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1 Seção 7.1: Introdução a Sistemas de Equações Diferenciais Ordinárias Lineares de Primeira Ordem Um sistema de EDOs de primeira ordem simultâneas tem a forma geral: onde cada xk é uma função de t. Se cada Fk é uma função linear de x1, x2, …, xn, então o sistema de equações é dito linear, de outra forma ele é não-linear. Sistemas de EDOs de ordem mais elevada podem ser definidos de forma similar. ),,,( ),,,( ),,,( 21 2122 2111 nnn n n xxxtFx xxxtFx xxxtFx Exemplo 1 O movimento de um sistema massa-mola na Seção 3.8 foi descrito pela equação Essa EDO de segunda ordem pode ser convertida em um sistema de EDOs de primeira ordem fazendo x1 = u e x2 = u'. Portanto ou 0)(192)(16)( tututu 019216 122 21 xxx xx 122 21 19216 xxx xx EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 2 EDOs de N-ésima Ordem e Sistemas de EDOs Lineares de 1a. Ordem O método ilustrado no exemplo anterior pode ser usado para transformar uma EDO de n-ésima ordem arbitrária em um sistema de n EDOs de primeira ordem definindo-se A partir daí, tem-se )1()( ,,,,, nn yyyytFy )1( 321 ,,,, nn yxyxyxyx ),,,( 21 1 32 21 nn nn xxxtFx xx xx xx Solução de Sistemas de EDOs de 1a. Ordem Um sistema de EDOs simultâneas de primeira ordem tem a forma geral Ele tem uma solução em I: < t < se existem n funções que são diferenciáveis em I e satisfazem o sistema de equações em todos os pontos t em I. Condições iniciais podem ser prescritas para dar um PVI: ).,,,( ),,,( 21 2111 nnn n xxxtFx xxxtFx )(,),(),( 2211 txtxtx nn 0 0 0 202 0 101 )(,,)(,)( nn xtxxtxxtx EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 3 Exemplo 2 A equação pode ser escrita como um sistema de EDOs de primeira ordem fazendo x1 = y e x2 = y'. Daí Uma solução para esse sistema é que é uma descrição paramétrica para o círculo unitário. 20,0 tyy 12 21 xx xx 20),cos(),sin( 21 ttxtx Teorema 7.1.1 Sejam F1,…, Fn e F1/x1,…, F1/xn,…, Fn/ x1,…, Fn/xn, funções contínuas na região R do espaço t x1 x2…xn definido por < t < , 1 < x1 < 1, …, n < xn < n, e seja o ponto um ponto contido em R. Então em algum intervalo (t0 - h, t0 + h) existe uma solução única que satisfaz o PVI 002010 ,,,, nxxxt )(,),(),( 2211 txtxtx nn ),,,( ),,,( ),,,( 21 2122 2111 nnn n n xxxtFx xxxtFx xxxtFx EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 4 Sistemas Lineares Se cada Fk é uma função linear de x1, x2, …, xn, então o sistema de equações tem a forma geral Se cada gk(t) é zero em I, então o sistema é homogêneo, de outro modo ele é dito não-homogêneo. )()()()( )()()()( )()()()( 2211 222221212 112121111 tgxtpxtpxtpx tgxtpxtpxtpx tgxtpxtpxtpx nnnnnnn nn nn Teorema 7.1.2 Sejam p11, p12,…, pnn, g1,…, gn funções contínuas em um intervalo I: < t < com t0 em I, e sejam condições iniciais prescritas. Então existe uma solução única que satisfaz o PVI, e existe em todo o intervalo I. 00 2 0 1 ,,, nxxx )(,),(),( 2211 txtxtx nn )()()()( )()()()( )()()()( 2211 222221212 112121111 tgxtpxtpxtpx tgxtpxtpxtpx tgxtpxtpxtpx nnnnnnn nn nn EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 1 Seção 7.2: Matrizes (Revisão) Por razões teóricas e computacionais, nós revisamos alguns resultados de Álgebra Linear nesta seção e na próxima. Uma matriz A é um arranjo retangular de m x n elementos, dispostos em m linhas e n colunas cuja denotação é Alguns exemplos de matrizes 2 x 2 são dados abaixo: mnmm n n ji aaa aaa aaa a 21 22221 11211 A ii i CB 7654 231 , 42 31 , 43 21 A Transposta A transposta de A = (aij) é AT = (aji). Por exemplo, mnnn m m T mnmm n n aaa aaa aaa aaa aaa aaa 21 22212 12111 21 22221 11211 AA 63 52 41 654 321 , 42 31 43 21 TT BBAA EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 2 Conjugada mnmm n n mnmm n n aaa aaa aaa aaa aaa aaa 21 22221 11211 21 22221 11211 AA 443 321 443 321 i i i i AA Adjunta Hermitiana A adjunta hermitiana de A é ĀT , e é denotada por A* Por exemplo, mnnn m m mnmm n n aaa aaa aaa aaa aaa aaa 21 22212 12111 * 21 22221 11211 AA 432 431 443 321 * i i i i AA EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 3 Matrizes Quadradas Uma matriz quadrada A tem o mesmo número de linhas e colunas. Ou seja, A é n x n. Nesse caso, diz-se que A tem ordem n. Por exemplo, nnnn n n aaa aaa aaa 21 22221 11211 A 987 654 321 , 43 21 BA Vetores Um vetor coluna x é uma matriz n x 1. Por exemplo, Um vetor linha x é uma matriz 1 x n. Por exemplo, Observar que y = xT, e que em geral, se x é um vetor coluna x , então xT é um vetor linha. 3 2 1 x 321y EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 4 A Matriz Zero A matriz zero é definida por 0 = (0)mxn, cuja ordem mxn depende do contexto. Por exemplo, , 00 00 00 , 000 000 , 00 00 000 Igualdade (Identidade) de Matrizes Duas matrizes A = (aij) e B = (bij) são iguais (ou idênticas) se aij = bij para todo i e j. Por exemplo, BABA 43 21 , 43 21 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 5 Multiplicação Matriz – Escalar O produto de uma matriz A = (aij) e uma constante k é definida por kA = (kaij). Por exemplo, 302520 15105 5 654 321 AA Adição e Subtração de Matrizes A soma de duas matrizes m x n A = (aij) e B = (bij) é definida por A + B = (aij + bij). Por exemplo, A diferença de duas matrizes m x n A = (aij) e B = (bij) é definida por A - B = (aij - bij). Por exemplo, 1210 86 8765 , 43 21 BABA 44 44 87 65 , 43 21 BABA EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 6 Multiplicação de Matrizes O produto de uma matriz m x n A = (aij) e uma matriz n x r B = (bij) é definida pela matriz C = (cij), onde Exemplos (obs.: AB não é necessariamente igual a BA): n k kjikij bac 1 417 15 61000512 340023 10 21 03 , 654 321 2014 1410 164122 12291 2511 115 16983 8341 42 31 , 43 21 CDDC BA ABBA Multiplicação de Vetores O produto escalar de dois vetores n x 1 x e y é definido como O produto interno de dois vetores n x 1 x e y é definido como Por exemplo: n k ji T yx 1 yx n k ji T yx, 1 yxyx iiii, iiii i i i T T 2118)55)(3()32)(2()1)(1( 912)55)(3()32)(2()1)(1( 55 32 1 , 3 2 1 yxyx yxyx EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 7 Magnitude de um Vetor A magnitude de um vetor n x 1 x é definida como Observar que usamos o fato de que se x = a + bi, então Por exemplo: 2/1 1 2 2/1 1 2/1 || n k k n k kk xxx,xxx 3016941 )43)(43()2)(2()1)(1( 43 2 1 2/1 ii, i xxxx 222 xbabiabiaxx Ortogonalidade Dois vetores n x 1 x e y são ortogonais se (x,y) = 0. Por exemplo: 0)1)(3()4)(2()11)(1( 1 4 11 3 2 1 yxyx , EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 8 Matriz Identidade A matriz identidade I é uma matriz n x n dada por Para qualquer matriz quadrada A, tem-se que AI = IA = A. A ordem de I depende do