Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Seção 6.1: Definição de Transformada de Laplace Muitos problemas práticos de engenharia envolvem sistemas mecânicos e elétricos sobre os quais atuam forças de natureza discontínua ou impulsiva. Para tais problemas os métodos descritos no Capítulo 3 são inadequados. Nesse capítulo, usamos a transformada de Laplace para converter um problema de uma função desconhecida f em um problema mais simples para F, resolver para F, e então recuperar f de sua transformada F. Dada uma função conhecida K(s,t), uma transformada integral de uma função f é uma relação da forma ,)(),()( dttftsKsF A Transformação de Laplace Seja f uma função definida para t 0, e que satisfaça certas condições a serem definidas mais adiante. A Transformada de Laplace de f é definida como Logo, a função kernel é K(s,t) = e-st. Já que as soluções de equações diferenciais lineares com coeficientes constantes são baseadas na função exponencial, a Transformada de Laplace é particularmente útil para tais equações. Note que a Transformada de Laplace é definida por uma integral imprópria e deve, portanto, ser avaliada quanto à convergência. Nos próximos slides, revemos integrais impróprias e funções contínuas por partes. 0 )()()( dttfesFtfL st EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 2 Exemplo 1 Seja a seguinte integral imprópria: Podemos avaliar essa integral como a seguir: Note que se s = 0, então est = 1. Logo, dois casos se aplicam: 1lim1limlim 0 00 sbb bst b b st b st e ss edtedte 0 dtest 0. se,diverge e0; se,1 0 0 sdte s s dte st st Exemplo 2 Seja a seguinte integral imprópria: Podemos calcular essa integral usando integração por partes: Já que esse limite diverge, a integral original também diverge. 1cossinlim cossinlim sinsinlim coslimcos 00 00 00 bsbsb tstst tdtstst tdtsttdtst b bb b bb b b b 0 cos tdtst EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 3 Funções Contínuas Por Partes Uma função f é contínua por partes em um intervalo [a, b] se esse intervalo pode ser particionado em um número finito de pontos a = t0 < t1 < … < tn = b tais que (1) f é contínua em cada (tk, tk+1) Em outras palavras, f é contínua por partes em [a, b] se ela é contínua nesse intervalo exceto para um número finito de descontinuidades de salto. nktf nktf k k tt tt ,,1,)(lim)3( 1,,0,)(lim)2( 1 Exemplo 3 Seja f a seguinte função definida-em-partes: Dessa definição de f, e do gráfico de f abaixo, vemos que f é contínua por partes em [0, 3]. 321 21,3 10, )( 2 tt tt tt tf EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 4 Exemplo 4 Seja f a seguinte função definida-em-partes: Dessa definição de f, e do gráfico de f abaixo, vemos que f não é contínua por partes em [0, 3]. 32,4 21,2 10,1 )( 1 2 t tt tt tf Teorema 6.1.2 Seja f uma função para a qual o seguinte se aplica: (1) f é contínua por partes em [0, b] para todo e qualquer b > 0. (2) | f(t) | Keat quando t M, para constantes a, K, M, com K, M > 0. Então a Transformada de Laplace de f , definida como existe para s > a. Obs: Uma função f que satisfaz as condições especificadas acima é dita ter ordem exponencial quando t . )()()( 0 dttfesFtfL st EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 5 Exemplo 5 Seja f (t) = 1 para t 0. Então a transformada de Laplace F(s) de f é: 0,1 lim lim 1 0 0 0 s s s e dte dteL bst b b st b st Exemplo 6 Seja f (t) = eat para t 0. Então a transformada de Laplace F(s) de f é: as as as e dte dteeeL btas b b tas b atstat ,1 lim lim 0 )( 0 )( 0 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 6 Exemplo 7 Seja f (t) = sin(at) para t 0. Usando integração por partes duas vezes, a transformada de Laplace F(s) de f é obtida como: 0,)()(1 sin/)sin(lim1 coslim1 cos/)cos(lim sinlimsin)sin()( 222 2 00 0 00 00 s as asFsF a s a dtate a saate a s a dtate a s a dtate a saate dtatedtateatLsF b stbst b b st b b stbst b b st b st Linearidade da Transformada de Laplace Sejam f e g funções cujas transformadas de Laplace existem para s > a1 e s > a2, respectivamente. Então, para s maior que o máximo de a1 e a2, a transformada de Laplace de c1 f (t) + c2g(t) existe, e é tal que e existe )()()()( 0 2121 dttgctfcetgctfcL st )( )( )( )()()( 21 020121 tgLctfLc dttgecdttfectgctfcL stst EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 7 Exemplo 8 Seja f (t) = 5e-2t - 3sin(4t) para t 0. Então, pela linearidade da transformada de Laplace, e usando os resultados dos exemplos anteriores, a transformada de Laplace F(s) de f é: 0, 16 12 2 5 )4sin(35 )4sin(35 )}({)( 2 2 2 s ss tLeL teL tfLsF t t EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 1 Seção 6.2: