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EXTRACAO LIQUIDO LIQUIDO SOLIDO LIQUIDO

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EXTRAÇÃO LÍQUIDO-LÍQUIDO/ 
SÓLIDO-LÍQUIDO 
Universidade Federal Rural de Pernambuco 
Unidade Acadêmica de Garanhuns 
Operações Unitárias II 
Giselle de Carvalho Silva 
Garanhuns, 2013 
Engenharia de Alimentos 8° período 
Quando se colocam em contato duas fases de composições 
diferentes, pode ocorrer a transferência de componentes de 
uma fase a outra e vice-versa. Este transferência entre as fases 
ocorre até que o estado de equilíbrio seja atingido (COSTA et 
al., 2009). 
A operação unitária denominada extração consiste em uma 
técnica de separação baseada nos diferentes graus de 
solubilidade dos constituintes. 
 Depois do contato entre a mistura e o solvente, as duas fases 
líquidas imiscíveis e de diferentes densidades formadas são 
denominadas de extrato (a fase mais rica em solvente que acolhe o 
soluto) e refinado (a fase mais pobre em solvente de onde foi extraído o 
soluto). Removendo-se o solvente do extrato e do refinado obtém-se o 
produto extraído e o produto refinado (COSTA et al., 2009). 
 Uma mistura líquida pode, às vezes, ser separada pelo contato 
com um segundo solvente líquido. Os componentes da mistura são 
solúveis, em diferentes graus, no solvente. No caso ideal, o componente 
a ser extraído é solúvel no solvente, e os outros componentes são 
insolúveis. Então, o soluto é o único componente transferido da mistura 
inicial para a fase do solvente (FOUST, 1982). 
Como o soluto constitui parte de um sólido, o processo é chamado extração 
sólido-líquido. Na extração sólido-líquido um constituinte do sólido é 
transferido para um solvente de extração e em seguida é separado do 
restante do sólido. 
O material extraído não é necessariamente um sólido, mas pode 
apresentar-se no sólido principal na forma líquida sendo que, por exemplo, 
no caso da soja ela é úmida devido a presença de óleo extraível 
(BLACKADDER; NEDDERMAN, 2004). 
O solido deve estar finamente cominuido, de modo que o solvente líquido 
entre em contato com todo ele. Usualmente o componente desejável é 
solúvel, e o restante do solido é insolúvel. O soluto deve então ser 
recuperado da solução do extrato, numa outra etapa de separação (FOUST, 
1982). 
Soluto 
Solvente 
II 
Solvente 
I 
A facilidade da separação não é determinada pelas volatilidades 
relativas, mas pelo coeficiente de distribuição, uma propriedade 
radicalmente diferente do sistema (BLACKADDER; NEDDERMAN, 2004). 
 
