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Questões de Direito Tributário

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Questões de Direito Tributário
Questões referentes às unidades 1 a 4
1) Você faz parte do setor de orçamento do Governo do Estado e recebeu o encargo de disponibilizar no orçamento determinadas despesas e receitas, tais como:
a) pagamento de aluguéis;
b) pagamento de salários;
c) pagamento de combustível;
d) construção de um posto de saúde
e) cobrança de determinado imposto;
f) cobrança de multas;
g) venda de um imóvel público.
Lembrando que a classificação econômica das receitas e despesas públicas, nos termos da Lei 4.320/64, como você classificaria os itens acima nominados, justificando cada uma das proposições.
a) Cobrança de determinado imposto / Cobrança de multas, Receitas de Entradas Definitivas.
b) Venda de um imóvel público, Receita Capital.
c) Pagamento de salários, Despesas Corrente.
d) Pagamento de aluguéis, Despesas Corrente.
e) Pagamento de combustível, Despesas Corrente.
f) Construção de um posto de saúde, Despesas Natureza Economica.
Com base na Lei 4.320/64 foi informado o conceito e classifi cação da despesa pública, bem como da receita pública, demonstrando a necessidade de que a segunda jamais poderá ser
superior à primeira segunda, sob pena de responsabilidade dos agentes públicos/políticos. Portanto, o equilíbrio das contas pública está acima de tudo, evitando gastos desnecessários e o mau
gerenciamento do dinheiro público.
2) A taxa de iluminação pública é constitucional e legal? Explique
Segundo o Código Tributário Nacional, zona parte da cidade que apresenta a construção mantidas pelo poder público, ex:. Rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar.
Por fim, há de se ressaltar que os Municípios possuem liberdade de fixação da alíquota incidente sobre a propriedade; no entanto esta liberdade se colocará como relativa, pois totalmente ilegal seria aquela alíquota que chegasse a um valor tão elevado que atingiria natureza de confisco.
Da mesma forma, o Município poderá estabelecer alíquotas a serem majoradas de forma progressiva, assim como aplicar percentuais mais elevados em razão da região em que o imóvel se encontra situado
3) Considere uma propriedade em determinada área do Município, na qual, nos últimos anos constava como sendo área rural. Neste ano, além do carnê do ITR – Imposto Territorial Rural, o proprietário recebeu um carnê do IPTU – Imposto Predial Territorial Urbano, com valor muito maior do primeiro imposto. Ele tinha conhecimento que não existe nenhum benefício daqueles enumerados no parágrafo primeiro do art. 32 do Código Tributário Nacional e também não estão presentes os pressupostos do parágrafo segundo do mesmo artigo. Ante o exposto, pergunta-se:
3.1) De quem é a competência impositiva para instituição do ITR e quem pode cobrá-lo?
Previsto na Constituição Federal, em seu Art. 153 VI e popularmente conhecido como ITR, é de competência da União e se apresenta marcantemente com função extra fiscal, de forma a servir de instrumento de intervenção do Estado no domínio social, especifi -camente com o intuito de promover a reforma agrária e a redistribuição de terras no País.
3.2) De quem é a competência impositiva para instituição do IPTU e quem pode cobrá-lo?
Previsto na Constituição Federal, em seu Art. 156, I, é popularmente conhecido por IPTU e de competência privativa dos Municípios. Tem finalidade marcantemente fiscal, mas poderá ter fins extra fiscais quando aplicado de forma progressiva para estimular a
função social da propriedade ou revigorar áreas urbanas desvalorizadas.
3.3) O proprietário deverá pagar os dois tributos? Explique. Quais argumentos ele poderá utilizar do ponto de vista doutrinário e jurisprudencial?
Gera o conflito de competência quando um ente político invade a competência do outro, o que se denomina BITRIBUTAÇÃO, cabendo e lei complementar dispor sobre estes conflitos (art. 146, I, CF/88). Veja um exemplo: O Estado cria um imposto similar ao IPTU / ITR. É importante lembrar que para falarmos em bitributação devemos ter em mente que devem existir dois poderes tributantes (entes políticos) distintos, sendo que um entra na esfera de competência de outro. Desta forma, quando entes políticos diversos (União e Estado) instituem e cobram de um mesmo contribuinte, tributos idênticos, constata-se o instituto da BITRIBUTAÇÃO. Contudo, o instituto acima nominado NÃO PODE SER CONFUNDIDO com o BIS IN IDEM, que ocorre quando o ente político repete a cobrança do tributo sobre a mesma coisa e o mesmo contribuinte.