Solução de Problemas de Valor Inicial A Transformada de Laplace é nomeada em homenagem ao matemático francês Laplace, que estudou essa transformação em 1782. As técnicas descritas neste capítulo foram desenvolvidas primeiramente por Oliver Heaviside (1850-1925), um engenheiro elétrico inglês. Nesta seção, vemos como a transformada de Laplace pode ser usada para resolver problemas de valor inicial para equações diferenciais lineares com coeficientes constantes. A transformada de Laplace é útil na solução dessas equações diferenciais porque a transformada de f ' é relacionada em uma forma simples à transformada de f, como declarado no Teorema 6.2.1. Teorema 6.2.1 Seja f (t) uma função tal que o seguinte se aplica: (1) f é contínua e f ' é contínua por partes no intervalo [0, b] para todo b > 0. (2) | f(t) | Keat quando t M, para as constantes a, K, M, com K, M > 0. Então, a Transformada de Laplace de f ' existe para s > a, com Demonstração (linhas gerais): Para f e f ' contínuas em [0, b], temos De forma similar para f ' contínua por partes em [0, b] (ver livro-texto). )0()()( ftfsLtfL b stsb b b stbst b b st b dttfesfbfe dttfestfedttfe 0 000 )()0()(lim )()()(lim)(lim EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 2 A Transformada de Laplace de f ´´ Logo, se f e f ' satisfazem as hipóteses do Teorema 6.2.1, então Agora, suponha que f ' e f '' satisfazem as condições especificadas para f e f ' no Theorem 6.2.1. Então, obtemos De forma similar, podemos derivar uma expressão paraL{f (n)}, desde que f e suas derivadas satisfaçam as condições adequadas. Esse resultado é dado no Corolário 6.2.2. )0()0()( )0()0()( )0()()( 2 fsftfLs fftfsLs ftfsLtfL )0()()( ftfsLtfL Corolário 6.2.2 Seja f (t) uma função tal que o seguinte se aplica: (1) f , f ', f '' ,…, f (n-1) são contínuas, e f (n) contínua por partes, em [0, b] para todo b > 0. (2) | f(t) | Keat, | f '(t) | Keat , …, | f (n-1)(t) | Keat para t M, para constantes a, K, M, com K, M > 0. Então, a Transformada de Laplace de f (n) existe para s > a, com )0()0()0()0()()( )1()2(21)( nnnnnn fsffsfstfLstfL EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 3 Exemplo 1: Método do Capítulo 3 (1 de 4) Seja o problema de valor inicial Lembre-se que, da Seção 3.1: Logo r1 = -2 e r2 = -3, e a solução geral tem a forma Usando as condições iniciais: Portanto A seguir, o mesmo problema é resolvido usando a Transformada de Laplace. 30,20,065 yyyyy 032065)( 2 rrrrety rt tt ececty 32 2 1)( 7,9 332 2 21 21 21 cc cc cc tt eety 32 79)( Exemplo 1: Método da Transformada de Laplace (2 de 4) Assumimos que o PVI tem uma solução e que '(t) e ''(t) satisfazem as condições do Corolário 6.2.2. Então e daí Fazendo Y(s) = L{y}, temos Substituindo as condições iniciais, obtemos Portanto 30,20,065 yyyyy 0}0{}{6}{5}{}65{ LyLyLyLyyyL 0}{6)0(}{5)0()0(}{2 yLyysLysyyLs 0)0()0(5)(652 yyssYss 0352)(652 ssYss 23 132)(}{ ss ssYyL EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 4 Usando a decomposição em frações parciais, Y(s) pode ser reescrita como: Logo 9,7 1332,2 )32()(132 32132 2323 132 BA BABA BAsBAs sBsAs s B s A ss s 2 9 3 7)(}{ sssYyL Exemplo 1: Frações Parciais (3 de 4) Lembrar que da Seção 6.1: Portanto Lembrando que Y(s) = L{y}, temos que e daí ,2},{9}{72 9 3 7)( 23 seLeL ss sY tt as as dtedteesFeL tasatstat ,1)( 0 )( 0 }97{}{ 23 tt eeLyL tt eety 23 97)( Exemplo 1: Solução (4 de 4) EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 5 Método da Transformada de Laplace Geral Seja a EDO linear com coeficientes constantes Assumindo que essa equação tem uma solução y = (t), e que '(t) e ''(t) satisfazem as condições do Corolário 6.2.2. Então Se fazemosY(s) = L{y} e F(s) = L{ f }, então )(tfcyybya )}({}{}{}{}{ tfLycLybLyaLcyybyaL cbsas sF cbsas yaybassY sFyaybassYcbsas sFycLyysLbysyyLsa 22 2 2 )()0()0()( )()0()0()( )(}{)0(}{)0()0(}{ Problema Algébrico Portanto, a EDO foi transformada em uma equação algébrica para a qual procuramos y = (t) tal que L{(t)} = Y(s). Observar que não precisamos resolver as equações homogênea e não-homogênea separadamente, nem temos uma etapa em separado para usar as condições iniciais para determinar os valores dos coeficientes na solução geral. cbsas sF cbsas yaybassY 22 )()0()0()( EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 6 Polinômio Característico Usando a transformada de Laplace, o problema de valor inicial torna-se O polinômio no denominador é o polinômio característico associado com a equação diferencial. A expansão em frações parciais de Y(s) usada para determinar exige que determinemos as raízes da equação característica. Para equações de ordem mais elevada, isso pode