contexto. Por exemplo, 100 010 001 I 987 654 321 987 654 321 100 010 001 , 43 21 10 01 43 21 IBAI Matriz Inversa Uma matriz quadrada A é não-singular, ou inversível, se existe uma matriz B tal que AB = BA = I. De outra forma, A é singular. A matriz B, se ela existe, é única e é denotada por A-1 e é chamada matriz inversa de A. A matriz inversa A-1 existe se detA 0, e A-1 pode ser calculada por redução de linhas (também chamada de eliminação Gaussiana) da matriz aumentada (A|I), ver exemplo no slide seguinte. As três operações elementares sobre linhas: Troca de posição de duas linhas. Multiplicação de uma linha por um escalar diferente de zero. Substituição de linha pela soma dela com um múltiplo escalar de outra. EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 9 Exemplo: Cálculo da Matriz Inversa (1 de 2) Use eliminação gaussiana para calcular a inversa da matriz A abaixo, se ela existir. Solução: Se possível, usar operações elementares sobre linhas para reduzir (A|I), de modo que a parte à esquerda se torne a matriz identidade, e então a parte a direita seja a inversa A-1. (ver slide a seguir) 834 301 210 A , 100834 010301 001210 IA Exemplo: Cálculo da Matriz Inversa (2 de 2) Daí 2/122/3100 142010 2/372/9001 143200 142010 010301 143200 001210 010301 140430 001210 010301 100834 001210 010301 100834 010301 001210 IA 2/122/3 142 2/372/9 1A EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 10 Funções Matriciais Os elementos de uma matriz podem ser funções de uma variável real. Nesse caso, escrevemos Tal matriz é contínua em um ponto, ou em um intervalo (a, b), se cada elemento é contínua nele. Similarmente, a diferenciação e integração se aplicam como: )()()( )()()( )()()( )(, )( )( )( )( 21 22221 11211 2 1 tatata tatata tatata t tx tx tx t mnmm n n m Ax ba ijbaij dttadttdt da dt d )()(, AA Exemplo & Regras de Diferenciação Exemplo: Muitas das regras do Cálculo se aplicam. Por exemplo: dt d dt d dt d dt d dt d dt d dt d dt d BABAAB BABA CACCA constante matriz uma é onde, 41 0 )( , 0sin cos6 4cos sin3 )( 3 0 2 dtt t tt dt d t tt t A AA EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 1 Seção 7.3: Sistemas de Equações Lineares, Independência Linear, Autovalores Um sistema de n equações lineares em n variaveis, pode ser representada como uma equação matricial Ax = b: Se b = 0, então o sistema é homogêneo; de outro modo, ele é dito não-homogêneo. nnnnnn n n b b b x x x aaa aaa aaa 2 1 2 1 ,2,1, ,22,21,2 ,12,11,1 ,,22,11, 2,222,211,2 1,122,111,1 nnnnnn nn nn bxaxaxa bxaxaxa bxaxaxa Caso Não-singular Se a matriz de coeficientes A é não-singular, então ela é inversível e a equação Ax = b pode ser resolvida como segue: Se a inversa A-1 existe, ela é única. Portanto, a solução acima é única. Além disso, se b = 0, segue que a solução única para Ax = 0 é x = A-10 = 0. Logo se A é não-singular, então a única solução para Ax = 0 é a solução trivial x = 0. bAxbAIxbAAxAbAx 1111 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 2 Exemplo 1: Caso Não-singular (1 de 3) Do exemplo anterior, sabemos que a matriz A abaixo é não- singular com inversa A-1 dada abaixo: Aplicando a operação de multiplicação de matriz, segue que a única solução de Ax = 0 é x = 0: 2/122/3 142 2/372/9 , 834 301 210 1AA 0 0 0 0 0 0 2/122/3 142 2/372/9 10Ax Exemplo 1: Caso Não-singular (2 de 3) Seja agora a solução do sistema linear não-homogêneo Ax =b abaixo usando A-1: Esse sistema de equações pode ser reescrito como Ax = b, onde Logo 0834 2301 220 321 321 321 xxx xxx xxx 7 12 23 0 2 2 2/122/3 142 2/372/9 1bAx 0 2 2 ,, 834 301 210 3 2 1 bxA x x x EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 3 Exemplo 1: Caso Não-singular (3 de 3) Alternativamente, poderíamos resolver o sistema linear não- homogêneo Ax = b abaixo por escalonamento. Para tal, aplicamos operações elementares às linhas da matriz aumentada (A|b), ou seja: 7 12 23 7 22 23 7100 2210 2301 14200 2210 2301 8430 2210 2301 0834 2210 2301 0834 2301 2210 3 32 31 x bA x xx xx 0834 2301 220 321 321 321 xxx xxx xxx Caso Singular Se a matriz de coeficientes A é singular, então A-1 não existe. Nesse caso, ou não existe qualquer solução para Ax = b, ou elas existem em número infinitamente grande. Além disso, o sistema homogêneo Ax = 0 tem mais de uma solução. Ou seja, além da solução trivial x = 0, existem soluções não-triviais em número infinitamente grande. O caso não-homogêneo Ax = b não tem qualquer solução a menos que (b, y) = 0, para todos os vetores y satisfazendo A*y = 0, onde A* é a adjunta hermitiana de A. Nesse caso, Ax = b tem soluções (infinitas delas), cada uma na forma x = x(0) + , onde x(0) é uma solução particular de Ax = b, e é qualquer solução de Ax = 0. EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 4 Exemplo 2: Caso Singular (1 de 3) Resolver o sistema linear não-homogêneo Ax = b abaixo usando eliminação por linhas: Para tal, formar a matriz aumentada (A|b) e efetuar a eliminação por linhas, usando operações elementares: ) é (sistema solução nenhuma 10 153 12 1000 1530 1121 4000 1530 1121 3530 1530 1121 61060 1530 1121 1545 0651 1121 3 32 321 nteinconsiste bA x xx xxx 1545 0651 1121 321 321 321 xxx xxx xxx Exemplo 2: Caso Singular (2 de 3) Resolver o sistema linear não-homogêneo Ax = b abaixo usando eliminação por linhas: Reduzir a matriz aumentada (A|b) como a seguir: 072 2 7 2 1000 530 121 2 5 2 1530 530 121 51060 530 121 545 651 121 123 123 12 1 13 12 1 13 12 1 3 2 1 bbb bbb bb b bb bb b bb bb b b b b bA 3321 2321 1321 545 651 121 bxxx bxxx bxxx EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 5 Exemplo 2: Caso Singular (3 de 3) Do slide anterior, exigimos que Por exemplo, supondo que Então a forma escalonada reduzida da matriz aumentada (A|b) é: ξxxxx )0( 3 3 3 3 3 32 321 123 12 1 3 5 7 0 0 1 1 3/5 3/7 0 0 1 3/5 3/71 00 053 112 2 7 2 1000 530 121 cx x x x x xx xxx bbb bb b 072 123 bbb 5,1,1 321 bbb Dependência e Independência Linear Um conjunto de vetores x(1), x(2),…, x(n) é linearmente dependente se existem escalares c1, c2,…, cn, não todos zero, tais que Se a única solução de é c1= c2 = …= cn = 0, então x(1), x(2),…, x(n) é linearmente independente. 0xxx )()2(2)1(1 nnccc 0xxx )()2(2)1(1 nnccc EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 6 Exemplo 3: Independência Linear (1 de 2) Determine se os vetores seguintes são linearmente dependentes ou linearmente independentes. Precisamos resolver a equação vetorial ou, equivalentemente, a equação matricial 0 0 0 834 301 210 0 0 0 8 3 2 3 0 1 4 1 0 3 2 1 21 c c c ccc 0xxx )3(3)2(2)1(1 ccc 8 3 2 , 3 0 1 , 4 1 0 )3()2()1( xxx Exemplo 3: Independência Linear (2 de 2) Logo, reduzimos a matriz aumentada (A|b), como antes: Portanto, a única solução é c1= c2 = …= cn = 0, e concluimos que os vetores originais são linearmente independentes. 