O coeficiente de distribuição é uma razão entre concentrações, em geral, 
para um soluto A, 
A fase líquida, utilizada para fazer a separação do soluto, é 
denominada de solvente. O solvente deverá ser o mais insolúvel 
possível na solução. De acordo com Roitman (2002) há dois tipos 
de extração a depender da natureza do composto que se quer 
extrair da solução, isto é, o soluto: 
a) extração de substâncias indesejáveis – o soluto é uma impureza que 
deverá ser retirada da solução. O produto desejado neste processo de 
separação é a solução livre do soluto. 
b) extração de substâncias nobres – o soluto é, neste caso, o 
composto desejado após a operação de separação, o restante da 
solução é o produto indesejável do processo. 
Numa extração por solvente, dois líquidos imiscíveis devem ser 
intimamente misturados e depois separados. 
na extração, a diferença entre as fases dos dois líquidos é pequena, de 
modo que a gravidade é menos eficiente para a dispersão entre as fases. 
Não se usam bandejas com borbulhadores ou bandejas valvuladas para a 
extração líquido-líquido, pois o escoamento induzido pela gravidade não 
acarreta uma dispersão pela bandeja das fases. (FOUST, 1982). 
As bandejas perfuradas, com vertedores descendentes, são bastante 
usadas para o contato líquido-líquido, embora a construção da coluna 
seja diferente da destilação ao contato gás-líquido. 
Figura 1- Colunas de bandejas perfuradas para extração líquido-líquido. 
b) a fase pesada é a 
dispersa. 
a) A fase dispersa é a 
leve; 
Na destilação, a separação de uma alimentação em um produto superior e 
um produto de base é conseguida pelo uso de entalpia inserida num dos 
extremos da coluna e substancialmente recuperada no outro extremo 
através de um condensador. 
Numa extração líquido-líquido, a separação é efetuada através de um 
solvente de extração, introduzindo numa das extremidades da cascata e 
recuperável do extrato final na outra extremidade (BLACKADDER; 
NEDDERMAN, 2004). 
Figura 3 – Analogia entre uma destilação e uma extração 
Fonte: BLACKADDER; NEDDERMAN, 2004 
Na extração em fase líquido, transfere-se um componente de uma solução 
para outra fase líquida que é relativamente insolúvel na primeira solução. 
Nos casos mais simples, o soluto é dividido entre duas fases líquidas 
insolúveis. Os dados de equilíbrio para este caso podem ser registrados na 
equação abaixo: 
XA e YA representam esta quantidade para as correntes L(refinado) e 
V(extrato), respectivamente. 
Os dados para os sistemas ternários são lançados muitas vezes, em 
diagramas de equilíbrio plotados em triângulos equiláteros (FOUST, 
1982). Cada vértice do triangulo representa um componente puro e 
mistura de quaisquer dois componentes são representados por 
pontos nas laterais do triangulo (BLACKADDER; NEDDERMAN, 
2004). 
Em muitos casos, os dois solventes são parcialmente solúveis um 
no outro; alem disso, a concentração do soluto pode influenciar a 
solubilidade mutua dos solventes. Neste caso, os dados de 
equilíbrio devem ser plotados num diagrama de equilíbrio ternário 
(FOUST, 1982). 
Figura 4- Triângulo equilátero que representa o equilíbrio líquido-líquido 
Fonte: BLACKADDER; NEDDERMAN, 2004 
Figura 5 – Sistema de três líquidos 
Fonte: BLACKADDER; NEDDERMAN, 2004 
As setas na curva auxiliar da Figura indicam 
a construção: linhas paralelas a essas setas 
traçadas a partir de qualquer ponto na curva 
auxiliar cortarão os trechos de extratos e 
refinados da curva binodal em pontos que 
representam misturas de equilíbrio que 
portanto estão nas extremidades de uma linha 
de ligação 
Segundo Foust (1982), o engenheiro tem como objetivo separar os constituintes 
de uma mistura em frações mais ou menos puras. Ele deve ser capaz de 
projetar a operação de transferência de massa que levará ao produto desejado 
ao custo mais baixo. Um único estagio é raramente bastante para levar a uma 
grande recuperação e a uma pureza elevada. A maior separação possível, num 
