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ROTEIRO DE ESTUDO (DIREITO CIVIL I 2017.2 AV1) 1. RELAÇÃO ENTRE CAPACIDADE DE FATO E A MEDIDA - DA PERSONALIDADE A capacidade é a medida da personalidade, a forma de exercitar a personalidade. Chamamos de capacidade civil, ou capacidade jurídica, a MEDIDA ou proporção do exercício da personalidade jurídica de cada pessoa, que pode ser classificada(medida) em: a) capacidade de direito; b) capacidade de fato; c) capacidade plena; d) capacidade limitada. CAPACIDADE DE FATO é uma das medidas da capacidade da personalidade e exige uma aptidão descrita na lei, é aquela que se adquire quando atingida a maioridade civil, aos dezoito anos de idade completos, ou por escritura de emancipação, passando a poder exercer por si mesmo todos os atos da vida civil. # Capacidade de fato (ou de exercício) = capacidade em sentido estrito (medida do exercício da personalidade) # Personalidade jurídica é a aptidão genérica para titularizar direitos e contrair obrigações, ou, em outras palavras, é o atributo para ser sujeito de direito. Adquirida a personalidade, o ente passa a atuar, na qualidade de sujeito de direito (pessoa natural ou jurídica), praticando atos e negócios jurídicos dos mais diferentes matizes. 2. RELAÇÃO ENTRE CAPACIDADE DE FATO E A APTIDÃO PARA EXERCER PESSOALMENTE OS DIREITOS E DEVERES ADQUIRIDOS/CONTRAÍDOS EM DECORRÊNCIA DA PERSONALIDADE Capacidade de fato ou exercício é a aptidão para exercer pessoalmente os atos da vida civil (exercer direitos e contrair obrigações) Se puderem atuar pessoalmente, possuem, também, capacidade de fato ou de exercício. Reunidos os dois atributos, fala-se em capacidade civil plena. 3. RELAÇÃO ENTRE CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO DIREITO CIVIL E A ANÁLISE DO DIREITO PRIVADO COM BASE NOS FUNDAMENTOS CONSTITUCIONALMENTE ESTABELECIDOS A Constitucionalização do Direito Civil é fenômeno jurídico-constitucional pelo qual houve a revogação tácita de diversos dispositivos legais do código civil pela Constituição 1988, que abrigou em seu texto diversos regulamentos de matéria específica do Direito privado, tutelando assim diversos institutos civis. Ao tutelar diversos institutos nitidamente civilistas, como a família, a propriedade, o contrato, as empresas, dentre outros, o legislador constituinte redimensionou a norma privada, fixando os parâmetros fundamentais interpretativos. O Estado Social passou a dar maior relevância à solidariedade e à função social dos institutos (propriedade, contrato, responsabilidade civil, família e empresas), delimitando a autonomia privada por meio da intervenção estatal com aplicação direta dos direitos fundamentais às relações privadas (eficácia horizontal dos direitos fundamentais), sempre que necessário. Por força dessa influência da Constituição sobre as relações civis, o legislador passou a criar diversas outras normas infraconstitucionais específicas, que tratam com certa autonomia de questões de ordem pública envolvendo direitos transindividuais (O Estatuto da Criança e Adolescente, o Código de Defesa do Consumidor, o Estatuto do Idoso, etc.). 4. RELAÇÃO ENTRE CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO DIREITO CIVIL E A APLICAÇÃO DOS MANDAMENTOS CONSTITUCIONAIS NO DIREITO PRIVADO A fonte primária do direito civil- e de todo o ordenamento jurídico - é a Constituição da República, que, com os seus princípios e as suas normas, confere nova feição à ciência civilista. Após a II Guerra Mundial, quase todo ordenamento jurídico do mundo moderno passou a instituir a garantia dos direitos fundamentais dos cidadãos por meio de Constituições, organizando sua legislação hierarquicamente, passando tais valores a incidirem efeitos no Direito Privado e em toda legislação infraconstitucional. A influência dos direitos fundamentais garantidos pela Constituição sobre o Direito Privado recebe vários nomes sinônimos pela doutrina, tais como: Constitucionalização do direito civil ou direito privado; Descodificação do direito civil; Repersonalização do direito privado ou dos direitos civis, Despatrimonialização etc. Alguns doutrinadores cogitam ainda o surgimento de um outro ramo do direito: o Direito Civil Constitucional. 