0 0 0 0 02 03 0100 0210 0301 0834 0301 0210 3 32 31 c bA c cc cc EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 7 Exemplo 4: Dependência Linear (1 de 2) Determine se os vetores seguintes são linearmente dependentes ou linearmente independentes. Precisamos resolver a equação vetorial ou, equivalentemente, a equação matricial 5 6 1 , 4 5 2 , 5 1 1 )3()2()1( xxx 0xxx )3(3)2(2)1(1 ccc 0 0 0 545 651 121 0 0 0 5 6 1 4 5 2 5 1 1 3 2 1 321 c c c ccc Exemplo 4: Dependência Linear (2 de 2) Logo, reduzimos a matriz aumentada (A|b), como antes: E concluimos que os vetores originais são linearmente dependentes. Por exemplo, com k = 1 essa dependência é: 3 5 7 3 5 7 3/3/5 3/7 00 053 012 0000 0530 0121 0545 0651 0121 3 3 3 3 3 32 321 kcc c c c cc ccc cc bA 0 0 0 5 6 1 3 4 5 2 5 5 1 1 7 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 8 Independência Linear e Inversibilidade Com base nos dois exemplos anteriores: A primeira matriz sabe-se ser não-singular, e seus vetores coluna são linearmente independentes. A segunda matriz sabe-se ser singular, e seus vetores coluna são linearmente dependentes. Isso se verifica em geral: as colunas (ou linhas) de A são linearmente independentes somente se A é não-singular (ou seja, se A-1 existe). Também, A é não-singular somente se detA 0, daí as colunas (ou linhas) de A são linearmente independentes se detA 0. Além disso, se C = AB, então det(C) = det(A)det(B). Logo, se as colunas (ou linhas) de A e B são linearmente independentes, então as colunas (ou linhas) de C também o são. Dependência Linear & Funções Vetoriais Sejam agora as funções vetoriais x(1)(t), x(2)(t),…, x(n)(t), onde Como antes, x(1)(t), x(2)(t),…, x(n)(t) é linearmente dependente em I se existem escalares c1, c2,…, cn, não todos zero, tais que Caso contrário, x(1)(t), x(2)(t),…, x(n)(t) é linearmente independente em I. Ver o livro-texto para mais discussões sobre isso! ,,,,2,1, )( )( )( )( )( )( 2 )( 1 Itnk tx tx tx t k m k k k x Ittctctc nn todopara,)()()( )()2(2)1(1 0xxx EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 9 Autovalores e Autovetores A equação Ax = y pode ser vista como uma transformação linear que mapeia (ou transforma) x em um novo vetor y. Vetores não-zero x que são transformados em múltiplos deles mesmos são importantes em muitas aplicações. Para determiná-los resolvemos Ax = x ou a forma equivalente (A-I)x = 0. Essa equação tem soluções não-zero se escolhemos de tal modo que a matriz A-I é singular, ou seja se det(A-I) = 0. Os valores de que são raízes do polinômio característico det(A-I) = 0 são chamados autovalores de A. O conjunto- solução de (A-I)x = 0 para cada autovalor k , k = 1, 2, …, n é dito autoespaço de A associado ao autovalor k . Toda solução não-zero x de cada autoespaço é dito um autovetor de A. Exemplo 5: Autovalores (1 de 3) Determinar os autovalores e autovetores da matriz A. Solução: Escolhemos de tal modo que det(A-I) = 0, ou seja: 63 32 A 7,30detLogo, 73214 3362 63 32 det 00 01 63 32 detdet 2 IA IA EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 10 Exemplo 5: Autoespaços (2 de 3) Para determinar os autoespaços de A associados a cada autovalor, temos de resolver (A-I)x = 0 para = 3 e = -7. Autoespaço de A associado a = 3: Resolvemos por escalonamento da matriz aumentada até a forma reduzida: 0 0 93 31 0 0 363 332 2 1 2 1 x x x x 0xIA 1 3 1comp.ex. livre,variável, 1 33 00 031 000 031 093 031 093 031 )1( 222 2 2)1( 2 21 xx xxx x x x xx Exemplo 5: Autoespaços (3 de 3) Autoespaço de A associado a = -7: Resolvemos por escalonamento da matriz aumentada até a forma reduzida: 0 0 13 39 0 0 763 372 2 1 2 1 x x x x 0xIA 3 1 3comexemplo,por livre,variável, 1 3/13/1 00 03/11 000 03/11 013 03/11 013 039 )2( 2 22 2 2)2( 2 21 x x x xx x x x xx EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 11 Autovetores Normalizados Do exemplo anterior, vimos que qualquer dos (infinitos) vetores não-zero do autoespaço de A associado a um dado autovalor são autovetores de A associados ao mesmo autovalor. No exemplo, eles diferem por um múltiplo escalar não-zero. Os autovetores são portanto determinados a menos de uma constante multiplicativa. Se essa constante é especificada de algum modo particular, então o autovetor é dito normalizado. Por exemplo, autovetores são algumas vezes normalizados escolhendo-se a constante multiplicativa de tal modo que ||x|| = (x, x)½ = 1. Multiplicidades Algébrica e Geométrica Na determinação dos autovalores da matriz n x n A, resolvemos o polinômio característico det(A-I) = 0. Uma vez que isso envolve calcular o determinante de uma matriz n x n, o problema reduz-se a determinar as raízes de um polinômio de grau n. Denotamos essas raízes, ou autovalores, por 1, 2, …, n. Se uma raiz é repetida m vezes, então sua multiplicidade algébrica é m. Cada autovalor tem um autoespaço associado a ele de dimensão q no mínimo igual a 1 (um). Um autovalor de multiplicidade algébrica m tem autoespaço de dimensão q em que 1 q m. A dimensão q de cada autoespaço é também chamada de multiplicidade geométrica do autovalor. EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 12 Autovetores e Independência Linear Se um autovalor tem multiplicidade algébrica 1, então ele é dito simples, e sua multiplicidade geométrica também é 1. Se cada autovalor de uma matriz A n x n é simples, então A tem n autovalores distintos. Pode-se mostrar que quaisquer n autovetores associados a autovalores distintos formam um conjunto linearmente independente. Se uma matriz A tem associado a ela um ou mais autovalores repetidos, então podem existir menos que n autovetores linearmente independentes já que, para cada autovalor repetido, podemos ter q < m. Isso pode levar a complicações na solução de sistemas de equações diferenciais. Exemplo 6: Autovalores (1 de 5) Determinar os autovalores e autovetores da matriz A. Solução: Escolhemos de tal modo que det(A-I) = 0, ou seja: 011 101 110 A 1,20detLogo, )1)(2( 23 11 11 11 detdet 321 2 3 IA IA EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 13 Exemplo 6: Autoespaços (2 de 5) Autoespaço de A associado a = 2: Resolvemos (A-I)x = 0 1 1 1 1exemplopor livre,variável, 1 1 1 00 011 011 0000 0110 0101 0000 0110 0211 0330 0330 0211 0112 0121 0211 0211 0121 0112 )1( 333 3 33 )1( 3 32 31 xx xxx x x x x xx xx Exemplo 6: Autoespaços (3 de 5) Autoespaço de A associado a = -1: Resolvemos (A-I)x = 0 1 1 0 , 1 0 1 exemplopor livresvariáveisecom, 1 0 1 0 1 1 00 00 0111 0000 0000 0111 0111 0111 0111 )3()2( 3232 3 2 32 )2( 3 2 321 xx x xxxx x x xx x x xxx EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 14 Exemplo 6: Autovetores de A (4 de 5) Portanto, 3 autovetores de A são: onde x(2), x(3) são associados ao autovalor duplo = - 1. Pode-se mostrar que x(1), x(2), x(3) são linearmente independentes. Logo, A é uma matriz simétrica 3 x 3 (A = AT ) com 3 autovalores reais e 3 autovetores linearmente independentes. 