3.4) A competência para a instituição destes tributos é: privativa, residual ou comum? Explique.
A competência tributária privativa é aquela atribuída com exclusividade a determinado ente político.
4) Um Prefeito de certo Município resolveu isentar do pagamento do IPTU somente aos aposentados. Tal ato foi criado por lei ordinária e posteriormente regulamentado por Decreto do Executivo. Pergunta-se:
4.1) Qual o princípio tributário invocado para a concretização de tal norma isentiva?
Princípio da Legalidade.
4.2) Tal princípio é válido para o fim estabelecido pelo Prefeito. Explique estabelecendo a capitulação legal dentro do ordenamento jurídico tributário constitucional.
Este princípio coloca como “mola mestra” a necessidadede “lei” para a sua validade, e, “lei” é a norma jurídica (oato escrito, emanado da autoridade pública), que sofre todo um
processo legislativo. Portanto, um Decreto do Executivo, que tem por objeto regulamentar uma lei, mas decididamente não é lei (justamente por ser um ato do Poder Executivo, e não sofre o processo legislativo), não pode tratar sobre a criação e aumento de tributos.
Da mesma forma uma portaria, um regulamento. Desta forma, é entendimento pacífi co que somente a lei é que pode reduzir tributos, alterar os prazos, parcelamento, enfi m, tudo que for importante em matéria tributária deve ser previsto por lei.
Caso Concreto
Prefeito de determinado Município fluminense responde a processo penal sob acusação de ter ordenado despesas sem autorização legal e desviado verbas públicas, aplicando-as irregularmente. Concomitantemente, o Ministério Público estadual ajuíza contra ele ação civil pública por improbidade administrativa, em que citado, contesta requerendo preliminarmente a suspensão do processo até o final do julgamento da ação penal, com fulcro nos arts. 110 e 265, IV, do CPC. Pergunta-se:
1) Você, como Juiz, deferiria a suspensão da ação civil pública?
Resposta: Não. Existe entendimento que os processos correm paralelos e que são duas (2) SEARAS INDEPENDENTES (Civil e Penal) – Entendimento do Gabarito do professor
Jurisprudência TJ-RJ 2ª AI 2007.002.32155
Porém minoritariamente existe a corrente que entende que SIM, pois conforme preceitua ao art 110 e 265 do CPC, caso haja possibilidade de verificação de fato delituoso, pode-se interromper o processo, até que a justiça criminal dê um parecer. Como Juiz usaria esse artifício do CPC, pois entendo que caso o acusado não seja condenado na área criminal, estaria cometendo uma injustiça maior.
Entendo que há jurisprudência no nosso tribunal do Rio favorável ao prosseguimento da sentença mesmo que ainda não tenha transitado em julgado na vara criminal, é possível punição administrativa antes da penal, diz STJ.
2) Que espécies de sanções pode o Prefeito sofrer, em tese, por violação do princípio da legalidade da despesa, e em quais dispositivos normativos se fundamentariam? Respostas fundamentadas.
Resposta: Esfera política: Perda do cargo, inegibilidade temporária e suspensão dos direitos políticos (segundo DL 201/67). Na esfera Penal: art 315 e 369. Na esfera Cível: Improbidade – lei 8429/92
Questão 1:
Ao realizarmos a leitura do material didático fica evidente que é responsabilidade do estado a arrecadação de receitas para poder prestar atendimento a sociedade de acordo com as necessidades públicas, e tais necessidades serão supridas por meio dos serviços públicos. Desenvolva um breve texto, conceituando as “necessidades públicas” diferenciando as necessidadesprimárias e secundárias, e os “serviços públicos”, demonstrando a diferença e exemplificando os serviços gerais e específicos. (3,0 pontos)
A necessidade pública e gerada pela população. Os governantes quando assumem o poder tem ciência das necessidades ditas preferenciais ou secundarias. Essas necessidades são primárias e secundárias; as primárias são as necessidades de todas as pessoas para a sobrevivência e a secundária são as necessidades que existem a partir de, por exemplo, um plano de governo quando um candidato em pleito eleitoral, como construção de estradas etc .
Contudo as “necessidades públicas” serão cumpridas a partir do “serviços
Públicos “que serão viabilizados uma vez que o governo de cada Estado coloque a disposição da população. Os “serviços públicos” é o conjunto de atividades e serviços ligados à administração estatal, e através de seus agentes e representantes sempre visando e promovendo o bem-estar da população.