5. DIFERENÇA ENTRE DIREITO CIVIL E DIREITO PRIVADO O DIREITO PRIVADO é o grande ramo do Direito que rege as relações entre particulares, se destinam ao ramo do direito privado todos os temas de estudo que não abrangidos pelo direito público, ou seja, aqueles temas que interessam à solução de conflitos entre os particulares e grupos sociais. Exemplos: Direito Civil, Direito Comercial ou Empresarial e o Direito do Trabalho. O DIREITO CIVIL(sub-ramo do Direito Privado), por sua vez, orienta, regula e estuda a relação entre os particulares, pessoas físicas ou jurídicas. 6. RELAÇÃO ENTRE CONSTITUIÇÃO FEDERAL E DETENÇÃO DE COERCIBILIDADE E IMPERATIVIDADE As Normas Constitucionais ela são Fundamentais, elas são coercíveis, elas são obrigatórias. Exemplo: se você fala em Dignidade da Pessoa Humana e está expresso na constituição o direito tem que seguir, COERCITIVAMENTE e IMPERATIVMENTE, o que preceitua a norma constitucional. A ideia de força normativa da Constituição trouxe imperatividade e coercibilidade às normas constitucionais. 7. RELAÇÃO ENTRE CONSTITUIÇÃO FEDERAL E SUA APLICAÇÃO NAS RELAÇÕES DE DIREITO PRIVADO, A EXEMPLO DO DIREITO DE FAMÍLIA No direito de família, consolidou-se a família núcleo natural e fundamental da sociedade; a união estável, família de um genitor e sua prole, novas estruturas familiares - As decisões do STF(súmulas) modificaram os tipos de família como as regras de liberdade de gênero, ou seja, as decisões do STF influenciam e modificam a nossa lei civilista. O princípio da isonomia (igualdade) extirpou as diferenças que haviam entre homem e mulher, entre os filhos havidos no casamento e fora dele. CONSTITUIÇÃO FEDERAL Capítulo VII Da Família, da Criança, do Adolescente, do Jovem e do Idoso Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. (EC no 66/2010) 8. CONCEITO DE CONSTITUIÇÃO FEDERAL Constituição é o conjunto de leis, normas e regras estruturadoras do poder publico e garantidoras para limitar esse Poder Estatal. A Constituição regula e organiza o funcionamento do Estado. É a lei máxima que limita poderes e define os direitos e deveres dos cidadãos. 9. RELAÇÃO ENTRE PERSONALIDADE CIVIL DA PESSOA E NASCIMENTO COM VIDA Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. CÓDIGO CIVIL A personalidade civil ou jurídica, a aptidão genérica para ser sujeito de direitos e deveres, para as pessoas naturais tem início com o nascimento com vida(COM A RESPIRAÇÃO DO BEBÊ. 10. RELAÇÃO ENTRE PERSONALIDADE CIVIL DA PESSOA E A LEI PÕE A SALVO, DESDE A CONCEPÇÃO, OS DIREITOS DO NASCITURO Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. CÓDIGO CIVIL Embora parcela respeitável da doutrina adote a concepção natalista (segundo a qual a personalidade jurídica se inicia somente com o nascimento com vida), o CC/02 resguarda direitos àqueles que, embora já concebidos ainda não nasceram (os nascituros). Para a TEORIA CONCEPCIONISTA, a personalidade tem início desde a concepção, de modo que o nascituro é considerado pessoa. Essa teoria vem ganhando espaço na jurisprudência. O STF, no julgamento da ADI 3.510 firmou o entendimento de que o Brasil adotou ateoria natalista, ao passo que em precedente mais recente (2014), o STJ afirmou que a teoria natalista foi superada em razão da evolução do reconhecimento dos direitos do nascituro. Nesse sentido, pode-se apresentar o seguinte quadro esquemático: a) o nascituro é titular de direitos personalíssimos (como o direito à vida, o direito à proteção pré-natal, alimentos gravídicos etc.) b) pode receber doação, sem prejuízo do recolhimento do imposto de transmissão intervivos; c) pode ser beneficiado por legado e herança; d) pode ser-lhe nomeado curador para a defesa dos seus interesses (arts. 877 e 878 do CPC); e) o Código Penal tipifica o crime de aborto; f) como decorrência da proteção conferida pelos direitos da personalidade, o nascituro tem direito à realização do exame de DNA, para efeito de aferição de paternidade I JORNADA DE DIREITO CIVIL - Enunciado n. 1 (Art. 2º): a proteção que o Código defere ao nascituro alcança o natimorto no que concerne aos direitos da personalidade, tais como nome, imagem e sepultura. 