Caso 1 Aula 2 Reclamação Trabalhista

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – CABO FRIO – 2018.1
CURSO DE DIREITO – PRÁTICA SIMULADA II – MESTRE RAFAEL TARTARI
CASO 1 - AULA 2 = RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
ALUNA: Kenia Serena Ungaretti dos Santos MATRÍCULA: 2014.02.19710-1
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MERITÍSSIMO JUÍZO FEDERAL DO TRABALHO DA ... VARA DO
TRABALHO DO RIO DE JANEIRO/RJ
(Espaçamento: de 5 a 10 linhas)
TÍCIO, nacionalidade, estado civil, auxiliar administrativo, identidade,
CPF/MF, CTPS, PIS/PASEF/NIT, genitora, data de nascimento, endereço
completo, CEP, endereço eletrônico, neste ato representado por seu advogado
infra-asssinado, OAB/UF, endereço profissional completo, endereço eletrônico,
com base no Artigo 840 da CLT, vem a este MM Juízo, respeitosamente, propor a
presente
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA,
pelo Rito Sumaríssimo com fulcro no Artigo 852-A da CLT, em face de ALFA
LTDA., pessoa jurídica de direito privado, CNPJ/MF, endereço completo, CEP,
endereço eletrônico, na pessoa de seu representante, pelos fatos e fundamentos
jurídicos que passa a expor.
I - DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Por fazer jus ao Benefício da Justiça Gratuita, uma vez que percebe salário
inferior a 40% do teto previdenciário nacional, além por encontrar-se
desempregado, é que o Reclamante requer ao MM Juízo a concessão do benefício
da gratuidade de justiça, amparando-se nos ditames do Artigo 790, parágrafo 3º da
CLT.
II - DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA
Em virtude dos julgamentos pelo Excelso Supremo Tribunal Federal nas
ADINs 2139 e 2160, que declararam a facultatividade da submissão de demandas
trabalhistas às Comissões de Conciliação Prévia, dando nova interpretação ao
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Artigo 625-D do Diploma Celetista, o Reclamante informa que não submeteu a
presente ao referido órgão por entender ser inconstitucional tal condição em face
do Princípio do Amplo Acesso à Justiça, esculpido no Artigo 5º, XXXV da Carta
Magna Brasileira.
Portanto, com a devida vênia, requer-se a este MM. Juízo o regular
prosseguimento da presente Reclamação Trabalhista.
III - DOS FATOS
Reclamante e Reclamada firmaram contrato de trabalho a 04 de janeiro de
2016, na cidade de Niterói/UF, acordando como local da prestação de serviços o
município do Rio de Janeiro/RJ.
O salário mensal percebido equivalia a R$ 2.000,00 (dois mil reais) e a
jornada era de 09 (nove) horas diárias - das 08 às 17 hs, na função de ___, sendo-
lhe concedido intervalo intrajornada de 01 (uma) hora.
Certo é que o Reclamante jamais gozou de férias, embora tenha cumprido
o respectivo período aquisitivo.
O vínculo perdurou até 26 de janeiro de 2017, data na qual a reclamada,
imotivadamente, dispensou o Reclamante sem aviso prévio e sem quitação das
verbas rescisórias e indenizatórias às quais este faz jus.
Diante da injusta conduta da Reclamada e da impossibilidade de um acerto
amigável, restou ao obreiro recorrer ao Poder Judiciário para ver seus direitos
laborais respeitados.
IV - DOS FUNDAMENTOS
A permanência do vínculo laboral recebeu do ordenamento pátrio proteção
especial, dada a vultuosa importância do trabalho na marcha da sociedade como
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um todo em busca do desenvolvimento nacional, tendo como pilar a dignidade do
homem. Assim, regras são impostas ao empregador com a guisa de evitar a
ruptura do mencionado contrato, v.g., a presunção de indeterminação de duração
da vigência do mesmo.
No entanto, não se pode obrigar uma pessoa - física ou jurídica, a postergar
no tempo relação indesejada, motivo pelo qual há para o empregador a faculdade
de encerrar o contrato trabalhista, desde que obedeça a determinações legais que
visam diminuir o impacto desta decisão na vida do trabalhador, parte
hipossuficiente desta relação.
Porém, tais premissas não foram observadas neste caso, no qual houve
dispensa imotivada do Reclamante sem a contrapartida da Reclamada de pagar-
lhe as devidas verbas rescisórias.
Desta feita, se pretende com a presente reclamação fazer valer os deveres
do Reclamado, vez que este não o fez voluntariamente, no modo e prazo
legalmente estipulados.
a) Das Verbas Rescisórias
Observando-se a projeção do término do contrato para 33 (trinta e três)
dias após notificada a dispensa, considerar-se-á o dia 1º de março de 2017 como
data final do vínculo, na forma da Lei 12.506/11. Baseando-se nesta data requer-
se: saldo de salário de 26 (vinte e seis) dias; férias vencidas acrescidas do terço
constitucional; férias proporcionais a 3/12 acrescidas do terço constitucional; 13º
salário proporcional a 3/12, bem como a multa de 40% sobre o FGTS.
b) Da Indenização Substitutiva
Diante da mora da Reclamada em entregar ao Reclamante as respectivas
guias rescisórias, em especial a do seguro desemprego, deve ser a mesma
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penalizada ao pagamento substitutivo compensatório, nos ditames da Súmula 389,
II do TST.
V - DO PEDIDO
Diante do exposto, o Reclamante requer a esse Juízo:
a) A notificação da Reclamada para comparecimento à audiência na forma do
Artigo 841 da CLT;
b) A concessão do Benefício da Gratuidade de Justiça;
c) A condenação da Reclamada ao pagamento dos Honorários Sucumbenciais na
forma do Artigo 791-A da CLT;
d) A procedência da reclamação para condenar a Reclamada ao pagamento das
verbas rescisórias abaixo arroladas e liquidadas:
1. Saldo de salário sobre 26 (vinte e seis) dias = R$ 1.733,00 (mil, setecentos e
trinta e três reais);
2. Aviso Prévio Proporcional de 33 (trinta e três) dias = R$ 2.200,00 (dois mil e
duzentos reais);
3. Férias Vencidas de R$ 2.000,00 (dois mil reais) + o terço constitucional de R$
660,00 (seiscentos e sessenta reais) = R$ 2.660,00 (dois mil, seiscentos e sessenta
reais);
4. Férias Proporcionais a 3/12 de R$ 500,00 (quinhentos reais) + o terço
constitucional de R$ 166,00 (cento e sessenta e seis reais) = R$ 666,00 (seiscentos
e sessenta e seis reais);
5. 13º Salário Proporcional de 3/12 = R$ 500,00 (quinhentos reais);
6. Multa de 40% sobre o FGTS = R$____.
e) Entrega das guias ou pagamento da indenização substitutiva de R$ 1.500,00
(mil e quinhentos reais).
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VI - DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, em especial o
Depoimento Pessoal, a Prova Documental, a Prova Pericial, a Testemunhal e,
inclusive, a Prova Emprestada aludida no Artigo 372 do CPC.
VII - DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 12.765,00 (doze mil, setecentos e sessenta e
cinco reais).
Nestes termos, pede deferimento.
Local e data.
Advogado, OAB/UF