1 1 0 , 1 0 1 , 1 1 1 )3()2()1( xxx 011 101 110 A Exemplo 6: Autovetores de A (5 de 5) Observar que poderíamos ter escolhido Nesse caso, os autovetores são ortogonais, já que Logo, A é uma matriz simétrica 3 x 3 com 3 autovalores reais e 3 autovetores ortogonais linearmente independentes. 1 2 1 , 1 0 1 , 1 1 1 )3()2()1( xxx 0,,0,,0, )3()2()3()1()2()1( xxxxxx EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 15 Matrizes Hermitianas Uma matriz auto-adjunta, ou Hermitian, satisfaz A = A*, onde lembramos que A* = AT . Logo, para uma matriz Hermitiana, aij = aji. Observar que se A tem elementos reais e é simétrica (ver último exemplo), então A é Hermitiana. Uma matriz Hermitiana A n x n tem as propriedades: Todos os autovalores de A são reais. Tem conjuntos completos de n autovetores linearmente independentes. Se x(1) e x(2) são autovetores associados a autovalores diferentes de A, então x(1) e x(2) são ortogonais. Associado a um autovalor de multiplicidade algébrica m, é possível escolher m autovetores mutuamente ortogonais, e daí A tem conjuntos completos de n autovetores ortogonais linearmente independentes. EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 1 Seção 7.4: Teoria Básica de Sistemas de Equações Lineares de 1a. Ordem A teoria geral de um sistema de n equações lineares de 1a.ordem é similar aquela de uma única equação linear de n-ésima ordem. Esse sistema pode ser escrito como x' = P(t)x + g(t), onde )()()()( )()()()( )()()()( 2211 222221212 112121111 tgxtpxtpxtpx tgxtpxtpxtpx tgxtpxtpxtpx nnnnnnn nn nn )()()( )()()( )()()( )(, )( )( )( )(, )( )( )( )( 21 22221 11211 2 1 2 1 tptptp tptptp tptptp t tg tg tg t tx tx tx t nnnn n n nn Pgx Soluções de um Sistema de EDO Um vetor x = (t) é uma solução de x' = P(t)x + g(t) se os componentes de x, satisfazem o sistema de equações em I: < t < . Para comparação, lembre-se que x' = P(t)x + g(t) representa o sistema de equações Assumindo P e g contínuas em I, tal solução existe pelo Teorema 7.1.2. ),(,),(),( 2211 txtxtx nn )()()()( )()()()( )()()()( 2211 222221212 112121111 tgxtpxtpxtpx tgxtpxtpxtpx tgxtpxtpxtpx nnnnnnn nn nn EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 2 Examplo 1 Considere a equação homogênea x' = P(t)x abaixo, com a solução x como indicado. Para verificarmos que x é uma solução, substituimos x na equação e efetuamos as operações indicadas: t t t e e e t 3 3 3 2 1 2 )(; 14 11 xxx xx t t t t t t e e e e e e 3 3 3 3 3 3 2 3 6 3 214 11 14 11 Caso Homogêneo; Notação para Funções Vetoriais Como nos Capítulos 3 e 4, examinamos primeiramente a equação homogênea geral x' = P(t)x. Também, a seguinte notação para as funções vetoriais x(1), x(2),…, x(k),… será usada: , )( )( )( )(,, )( )( )( )(, )( )( )( )( 2 1 )( 2 22 12 )2( 1 21 11 )1( tx tx tx t tx tx tx t tx tx tx t nn n n k nn xxx EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 3 Teorema 7.4.1 Se as funções vectoriais x(1) e x(2) são soluções do sistema x' = P(t)x, então a combinação linear c1x(1) + c2x(2) é também uma solução para quaisquer constantes c1 e c2. Nota: Aplicando repetidamente o resultado desse teorema, pode-se verificar que toda combinação linear finita de soluções x(1), x(2),…, x(k) é uma solução para x' = P(t)x. )()()( )()2(2 )1( 1 tctctc k k xxxx Exemplo 2 Seja a equação homogênea x' = P(t)x abaixo, com as duas soluções x(1) e x(2) como indicado. Então x = c1x(1) + c2x(2) é também uma solução: t t t t e e t e e t 2 )(, 2 )(; 14 11 )2( 3 3 )1( xxxx x x t t t t t t t t t t t t e ec e ec ec ec ec ec ec ec ec ec 26 3 26 3 214 11 214 11 14 11 23 3 1 2 2 3 1 3 1 2 2 3 1 3 1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 4 Teorema 7.4.2 Se x(1), x(2),…, x(n) são soluções linearmente independentes do sistema x' = P(t)x para cada ponto em I: < t < , então cada solução x = (t) pode ser expressa de forma única na forma Se as soluções x(1),…, x(n) são linearmente independentes para cada ponto em I: < t < , então elas formam um conjunto fundamental de soluções em I, e a solução geral é dada por )()()( )()2(2 )1( 1 tctctc n nxxxx )()()( )()2(2 )1( 1 tctctc n nxxxx Wronskiano e Independência Linear A demonstração do Teorema 7.4.2 usa o fato de que se x(1), x(2),…, x(n) são linearmente independentes em I, então det X(t) 0 em I, onde O Wronskiano de x(1),…, x(n) é definido como W[x(1),…, x(n)](t) = det X(t). Segue daí que W[x(1),…, x(n)](t) 0 em I se, e somente se, x(1),…, x(n) são linearmente independentes para cada ponto em I. , )()( )()( )( 1 111 txtx txtx t nnn n X EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva BassaniCEFET-RJ 2o.Semestre 2014 5 Teorema 7.4.3 Se x(1), x(2),…, x(n) são soluções do sistema x' = P(t)x em I: < t < , então o Wronskiano W[x(1),…, x(n)](t) é ou identicamente zero em todo e qualquer ponto t de I ou, em caso contrário, nunca igual a zero em I. Esse resultado permite-nos determinar se um dado conjunto de soluções x(1), x(2),…, x(n) é um conjunto fundamental de soluções avaliando o Wronskiano W[x(1),…, x(n)](t) em qualquer ponto t em < t < . Teorema 7.4.4 Seja Sejam x(1), x(2),…, x(n) soluções do sistema x' = P(t)x, < t < , que satisfazem as condições iniciais respectivamente, onde t0 é qualquer ponto em < t < . Então x(1), x(2),…, x(n) formam um conjunto fundamental de soluções de x' = P(t)x. 1 0 0 0 ,, 0 0 1 0 , 0 0 0 1 )()2()1( neee ,)(,,)( )(0 )()1( 0 )1( nn tt exex EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 1 Seção 7.5: Sistemas Lineares Homogêneos com Coeficientes Constantes Consideramos aqui um sistema homogêneo de n equações lineares de primeira ordem com coeficientes reais constantes: Esse sistema pode ser escrito como x' = Ax, onde nnnnnn nn nn xaxaxax xaxaxax xaxaxax 2211 22221212 12121111 nnnn n n m aaa aaa aaa tx tx tx t 21 22221 11211 2 1 , )( )( )( )( Ax Soluções de Equilíbrio Observe que se n = 1, então o sistema se reduz a Lembre-se que x = 0 é a única solução de equilíbrio se a 0. Além disso, x = 0 é uma solução assintoticamente estável se a < 0, já que outras soluções se aproximam de x = 0 nesse caso. Por outro lado, x = 0 é uma solução instável se a > 0, já que outras soluções se afastam de x = 0 nesse caso. Para n > 1, soluções de equilíbrio são encontradas de forma similar resolvendo Ax = 0. Assumimos det A 0, de modo que x = 0 é a única solução. Determinar se x = 0 é estável ou instável assintoticamente é uma questão importante aqui também. atetxaxx )( EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 2 Plano de Fase Quando n = 2, então o sistema se reduz a Esse caso pode ser visualizado no plano-x1x2 , que é chamado de plano de fase. No plano de fase , um campo de direções pode ser obtido avaliando-se Ax em muitos pontos e representando graficamente os vetores resultantes, que serão tangentes aos vetores solução. Um gráfico que mostra trajetórias representativas da solução é chamado um retrato de fases (phase portrait). Exemplos de planos de fase, campo de direções, e retrato de fases serão dados mais adiante nesta seção. 