11. RELAÇÃO ENTRE PESSOA NATURAL E NOME QUE O DIREITO CIVIL ATRIBUI AO SER DA ESPÉCIE HUMANA, CONSIDERADO ENQUANTO SUJEITO DE DIREITO E OBRIGAÇÕES O Direito Civil nos chama de Pessoa Natural, o Direito Público nos chama de Pessoa Física. O Direito Civil tem como foco os dados gerais como: o nome civil , domicílio civil, estado civil. No Direito Tributário a pessoa física tem foco na renda, patrimônio, evolução patrimonial etc. Para ser pessoa natural, basta existir, enquanto ser da espécie humana. O nome da pessoa natural é elemento da personalidade identificador e individualizador da pessoa, sendo o sinal exterior mais visível de sua individualidade; é através do nome que identificamos a pessoa no seu âmbito familiar e no meio social. Para as pessoas naturais, o direito ao nome tem natureza evidentemente extrapatrimonial, sendo um direito da personalidade. 12. RELAÇÃO ENTRE PUBLICIZAÇÃO DO DIREITO PRIVADO E PROCESSO DE INTERVENÇÃO ESTATAL NO DIREITO PRIVADO, PRINCIPALMENTE MEDIANTE A LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL PUBLICIZAÇÃO DO DIREITO PRIVADO A Constituição se interessa por temas que são do Direito Civil INTERVENÇÃO ESTATAL NO DIREITO PRIVADO A legislação abaixo da Constituição que regulamentam questões civilistas Exemplo: IDOSO, CRIANÇA E ADOLESCENTE(ECA) e o CODIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, estão no prisma da intervenção estatal. 13. DEFINIÇÃO DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL São as Leis que estão hierarquicamente abaixo da Constituição Federal, como as leis complementares e as leis ordinárias e para sua aprovação tem um quorum diferenciado e um protocolo diferenciado. 14. RELAÇÃO ENTRE RESIDÊNCIA E OBJETO DO CONCEITO DE DOMICÍLIO, SENDO ESTE PALPÁVEL Residência está dentro de domicilio que vamos convencionar de elemento palpável e material. Domicílio civil da pessoa natural é o lugar onde estabelece residência com ânimo definitivo, convertendo-o, em regra, em centro principal de seus negócios jurídicos ou de sua atividade profissional. Residência é o lugar onde a pessoa natural se estabelece habitualmente. Destaque-se que para a configuração do domicílio não basta o simples ato material de residir, porém, mais ainda, o propósito de permanecer (animus manendi), convertendo aquele local em centro de suas atividades. Compõe-se o domicilio, pois, de dois elementos: a) objetivo — o ato de fixação em determinado local; b) subjetivo — o ânimo definitivo de permanência Há ainda a “morada”, que é o lugar onde a pessoa natural se estabelece provisoriamente. Ex.: estudante premiado com uma bolsa de estudos na Alemanha e lá permanece por 6 meses tem, ali, a sua morada ou estadia. 15. RELAÇÃO ENTRE RESIDÊNCIA E O ELEMENTO EXTERNO E VISÍVEL (COMO UMA CASA, UM PRÉDIO, UM APARTAMENTO) Residência é o objeto do conceito, sendo este palpável. É o elemento externo e visível. Ex: uma casa, um prédio, um apartamento. 16. Relação entre teoria natalista (nativista ou do nascimento) e defesa de que o ser humano adquire personalidade civil ou jurídica somente a partir do seu nascimento com vida. TEORIA NATALISTA OU NATIVISTA - A teoria natalista ou nativista defende que o ser humano adquire personalidade civil ou jurídica somente a partir do seu nascimento com vida, antes disto o que se tem é mera expectativa de direito, era a teoria civilista adotada, mas recentemente o STF adotou a teoria concepcionista que é mais benevolente com a mãe gestante e o feto. 17. RELAÇÃO ENTRE TEORIA NATALISTA E MERA EXPECTATIVA DE DIREITO A teoria natalista ou nativista defende que o ser humano adquire personalidade civil ou jurídica somente a partir do seu nascimento com vida, antes disto o que se tem é mera expectativa de direito NATALISTA PERSONALIDADE CONDICIONAL CONCEPCIONISTA A personalidade jurídica só se inicia com o nascimento com vida. O nascituro não pode ser considerado pessoa. -O nascituro seria um “ente despersonalizado” e possui legitimidade especial. A personalidade civil começa c/ o nascimento com vida, mas o nascituro titulariza direitos submetidos à condição suspensiva (ou direitos eventuais). A personalidade jurídica se inicia c/ a nidação, muito embora alguns direitos só possam ser plenamente exercitáveis c/ o nascimento. O nascituro é pessoa desde a concepção (é sujeito de direitos). O nascituro tem apenas expectativa de direitos. - para os natalistas, a lei apenas protege os direitos que o nascituro adquirirá quando nascer com vida, sendo estes descritos de modo restrito (direito à vida, direito à herança, posse). O nascituro possui direitos sob condição suspensiva (evento futuro e incerto de nascer com vida). - o nascimento c/ vida tem efeitos retroativos à concepção. -os