ser difícil, especialmente se as raízes forem irracionais ou complexas. cbsas sF cbsas yaybassY 22 )()0()0()( 00 0,0),( yyyytfcyybya Problema Inverso A principal dificuldade no uso do método da transformada de Laplace é a determinação da função y = (t) tal que L{(t)} = Y(s). Isso é um problema inverso, no qual tentamos descobrir tal que (t) = L-1{Y(s)}. Existe uma fórmula geral para L-1, mas ela exige conhecimento de teoria de funções de variável complexa, e ela não será considerada nesta disciplina. Pode-se mostrar que se f é contínua com L{f(t)} = F(s), então f é a única função contínua com f (t) = L-1{F(s)}. A Tabela 6.2.1 no livro-texto lista muitas das funções e suas transformadas que são encontradas nesse capítulo. EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 7 Linearidade da Transformada Inversa Frequentemente a transformada de Laplace F(s) pode ser expressa como Seja Então a função tem a transformada de Laplace F(s), já que L é linear. Pela unicidade de f (t) = L-1{F(s)} do slide anterior, nenhuma outra função contínua f tem a mesma transformada F(s). Logo L-1 é um operador linear com )()()()( 21 sFsFsFsF n )()(,,)()( 1111 sFLtfsFLtf nn )()()()( 21 tftftftf n )()()()( 1111 sFLsFLsFLtf n Exemplo 2 Determinar a transformada de Laplace inversa da função dada. Para determinar y(t) tal que y(t) = L-1{Y(s)}, primeiro reescrevemos Y(s): Usando a Tabela 6.2.1, Logo s sY 2)( ss sY 122)( 212122)( 111 s L s LsYL 2)( ty EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 8 Exemplo 3 Determinar a transformada de Laplace inversa da função dada. Para determinar y(t) tal que y(t) = L-1{Y(s)}, primeiro reescrevemos Y(s): Usando a Tabela 6.2.1, Logo 5 3)( ssY 5 13 5 3)( ss sY te s L s LsYL 5111 3 5 13 5 3)( tety 53)( Exemplo 4 Determinar a transformada de Laplace inversa da função dada. Para determinar y(t) tal que y(t) = L-1{Y(s)}, primeiro reescrevemos Y(s): Usando a Tabela 6.2.1, Logo 4 6)( s sY 44 !36)( ss sY 3411 !3)( tsLsYL 3)( tty EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 9 Exemplo 5 Determinar a transformada de Laplace inversa da função dada. Para determinar y(t) tal que y(t) = L-1{Y(s)}, primeiro reescrevemos Y(s): Usando a Tabela 6.2.1, Logo 333 !24!2!2 88)( sss sY 231311 4!24!24)( tsLsLsYL 24)( tty 3 8)( s sY Exemplo 6 Determinar a transformada de Laplace inversa da função dada. Para determinar y(t) tal que y(t) = L-1{Y(s)}, primeiro reescrevemos Y(s): Usando a Tabela 6.2.1, Logo 9 3 3 1 9 4 9 14)( 222 ss s s ssY tt s L s sLsYL 3sin 3 13cos4 9 3 3 1 9 4)( 2 1 2 11 ttty 3sin 3 13cos4)( 9 14)( 2 s ssY EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 10 Exemplo 7 Determinar a transformada de Laplace inversa da função dada. Para determinar y(t) tal que y(t) = L-1{Y(s)}, primeiro reescrevemos Y(s): Usando a Tabela 6.2.1,Logo 9 3 3 1 9 4 9 14)( 222 ss s s ssY tt s L s sLsYL 3sinh 3 13cosh4 9 3 3 1 9 4)( 2 1 2 11 ttty 3sinh 3 13cosh4)( 9 14)( 2 s ssY Exemplo 8 Determinar a transformada de Laplace inversa da função dada. Para determinar y(t) tal que y(t) = L-1{Y(s)}, primeiro reescrevemos Y(s): Usando a Tabela 6.2.1, Logo tetsLsYL 2 3 11 5 1 !25)( tetty 25)( 31 10)( ssY 333 1 !25 1 !2 !2 10 1 10)( sss sY EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 11 Exemplo 9 Para a função Y(s) abaixo, determinamos y(t) = L-1{Y(s)} usando a expansão em frações parciais, como segue. tt eety ss sY BA ABBA ABsBAs sBsAs s B s A ss s ss ssY 34 2 7 10 7 11)( 3 1 7 10 4 1 7 11)( 7/10,7/11 134,3 )34()(13 )4()3(13 34)3)(4( 13 12 13)( Exemplo 10 Para a função Y(s) abaixo, determinamos y(t) = L-1{Y(s)} completando o quadrado no denominador e rearranjando o numerador, como segue. Usando a Tabela 6.1, obtemos 13 12 13 34 13 234 13 2124 196 104 106 104)( 222 222 ss s s s s s ss s ss ssY tetety tt sin2cos4)( 33 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 12 Exemplo 11: Probema de Valor Inicial (1 de 2) Seja o PVI Tomando a transformada de Laplace da EDO, e assumindo que as condições do Corolário 6.2.2 se verificam, então Fazendo Y(s) = L{y}, temos Substituindo as condições iniciais, obtemos Logo 60,00,0258 yyyyy 0}{25)0(}{8)0()0(}{2 yLyysLysyyLs 0)0()0(8)(2582 yyssYss 258 6)(}{ 2 sssYyL 06)(2582 sYss Completando os quadrados, obtemos Logo Usando a Tabela 6.2.1, obtemos Portanto, a solução do PVI é 9168 62586)( 22 sssssY 94 32)( 2s sY tesYL t 3sin2)( 41 tety t 3sin2)( 4 Exemplo 11: Solução (2 de 2) EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 13 Exemplo 12: Problema Não-homogêneo (1 de 2) Seja o problema de valor inicial Tomando a transformada de Laplace da equação diferencial, e assumindo as condições do Corolário 