só estagio, é a que se consegue quando as duas fases efluentes estão em 
equilíbrio; em geral, esta separação não é adequada. 
Contracorrente de contado múltiplo simples 
É necessário usar diversos estágios em série para conseguir a separação 
desejada. Em virtude de a fase V fluir em direção oposta à fase L, este 
dispositivo de alimentação é denominado o escoamento em 
contracorrente. É a configuração sempre adotada no equipamento em 
multiestágios. 
A força motriz para a transferência de massa se mantém, pois o solvente 
virgem entra em contato com o refinado mais diluído, enquanto o extrato 
concentrado fica em contato com a fase refinada concentrada que entra 
no estagio. A operação multiestágio em contracorrente possibilita elevada 
recuperação e elevada pureza (FOUST, 1982). 
Balanços totais 
Os balanços de massa e de entalpia em torno de uma série (ou 
cascata) de estágios são denominados os balanços totais. Destes 
balanços participam somente as correntes que entram ou que 
saem do processo como um todo. 
Os símbolos L, x e h referem-se à massa, à composição e à 
entalpia da fase L em qualquer ponto; ossímbolos V, y e H 
referem-se à massa, à composição e à entalpia da fase V. 
Figura 6 – Contato multiestágio em contracorrente. 
Fonte: FOUST, 1982 
Quando se admite, que o processo esteja em estado permanente, a quantidade 
que entra é exatamente igual à quantidade que sai. 
Balanço de massa de um componente: 
Balanço de entalpia: 
Este balanço de entalpia admite que não se adiciona nem se remove calor 
através das paredes da cascata. 
O balanço de massa do componente pode ser escrito para um dos 
componentes presentes (eq. 7). Os dois membros extremos das eqs. 6, 7 e 8 
definem os balanços totais. O membro central em cada equação é definida da 
massa (Σ), da composição (ZΣ) e da entalpia (hΣ) da soma fictícia Σ. A soma é 
fictícia pois, por exemplo, a corrente L0 não é, num sentido físico, adicionada 
à corrente VN+1. Esta soma é útil para a resolução gráfica dos balanços 
totais. 
A composição da soma fictícia define-se pela resolução da eq. 7 em ZΣ e 
depois pela substituição, na formula do Σ dado pela eq. 6. 
Cálculos de estágio a estágio 
Em um tipo de cálculo do escoamento em contra-corrente, dispõe –se de 
informação suficiente para calcular o balanço total da massa, conforme se 
esquematizou a cima. Depois de se ter usado um balanço total de massa a fim 
de determinar as condições terminais da cascata, é possível efetuarem os 
cálculos de estágio a estágio para determinar o numero de estágios de 
equilíbrio necessários para atingir as condições terminais desejadas (FOUST, 
1982). 
O cálculo pode principiar de qualquer das extremidades da cascata. Por 
exemplo, se forem conhecidos y1, as relações de equilíbrio darão x1. Agora é 
preciso estabelecer a relação entre x1 e y2. As duas correntes L1 e V2 estão 
passando uma pela outro entre os estágios 1 e 2. Para calcular a quantidade 
a composição de V2 a partir de L1, é preciso introduzir o conceito de fluxo-
diferença. Uma vez que não há acumulo de qualquer constituintes, duma 
certa propriedade, ou duma certa grandeza total, o fluxo-diferença, é 
constante ao longo da cascata. O fluxo-diferença é uma corrente fictícia; é a 
diferença entre duas correntes que não são, na realidade, subtraídas uma a 
outra (FOUST, 1982). 
O fluxo-diferença para direita. na cascata da Figura 6, é definido como a 
diferença entre o fluxo para a direta e o fluxo para a esquerda, ou seja: 
Fluxo-diferença total: 
Fluxo-diferença de um componente: 
As eqs. 11 e 12 afirmam que o fluxo-diferença é constante em qualquer 
ponto da cascata. Por exemplo, a eq. 11 pode ser demonstrada mediante o 
seguinte raciocínio elementar. O fluxo-diferença de massa total (Δ), no 
terminal da esquerda da cascata, é igual à massa que escoa para a direta 
(L0) menos a que escoa para a esquerda (V1). Analogamente, no terminal da 
direita da cascata, o fluxo-diferença (Δ) é igual a LN - VN+1. 
 