direitos patrimoniais do nascituro devem ficar resguardados por seu curador até o seu nascimento com vida, enquanto os direitos da personalidade são tutelados desde a concepção. O nascituro possui direitos (extrapatrimoniais) - Nascimento c/ vida é condição suspensiva p/ aquisição plena de direitos patrimoniais 18. CONCEITO DE ABSOLUTAMENTE INCAPAZ É aquele que pelo critério etário não tem as condições de exercer pessoalmente os atos da vida civil. sob pena deles serem declarados nulos, necessita de um representante que necessariamente não precisa ser os pais, podendo ser a figura do responsável, tutor, guardião Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. CÓDIGO CIVIL (ATENÇÃO: OS DEFICIENTES, EM REGRA, SÃO PLENAMENTE CAPAZES! CUIDADO: Há divergência quando a pessoa é submetida à curatela) Lei 13.146/15, Art. 6º. A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa, 19. RELAÇÃO ENTRE VONTADE DOS ABSOLUTAMENTE INCAPAZES E CONCRETIZAÇÃO DE SITUAÇÕES EXISTENCIAIS A ELES CONCERNENTES, DESDE QUE DEMONSTREM DISCERNIMENTO BASTANTE PARA TANTO Para ser absolutamente incapaz em virtude do estatuto da pessoa com deficiência é apenas o menor de 16, se a pessoa for deficiente, ela assim for classificada pela medicina. Pode tomar decisões com a ajuda de apoiadores e se demonstrarem discernimento para traduzir a sua vontade. Enunciado n. 138, da III Jornada de Direito Civil: A vontade dos absolutamente incapazes é juridicamente relevantena concretização de situações existenciais a eles concernentes, desde que DEMONSTREM DISCERNIMENTO bastante para tanto (o que se pode mostrar bastante razoável, notadamente em matéria de Direito de Família). 20. RELAÇÃO ENTRE AGNOME E ELEMENTO DIFERENCIADOR DOS DEMAIS MEMBROS DA FAMÍLIA QUE TÊM O MESMO NOME Na composição do nome civil nós vamos ter o PRÉ NOME, O SOBRENOME(patrimônio de família), o AGNOME que serve para diferenciar os membros da mesma família que possuam o mesmo nome; eles são inseridos ao final da composição nominal sob a referência de: Filho, Júnior, Neto, Sobrinho, ou ainda por números ordinais: Primeiro, Segundo, Terceiro, etc. 21. RELAÇÃO ENTRE ÂNIMO DEFINITIVO E ELEMENTO INTERNO DO DOMICÍLIO CIVIL Ânimo definitivo é o elemento interno do domicílio civil. Sendo evidenciado por reflexos do indivíduo que demonstram seu interesse em permanecer em tal domicílio. Ex: receber correspondência, receber as contas. 22. RELAÇÃO ENTRE ÂNIMO DEFINITIVO E REFLEXOS DO INDIVÍDUO QUE DEMONSTRAM SEU INTERESSE EM PERMANECER EM TAL DOMICÍLIO (COMO RECEBER CORRESPONDÊNCIA E CONTAS) O ânimo definitivo é evidenciado por reflexos do indivíduo que demonstram seu interesse em permanecer em tal domicílio. Ex: receber correspondência, receber as contas. A indicação de determinado local para entrega de correspondências e contas é indicativo do ânimo de permanecer definitivamente naquele local, sugerindo que este é o seu domicílio. 23. RELAÇÃO ENTRE NOME E ALTERAÇÃO O Nome Civil não pode ser alterado.(PRINCÍPIO DA IMUTABILIDADE) EXCEÇÕES: De acordo com a orientação do Superior Tribunal de Justiça, a motivação para alteração do nome é legítima quando a pessoa: a) deseja acrescer ou excluir sobrenome de genitores ou padrastos; b) é conhecida no meio social por outro prenome, o qual pretende acrescer, ou c) provar que esteja sofrendo constrangimentos ou situações ridicularizantes por homônimo depreciativo 24. RELAÇÃO ENTRE NOME E CIRCUNSTÂNCIAS ESPECIAIS E EXTRAORDINÁRIAS, PREVISTAS PRINCIPALMENTE NA LEI DOS REGISTROS PÚBLICOS A Lei de Registros Públicos identifica algumas situações nas quais é possível iniciar administrativamente o pedido de alteração do nome pelo próprio interessado a) Maioridade civil – Ao completar os dezoito anos é possível a pessoa natural requerer a alteração do seu nome diretamente ao Oficial do Cartório do Registro Civil. Esta é a única possibilidade imotivada de alteração do nome civil. - nesta hipótese de alteração espontânea, devem ser mantidos os apelidos de família, o que limita também as possibilidades de modificação do nome. Obs. prazo decadencial de 1 ano após completada a maioridade. b) Erros aparentes de grafia – Desde que visivelmente tenha ocorrido um erro na posição das letras do nome, ou a inserção ou escrita errônea 25. RELAÇÃO ENTRE IMUTABILIDADE DO NOME E TRADUÇÃO DE NOME ESTRANGEIRO É admitida a alteração do prenome