6.2.2 se aplicam, obtemos Fazendo Y(s) = L{y}, resulta Substituindo as condições iniciais, obtém-se Logo 10,20,2sin yytyy )4/(2}{)0()0(}{ 22 syLysyyLs )4/(2)0()0()(1 22 sysysYs )4)(1( 682)( 22 23 ss ssssY )4/(212)(1 22 sssYs Usando frações parciais, Então Resolvendo, obtém-se A = 2, B = 5/3, C = 0, e D = -2/3. Logo Cuja transformada inversa é Exemplo 12: Solução (2 de 2) 41)4)(1( 682)( 2222 23 s DCs s BAs ss ssssY )4()4()()( 14682 23 2223 DBsCAsDBsCA sDCssBAssss 4 3/2 1 3/5 1 2)( 222 sss ssY tttty 2sin 3 1sin 3 5cos2)( EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 304 Chapter 6. The Laplace Transform TABLE 6.2.1 Elementary Laplace Transforms f (t) = L−1{F(s)} F(s) = L{ f (t)} Notes 1. 1 1 s , s > 0 Sec. 6.1; Ex. 4 2. eat 1 s − a , s > a Sec. 6.1; Ex. 5 3. tn; n = positive integer n! sn+1 , s > 0 Sec. 6.1; Prob. 27 4. t p, p > −1 (p + 1) s p+1 , s > 0 Sec. 6.1; Prob. 27 5. sin at a s2 + a2 , s > 0 Sec. 6.1; Ex. 6 6. cos at s s2 + a2 , s > 0 Sec. 6.1; Prob. 6 7. sinh at a s2 − a2 , s > |a| Sec. 6.1; Prob. 8 8. cosh at s s2 − a2 , s > |a| Sec. 6.1; Prob. 7 9. eat sin bt b (s − a)2 + b2 , s > a Sec. 6.1; Prob. 13 10. eat cos bt s − a (s − a)2 + b2 , s > a Sec. 6.1; Prob. 14 11. tneat , n = positive integer n! (s − a)n+1 , s > a Sec. 6.1; Prob. 18 12. u c (t) e−cs s , s > 0 Sec. 6.3 13. u c (t) f (t − c) e−cs F(s) Sec. 6.3 14. ect f (t) F(s − c) Sec. 6.3 15. f (ct) 1 c F ( s c ) , c > 0 Sec. 6.3; Prob. 19 16. ∫ t 0 f (t − τ )g(τ ) dτ F(s)G(s) Sec. 6.6 17. δ(t − c) e−cs Sec. 6.5 18. f (n)(t) sn F(s)− sn−1 f (0)− · · · − f (n−1)(0) Sec. 6.2 19. (−t)n f (t) F (n)(s) Sec. 6.2; Prob. 28 1 Seção 6.3: Funções Degrau Algumas das aplicações elementares mais interessantes da Transformada de Laplace acontecem na solução de equações lineares com funções forçadas descontínuas ou impulsivas. Nesta seção, assumiremos que todas as funções consideradas são contínuas por partes e de ordem exponencial, de modo que suas Transformadas de Laplace existem todas, para s grande o suficiente. Definição de Funções Degrau Seja c 0. A função degrau unitária, ou função de Heaviside, é definida por Um degrau negativo pode ser representado por ct ct tuc ,1 ,0 )( ct ct tuty c ,0 ,1 )(1)( EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 2 Exemplo 1 Faça o esboço do gráfico de Solução: Lembre-se que uc(t) é definida por Logo e daí o gráfico de h(t) é um pulso retangular. 0),()()( 2 ttututh ct ct tuc ,1 ,0 )( t t t th 20 2,1 0,0 )( Transformada de Laplace da Função Degrau A Transformada de Laplace de uc(t) é s e s e s e e s dte dtedttuetuL cs csbs b b c st b b c st b c st c st c lim 1limlim )()( 0 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 3 Funções Transladadas Dada uma função f (t) definida para t 0, estaremos frequentemente considerando a função relacionada g(t) = uc(t) f (t - c), tal que: Logo g representa uma translação de f uma distância c na direção positiva de t . Na figura abaixo, o gráfico de f é dado à esquerda, e o gráfico de g à direita. ctctf ct tg ),( ,0 )( Exemplo 2 Faça o esboço do gráfico de Solução: Lembre-se que uc(t) é definida por Logo e daí o gráfico de g(t) é uma parábola deslocada. .0,)( onde),()1()( 21 tttftutftg ct ct tuc ,1 ,0 )( 1,)1( 10,0 )( 2 tt t tg EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 4 Teorema 6.3.1 Se F(s) = L{f (t)} existe para s > a 0, e se c > 0, então De outra forma, se f (t) = L-1{F(s)}, então Logo, a translação de f (t) uma distância c na direção positiva de t corresponde a uma multiplicação de F(s) por e-cs. )()()()( sFetfLectftuL cscsc )()()( 1 sFeLctftu csc Teorema 6.3.1: Resumo da Demonstração Precisamos mostrar que Usando a definição da Transformada de Laplace, obtém-se )( )( )( )( )()()()( 0 0 )( 0 sFe duufee duufe dtctfe dtctftuectftuL cs sucs cus ctu c st c st c )()()( sFectftuL csc EQUAÇÕES DIFERENCIAISORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 5 Exemplo 3 Determinar a transformada de Laplace de Solução: observar que Portanto )()1()( 1 2 tuttf 1,)1( 10,0 )( 2 tt t tf 3221 2)1)(()( setLettuLtfL s s Exemplo 4 Calcular L{ f (t)}, onde f é definida por Observar que f (t) = sin(t) + u/4(t) cos(t - /4), e 4/),4/cos(sin 4/0,sin )( ttt tt tf 1 1 11 1 cossin )4/cos()(sin)( 2 4/ 2 4/ 2 4/ 4/ s se s se s tLetL ttuLtLtfL s s s EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 6 Exemplo 5 Determinar L-1{F(s)}, onde Solução: 4 73)( s esF s 373 4 71 4 1 4 7 1 4 1 7)( 6 1 2 1 !3 6 1!3 2 1 3)( ttut s eL s L s eL s Ltf s s Teorema 6.3.2 Se F(s) = L{f (t)} existe para s > a 0, e se c é uma constante, então De outra forma, se f (t) = L-1{F(s)}, então Logo, a multiplicação de f (t) por ect