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Embriologia do Sistema Digestório

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Embriologia do Sistema Digestório
Vitória Fidelis
Características gerais
Intestino anterior
Faringe primitiva e seus derivados
O sistema respiratório inferior
O esôfago e o estômago
O duodeno, proximal à abertura do ducto biliar
O fígado, o aparelho biliar (ductos hepáticos, vesícula biliar e ducto biliar) e o pâncreas
Esôfago
O esôfago desenvolve-se a partir do intestino anterior imediatamente caudal à faringe.
Seu epitélio e suas glândulas são derivadas do endoderma. O epitélio prolifera e oblitera, parcial ou completamente, a luz; entretanto, a recanalização do esôfago normalmente ocorre no final do período embrionário.
O músculo estriado que forma a camada muscular externa do terço superior do esôfago é derivada do mesênquima dos arcos faríngeos caudais (prof disse arcos branquiais).
O músculo liso, principalmente no terço inferior do esôfago, se desenvolve do mesoderma esplâncnico circunjacente. 
Más formações:
Atrésia esofágica: falha na septação ou recanalização da luz do esôfago. A divisão da traqueia e o esôfago é irregular. Traz uma condição chamada polidrâmnio (excesso de líquido amniótico).
Estenose esofágica: Falhas na recanalização.
Oligoidraminio: obstrução nas vias urinárias (não há contribuição da urina fetal para entrada de líquido amniótico).
Estômago
Desenvolve-se a partir da porção caudal do intestino anterior. A porção final do intestino anterior é inicialmente uma estrutura tubular. Em torno da metade da quarta semana, uma ligeira dilatação indica o local do primórdio do estômago. No início, ele aparece como um alargamento fusiforme da porção caudal do intestino anterior e está orientado no plano mediano. Esse primórdio logo se expande e se amplia dorsoventralmente. Durante as próximas duas semanas, a face dorsal cresce mais rapidamente do que sua face ventral; isso demarca a grande curvatura do estômago.
O revestimento interior do estômago possui origem endodérmica e sua musculatura de origem mesodérmica esplâncnica.
À medida que o estômago cresce e adquire sua forma adulta, ele roda, vagarosamente 90 graus no sentido horário em torno do seu eixo longitudinal. Os efeitos da rotação do estômago são:
A face ventral (pequena curvatura) se desloca para direita, e a dorsal (grande curvatura) para a esquerda.
O lado esquerdo original se torna a superfície ventral, e o direito se torna dorsal.
Antes da rotação, as extremidades cranial e caudal do estômago estão no plano médio. Durante a rotação e o crescimento sua região cranial se move para a esquerda e ligeiramente para baixo, enquanto sua região caudal vai para direita e para cima.
Mesentérios do Estômago
O estômago está suspenso na parede dorsal da cavidade abdominal pelo mesentério dorsal – o mesogástrio dorsal.
Mesogástrio dorsal: está originalmente no plano mediano, mas é levado para a esquerda durante a rotação e a formação da bolsa omental (ou pequeno saco do peritônio).
Mesogástrio ventral: Prende o estômago e o duodeno ao fígado e à parede abdominal ventral.
Duodeno
No início da quarta semana, o duodeno começa a se desenvolver a partir da porção caudal do intestino anterior, da porção cranial do intestino médio e do mesênquima esplâncnico associado ao endoderma dessas porções do intestino primitivo.
O duodeno em desenvolvimento cresce rapidamente, formando uma alça em C que se projeta ventralmente. À medida que o estômago roda, a alça duodenal gira para direita e vai se localizar retroperitonealmente.
Durante a quinta e sexta semanas, a luz do duodeno se torna progressivamente menor e é, temporariamente, obliterada, devido à proliferação de suas células epiteliais; como resultado, o duodeno se recanaliza normalmente no final do período embrionário.
Más formações:
Também pode ocorrer estenose ou atrésia esofágica. 
Fígado e aparelho biliar
O fígado, a vesícula biliar e as vias biliares originam-se de um brotamento ventral – divertículo hepático – da porção caudal ou distal do intestino anterior, no início da quarta semana.
	O divertículo hepático expande-se para o septo transverso, uma massa de mesoderma esplâncnico situada entre o coração e o intestino médio. O septo transverso forma o mesentério ventral nessa região.