Os serviços públicos gerais são serviços prestados a todos, como por exemplo, o SUS, o serviço de segurança pública, etc.
Os específicos, que tem natureza divisível, prestado mediante solicitação e respectivo pagamento de taxa ao poder publico, como por exemplo, alvará para funcionamento de comercio, etc.
Questão 2:
Das espécies tributárias existentes, a “taxa” é cobrada em função de uma atuação estatal diretamente referida ao contribuinte (art. 145, II, CF/88). Identifique em que situação poderá ser utilizada a “taxa de serviço”, e explique, em um texto de no mínimo 10 linhas, as características relacionadas à situação que determinam a utilização da mesma, ou seja, defina o que venha a ser a especificidade e a divisibilidade do serviço prestado, com base no material didático da UNISUL e nos textos disponibilizados pelo professor na ferramenta “midiateca” relacionado ao assunto. (3,0 pontos)
A ”taxa” é cobrada em decorrência de um serviço público especifico e divisível, nesse caso, a “taxa de iluminação pública” e a especificidade e a divisibilidade, são requisitos essenciais dos serviços públicos remunerados através de taxas.
Especificidade e Divisibilidade do serviço prestado.
A Especificidade é o serviço público prestado no qual são permitidos identificar o sujeito, ou discriminar o usuário, sabendo-se assim a quantidade de pessoas. E a Divisibilidade é uma característica da taxa, ou seja, que ela seja divisível entre os contribuintes. Porem, nos dias de hoje, infelizmente o Estado geralmente utiliza em sua grande maioria, a cobrança de taxas como mais uma fonte de receita ao invés de somente minimizar gastos.
Questão 3:
Após a realização da leitura do texto abaixo, identifique e explique, em um texto fundamentado de no mínimo 10 linhas, os impostos dos quais trata o texto, determinando o fato gerador de cada um deles. E no caso hipotético de ocorrer a tributação dos medicamentos manipulados como mercadoria e como serviço simultaneamente, ou seja, caso incida sobre os medicamentos manipulados os impostos que você identificou e determinou o fato gerador, explique também como se denomina o conflito de competência ocorrido. Utilize também para complementar a sua consulta os links da Constituição federal e do Código Tributário Nacional, respectivamente:
http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/codtributnaci/ctn.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm - Acesso em 22-02-2013 - (3,0 pontos)
A questão que se propõe, versa sobre o conflito de competência entre estados e municípios, fruto da complexidade do sistema tributário brasileiro a respeito da tributação sobre medicamentos manipulados. Aos estados, coube vislumbrarem o direito à cobrança do imposto sobre a circulação de mercadorias e prestação de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação, de acordo com o artigo 155, inc. II da Constituição Federal (ICMS). Aos municípios restou a pretensão de instituírem sob amparo de sua competência constitucionalmente conferida, o imposto sobre serviço de qualquer natureza, consoante o art. 156, inc. III da Carta Republicana de 1988 (ISSQN).
Bem, como é sabido, questões que envolvam conflito de competência entre entes da federação devem ser tratados e resolvidos por lei complementar. Acontece que, apesar de a LC 116 trazer em seu rol exaustivo (em teoria), que os “serviços farmacêuticos” estão sujeitos á tributação pelo ISSQN. Para elucidarmos a presente quaestio, faz-se necessária análise acurada e aprofundada sobre o que vem a ser “serviço” e o que vem a ser “mercadoria”, tendo em vista a amplitude da hipótese prevista em lei complementar. Ou seja, por “serviços farmacêuticos”, devemos entender tudo aquilo presente no interior das farmácias, sejam de manipulação ou não. Ou servem somente aos medicamentos manipulados? Vejamos.
Serviço, de acordo com o mais acertado entendimento, refere-se a tudo aquilo que configura um agir, uma ação ou atividade do prestador, que satisfaça por completo uma necessidade do tomador do serviço. Assim, alguns requisitos servem-nos para melhor entendermos o conceito estudado, como saber que (i) deve haver ação por parte do prestador, (ii) o tomador deve ter suas necessidades satisfeitas, e (iii) o tomador do serviço é pessoa determinada.
Por outro lado, o conceito de “mercadoria” é melhor visualizado se atentarmo-nos para certos requisitos, quais sejam (i) ser uma coisa móvel, (ii) destinar-se ao comércio e, uma vez estabelecido comercialmente, (iii) destinar-se a pessoa indeterminada – qualquer um pode comprá-lo, sem especificidades.