resulta na translação de F(s) uma distância c na direção positiva de t , e vice-versa. Resumo da demonstração: cascsFtfeL ct ),()( )()( 1 csFLtfect )()()()( 0 )( 0 csFdttfedttfeetfeL tcsctstct EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 7 Exemplo 4 Determinar a transformada inversa de Para resolver, primeiro completamos o quadrado: Já que segue que 52 1)( 2 ss ssG 41 1412 152 1)( 222 s sss sss ssG tetfesFLsGL tt 2cos)()1()( 11 t s sLsFLtf 2cos 4 )()( 2 11 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 1 Seção 6.4: Equações Diferenciais com Funções Forçadas Descontínuas Nesta seção são apresentados exemplos de problemas de valor inicial não-homogêneos em que as funções de força são descontínuas. 00 0,0),( yyyytgcyybya Exemplo 1: problema de Valor Inicial (1 de 12) Determinar a solução do problema de valor inicial Tal problema de valor inicial é modelo para a resposta de um oscilador amortecido sujeito a g(t), ou a corrente em um circuito para uma voltagem de pulso unitário g(t). 20 e 50,0 205,1 )()()( onde 0)0(,0)0(),(22 205 tt t tututg yytgyyy EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 2 Assumindo que as condições do Corolário 6.2.2 se verificam. Então ou Fazendo Y(s) = L{y}, Substituindo as condições iniciais, obtém-se Logo )}({)}({}{2}{}{2 205 tuLtuLyLyLyL s eeyLyysLysyyLs ss 205 2 }{2)0(}{)0(2)0(2}{2 seeyyssYss ss 2052 )0(2)0(12)(22 Exemplo 1: Transformada de Laplace (2 de 12) seesYss ss 2052 )(22 22)( 2 205 sss eesY ss 0)0(,0)0(),()(22 205 yytutuyyy Temos onde Se fazemos h(t) = L-1{H(s)}, então pelo Teorema 6.3.1. )20()()5()()( 205 thtuthtuty Exemplo 1: Fatorando Y(s) (3 de 12) )(22)( 2052 205 sHee sss eesY ss ss 22 1)( 2 ssssH EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 3 Logo, decompomos H(s), como segue: Essa decomposição em frações parciais implica que Portanto Exemplo 1: Frações Parciais (4 de 12) 2222 1)( 22 ss CBssAssssH 2/1,1,2/1 12)()2( 2 CBA AsCAsBA 22 2/12/1)( 2 ss s s sH Completando os quadrados, Exemplo 1: Completando os quadrados (5 de12) 16/154/1 4/14/1 2 12/1 16/154/1 2/1 2 12/1 16/1516/12/ 2/1 2 12/1 12/ 2/1 2 12/1 22 2/12/1)( 2 2 2 2 2 s s s s s s ss s s ss s s ss s s sH EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 4 Logo e daí Para h(t) como dada acima, e lembrando o resultado anterior, a solução do problema de valor inicial é então Exemplo 1: Solução (6 de 12) 16/154/1 4/15 152 1 16/154/1 4/1 2 12/1 16/154/1 4/14/1 2 12/1)( 22 2 ss s s s s s sH tetesHLth tt 4 15sin 152 1 4 15cos 2 1 2 1)}({)( 4/4/1 )20()()5()()( 205 thtuthtut Logo, a solução do problema de valor inicial é O gráfico dessa solução é dado abaixo. Exemplo 1: Gráfico da Solução (7 de 12) 415sen 152 1415cos 2 1 2 1)( onde ),20()()5()()( 4/4/ 205 teteth thtuthtut tt EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 5 A solução do PVI original pode ser visto como uma composição de três soluções separadas para três PVIs separados: Exemplo 1: PVIs Compostos (8 de 12) )20()20(),20()20(,022:20 0)5(,0)5(,122:205 0)0(,0)0(,022:50 2323333 22222 11111 yyyyyyyt yyyyyt yyyyyt Seja o primeiro problema de valor inicial De um ponto-de-vista físico, o sistema está inicialmente em repouso, e já que não existe nenhuma força externa, ele permanece em repouso. Logo, a solução no intervalo [0, 5) é y1 = 0, e isso pode ser verificado analiticamente também. Ver gráficos abaixo. Exemplo 1: Primeiro PVI (9 de 12) 50;0)0(,0)0(,022 11111 tyyyyy EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 6 Seja o segundo problema de valor inicial Usando métodos do capítulo 3, a solução tem a forma Fisicamente, o sistema responde com a soma de uma constante (a resposta a uma função de força constante) e uma oscilação amortecida no intervalo de tempo (5, 20). Ver gráfico abaixo. Exemplo 1: Segundo PVI (10 de 12) 205;0)5()5(,0)5()5(,122 1212222 tyyyyyyy 2/14/15sin4/15cos 4/24/12 tectecy tt Seja o terceiro problema de valor inicial Usando métodos do Capítulo 3, a solução tem a forma Fisicamente, já que não há qualquer força externa, a resposta é uma oscilação amortecida em torno de y = 0 para t > 20. Ver gráficos abaixo. Exemplo 1: Terceiro PVI (11 de 12) 4/15sin4/15cos 4/24/13 tectecy tt 20);20()20(),20()20(,022 2323333 tyyyyyyy EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 7 A solução é Pode-se mostrar que e ' são contínuas em t = 5 e t = 20, e '' tem um salto de 1/2 em t = 5 e um salto de –1/2 em t = 20: Logo, o salto no termo de força g(t) nesses pontos é balanceado por um salto correspondente no termo de ordem mais alta 2y'' na EDO. Exemplo 1: Suavidade da Solução (12 de 12) )20()()5()()( 205 thtuthtut -.5072)(lim,-.0072)(lim 