estrangeiro traduzindo-o para o português com a finalidade de tornar mais clara e precisa sua identidade civil no Brasil (Lei n. 6.815/80 – Estatuto do Estrangeiro, art. 43, § 2º). É, pois, uma mitigação do princípio da imutabilidade do nome. 26. RELAÇÃO ENTRE IMUTABILIDADE DO NOME E EXPOSIÇÃO DO TITULAR AO RIDÍCULO A Lei de Registros Públicos proíbe aos pais escolherem para seus filhos nomes ridículos, vexatórios, que os exponham ao ridículo (LRP, Art. 55, parágrafo único). Contudo, caso tenham surgido nomes atribuídos à pessoa, que a exponha a tais circunstâncias, poderá ela requerer a alteração, demonstrada a motivação pela via judicial. É, pois, uma mitigação do princípio da imutabilidade do nome. 27. RELAÇÃO ENTRE IMUTABILIDADE DO NOME E TRANSGENITALIZAÇÃO A mudança de sexo abre a possibilidade de mudança do estado civil e do nome civil . → Enunciado n. 42, I Jornada de Saúde do CNJ: quando comprovado o desejo de viver e ser aceito enquanto pessoa do sexo oposto, resultando numa incongruência entre a identidade determinada pela anatomia de nascimento e a identidade sentida, a cirurgia de transgenitalização é dispensável para a retificação de nome no registro. 28. RELAÇÃO ENTRE IMUTABILIDADE DO NOME E CORREÇÃO DE REGISTRO ERRADO ERROS APARENTES DE GRAFIA – Desde que visivelmente tenha ocorrido um erro na posição das letras do nome, ou a inserção ou escrita errônea (troca do L pelo R, por exemplo: Cráudia, quando o correto seria Cláudia), inversão ou outros erros aparentes no nome civil, é possível a requisição administrativa de sua correção. PRAZO DE 1 ANO PARA CORREÇÃO 29. RELAÇÃO ENTRE IMUTABILIDADE DO NOME E PROTEÇÃO DE VÍTIMAS E TESTEMUNHAS Admite-se a mudança do nome em proteção às testemunhas (conforme disposições da Lei de Proteção às Testemunhas), às vítimas ou aos réus delatores que colaborem com a Justiça no esclarecimento de atos criminosos, sempre que presente a coação ou ameaça (LRP, Art. 58, parágrafo único). É, pois, uma exceção ao princípio da imutabilidade do nome. OBS: ESSE CASO TAMBÉM ADMITE MUDANÇAD DE NOME, MUDANÇA DE DOMICILIO, MUDANÇA DE TRABALHO 30. RELAÇÃO ENTRE IMUTABILIDADE DO NOME E CÔNJUGES O Código Civil atual permite aos noivos, no casamento civil ou no casamento religioso com efeito civil, facultativamente, incluírem o sobrenome do consorte em seu nome civil quando casados. Se ocorrer o divórcio ou a anulação do casamento poderão optar por excluir o nome de seu ex-cônjuge quando não houver dado causa a extinção do casamento. É, pois, uma exceção ao princípio da imutabilidade do nome. 31. RELAÇÃO ENTRE IMUTABILIDADE DO NOME E NOMES HOMÔNIMOS O simples fato de possuir um nome muito comum ou popular não é sozinho motivação suficiente ao ensejo de alteração do nome civil. Se a intenção de afastar a homonímia for apenas evitar equívoco ou confusão da pessoa, antes de ingressar com o pedido para alteração do nome, deve estudar primeiro a possibilidade de afastá-la pelo acréscimo do sobrenome de seus ascendentes. Há que se demonstrar os prejuízos e as humilhações sofridas, os constrangimentos caso permaneça a homonímia. 32. RELAÇÃO ENTRE IMUTABILIDADE DO NOME E MODIFICAÇÃO DO PRENOME DO ADOTADO Quando a criança é adotada ela vai ter o rompimento do vinculo biológico com seus pais natural adotando novo vínculo com a família definitiva(que adota) facultando a possibilidade aos pais da criança adotada requererem judicialmente a alteração do prenome do adotando, por disposição do Estatuto da Criança e do Adolescente. 33. RELAÇÃO ENTRE IMUTABILIDADE DO NOME E UNIÃO ESTÁVEL A união estável - CONVIVENTES - se equiparou ao casamento, com garantia constitucional, no mesmo artigo que protege a família. Assim, da mesma forma que os cônjuges, os CONVIVENTES, inclusive homoafetivos, poderiam requerer a inclusão/exclusão do sobrenome de seu companheiro/ex-companheiro. Essa possibilidade inclusive já estava prevista na LRP – art. 57, § 2º. Enunciado n. 99, I Jornada de Direito Civil: O Art. 1.565, § 2º, do Código Civil não é norma destinada apenas às pessoas casadas, mas também aos casais que vivem em companheirismo, nos termos do Art. 226, caput e §§ 3º e 7º, e não revogou o disposto na Lei nº 9.263/96 34. RELAÇÃO ENTRE ESTADO CIVIL E POSIÇÃO JURÍDICA QUE ALGUÉM OCUPA, EM DETERMINADO MOMENTO, DENTRO DO ORDENAMENTO JURÍDICO O Estado civil é a posição que uma pessoa ocupa