O termo xΔ é um composição fictícia de Δ, que resultaria se, na realidade, a 
corrente V fosse subtraída fisicamente da corrente L. Combinando as eq. 11 e 
12 se tem 
xΔ deve estar sobre a reta prolongada e também sobre o 
prolongamento de 
 
01xy
NN xy 1
Portanto, uma vez que Δ = L1-V2 e que ΔxΔ = 
L1x1 – V2y2, o valor de y2 está sobre a reta 
 
NN xy 1
quando y2 for localizada, pode plotar x2 e assim 
sucessivamente, pela aplicação alternada dos 
dados de equilíbrio e do ponto delta, até que a 
composição do refinado que sai de um estágio 
supere, ou iguale, a composição final desejada, 
xn. 
A localização de x1 a partir de y1, 
mediante a linha de amarração, 
a localização de y2 a partir do ponto 
delta, é o que aparece na Figura 
Números de estágios 
2. Admitindo-se um xN, pode-se localizar y1, pela regra da adição, e então os 
estágios podem ser construídos de y1 até xn. 
Nos problemas de analise, em que se fixa o numero de estágios e se quer 
determinar a recuperação, o procedimento gráfico se faz por tentativas. As 
etapas são as seguintes: 
1. Localiza-se o ponto sigma (Σ = L0 + VN+1), mas nem y1 nem xN são 
conhecidos, de modo que o balanço de massa total não está completo. Porem, 
sabe-se que y1, ZΣ e xN estão sobre uma mesma reta. 
3. O numero de estágios que se calculou é comparado com o número correto 
que se deseja. Se os dois números não forem iguais, admite-se um novo xN, 
localiza-se y1, repete-se o processo de construção dos estágios, efetuando-se ao 
final uma nova comparação. O procedimento é repetido até que se aceita um 
certo xN como o capaz de dar exatamente o numero correto de estágios. 
4. A recuperação é calculada mediante as concentrações efluentes corretas. 
REGRA DA ALAVANCA 
 
۞Consideremos WL e Wα as frações mássicas, 
Respectivamente, da fase líquida, L, e da fase sólida, α. 
 