2221212 2121111 xaxax xaxax Solução de Sistemas Homogêneos Para construir uma solução geral para x' = Ax, assumimos uma solução da forma x = ert, onde o expoente r e o vetor constante devem ser determinados. Substituindo x = ert em x' = Ax, obtemos Portanto, para resolvermos um sistema de EDOs homogêneo x' = Ax, devemos encontrar os autovalores r e autovetores de A. Portanto x = ert é uma solução de x' = Ax desde que r seja um autovalor e seja um autovetor (associado a r) da matriz de coeficientes A. 0ξIAAξξAξξ rreer rtrt EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 3 Exemplo 1: Campo de Direções (1 de 9) Seja a equação homogênea x' = Ax abaixo: Um campo de direções para esse sistema é dado abaixo. Substituindo x = ert para x, e reescrevendo o sistema como (A – rI) = 0, obtemos: xx 14 11 0 0 14 11 1 1 r r Exemplo 1: Autovalores (2 de 9) A solução tem a forma x = ert, onde r e são determinados resolvendo-se a equação Esse é um problema de autovalor-autovetor. Soluções ξ que não a trivial existem se a matriz A-rI é singular. Para que isso ocorra, devemos ter det (A - rI) = 0. As raízes r desse polinômio característico de grau 2 são dadas por: Temos portanto dois autovalores distintos: r1 = 3 and r2 = -1. 0 0 14 11 1 1 r r 0)1)(3(324)1( 14 11 22 rrrrr r r EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 4 Exemplo 1: Primeiro Autovetor (3 de 9) Devemos calcular os autoespaços associados a cada autovalor. Para o autovalor r1 = 3 temos: escalonamento da matriz aumentada fornece: 0 0 24 12 0 0 314 131 2 1 2 1 0ξIA r 2 1 exemplo,por,escolhemos3aoassociadode umconstituiretaestasobrevetorqualquerenoretaumaépordefinidoO real).valorqualquerassumirpode,logo(livrevariávelumaéonde, 2 1 2/1 2/1 000 02/11 000 02/11 024 02/11 024 012 )1( 2 22 2 2 21 21 ξautovalorAautovetor ξautoespaço ξ r Exemplo 1: Segundo Autovetor (4 de 9) Autoespaço associado ao autovalor r2 = -1: De forma análoga ao slide anterior, resolvemos: escalonando a matriz aumentada: 0 0 24 12 0 0 114 111 2 1 2 1 0ξIA r 2 1 escolhemoslivrevariável, 2 1 2/1 2/1 000 02/11 000 02/11 024 02/11 024 012 )2( 22 2 2 21 21 ξξ EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 5 Exemplo 1: Solução Geral (5 de 9) As soluções correspondentes x = ert de x' = Ax são, portanto: O Wronskiano dessas duas soluções é Logo, {x(1), x(2)} é um conjunto fundamental de soluções, e a solução geral de x' = Ax é tt etet 2 1 )(, 2 1 )( )2(3)1( xx 04 22 )(, 23 3 )2()1( t tt tt e ee ee tW xx tt ecec tctct 2 1 2 1 )()()( 2 3 1 )2( 2 )1( 1 xxx Exemplo 1: Plano de Fase para x(1) (6 de 9) Para visualizar a solução, seja primeiramente x = c1x(1): Agora Logo, x(1) se encontra ao longo da reta x2 = 2x1, que é a reta através da origem na direção do primeiro autovetor (1) Se a solução é a trajetória de partículas, com posição dada por (x1, x2), então ela está no Q1 quando c1 > 0, e no Q3 quando c1 < 0. Em qualquer dos casos, a partícula se move afastando-se da origem quando t aumenta. ttt ecxecxec x x t 312 3 11 3 1 2 1)1( 2, 2 1 )( x 12 1 2 1 133 12 3 11 22 2, xx c x c xeecxecx ttt EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 6 Exemplo 1: Plano de Fase para x(2) (7 de 9) A seguir, seja x = c2x(2): Então x(2) se encontra ao longo da reta x2 = -2x1, que é a reta atravésda origem na direção do segundo autovetor (2). Se a solução representa a trajetória de partículas, com posição dada por (x1, x2), então ele está no Q4 quando c2 > 0, e no Q2 quando c2 < 0. Em qualquer dos casos, a partícula se move aproximando-se da origem quando t aumenta. ttt ecxecxec x x t 22212 2 1)2( 2, 2 1 )(x Exemplo 1: Plano de Fase para a Solução Geral (8 de 9) A solução geral é x = c1x(1) + c2x(2): Quando t , c1x(1) é dominante e c2x(2) torna-se negligenciável. Logo, para c1 0, todas as soluções se aproximam assintoticamente da reta x2 = 2x1 quando t . Similarmente, para c2 0, todas as soluções aproximam-se assintoticamente da reta x2 = -2x1 quando t - . A origem é um ponto-de-sela e é instável. Ver gráfico: tt ecect 2 1 2 1 )( 2 3 1x EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 7 Exemplo 1: Gráfico no espaço-tempo para a Solução Geral (9 de 9) A solução geral é x = c1x(1) + c2x(2), ou seja: Como uma alternativa ao gráfico do plano de fase, podemos representar x1 ou x2 como uma função de t. Uns poucos gráficos de x1 são mostrados abaixo. Observar que quando c1 = 0, x1(t) = c2e-t 0 quando t . De outro modo, x1(t) = c1e3t + c2e-t cresce ilimitadamente quando t . Gráficos de x2 são obtidos de forma similar. tt tt tt ecec ecec tx tx ecect 2 3 1 2 3 1 2 1 2 3 1 22)( )( 2 1 2 1 )(x Exemplo 2: Campo de Direções (1 de 9) Seja a equação homogênea x' = Ax abaixo: Um campo de direções para esse sistema é dado abaixo. Substituindo x = ert em x' = Ax para x, e reescrevendo o sistema como (A - rI) = 0, obtemos: xx 22 23 0 0 22 23 1 1 r r EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 8 Exemplo 2: Autovalores (2 de 9) A soluções têm a forma x = ert, onde r e são determinados resolvendo-se: Esse é um problema de autovalores-autovetores, e determinamos os autovalores r como as raízes do polinômio característico det (A - rI) = 0: Logo, A tem 2 autovalores distintos: r1 = -1 e r2 = -4. 