na sociedade, é a soma das qualificações de uma pessoa na sociedade, que indicariam o modo peculiar inerente à pessoa, constitui o estado civil, ou statuscomo deriva do latim, O estado da pessoa natural indica sua situação jurídica nos contextos : a) individual – através da descrição física do ser, cor, altura, sexo, idade, capaz ou incapaz, criança, adolescente ou adulto; b)familiar – a indicar sua descrição quanto à solteiro, casado, divorciado, viúvo, bem como graus de parentes e origem da família, e c) política – quanto a se tratar de brasileiro nato ou estrangeiro. Como o estado está ligado à pessoa, pode-se afirmar que recebe proteção jurídica por suas características: indivisível, indisponível e imprescritível. 35. CONCEITO DE ORDENAMENTO JURÍDICO Conjunto de normas que regem a vida em uma sociedade, mas o Ordenamento Jurídico não abrange apenas a lei , vai incluir a norma civilista, a norma de outros ramos do direito , a norma constitucional, os princípios jurídicos e as fontes de integração do direito 36. RELAÇÃO ENTRE DIREITOS DA PERSONALIDADE AO NASCITURO E DIREITO AO RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE Existem diversas situações que demonstram conceder direitos da personalidade ao nascituro enquanto concepto, os quais passaremos a elencar alguns: 1) o direito ao reconhecimento de paternidade; 2) o direito à curatela; 3) ser donatário; 4) ter o direito à herança; 5) direito à vocação hereditária por indicação em testamento (prole eventual) 6) direito à indenização; 7) direito aos alimentos; 8) proteção criminal quanto à vida, entre outros. 37. Relação entre direitos da personalidade ao nascituro e direito de ser donatário Código Civil, Art. 542 – A doação feita ao nascituro valerá, sendo aceita pelo seu representante legal 38. RELAÇÃO ENTRE DIREITOS DA PERSONALIDADE AO NASCITURO E DIREITO À HERANÇA Código Civil, Art. 1.798 – Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já concebidas no momento da abertura da sucessão. A CONCRETIZAÇÃO SE DÁ COM O NASCIMENTO COM VIDA. 39. RELAÇÃO ENTRE DIREITOS DA PERSONALIDADE AO NASCITURO E DIREITO À INDENIZAÇÃO Uma vez reconhecido que o nascituro possui direitos da personalidade, há que se reconhecer também que o nascituro possui direito à indenização por danos a qualquer de seus direitos da personalidade. Esse entendimento varia de acordo cm a teoria adotada (natalista, concepcionista ou personalidade condicional). (2008) Em decisão inédita, a 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça reconheceu, por unanimidade, o direito de um nascituro de receber indenização por danos morais. A indenização devida à criança antes mesmo do nascimento foi fixada no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul pela morte de seu pai, André Rodrigues, em um acidente de trabalho. 40. RELAÇÃO ENTRE DIREITOS DA PERSONALIDADE AO NASCITURO E DIREITO AOS ALIMENTOS Lei de Alimentos Gravídicos. Lei n. 11.804/2008, Art. 6.º – Convencido da existência de indícios da paternidade, o juiz fixará alimentos gravídicos que perdurarão até o nascimento da criança, sopesando as necessidades da parte autora e as possibilidades da parte ré. 41. RELAÇÃO ENTRE PESSOA JURÍDICA E ENTIDADE OU INSTITUIÇÃO QUE, POR FORÇA DAS NORMAS JURÍDICAS CRIADAS, TEM PERSONALIDADE E CAPACIDADE JURÍDICAS PARA ADQUIRIR DIREITOS E CONTRAIR OBRIGAÇÕES A pessoa jurídica é um sujeito de direito personalizado, assim como as pessoas físicas, em contraposição aos sujeitos de direito despersonalizados, como o nascituro, a massa falida, o condomínio horizontal etc. Desse modo, a pessoa jurídica tem a autorização genérica para a prática de atos jurídicos bem como de qualquer ato, exceto o expressamente proibido. Pessoa jurídica é, assim, a entidade ou instituição que, por força das normas jurídicas criadas, tem personalidade e capacidade jurídicas para adquirir direitos e contrair obrigações. Ela nasce do instrumento formal e escrito que a constitui (art. 45 CC), ou diretamente da lei que a institui. 41. RELAÇÃO ENTRE INCAPAZ E AQUELE QUE SOFRE RESTRIÇÕES AO EXERCÍCIO PESSOAL DE DIREITOS E OBRIGAÇÕES É chamado incapaz aquele que sofre restrições ao exercício pessoal de direitos e obrigações. 