۞Cada componente do sistema pode estar em cada uma 
das fases, em concentração CL (no líquido) e Cα (no 
sólido) 
 
L
L
LL
LL
CC
CC
W
CCWCW
WWWW









0
0 )2(
)1(11
Juntando (1) em (2) isolando Wα 
É usada para se determinar as 
proporções das fases em equilíbrio em 
um campo de duas fases. 
4,0
35,055,0
47,055,0
0









L
L
L
L
W
CC
CC
W
SR
S
W


Exemplo: Quer-se extrair o ácido acético de uma solução aquosa a 40%, numa 
taxa de 2000kg/h, mediante uma extração em contracorrente com 3000kg/h de 
éter isopropílico. A concentração do ácido acético deve estar reduzida a 3% no 
refinado efluente. Quantos estágios de equilíbrio são necessários para reduzir a 
concentração de ácido acético até estes 3%? 
Neste caso existem três componentes a considerar. Portanto, utiliza-se um 
diagrama ternário. 
Primeiro plota-se ZΣ sobre a reta , mediante a regra da alavanca: 
01xyN
y1 deve estar sobre a curva do extrato, no 
prolongamento da reta , pois LN + V1 =Σ. 
01xyN
Localiza-se agora o ponto delta pela interseção 
das retas e . 
01xyN NN xy 1
Começando com o extrato final (y1), a composição 
do refinado x1 deve estar em equilíbrio com y1 e o 
valor de x1 é determinado pela curva de equilíbrio, 
conforme mostra a construção gráfica. 
Uma vez que L1- V2 = Δ, o ponto y2 está na 
interseção da reta e a curva do extrato. 
1xy
A composição x2 é então determinada, como antes, 
pelos dados de equilíbrio, e o procedimento avança 
até que xn seja igual a xN ou menos que xΣ: isto 
ocorre entre x13 e x14. 
Operações Multiestágios em Contracorrente com Refluxo 
Dadas duas alimentações de composição diferentes algumas 
vezes é melhor introduzi-las separadamente em estágios 
diferentes da cascata que misturá-las por uma inserção 
combinada. Similarmente, mas menos comumente, pode ser 
desejável retirar um extrato ou refinado intermediário alem dos 
refinados e extratos finais. 
O termo refluxo provém de a nova corrente L0 ser formada com a corrente 
produto V1, conforme o esquema da Figura 9, de modo que parte do efluente 
retorna à cascata. 
Figura 9 – Cascata multiestágio com refluxo da fase L 
cascata pode agora ser dividida em duas seções, uma do estagio 1 até o estagio F-1 e 
a outra do estagio F ao estágio N. Cada seção por si mesma, é uma cascata em 
contracorrente simples. Em virtude de uma seção de F-1 até 1 a fase V ser 
efetivamente enriquecida no componente a, ela é denominada a seção de 
enriquecimento. Analogamente, a seção de F até N extrai o componente a fase L e é a 
seção de extração ( ou esgotamento). 
Figura 9 – Cascata multiestágio com refluxo da fase L 
Na extração líquido-líquido,o refluxo do extrato (L0) pode ser empregado para 
se ter maior recuperação do soluto No extrato. Neste caso, o solvente é 
removido de V1, no separador de solvente ( C), para produzir o líquido (LC) 
com uma concentração baixa de solvente, parte do qual é o extrato produto 
(D) e outra parte é extrato refluxo (L0). 
Na extração, o fluxo-diferença na seção de enriquecimento da Figura 9 é 
onde n é qualquer estagio da seção de enriquecimento. Analogamente, o 
fluxo-diferença, na seção de extração é 
onde m é qualquer estágio na seção de extração. A introdução da carga de 
alimentação altera o fluxo-diferença entre os estágios F-1 e F. 
Para relacionar o fluxo-diferen a Δ aos dados conhecidos sobre as 
correntes que efluem da cascata, faz-se um balanço de massa em torno 
do refluxo do extrato ( C): 
Um balanço total de massa em torno a cascata da Figura 9, dá 
Combinado as eq. 18 e 19 com a 20 se tem 
A eq. 21 relaciona os fluxos-diferença nas duas seções da cascata. 
A variação do fluxo-diferença que ocorre no estágio de carga da cascata 
acarreta o emprega de um novo ponto delta. Na seção de enriquecimento 
deve ser usado, para se calcularem os estágios um a um, o ponto delta 
dado pela Figura 9. Na seção de extração, o ponto delta a ser usado é o da 
eq. 18. A eq. 20 indica que as composi ões de Δ, e F estão sobre uma reta. 
 