Destarte, conclusão outra não poderíamos chegar, senão, acompanhar o entendimento firmado em decisões já proferidas pelo Superior Tribunal de Justiça. Entendeu o colendo STJ, que os produtos manipulados, destinados á pessoa específica, devem ser tributados pelo imposto municipal, ou seja, o ISSQN. O ICMS, imposto estadual, por sua vez, deve incidir sobre a venda dos produtos presentes nas prateleiras das farmácias, que se destinem ao comércio, e/ pois, a pessoa qualquer que o queira.
Podemos, desta forma, concluir que o requisito que melhor afasta ambos os entendimentos conflitantes é o da destinação do produto ou serviço.
Aos proprietários de farmácias de manipulação, que também se destinem a venda de produtos, o recolhimento dos impostos deve seguir a presente orientação, ou seja, aos produtos manipulados serve o ISSQN, aos “produtos de prateleira”, o ICMS.
Acaso a fazenda estadual exija indevidamente o tributo, in casu, procede a cobrança de ICMS sobre medicamentos manipulados, ou a fazenda municipal ouse cobrar ISSQN sobre produtos postos em prateleira. Cabe defesa sólida, conforme entendimento que se concretiza na força argumentativa que caminha consoante ao ordenamento jurídico pátrio, apesar da questão ainda estar pendente de julgamento do Supremo Tribunal Federal, órgão político e jurídico maior, mas que ainda não pronunciou-se sobre a matéria.
Fonte: http://www.jornalpontofinal.com.br/12463/o-conflito-de-competencia-tributaria-entre-estados-e-municipios-e-a-questao-que-envolve-os-medicamentos-manipulados/ - Acesso em 22-02-2013
As farmácias de manipulação de medicamentos, em razão da natureza de suas atividades, devem e merecem receber um tratamento tributário diferenciado por parte da Fazenda Pública. A atividade consiste em receber receitas de medicamentos de seus clientes/consumidores, e através de insumos, matérias primas, desenvolverem o produto que lhe é solicitado, assim literalmente, compondo, fabricando, confeccionando um produto, previamente solicitado com responsabilidade técnica, através de farmacêutico responsável. Em razão desta atividade, inúmeras hipóteses de incidência tributária podem ser invocadas aplicáveis, como por exemplo, Imposto sobre Serviços (ISS), Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de competências municipal, estadual e federal. Não se pode confundir a natureza das atividades praticas pelas farmácias de manipulação com asde vendas de medicamentos de prateleira. O primeiro diferencial ao qual será tratado, diz respeito a incidência do Imposto sobre Serviços sobre as atividades destes estabelecimentos farmacêuticos de manipulação. Em relação as chamadas farmácias que comercializam produtos de prateleira, não é necessário tecermos maiores comentários, pois é clara a tributação daquelas vendas via ICMS.
Na análise do fato gerador do Imposto sobre Serviços, temos a seguinte hipótese de incidência elencada pelo artigo 1º da recente Lei Complementar 116/2003: "O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e do Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa, ainda que esses não se constituam como atividade preponderante do prestador".
Em seguida, neste mesmo artigo supracitado, assim dispõe seu parágrafo 2º: "Ressalvadas as exceções expressas na lista anexa, os serviços nela mencionados não ficam sujeitos ao Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS, ainda que sua prestação envolva fornecimento de mercadorias".
Esta ressalva feita no parágrafo segundo é pertinente, e aplicável, nas atividades exercidas pelas farmácias de manipulação, eis que é evidente, no exercício da atividade de manipulação, isto é, confeccção do medicamento, que o profissional utilize matérias primas, as quais são mercadorias, só que empregadas na realização do produto que lhe é solicitado, sua atividade fim.
Por último, pertinente analisar a incidência ou não do Imposto sobre Produtos Industrializados, de competência da União, artigo 153, IV da CF/88, sobre os produtos confeccionados, fabricados nas farmácias de manipulação, o que poderia dar ensejo a um conflito de competência tributária.
Impossível a incidência do IPI sobre os produtos manipulados, a uma porque o artigo 5º, VI do Decreto nº 4.544/2002 (Regulamento do IPI) assim dispõe: "Não se considera industrialização: (...) IV - a manipulação em farmácia, para venda direta a consumidor, de medicamentos oficinais e magistrais, mediante receita médica". A duas, porque da mesma forma do ICMS, para a incidência do imposto, há a necessidade de uma operação de "dar", só que neste caso um produto industrializado pelo próprio realizador do negócio jurídico. Desta forma, por estrita vedação legal, e em virtude da natureza jurídica da operação, impossível a incidência do IPI sob os produtos fabricados pelas Farmácias de Manipulação.