42. DIFERENÇA ENTRE INCAPACIDADE ABSOLUTA E INCAPACIDADE RELATIVA A incapacidade nada mais é do que a restrição ao exercício dos direitos e obrigações da pessoa, e pode ser classificada em: a) INCAPACIDADE ABSOLUTA: A prática de um ato por pessoa absolutamente incapaz acarreta a sua nulidade, pois se trata de proibição total. Desse modo, para que o absolutamente incapaz possa praticar algum ato civil, ele deverá ser representado por outra pessoa capaz. São absolutamente incapazes aqueles descritos no Art. 3.º do Código Civil. CÓDIGO CIVIL, ART. 3.º – São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: I – os menores de dezesseis anos; II – os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; III – os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. b) INCAPACIDADE RELATIVA – A lei permite aos relativamente capazes que pratiquem os atos da vida civil, desde que assistidos; se praticarem atos sozinhos, o ato será anulável. São relativamente incapazes aqueles elencados no Art. 4.º do Código Civil. CÓDIGO CIVIL, ART. 4.º – São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer: I – os maiores de dezesseis anos e menores de dezoito anos; II – os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido; III – os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; IV – os pródigos. Parágrafo único – A capacidade dos índios será regulada por legislação especial. 43. RELAÇÃO ENTRE SUCESSÃO PROVISÓRIA E PREOCUPAÇÃO COM A CONSERVAÇÃO DOS BENS DO AUSENTE, POIS EXISTE AINDA A REMOTA POSSIBILIDADE DE QUE ESTE VOLTE PARA RETOMAR O QUE É SEU DE DIREITO A ideia de provisoriedade da sucessão é uma cautela que se exige, ainda que se anteveja o provável falecimento real do ausente, uma vez que não se tem, realmente, ainda, certeza de tal fato. Por isso, cerca-se o legislador da exigência de garantia da restituição dos bens, em cuja posse os herdeiros se imitiram provisoriamente, mediante a apresentação de penhores ou hipotecas equivalentes aos quinhões respectivos. Contudo, essa razoável cautela de exigência de garantia é excepcionada em relação aos ascendentes, descendentes e o cônjuge, uma vez provada a sua condição de herdeiros (§ 2.º do art. 30). 44. DIFERENÇA ENTRE NASCITURO E NATIMORTO, POIS ENQUANTO O PRIMEIRO PERMANECE VIVO COM A EXPECTATIVA DE VIDA FORA DO ÚTERO, ESTE ÚLTIMO JÁ SE ACHA MORTO, EMBORA AINDA LIGADO AO ÚTERO MATERNO. Enquanto o NASCITURO tem expectativa de vida pós parto, o NATIMORTO não existe mais essa expectativa ou mais vida, mas não significa que o NATIMORTO é destituído de direito - ele tem direito a nome, imagem e sepultura. 45. RELAÇÃO ENTRE DOMICÍLIO E GARANTIA JURÍDICA, HAJA VISTA QUE FUNCIONA COMO CIDADELA EM QUE SE GUARNECEM OS INTERESSES SÓCIO- JURÍDICOS DAS PESSOAS NATURAIS OU DAS PESSOAS JURÍDICAS O estabelecimento do domicílio representa a fixação do lugar em que o sujeito, ativo ou passivo, da relação jurídica será encontrado. Por isso, o domicílio representa uma garantia ou segurança jurídica para questões de ordem processual, funcionando como cidadela em que se guarnecem os interesses sócio-jurídicos das pessoas naturais ou das pessoas jurídicas. Do enraizamento da residência decorre o domicílio, como fenômeno material e psíquico que se projeta no âmbito em que prosperam as relações jurídicas. Sem residência, inexiste domicílio; sem domicílio, fragiliza-se o pleno exercício dos direitos civis.46. Relação entre instituto da ausência e aplicação quando a pessoa desaparece de seu domicílio sem deixar notícias, tampouco alguém que o representante DA AUSÊNCIA – O instituto da ausência se aplica quando a pessoa desaparece de seu domicílio sem deixar notícias, tampouco alguém que o represente legalmente. Mesmo que ele deixe representante legal e as obrigações não forem assumidas teremos um prazo de 3 anos para a sucessão provisória o inicio da sucessão provisória As relações jurídicas e os bens que esta pessoa deixou necessitam de cuidados e administração. Para garantir a continuidade das relações jurídicas e manter a segurança jurídica, o Estado permite a aplicação da morte presumida pela ausência da pessoa, que se pleiteia em três fases: a) A declaração de ausência; b)A sucessão provisória; e c) A sucessão definitiva. 