0)4)(1(452)2)(3( 22 23 2 rrrrrr r r 0 0 22 23 1 1 r r Exemplo 2: Autovetores Associados ao Primeiro Autovalor (3 de 9) Autoespaço associado a r1 = -1: resolvemos escalonando a matriz aumentada: 0 0 12 22 0 0 122 213 2 1 2 1 0ξIA r 2 1 oEscolhemos livre.variável, 2 1 2/2,Logo 2/2 000 02/21 012 02/21 012 022 )1( 22 2 2 ξautovetor ξ ξ EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 9 Exemplo 2: Autovetores Associados ao Segundo Autovalor (4 de 9) Autoespaço associado a r2 = -4: resolvemos escalonando a matriz aumentada: 0 0 22 21 0 0 422 243 2 1 2 1 0ξIA r 1 2:oEscolhemos livre.variável, 1 2,Logo 2 000 021 022 021 )2( 22 2 2 ξautovetor ξ ξ Exemplo 2: Solução Geral (5 de 9) As soluções correspondentes x = ert de x' = Ax são O Wronskiano dessas duas soluções é Portanto, {x(1), x(2)} é um conjunto fundamental de soluções, e a solução geral de x' = Ax pode ser escrita como tt etet 4)2()1( 1 2)(, 2 1 )( xx 03 2 2)(, 5 4 4 )2()1( t tt tt e ee eetW xx tt ecec tctct 4 21 )2( 2 )1( 1 1 2 2 1 )()()( xxx EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 10 Exemplo 2: Plano de Fase para x(1)(t) (6 de 9) Para visualizar as soluções, seja primeiramente x = c1x(1): Mas Logo x(1) encontra-se sobre a reta que é uma reta através da origem na direção do primeiro autovetor (1) . Se a solução é a trajetória de uma partícula, com vetor de posição dado por (x1, x2), então a partícula está no Q1 quando c1 > 0, e no Q3 quando c1 < 0. Em qualquer dos casos, a partícula se move em direção à origem quando t aumenta. ttt ecxecxec x x t 12111 2 1)1( 2, 2 1 )(x 12 1 2 1 1 1211 22 2, xx c x c xeecxecx ttt 12 2xx Exemplo 2: Plano de Fase para x(2)(t) (7 de 9) Seja então x = c2x(2): Logo, x(2) se encontra sobre a reta , que é uma reta através da origem na direção do autovetor (2) . Se a solução é a trajetória de uma partícula, com vetor de posição dado por (x1, x2), então a partícula está no Q4 quando c2 > 0, e no Q2 quando c2 < 0. Em qualquer dos casos, a partícula se move em direção à origem quando t aumenta. ttt ecxecxec x x t 422 4 21 4 2 2 1)2( ,2 1 2)( x 12 2xx EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 11 Exemplo 2: Plano de Fase para a Solução Geral (8 de 9) A solução geral é x = c1x(1) + c2x(2) , com Quando t , c1x(1) é o termo dominante e c2x(2) torna-se negligenciável. Logo, para c1 0, todas as soluções se aproximam assintoticamente da origem ao longo da reta quando t . Similarmente, todas as soluções são ilimitadas quando t - . A origem é um nódulo, e é estável assintoticamente. tt etet 4)2()1( 1 2)(, 2 1 )( xx 12 2xx Exemplo 2: Gráfico no espaço-tempo para a Solução Geral (9 de 9) A solução geral é x = c1x(1) + c2x(2) , ou seja: Como uma alternativa ao gráfico do plano de fase, podemos representar x1 ou x2 como uma função de t. Uns poucos gráficos de x1(t) são mostrados abaixo. Gráficos de x2(t) são obtidos de forma similar. tt tt tt ecec ecec tx tx ecect 4 21 4 21 2 14 21 2 2 )( )( 1 2 2 1 )(x EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 12 Sistemas 2 x 2: Autovalores Reais, Pontos-de-sela, e nódulo Os dois exemplos anteriores demonstram os dois casos principais para um sistema real 2 x 2 com autovalores reais e distintos: Os autovalores têm sinais opostos: a origem é um ponto-de-sela e é instável. Os autovalores têm o mesmo sinal: a origem é um nódulo, e é assintoticamente estável, se os autovalores são negativos, ou instável , se os autovalores são positivos. Autovalores, Autovetores, e Conjunto Fundamental de Soluções Em geral, para um sistema linear real n x n x' = Ax: Todos os autovalores são reais e diferentes um dos outros. Alguns autovalores ocorrem em pares complexos conjugados. Alguns autovalores são repetidos. Se os autovaloresr1,…, rn são reais & distintos, então existem n autovetores linearmente independentes (1),…, (n) associados um-a-um a cada autovalor. As n soluções correspondentes de x' = Ax são: Usando o Wronskiano, pode-se mostrar que essas soluções são linearmente independentes e, portanto, formam um conjunto fundamental de soluções. Logo, a solução geral é trnntr netet )()()1()1( )(,,)( 1 ξxξx trn n tr necec )()1(1 1 ξξx EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 13 Caso Hermitiano: Autovalores, Autovetores, e Conjunto Fundamental de Soluções Se A é uma matriz Hermitiana n x n (real e simétrica), então todos os autovalores r1,…, rn são reais, embora alguns possam ser repetidos. Em qualquer caso, existem n autovetores linearmente independentes e ortogonais (1),…, (n) associados a r1,…, rn. As n soluções correspondentes de x' = Ax são e formam um conjunto fundamental de soluções. Logo, a solução geral é trnntr netet )()()1()1( )(,,)( 1 ξxξx trn n tr necec )()1(1 1 ξξx Exemplo 3: Matriz Hermitiana (1 de 3) Seja a equação homogênea x' = Ax definida abaixo: Os autovalores foram calculados previamente (ver Seção 7.3) e são: r1 = 2, r2 = -1, e r3 = -1. Os autovetores associados são: xx 011 101 110 1 1 0 , 1 0 1 , 1 1 1 )3()2()1( ξξξ EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 14 Exemplo 3: Solução Geral (2 de 3) As soluções que formam o conjunto fundamental de soluções são: A solução geral é escrita como: ttt eee 1 1 0 , 1 0 1 , 1 1 1 )3()2(2)1( xxx ttt ececec 1 1 0 1 0 1 1 1 1 32 2 1x Exemplo 3: Comportamento da Solução Geral (3 de 3) A solução geral é x = c1x(1) + c2x(2) + c3x(3), ou seja: Quando t , c1x(1) é o termo dominante já que c2x(2) e c3x(3) tornam-se negligenciáveis. Logo, para c1 0, todas as soluções x tornam-se ilimitadas quando t , enquanto para c1 = 0, todas as soluções x 0 quando t . Os pontos iniciais que causam c1 = 0 são aqueles que se encontram no plano determinado pelos autovetores (2) e (3). Logo, as soluções que começam nesse plano se aproximam da origem quando t . ttt ececec 1 1 0 1 0 1 1 1 1 32 2 1x EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 15 Autovalores Complexos e Conjunto Fundamental de Soluções Se alguns dos autovalores r1,…, rn ocorrem como pares conjugados complexos, mas de outra forma são distintos, então existem ainda n soluções linearmente independentes do tipo que formam um conjunto fundamental de soluções. Alguns podem ter valores complexos, mas soluções de valor real podem ser obtidas a partir delas. Essa situação será examinada na Seção 7.6. Se a matriz de coeficientes A é complexa, então autovalores complexos não necessariamente ocorrem em pares conjugados, mas as soluções ainda terão a forma acima (se os autovalores forem distintos) e essas soluções podem ter valores complexos. ,)(,,)( )()()1()1( 1 trnntr netet ξxξx Autovalores Repetidos e Conjunto Fundamental de Soluções Se alguns dos autovalores r1,…, rn são repetidos, então pode acontecer de não existirem n soluções linearmente independentes da forma Para se obter um conjunto fundamental de soluções , pode-se fazer necessária a busca de soluções adicionais de outra forma. Essa situação é análoga àquela para uma equação linear de n-ésima ordem com coeficientes constantes, na qual uma raiz repetida dava lugar a soluções na forma Esse caso de autovalores repetidos é examinado na Seção 7.8. trnntr netet )()()1()1( )(,,)( 1 ξxξx ,,, 2 rtrtrt ettee EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 1 Seção 7.6: Autovalores Complexos Seja, novamente, um sistema homogêneo de n equações lineares de primeira ordem com coeficientes reais constantes: Esse