1)De quem é a competência impositiva para instituição do ITR? Sua resposta deve ser fundamentada em um texto de 8 a 12 linhas. (2,0 pontos)
Pela Constituição anterior, inicialmente a arrecadação do imposto sobre a propriedade territorial rural (ITR), era em sua totalidade destinado para o município onde se localizava o imóvel rural objeto de tributação.
Já na Constituição Federal vigente, ficou mantida a destinação de 50% do imposto arrecadado aos municípios. Porém, houve mudança. O ITR poderá ser fiscalizado e cobrado pelos municípios, por opção, nos termos da lei, “desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renuncia fiscal”. Desse jeito, 100% do produto da arrecadação pertencerá ao município fiscalizador e arrecadador.
2)Explique a diferença entre competência tributária e capacidade tributária. Um único ente tributante pode acumular as duas funções? Sua resposta deve ser fundamentada em um texto de 8 a 12 linhas. (2,5 pontos)
A COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA é a capacidade de criar ou instituir tributos por meio de lei. Trata-se da competência que os entes da federação (União, Estados-Menbros, DF, Munícipios) detém de por meio de lei instituir tributos. A repartição da competência tributária está prevista na CF/88.
Já a CAPACIDADE TRIBUTÁRIA é a capacidade de arrecadar tributos. Nem sempre o ente estatal competente para instituir o tributo é aquele que o arrecada. Porém, podemos ter um único ente responsável pela arrecadação ficando com o seu produto, numa hipótese de parafiscalidade.
3) Já explicada a diferença entre capacidade e competência tributária, leia o artigo sugerido e analise criticamente a diferença existente entre a capacidade municipal e a competência federal relacionada ao ITR. Expresse sua opinião em um texto de 8 a 12 linhas. (2,5 pontos)
Link do artigo para leitura:
Inicialmente é importante deixar claro que o ITR (imposto sobre propriedade territorial rural) tem sua competência tributária federal, prevista na Constituição Federal, sendo portanto indelegável e sua ponderação apenas poderá ser feita através do controle de constitucionalidade.
Porém, a transferência da responsabildiade em arrecadar e fiscalizar para outras pessoas jurídicas de direito público, não configuram delegação da atribuição de instituir tributos.
Podemos concluir assim que os municípios podem ser considerados apenas como delegatários das funções administrativas de arrecadação e fiscalização, não indo contra a carta magna reguladora do Estado.
4) Quanto à regulamentação da possibilidade de transferências das funções da administração tributária do ITR aos municípios, ou seja, fiscalização e cobrança. Essa transferência não estaria ferindo o princípio da indelegabilidade da competência tributária? (3,0 pontos)
Como visto na questão anterior, a disciplina dos elementos tributários mantém-se inalterada para exercício do legislador da União.
Assim sendo, não devemos interpretar a nova disposição constitucional no que tange o Direito Tributário, especialmente em não confundir a referida permissão com qualquer delegação da competência tributária do Imposto Rural para os Municípios, mas tão somente uma previsão constitucional da já existente transferência da capacidade para exigir o cumprimento da obrigação tributária.
1. Explique cada uma das expressões que compõem o conceito de tributo.
Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada.
a) Prestação pecuniária
– deve ser pago em dinheiro, não admitindo o pagamento em
serviços ou em bens diversos do dinheiro.
b) Compulsória – o dever de pagar tributo nasce diretamente da lei, sem que se interponha qualquer ato de vontade daquele que assume a obrigação. ,
c) Em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir – o tributo deve ser pago em moeda corrente do País (obrigação pecuniária). De acordo com a maioria dos tributaristas, nosso direito desconhece o tributo in natura ou in labore.
- Tributo in natura: parte da mercadoria comercializada é entregue ao Fisco a título de pagamento de tributo, por exemplo:
- Tributo in labore: a cada mês o sujeito passivo destinaria alguns dias de seu trabalho à entidade tributante.
d) Que não se constitua sanção de ato ilícito – essa expressão serve para distinguir o tributo da multa. A multa sempre representa uma penalidade pecuniária pela prática de ato ilícito (vender mercadoria sem a emissão de nota fiscal, por exemplo).