2/1)(lim,0)(lim 2020 55 tt tt tt tt Seja a EDO linear de segunda ordem geral onde p e q são funções contínuas em algum intervalo (a, b) masg é apenas contínua por partes neste mesmo intervalo. Se y = (t) é uma solução, então e ' são contínuas em (a, b) mas '' tem uma descontinuidade de salto nos mesmos pontos que g. Do mesmo modo para EDOs de ordem mais elevada, onde a derivada de maior ordem da solução tem uma descontinuidade de salto nos mesmos pontos que a função de força g , mas a solução propriamente dita e suas derivadas de ordem mais baixas são contínuas no intervalo (a, b). Suavidade da Solução em Geral )()()( tgytqytpy EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 8 Determinar a solução para o problema de valor inicial O gráfico da função de força g(t) é dado à direita, e é conhecido como carregamento de rampa (“ramp loading”). 10,1 10555 50,0 5 10)( 5 5)()( onde 0)0(,0)0(),(4 105 t tt t ttuttutg yytgyy Exemplo 2: Problema de Valor Inicial (1 de 12) Assume-se que essa EDO tem uma solução y = (t) e que '(t) e ''(t) satisfaz as condições do Corolário 6.2.2. Logo ou Fazendo Y(s) = L{y}, e substituindo as condições iniciais, Portanto 5}10)({5}5)({}{4}{ 105 ttuLttuLyLyL 2 1052 5}{4)0()0(}{ seeyLysyyLs ss Exemplo 2: Transformada de Laplace (2 de 12) 21052 5)(4 seesYs ss 45)( 22 105 ss eesY ss 0)0(,0)0(, 5 10)( 5 5)(4 105 yyttuttuyy EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 9 Temos onde Se fazemos h(t) = L-1{H(s)}, então pelo Teorema 6.3.1. )10()()5()( 5 1)( 105 thtuthtuty Exemplo 2: Fatorando Y(s) (3 de 12) )(545)( 105 22 105 sHee ss eesY ssss 41)( 22 sssH Logo, decompomos H(s) como segue abaixo: Essa decomposição em frações parciais implica Portanto Exemplo 2: Frações Parciais (4 de 12) 441)( 2222 s DCssBsAsssH 4/1,0,4/1,0 144)()( 23 DCBA BAssDBsCA 4 4/14/1)( 22 sssH EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 10 Portanto e daí Para h(t) dada acima, e lembrando os resultados anteriores, a solução do problema de valor inicial é então Exemplo 2: Solução (5 de 12) ttsHLth 2sin 8 1 4 1)}({)( 1 4 2 8 11 4 1 4 4/14/1)( 22 22 ss ss sH )10()()5()( 5 1)( 105 thtuthtuty Logo, a solução do problema de valor inicial é O gráfico dessa solução é dado abaixo. Exemplo 2: Gráfico da Solução (6 de 12) ttth thtuthtut 2sin 8 1 4 1)( where,)10()()5()( 5 1)( 105 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 11 A solução do PVI original pode ser vista como composta de três soluções separadas para três PVIs separados (discutir): Exemplo 2: PVIs Compostos (7 de 12) )10()10(),10()10(,14:10 0)5(,0)5(,5/)5(4:105 0)0(,0)0(,04:50 232333 2222 1111 yyyyyyt yytyyt yyyyt Seja o primeiro problema de valor inicial De um ponto-de-vista físico, o sistema está inicialmente em repouso e, desde que não haja qualquer força externa, ele permanece em repouso. Logo, a solução no intervalo [0, 5) é y1 = 0, e isso pode ser verificado analiticamente também. Ver gráfico abaixo. Exemplo 2: Primeiro PVI (8 de 12) 50;0)0(,0)0(,04 1111 tyyyy EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 12 Seja o segundo problema de valor inicial Usando os métodos do Capítulo 3, a solução tem a forma Logo, a solução é uma oscilação em torno da reta (t – 5)/20, sobre o intervalo de tempo (5, 10). Ver gráfico abaixo. Exemplo 2: Segundo PVI (9 de 12) 105;0)5(,0)5(,5/)5(4 2222 tyytyy 4/120/2sin2cos 212 ttctcy Seja o terceiro problema de valor inicial Usando os métodos do Capítulo 3, a solução tem a forma Logo,a solução é uma oscilação em torno de y = 1/4,para t > 10. Ver gráficos abaixo. Exemplo 2: Terceiro PVI (10 de 12) 10);10()10(),10()10(,14 232333 tyyyyyy 4/12sin2cos 213 tctcy EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 13 Lembre-se que a solução do PVI é Para calcular a amplitude da oscilação estacionária eventual, localizamos um dos pontos de máximo ou mínimo para t > 10. Resolvendo y' = 0, o primeiro máximo é (10.642, 0.2979). Logo, a amplitude da oscilação é cerca de 0.0479. Exemplo 2: Amplitude (11 de 12) ttththtuthtuty 2sin 8 1 4 1)( ,)10()()5()( 5 1)( 105 A solução é Nesse exemplo, a função de força g é contínua mas g' é descontínua em t = 5 e t = 10. Segue que e suas duas primeiras derivadas são contínuas em todos os pontos, mas ''' tem descontinuidades em t = 5 and t = 10 que correspondem às descontinuidades de g' . Exemplo 2: Suavidade da Solução (12 de 12) ttththtuthtuty 2sin 8 1 4 1)( ,)10()()5()( 5 1)( 105 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 1 Seção 6.5: Funções Impulso Em algumas aplicações, é necessário lidar com fenômenos de natureza impulsiva. Por exemplo, um circuito elétrico ou sistema mecânico sujeito a uma voltagem ou força súbita g(t) de grande magnitude que atua num curto intervalo de tempo em torno de t0. A equação diferencial terá então a forma pequeno. é 0 e forma outra de,0 ,grande )( onde ),( 00 ttt tg tgcyybya Medida do Impulso Em um sistema mecânico, onde g(t) é uma força, o impulso total dessa força é medida pela integral Observar que se g(t) tem a forma então Em particular, se c = 1/(2), então I() = 1 (independente de ). 