sistema pode ser reescrito como x' = Ax, onde nnnnnn nn nn xaxaxax xaxaxax xaxaxax 2211 22221212 12121111 nnnn n n n aaa aaa aaa tx tx tx t 21 22221 11211 2 1 , )( )( )( )( Ax Autovalores e Autovetores Complexos em Pares Conjugados Sabemos que x = ert é uma solução de x' = Ax, desde que r seja um autovalor e um autovetor associado de A. Os autovalores r1,…, rn são as raízes de det(A-rI) = 0, e os autovetores associados a cada autovalor satisfazem (A-rI)=0 Se A é real, então os coeficientes no polinômio característico det(A-rI) = 0 são reais, e daí qualquer autovalor complexo deve ocorrer em pares conjugados. Logo, se r1 = + i é um autovalor, então seu conjugado r2 = - i também é um autovalor. Os autovetores associados (1) e (2) existem em pares conjugados também. Para verificar isso, lembrar que todos os elementos de A e I são reais, e daí 0ξIA0ξIA0ξIA )2(2)1(1)1(1 rrr EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 2 Soluções Conjugadas Segue do slide anterior que as soluções correspondentes a esses autovalores e autovetores são pares conjugados também, já que )1()1()2()2( 12 xξξx trtr ee trtr ee 21 )2()2()1()1( , ξxξx Soluções de Valor Real Logo, para autovalores complexos conjugados r1 e r2 , as soluções correspondentes x(1) e x(2) são conjugados também. Para obtermos soluções de valor real, usamos as partes real e imaginária quer de x(1) ou x(2). Para vermos isso, seja (1) = a + ib. Então onde são soluções de valor real de x' = Ax, e pode-se mostrar que são linearmente independentes. )()( cossinsincos sincos)1()1( tit ttiette titeie tt tti vu baba baξx ,cossin)(,sincos)( ttetttet tt bavbau EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 3 Soluções Gerais Para sumarizar, sejam r1 = + i, r2 = - i, e r3,…, rn todos autovalores reais e distintos de A. Sejam os autovetores correspondentes dados por Então a solução geral de x' = Ax é onde trn n tr necectctc )()3(321 3)()( ξξvux )()4()3()2()1( ,,,,, nii ξξξbaξbaξ ttetttet tt cossin)(,sincos)( bavbau Exemplo 1: Campo de Direções (1 de 7) Seja a equação homogênea x' = Ax abaixo: Um campo de direções para esse sistema é dado abaixo. Substituindo x = ert para x, e reescrevendo o sistema como (A-rI) = 0, obtemos xx 2/11 12/1 0 0 2/11 12/1 1 1 r r EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 4 Exemplo 1: Autovalores Complexos (2 de 7) Determinamos r resolvendo det(A-rI) = 0. Mas Logo Portanto, os autovalores são r1 =-1/2 + i e r2 = -1/2 - i. 4 512/1 2/11 12/1 22 rrr r r iir 2 1 2 21 2 )4/5(411 2 Exemplo 1: Primeiro Autovetor (3 de 7) Autoespaço para r1 = -1/2 + i: Resolver por escalonamento da matriz aumentada: Logo 0 0 2 1 1 1 0 0 2 1 1 1 0 0 1 1 2/11 12/1 i i i i r r r 0ξIA i ii i i 1)1(escolhemos 2 2)1( 000 01 01 01 ξξ 1 0 0 1)1( iξ EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 5 Exemplo 1: Segundo Autovetor (4 de 7) Autoespaço para r1 = -1/2 - i: Resolvemos por escalonamento da matriz aumentada: Logo 0 0 1 1 0 0 1 1 0 0 2/11 12/1 2 1 2 1 1 1 i i i i r r r 0ξIA i ii i i 1)2(escolhemos 2 2)2( 000 01 01 01 ξξ 1 0 0 1)2( iξ Exemplo 1: Solução Geral (5 de 7) As soluções x = ert correspondentes de x' = Ax são O Wronskiano dessas duas soluções é Logo u(t) e v(t) formam um conjunto fundamental de soluções de valor real de x' = Ax, com solução geral x = c1u + c2v. t t ettet t t ettet tt tt cos sin cos 1 0 sin 0 1 )( sin cos sin 1 0 cos 0 1 )( 2/2/ 2/2/ v u 0 cossin sincos )(, 2/2/ 2/2/ )2()1( t tt tt e tete tete tW xx EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 6 Exemplo 1: Plano de Fase (6 de 7) Gráfico de soluções x no plano de fases é dado abaixo, com A trajetória de cada solução se aproxima da origem na forma de uma espiral quando t , já que as coordenadas são produtos de fatores exponenciais decrescentes e senos e cosenos. O gráfico de u passa através de (1,0), já que u(0) = (1,0). Similarmente, o gráfico de v passa através de (0,1). A origem é um ponto espiral, e é estável assintoticamente. te te c te te c x x t t t t cos sin sin cos 2/ 2/ 22/ 2/ 1 2 1x Exemplo 1: Gráficos das componentes da solução como funções do tempo (7 de 7) A solução geral é x = c1u + c2v: Como uma alternativa ao gráfico no plano de fase, podemos representar graficamente x1 ou x2 como uma função de t. Uns poucos gráficos de x1 são dados abaixo, cada um deles uma oscilação decrescente quando t . tectec tectec tx tx tt tt cossin sincos )( )( 2/ 2 2/ 1 2/ 2 2/ 1 2 1x EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 7 Pontos Espirais, Centros, Autovalores, e Trajetórias No exemplo anterior, a solução geral foi A origem era um ponto espiral, e asintoticamente estável. Se a parte real do autovalor complexo é positiva, então as trajetórias espirais se afastam ilimitadas a partir da origem, logo a origem é um ponto espiral instável. Se a parte real do autovalor complexo é zero, então as trajetórias circundam a origem, nem se aproximando nem se afastando dela. Logo, a origem é chamada de um centro e é estável, mas não asintoticamente estável. As trajetórias são periódicas no tempo. A direção do movimento na trajetória depende dos elementos da matriz A. te te c te te c x x t t t t cos sin sin cos 2/ 2/ 22/ 2/ 1 2 1x Exemplo 2: Sistemas de Segunda Ordem com Parâmetro (1 de 2) O sistema x' = Ax abaixo contém um parâmetro . Substituindo x = ert para x e reescrevendo o sistema como (A-rI) = 0, obtemos A seguir, resolva para r em termos de : xx 02 2 0 0 2 2 1 1 r r 2 1644)( 2 2 22 rrrrr r r EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 8 Exemplo 2: Análise dos Autovalores (2 de 2) Os autovalores são dados pela fórmula quadrática acima. Para < -4, ambos autovalores são reais e negativos, e daí a origem é um nódulo asintoticamente estável. Para > 4, ambos autovalores são reais e positivos, e daí a origem é um nódulo instável. Para -4 < < 0, os autovalores são complexos com uma parte real negativa, e daí a origem é um ponto espiral asintoticamente estável. Para 0 < < 4, os autovalores são complexos com uma parte real positiva, e a origem é um ponto espiral instável. Para = 0, os autovalores são imaginários puros, a origem é um centro. As trajetórias são curvas fechadas em torno da origem e periódicas. Para = 4, autovalores reais & iguais, origem é um nódulo (Seção 7.8) 2 162 r Comportamento de Soluções de Segunda Ordem e Autovalores: Três Casos Principais Para sistemas de segunda ordem, os três casos principais são: Autovalores reais e com sinais opostos; x = 0 é um ponto-de-sela. Autovalores reais, distintos e com mesmo sinal; x = 0 é um nódulo. Autovalores complexos com parte real não nula; x = 0 é ponto espiral. Outras possibilidades existem e ocorrem como