O ponto delta (xΔ) está, conforme as eqs. 17 e 19 sobre a reta 0 1 
x y , ou sobre a reta , ou sobre a reta pois as duas são 
coincidentes.. 
As composições yN+1 e yC que aparecem na Figura 
indicam que VC e VN+1 são solventes impuros 
A carga F pode conter o solvente, mas está 
representada por ZF na Figura 10 como uma 
carga livre de solvente (ZF = 0). 
Em virtude de xN ser a composição de uma 
corrente que sai de um estágio de equilíbrio, 
ela deve estar sobre a curva de solubilidade, 
conforme está na Figura 
10yx CD yx
As composição xD, xC e x0 são 
idênticas, pois LC divide-se 
simplesmente em D e L0. Quando a 
separação do solvente não é 
completa, LC contem uma pequena 
quantidade de solvente, conforme 
está indicado por xC na Figura 
EXTRAÇÃO SÓLIDO-LÍQUIDO (ESL) 
Esta operação também é denominada lixiviação ou lavagem. O sólido deve 
estar finamente cominuido, de modo que o solvente líquido entre em contato 
com todo ele. Usualmente o componente desejável é solúvel, e o restante do 
sólido é insolúvel. O soluto deve então ser recuperado da solução do extrato, 
numa outra etapa de separação (FOUST, 1982). 
Um exemplo quotidiano da extração sólido-líquido é o da feitura do café. 
Neste caso, os constituintes solúveis do café moído são separados dos finos 
insolúveis pela solubilização em água quente. 
Outra aplicação industrial incluem a extração do óleo de soja, os flocos de 
soja são úmidos devido à presença de óleo extraível, é transformada em uma 
pasta pois é mais fácil de manejar e transporta que o sólido seco, e essa 
pasta pode ser obtida misturando-se o sólido adequadamente dividido com 
um pouco de solvente de extração (BLACKADDER; NEDDERMAN, 2004). 
Se o soluto é disperso uniformemente no sólido, o material próximo à 
superfície será dissolvido primeiro, deixando uma estrutura porosa 
no resíduo sólido. O solvente terá então que penetrar essa camada 
externa antes que alcance outro soluto, o processo se tornará 
progressivamente mais difícil e a taxa de extração se tornará menor. 
Se o soluto forma uma proporção muito alta do sólido, essa estrutura 
porosa talvez quebre quase imediatamente, para fornecer um fino 
depósito de resíduo insolúvel e o acesso do solvente ao soluto não 
será impedido. 
Geralmente o processo pode ser considerado em três partes 
primeiro a troca de fase do soluto à medida que se dissolve no solvente 
depois sua difusão pelo solvente nos poros do sólido para o lado externo da 
partícula e, 
por último, a transferência do soluto da solução em contato com as partículas 
para o volume da solução 
Qualquer um desses três processos pode ser responsável pela limitação da taxa 
de extração, mas o primeiro processo geralmente ocorre tão rapidamente que 
tem um efeito desprezível na taxa global (OLIVEIRA, 2012?). 
Fatores que influenciam a taxa da extração 
 A agitação do fluido 
 A temperatura 
 O solvente 
 Tamanho da partícula 
Dados do Equilíbrio Figura 11 – Análise de extração sólido-líquido 
Fonte: BLACKADDER; NEDDERMAN, 2004 
Para uma corrente V, yA e yS são 
as coordenadas apropriadas 
enquanto que xA 
e xS servem para 
uma corrente L. 
Os dados de retenção, obtidos experimentalmente, tomam comumente 
a forma de valores de 
para várias composições de solução selecionadas. Os dados podem ser 
plotados no diagrama triangular para fornecem o lugar geométrico do 
subfluxo, uma curva que corresponde à curva de refinado da extração 
líquido-líquido 
Suponha, por exemplo, que V na Figura 11 represente uma das soluções 
apresentadas pelos dados de retenção. É facilmente identificada na 
hipotenusa do triangulo através de suas coordenadas. Uma linha é 
traçada, unindo V ao vértice de substâncias inertes, B. 
O subfluxo em um estágio ideal é uma mistura de substancias inertes e 
alguma solução, e está em algum ponto da reta VB. Sua posição exata é 
encontrada aplicando-se a Regra da Alavanca à retenção conhecida 
onde L representa o subfluxo desejado. (A reta VL portanto é uma linha 
de ligação, e todas as linhas de ligação semelhantes passam por B, 
quando traçadas.) 
Em alguns sistemas o lugar geométrico do subfluxo pode ser aproximado 
por uma reta, e isto é particularmente provável quando as operações são 
confinadas a uma pequena região do diagrama. Surgem dois casos simples. 
Se a retenção, k, puder ser suposta independente da concentração do 
extrato, o lugar geométrico será uma reta paralela hipotenusa do triangulo. 
A equação da linha é facilmente obtida, 
O lugar geométrico passa por (0, k/(k+1)) e((k/k+1), 0). 
Se a retenção do solvente for constante, independentemente da 
quantidade de soluto dissolvido que contiver, resultará uma outra reta 
uma reta que passa através do vértice de soluto puro e pelo ponto (0, 
(k/k+1)). 
É inteiramente impossível analisar o desempenho de uma cascata de extração 
sólido-líquido por meios puramente algébricos, utilizando alternativamente 
balanços de massa e dados de retenção. O procedimento, embora direto, é 
extremamente tedioso, e não será ilustrado aqui. Os métodos gráficos são 
muito mais rápidos e precisos o bastante para a maioria dos propósitos, além 
de fornecerem um ilustração útil das relações entre as correntes da cascata. 
Análise das operações de extração sólido-líquido 
Exemplo: Deve-se extrair açúcar de beterraba fatiada úmida em um extrator 
contracorrente de contato múltiplo que utiliza água como solvente. A beterraba 
úmida deve ser tratada numa razão de 10000kg/h e tem a seguinte 
composição, em termos de frações de massa; 0,28 de água, 0,32 de açúcar, 
0,40 de polpa. O extrato final deve ter 40% em peso de açúcar e 90% do açúcar 
total devem ser recuperados. Estime o numero de estágio ideais necessários, 
supondo que 1kg de polpa retenha 3 kg de solução em todos os estágios. 
Indique o efeito sobre o número de estágio se 1kg de polpa retiver 3kg de 
solvente em todos eles, mais o açúcar associado. 
Já que 90% do açúcar devem ser recuperados V1Ya1 = 0,9Fza , assim V1 = 
7.200kg/h numa base de F = 10.000kg/h. O balanço de açúcar total fornece 
Fza = V1Ya1- LnXan , partir do qual LnXan, = 320kg/h. 
a reta é paralela à hipotenusa que passa pelos 
pontos (0; 0,75)e (0,75; 0). 
Segue que xn, a coordenada de soluto de 
Ln, é 320/16000 = 0,02, e já que está no 
lugar geométrico do subfluxo, a posição 
de Ln pode ser fixada. 
O próprio Δ agora pode ser descoberto, 
e uma construção por patamares 
mostra que cerca de dez estágios 
teóricos seriam suficientes para a 
separação desejada. 
Ya=0,4; yb=0,6; xa=0,32; xb=0,28 
A extração é usada quando se deseja remover de uma 
mistura de líquidos um ou mais componentes, 
denominado(s) soluto(s), através do contato direto com um 
líquido conhecido como solvente, que é imiscível com a 
mistura original e remove parcialmente os componentes 
desejados da carga. É bastante utilizada na industria para a 
extração de óleos em soja e da parte solúvel do café na 
fabricação do café solúvel. 
CONCLUSÃO 
OBRIGADA !! 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
BARBOSA, C. Operação de Extração: líquido-líquido (ELL). Tudo sobre 
Química - Operações Unitárias & Simulações Computacionais. Nov. 
2010. Disponível em: 
<http://chemicall.wordpress.com/2010/11/30/operacao-de-extracao-
liquido-liquido-ell/>. Acesso em: 07 ago. 2013. 
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