	O divertículo hepático cresce rapidamente e se divide em duas porções (cranial e caudal), à medida que penetra entre as camadas do mesentério ventral.
	A parte cranial, maior, é o primórdio do fígado. As células endodérmicas em proliferação originam cordões entrelaçados de células hepáticas e células epiteliais de revestimento de ductos biliares intra-hepáticos.
	O tecido fibroso, o tecido hematopoiético e as células de Kupffer são derivados do mesênquima do septo transverso.
	E hematopoese se inicia durante a sexta semana, dando ao fígado uma aparência vermelho-brilhante. Na nona semana, o fígado é responsável por 10% do peso total do feto. A formação de bile pelas células hepáticas começa durante a 12ª semana.
	A pequena porção caudal do divertículo hepático origina a vesícula biliar, e o pedículo do divertículo forma o ducto cístico. O pedículo que liga os ductos hepáticos e cístico ao duodeno torna-se o ducto biliar. Inicialmente, este ducto se prende à face ventral da alça duodenal; entretanto, como o duodeno cresce e roda, a entrada do ducto biliar é levada para a face dorsal do duodeno. A entrada da bile no duodeno através do ducto biliar, após a 13ª semana, dá uma cor verde-escura ao mecônio. 
Pâncreas
O pâncreas se forma a partir dos brotos pancreáticos ventral e dorsal originados de células endodérmicas da porção caudal do intestino primitivo que crescem entre as camadas dos mesentérios.
A maior parte do pâncreas é derivado do broto pancreático dorsal. O broto pancreático dorsal é maior e aparece primeiro, e desenvolve-se num local ligeiramente mais cranial do que o broto ventral.
O broto pancreático ventral desenvolve-se próximo à entrada do ducto biliar no duodeno e cresce entre as camadas do mesentério ventral. Quando o duodeno roda para a direita e adquire forma de C, o broto pancreático ventral é levado dorsalmente, juntamente com o ducto biliar. Este broto logo se localiza posteriormente ao broto pancreático dorsal e mais tarde se funde a ele.
BAÇO
Desenvolvimento do mesogástrio dorsal
Intestino médio
Intestino delgado (e parte do duodeno)
Ceco e apêndice vermiforme
Cólon ascendente
Metade direita do cólon transverso
Rotação da alça intestinal
A alça do intestino médio cresce em uma projeção ventral em formato de U, e por falta de espaço hérnia para o cordão umbilical.
Enquanto localizada no cordão umbilical, a alça do intestino médio gira 90 graus no sentido anti-horário ao redor do eixo da aa mesentérica superior. Isto traz o membro cranial (dá origem ao intestino delgado) da alça do intestino médio para a direita e o membro caudal (dará origem ao intestino grosso) para a esquerda. Durante a rotação, o membro cranial alonga-se e forma as alças intestinas.
O intestino delgado retorna primeiro, passando posteriormente a artéria mesentérica superior e ocupando a porção central do abdome.
À medida que o intestino grosso retorna, ele sofre uma rotação em 180 graus. O cólon descendente e sigmoide movem-se para o lado direito do abdome e o colo ascendente torna-se reconhecível como alongamento da parede abdominal posterior.
Intestino posterior 
Metade do Cólon transverso
Cólon descendente
Sigmoide, reto e porção superior do canal anal
Epitélio da bexiga e uretra
Cloaca e canal anal
Porção mais caudal do tubo digestivo primitivo. Continua existindo nas aves, mas em nós a cloaca é dividida em 2 porções: canal anorretal (dorsal) e seio urogenital (ventral). 
O septo urorretal (mesoderma) divide a membrana cloacal em 2 porções: membrana urogeninal e membrana anal
A membrana anal se rompe dando origem ao ânus e a membrana urogenital se rompe dando origem ao vestíbulo da vagina e a uretra peniana.
Quando a membrana anal (ecto + endo) se rompe, tem um rebatimento de ectoderme para dentro do canal anal, então o terçoinferior do canal anal é de origem ectodérmica e os 2/3 superiores é de origem endodérmica. 
Seio urogenital – bexiga urinária e uretra na mulher
Bexiga urinaria, uretra prostática e uretra peniana no homem
Canal anorretal – canal anal e anus

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