00 )()()( tt dttgdttgI forma outra de,0 , )( 00 tttc tg 0,2)()()( 0 0 cdttgdttgI tt EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 2 Função Impulso Unitária Assumir que a função de força d(t) tem a forma Então, como vimos, I() = 1. Estamos interessados em d(t) atuando num intervalo de tempo mais curto e mais curto (i.e., 0). Ver gráfico. Observar que d(t) torna-se mais alta e mais estreita quando 0. Logo, para t 0, tem-se forma outra de,0 ,21 )( t td 1)(limand,0)(lim 00 Itd Função Delta de Dirac Logo, para t 0, tem-se A função de impulso unitário é definida para ter as propriedades A função de impulso unitário é um exemplo de uma função generalizada e é comumente chamada de função delta de Dirac. Em geral, para uma função de impulso unitário em um ponto arbitrário t0, 1)(lime,0)(lim 00 Itd 1)(e,0 para0)( dtttt 1)(e, para0)( 000 dttttttt EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 3 Transformada de Laplace de (1 de 2) A Transformada de Laplace de é tal que e, portanto 0,)(lim)( 0000 tttdLttL 00 0 0 00 0 0 0 0 )cosh(lim )sinh(lim 2 lim 2 1lim 2 lim 2 1lim)(lim)( 0 00 00 00 000 stst st ssst tsts t t st t t stst e s sse s seee s e ee ss e dtedtttdettL Transformada de Laplace de (2 de 2) A Transformada de Laplace de é Para a Transformada de Laplace de em t0= 0, toma-se o limite como segue: Por exemplo, quando t0= 10, temos L{(t -10)} = e-10s. 0,)( 00 0 tettL st 1lim)(lim)( 0 00 0 00 st tt ettdLtL EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 4 Produto de Funções Contínuas e O produto da função delta e uma função contínua f pode ser integrada, usando o teorema do valor médio para integrais: Portanto )( *)(lim )* onde( *)(2 2 1lim )( 2 1lim )()(lim)()( 0 0 000 0 000 0 0 tf tf ttttf dttf dttfttddttftt t t )()()( 00 tfdttftt Seja a solução para o problema de valor inicial Então Fazendo Y(s) = L{y}, Substituindo as condições iniciais, obtemos ou )}7({}{2}{}{2 tLyLyLyL sesYyssYysysYs 72 )(2)0()()0(2)0(2)(2 Exemplo 1: Problema de Valor Inicial (1 de 3) sesYss 72 )(22 22 )( 2 7 ss esY s 0)0(,0)0(),7(22 yytyyy EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 5 Temos A expansão em frações parciais de Y(s) produz e daí Exemplo 1: Solução (2 de 3) 22 )( 2 7 ss esY s 16/154/1 4/15 152 )( 2 7 s esY s 7 4 15sen)( 152 1)( 4/77 tetuty t Com condições iniciais homogêneas em t = 0 e nenhuma excitação externa até t = 7, não há qualquer resposta em (0, 7). O impulso em t = 7 produz uma oscilação de amplitude decrescente que persiste indefinidamente. A resposta é contínua em t = 7 apesar da singularidade na função de força. Já que y' tem uma descontinuidade de salto em t = 7, y'' tem uma descontinuidade infinita lá. Logo, a singularidade na função de força é balanceada por uma singularidade correspondente em y''. Exemplo 1: Comportamento da Solução (3 de 3) EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 1 Seção 6.6: A Integral de Convolução Algumas vezes é possível escrever uma Transformada de Laplace H(s) como H(s) = F(s)G(s), onde F(s) e G(s) são as transformadas de funções conhecidas f e g, respectivamente. Nesse caso, poderíamos esperar que H(s) fosse a transformada do produto de f e g. Ou seja, será que é válida a igualdade H(s) = F(s)G(s) = L{f }L{g} = L{f g}? No próximo slide damos um exemplo que mostra que essa igualdade não se verifica, e daí a transformada de Laplace não pode, geralmente, ser comutado com multiplicação ordinária. Nesta seção examinamos a convolução de f e g, que pode ser vista como um produto generalizado, e um para o qual a transformada de Laplace de fato comuta. Exemplo 1 Seja f (t) = 1 e g(t) = sin(t). Lembrar que as Transformadas de Laplace de f e g são Logo e Portanto, para essas funções segue que 1 1sen)()( 2 stLtgtfL 1 1sen)(,11)( 2 stLtgLsLtfL )()()()( tgLtfLtgtfL 11)()( 2 sstgLtfL EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 2 Teorema 6.6.1 Suponha que tanto F(s) = L{f (t)} quanto G(s) = L{g(t)} existam para s > a 0. Então H(s) = F(s)G(s) = L{h(t)} para s > a, onde A função h(t) é conhecida como a convolução de f e g e as integrais acima são conhecidas como integrais de convolução. Obs.: a igualdade das duas integrais de convolução pode ser verificada