A cobrança de tributo não representa imposição de penalidade. A hipótese de incidência do tributo é sempre algo lícito.
e) Instituída em lei – O tributo só pode nascer da lei (princípio da legalidade, CF, art. 150, I). O tributo federal só pode ser criado por lei da União; o estadual, só por lei do respectivo Estado; e o municipal, só por lei do respectivo Município.
f) Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada: A atividade administrativa pode ser classificada em: arbitrária, discricionária e vinculada.
O ato de cobrar tributos dos contribuintes não poderá ser nem discricionário nem arbitrário, isto é, terá que ser vinculado à lei, ou seja, nos limites da lei. A autoridade administrativa agirá exatamente como determina a norma legal. Ou o tributo é devido, nos termos da lei, e neste caso há de ser cobrado, ou não é devido, também nos termos da lei, e neste caso não serácobrado.
2. Identifique para cada uma das espécies tributárias os entes tributantes para sua cobrança.
• Impostos: Estado (não são vinculados a serviços e atividades públicas específicas e seu cálculo, geralmente, é de cunho pessoal conforme a capacidade econômica do contribuinte).
• Taxas: União, Estados, DF e Municípios, cada qual no seu âmbito de atribuições (são vinculados diretamente a serviços e atividades públicas específicas e diferentemente dos impostos, o fato é do Estado e a cobrança é segundo interesses particulares – serviços divisíveis).
• Contribuição de melhoria: Estados (o fator gerador é a valorização de imóveis dos contribuintes a partir de obras públicas específicas, como a construção de uma via, por exemplo).
• Empréstimo Compulsório: União (concedido pelo cofre da União em situações extraordinárias, calamidade pública, guerra externa ou iminente e frente a investimentos emergentes de interesse nacional).
• Contribuições Especiais: União (a premissa é intervenção no domínio econômico e interesse das categorias profissionais ou econômicas).
3. Para quê pagamos impostos? Explique.
Os impostos são pagos para que a União arrecade receita a fim de desempenhar seu papel no investimento e manutenção do atendimento aos interesses públicos. Com os impostos, a população é abastecida com serviços públicos de saúde, educação, segurança e outras necessidades básicas.
4. Sobre taxas, responda:
a. O que é poder de polícia?
Faculdade de que dispõe a administração pública para disciplinar e restringir, segundo suas atribuições, o uso, gozo de bens, atividades e direitos individuais, para atendimento e benefício aos interesses públicos ou do Estado.
b. A diferença entre efetivo e potencial.
Efetivo: ocorre quando de fato o serviço público é utilizado pelo cidadão (ex.: pedágio)
Potencial: se dá mediante a possibilidade do indivíduo utilizar determinado serviço público (ex.: taxa de incêndio)
c. O significado de específico e divisível.
Está relacionado a uma prestação de serviço público de finalidade única (ou específica) e destinada ao indivíduo, não podendo ser coletiva.
5. Quais os requisitos mínimos para que seja instituída uma contribuição de melhoria?
Realização de uma obra pública específica e que traga valorização à propriedade do contribuinte. Não havendo valorização, o contribuinte não será cobrado. Contudo, havendo uma valorização de propriedade no valor “x”, esta será sua contribuição.
6. Em quais situações podemos ter a cobrança de um empréstimo compulsório?
“Para atendimento a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência” e ainda “no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional”.
7. Explique as funções dos tributos.
Arrecadação de recursos do Estado junto a população e iniciativa privada para o funcionamento e sustento da “máquina administrativa” para, teoricamente, beneficiar a sociedade com a prestação de serviços públicos essenciais como segurança, saúde, educação, infraestrutura, seguridade social e outros benefícios. A tributação ocorre através da cobrança de impostos, taxas e contribuições de melhoria.
8. Quais são as contribuições especiais existentes?
Contribuições sociais, contribuições de intervenção no domínio econômico (CIDE) e contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas.
9. Explique as contribuições sociais, a CIDE e as de categoria profissionais e econômicas.
• Contribuições Sociais: ligadas ao bem-estar e justiça social. Ajudam a fomentar a seguridade, educação, cultura, e outras necessidades sociais da população. Ex.: INSS.
• CIDE: contribuição para exploração, comercialização, importação ou exportação de bens de consumo e commodities. Uma forma do Estado intervir na economia do país. Ex.: CIDE/petróleo e seus derivados, CIDE/Mineração.
• Interesse das categorias profissionais ou econômicas: fortalecimento de entidades de classe como OAB, CREA ou ECAD.

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