julio E. Mena Herrera, Junius, Kaktus Kid, Leonardo.stabile, Lucio ag, Luís Felipe Braga, Marcos Elias de
Oliveira Júnior, Martiniano Hilário, Mateus Hidalgo, Matheus-sma, Michelmfb, NH, Nice poa, Niva Neto, OS2Warp, Onjacktallcuca, Rei-artur, Ruy Pugliesi, Saori, Sintian, Spacejovem, Swendt,
Tkoh, Tumelero, Tumnus, Vini 175, Vitorvicentevalente, 160 edições anónimas
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