fazendo a substituição u = t - . A integral de convolução define um “produto generalizado” e pode ser escrita como h(t) = ( f *g)(t). Ver livro-texto para mais detalhes. tt dtgtfdgtfth 00 )()()()()( Teorema 6.6.1 Resumo da Demonstração )( )()( )()( )()( )()()( )()( )()()()( 00 0 0 0 0 0 0 )( 0 0 thL dtdgtfe dtdgtfe ddttfge utdttfedg duufedg dgeduufesGsF tst t st st st us ssu EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 3 Exemplo 2 Determinar a Transformada de Laplace da função h dada abaixo. Solução: Observar que f (t) = t e g(t) = sin2t, com Portanto, pelo Teorema 6.6.1, 4 2}2{sin)}({)( 1}{)}({)( 2 2 s tLtgLsG s tLtfLsF t tdtth 0 2sin)()( 42)()()()( 22 sssGsFsHthL Exemplo 3: Determinar a Transformada Inversa (1 de 2) Determinar a Transformada de Laplace inversa de H(s), dada abaixo. Solução: Seja F(s) = 2/s2 e G(s) = 1/(s - 2), com Portanto, pelo Teorema 6.6.1, tesGLtg tsFLtf 21 1 )()( 2)()( )2( 2)( 2 sssH t detthsHL 0 21 )(2)()( EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 4 Exemplo 3: Solução h(t) (2 de 2) Podemos integrar para simplificar h(t), como segue. 2 1 2 1 2 1 2 1 1 2 11 22)(2)( 2 222 222 0 2 0 2 0 2 0 2 0 2 0 2 te eettte eetet deete dedetdetth t ttt ttt ttt ttt Determinar a solução do problema de valor inicial Solução: ou Fazendo Y(s) = L{y}, e substituindo as condições iniciais, Portanto )}({}{4}{ tgLyLyL )(}{4)0()0(}{2 sGyLysyyLs Exemplo 4: Problema de Valor Inicial (1 de 4) )(13)(42 sGssYs 4 )( 4 13)( 22 s sG s ssY 1)0(,3)0(),(4 yytgyy EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 5 Temos Portanto Observar que, se g(t) é dada, então a integral de convolução pode ser avaliada. dgtttty t )()(2sin 2 12sin 2 12cos3)( 0 Exemplo 4: Solução (2 de 4) )( 4 2 2 1 4 2 2 1 4 3 4 )( 4 13)( 222 22 sG sss s s sG s ssY Lembre-se que a Transformada de Laplace da solução y é Observar que (s) depende apenas dos coeficientes do sistema e condições iniciais, ao passo que (s) depende apenas dos coeficientes do sistema e função de força g(t). Além disso, (t) = L-1{ (s)} é solução do PVI homogêneo enquanto (t) = L-1{ (s)} é solução do PVI não-homogêneo Exemplo 4: Transformada de Laplace da Solução (3 de 4) )()( 4 )( 4 13)( 22 sΨsΦs sG s ssY 1)0(,3)0(),(4 yytgyy 1)0(,3)0(,04 yyyy 0)0(,0)0(),(4 yytgyy EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 6 Examinando (s) mais de perto, A função H(s) é conhecida como a função de transferência, e depende apenas dos coeficientes do sistema. A função G(s) depende apenas da solicitação externa g(t) aplicada ao sistema. Se G(s) = 1, então g(t) = (t) e daí h(t) = L-1{H(s)} é solução do PVI não-homogêneo Logo, h(t) é a resposta do sistema ao impulso unitário aplicado em t = 0.Daí h(t) é chamada de resposta impulsiva do sistema. Exemplo 4: Função de Transferência (4 de 4) 4 1)( onde),()( 4 )()( 22 ssHsGsHs sGsΨ 0)0(,0)0(),(4 yytyy Seja o problema de valor inicial geral: Esse PVI é frequentemente chamado de problema input- output. Os coeficientes a, b, c descrevem propriedades do sistema físico, e g(t) é o input do sistema. Os valores y0 e y0' descrevem o estado inicial do sistema, e a solução y é o output no instante t. Usando a transformada de Laplace, obtemos ou Problema Input-Output (1 de 3) 00 )0(,)0(),( yyyytgcyybya )()()0()()0()0()(2 sGscYyssYbysysYsa )()()()()( 22 00 sΨsΦ cbsas sG cbsas yaybassY EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 7 Temos Como antes, (s) depende apenas dos coeficientes do sistema e condições iniciais, enquanto (s) depende apenas dos coeficientes do sistema e função de força g(t). Além disso, (t) = L-1{ (s)} é solução do PVI homogêneo enquanto (t) = L-1{ (s)} é solução do PVI não-homogêneo Transformada de Laplace da Solução (2 de 3) 00 )0(,)0(,0 yyyycyybya 0)0(,0)0(),( yytgcyybya 00 )0(,)0(),( yyyytgcyybya )()()()()( 22 00 sΨsΦ cbsas sG cbsas yaybassY Examinando (s) mais de perto, Como antes, H(s) é a função de transferência, e depende apenas dos coeficientes do sistema, enquanto G(s) depende apenas da solicitação externa g(t) aplicada ao sistema. Logo, se G(s) = 1, então g(t) = (t) e daí h(t) = L-1{H(s)} é solução do PVI não-homogêneo Portanto, h(t) é a resposta do sistema ao impulso unitário em t = 0, e daí h(t) é chamada de resposta impulsiva do sistema, com Função de Transferência (3 de 3) 0)0(,0)0(),( yytcyybya cbsas sHsGsH cbsas sGsΨ 22 1)( where),()()()( dgthsGsHLt t )()( )()()( 0 1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o. Semestre, 2014 Capítulo 6: Transformadas de Laplace Seção 6.1null Seção 6.2null Tabela 6.2.1 Transformadas de Laplace Elementaresnull Seção 6.3null Seção 6.4null Seção 6.5null Seção 6.6null
Compartilhar