transições entre dois dos casos listados acima: Um autovalor zero ocorre durante transição entre ponto-de-sela e nódulo. Autovalores iguais e reais ocorrem durante transição entre nódulos e pontos espirais. Autovalores imaginários puros ocorrem durante transição entre pontos espirais asintoticamente estável e instável. a acbbr 2 42 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 1 Seção 7.7: Matrizes Fundamentais Assuma que x(1)(t),…, x(n)(t) formam um conjunto fundamental de soluções da equação x' = P(t) x para < t < . A matriz cujas colunas são x(1)(t),…, x(n)(t), é uma matriz fundamental para o sistema x' = P(t) x. Essa matriz é não-singular já que suas colunas são linearmente independentes, e daí det 0. Observar também que como x(1)(t),…, x(n)(t) são soluções de x' = P(t)x, satisfaz a equação matricial diferencial ' = P(t). , )()( )()( )( )()1( )( 1 )1( 1 txtx txtx t n nn n Ψ Exemplo 1: Seja a equação homogênea x' = Ax abaixo: Na Seção 7.5, determinamos as seguintes soluções fundamentais para esse sistema: Logo, uma matriz fundamental para esse sistema é xx 14 11 tt etet 2 1 )(, 2 1 )( )2(3)1( xx tt tt ee ee t 22 )( 3 3 Ψ EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 2 Matrizes Fundamentais e Soluções Gerais A solução geral de x'= P(t)x pode ser expressa como x = (t)c, onde c é um vetor constante com componentes c1,…, cn , ou seja: )()1( 1 )( n nctc xxx n n nn n c c txtx txtx t 1 )()1( )( 1 )1( 1 )()( )()( )( cΨx Matrizes Fundamentais & Problemas de Valor Inicial Seja o problema de valor inicial x' = P(t)x, x(t0) = x0 onde < t0 < e x0 é um vetor de valor inicial dado. A solução tem a forma x = (t)c, daí escolhemos c de modo a satisfazer x(t0) = x0. Lembrando que (t0) é não-singular, segue que Logo, a solução x = (t)c pode ser expressa como 0 0 10 0 )()( xΨcxcΨ tt 0 0 1 )()( xΨΨx tt EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 3 Lembre-se: Teorema 7.4.4 Sejam e x(1),…, x(n) soluções de x' = P(t)x em I: < t < que satisfazem as condições iniciais, ou seja: Então x(1),…, x(n) são soluções fundamentais de x' = P(t)x. 1 0 0 0 ,, 0 0 1 0 , 0 0 0 1 )()2()1( neee 0)(0)()1(0)1( ,)(,,)( ttt nn exex Matriz Fundamental & Teorema 7.4.4 Assuma que x(1)(t),…, x(n)(t) formam um conjunto fundamental de soluções que satisfaz o Teorema 7.4.4. Seja a matriz fundamental correspondente denotada por (t). Então as colunas de (t) são x(1)(t),…, x(n)(t), e daí Logo -1(t0) = I, e a solução geral do PVI correspondente é Segue daí que, para qualquer matriz fundamental (t), I 100 010 001 )( 0 t 00 0 1 )()()( xΦxΦΦx ttt )()()()()()( 0 100 0 1 tttttt ΨΨΦxΦxΨΨx EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 4 A Matriz Fundamental & Condições Iniciais Variáveis Logo, quando usamos a matrix fundamental (t), a solução geral para um PVI é Essa representação é útil se o mesmo sistema deve ser resolvido para muitas condições iniciais diferentes, tal como um sistema físico que pode ser iniciado de muitos estados iniciais diferentes. Também, uma vez que (t) seja determinada, a solução para cada conjunto de condições iniciais é encontrada por multiplicação de matriz, como indicado pela equação acima. Portanto, (t) representa uma transformação linear da condição inicial x0 na solução x(t) no instante t. 00 0 1 )()()( xΦxΦΦx ttt Exemplo 2: Encontrar (t) para Sistemas 2 x 2 (1 de 5) Determinar (t) tal que (0) = I para o sistema abaixo. Solução: Primeiro, devemos obter x(1)(t) e x(2)(t) tais que Sabemos de resultados anteriores que a solução geral é Toda e qualquer solução pode ser expressa em termos da solução geral e usamos esse fato para encontrar x(1)(t) e x(2)(t). xx 14 11 tt ecec 2 1 2 1 2 3 1x 1 0 )0(, 0 1 )0( )2()1( xx EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 5 Exemplo 2: Usar Solução Geral (2 de 5) Logo, para determinar x(1)(t), exprimimos x(1)(t) em termos da solução geral e então calculamos os coeficientes c1 e c2. Para tal, usamos as condições iniciais para obtermos ou, equivalentemente, tt ecect 2 1 2 1 )( 2 3 1 )1(x 0 1 2 1 2 1 )0( 21 )1( ccx 0 1 22 11 2 1 c c Exemplo 2: Resolver para x(1)(t) (3 de 5) Para determinar x(1)(t), resolvemos portanto por escalonamento da matriz aumentada: Logo 2/1 2/1 2/110 2/101 2/110 111 240 111 022 111 2 1 c c tt tt tt ee eeeet 3 3 3)1( 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1)(x 0 1 22 11 2 1 c c EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 6 Exemplo 2: Resolver para x(2)(t) (4 de 5) Para determinar x(2)(t), resolvemos de forma similar por escalonamento da matriz aumentada: Logo 4/1 4/1 4/110 4/101 4/110 011 140 011 122 011 2 1 c c tt tt tt ee ee eet 2 1 2 1 4 1 4 1 2 1 4 1 2 1 4 1)( 3 3 3)2(x 1 0 22 11 2 1 c c Exemplo 2: Obtenção de (t) (5 de 5) As colunas de (t) são dadas por x(1)(t) e x(2)(t), e portanto dos slides anteriores obtemos: Observa-se que (t) é mais complicada que (t) do Exemplo 1. Entretanto, agora que temos (t), é muito mais fácil determinar a solução para qualquer conjunto de condições iniciais tttt tttt eeee eeee t 2 1 2 1 4 1 4 1 2 1 2 1 )( 33 33 Φ tt tt ee ee t 22 )( 3 3 Ψ EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 7 Funções Exponenciais Matriciais Sejam os dois casos seguintes: A solução para x' = ax, x(0) = x0, é x = x0eat, onde e0 = 1. A solução para x' = Ax, x(0) = x0, é x = (t)x0, onde (0) = I. Comparando a forma e solução para ambos esses casos, podemos esperar que (t) tenha um caráter exponencial. De fato, demonstra-se que (t) = eAt, onde é uma função matricial bem definida que tem todas as propriedades usuais de uma função exponencial (ver livro- texto para detalhes). Logo, a solução para x' = Ax, x(0) = x0, é x = eAtx0. 10 !! n nn n nn t n t n te AIAA Exemplo 3: Função Exponencial Matricial Seja a matriz diagonal A abaixo. Então Em geral, Logo t t n n n n nn t e e t n n n te 2 00 0 0 !/20 0!/1 ! AA 20 01 A , 20 01 20 01 20 01 , 20 01 20 01 20 01 32 3 2 2 AA nn 20 01 A EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS (EDO) Prof. Marcos H. da Silva Bassani CEFET-RJ 2o.Semestre 2014 8 Sistemas de Equações Acopladas Lembrando que o sistema homogêneo com coeficientes constantes escrito como x' = Ax com é um sistema de equações acopladas que devem ser resolvidas simultaneamente para se encontrar todas as variáveis desconhecidas. ,2211 12121111 nnnnnn nn xaxaxax xaxaxax ,, )( )( )( 1 1111 nnn n n aa aa tx tx t Ax Sistemas Não-Acoplados & Matrizes Diagonais Por outro lado, se cada equação tem apenas uma variável, resolvida independentemente das outras equações, então a tarefa seria mais fácil. Nesse caso, o sistema teria a forma: ou x' = Dx, onde
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