47. RELAÇÃO ENTRE REGISTRO CIVIL DO NASCIMENTO DA PESSOA NATURAL E FORMALIDADE E PUBLICIDADE AQUELE FATO JURÍDICO QUE É O NASCIMENTO COM VIDA, INÍCIO DA PERSONALIDADE CIVIL O registro civil de nascimento é o ato jurídico que formaliza e dá publicidade(de natureza declaratória) ao fato jurídico que é o nascimento com vida, início da personalidade civil. o registro de nascimento da pessoa natural tem natureza jurídica declaratória (em contraposição à natureza constitutiva (essencial) do registro da pessoa jurídica). → O registro civil tem como função dar autenticidade, segurança e eficácia aos fatos jurídicos de maior relevância para a vida e os interesses dos sujeitos de direito. 48. RELAÇÃO ENTRE REGISTRO CIVIL DO NASCIMENTO DA PESSOA NATURAL E APRESENTAÇÃO DO INDIVÍDUO À SOCIEDADE, DANDO EFICÁCIA À SUA PERSONALIDADE Quando a pessoa nasce nos temos a expedição da certidão de nascido vivo, o pai procura a unidade cartorial para que seja expedida a certidão de nascimento, CPF e rg. Esse ato cartorário inicial é que se dá publicidade aquela pessoa. Todavia essa publicidade é de natureza declaratória. Pode-se dizer que p registro civil de nascimento é o ato jurídico que confere eficácia à personalidade, uma vez que é o responsável por dar autenticidade, segurança e eficácia ao nascimento. 49. RELAÇÃO ENTRE REGISTRO E PRESUNÇÃO RELATIVA DO ESTADO DA PESSOA, VEZ QUE É ELE QUE DOTA DE OPONIBILIDADE ERGA OMNES AS SITUAÇÕES JURÍDICAS DA PESSOA PERANTE A SOCIEDADE Pressupõe-se que aquela pessoa nasceu naqueles termos por então firmados - local, data, filiação, etc - mas é possível contestação, mas enquanto não se contesta ele goza apenas de presunção relativa, podendo seu conteúdo ser questionado e confrontado por qualquer pessoa, que deve apresentar prova do alegado. O registro gera a presunção relativa do estado da pessoa, vez que é ele que dota de oponibilidade erga omnes as situações jurídicas da pessoa perante a sociedade. 50. RELAÇÃO ENTRE ABSOLUTAMENTE INCAPAZES E PRÁTICA DE ATOS DA VIDA CIVIL MEDIANTE REPRESENTAÇÃO, SOB PENA DE NULIDADE DO ATO A prática de um ato por pessoa absolutamente incapaz acarreta a sua nulidade12, pois se trata de proibição total. Código Civil, Art. 3.º – São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: I – os menores de dezesseis anos; II – os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; III – os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. 51. RELAÇÃO ENTRE DIREITOS DE PERSONALIDADE E COMPOSIÇÃO DA ESFERA EXTRAPATRIMONIAL DO INDIVÍDUO, INTEGRADA POR VALORES NÃO DEDUTÍVEIS PECUNIARIAMENTE, FUNDADOS NA DIGNIDADE HUMANA Direitos de Personalidade(NÃO É ATRIBUÍDO VALOR PECUNIÁRIO) são direitos inerentes à condição de pessoa, com fundamento no princípio da dignidade da pessoa humana Direitos de Personalidade são vida, saúde, privacidade, memória, sigilo, liberdade pública de ações intelectuais, situando-se na esfera extrapatrimonial do indivíduo, sendo reconhecidamente tutelada pela ordem Jurídica uma série indeterminada de valores não dedutíveis pecuniariamente. Os direitos de personalidade devem ser entendidos como direitos fundamentais. 52. RELAÇÃO ENTRE DIREITOS DE PERSONALIDADE E MEIOS DE DEFESA, NO PLANO DO DIREITO PRIVADO, CONTRA AS AGRESSÕES À DIGNIDADE HUMANA Os direitos de personalidade são meios de defesa, porque são sub espécie dos direitos Humanos, no plano do direito privado, contra as agressões à dignidade humana. Impõem a todas as pessoas o dever legal de não causar dano, isto é, de não violar, a integridade física, moral e intelectual de outrem. 53. RELAÇÃO ENTRE DIREITOS DE PERSONALIDADE E DIREITOS CUJO OBJETO SÃO OS ATRIBUTOS FÍSICOS, PSÍQUICOS E MORAIS DA PESSOA EM SI E EM SUAS PROJEÇÕES SOCIAIS (VD. Q 53) No Direito de Personalidade, vamos falar também sobre intimidade e privacidade, apesar de não ser físico é de natureza psíquica, mostrando que na privacidade existem elementos externos como correspondência e telefonemas, e intimidade diz respeito a sentimento, pudor, sofrimento que é internalizado. Privacidade e intimidade tem proteção civil e constitucional. 54. RELAÇÃO ENTRE DIREITOS DE PERSONALIDADE E DIREITOS INERENTES À CONDIÇÃO DE PESSOA, COM FUNDAMENTO NO PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA, SERVINDO COMO MEIO DE DEFESA DO DESENVOLVIMENTO PLENO DO HOMEM NO ÂMBITO DAS RELAÇÕES JURÍDICO-PRIVADAS Direitos de Personalidade não são apenas vitalícios, indissociável, absolutos, Ilimitados, Extrapatrimoniais, Imprescritíveis, Intransmissíveis, Irrenunciáveis, Inexpropriáveis, MAS PRINCIPALMENTE UNIVERSAIS e INATOS, bastando ser da espécie humana, não importando se é pobre, não importando a nacionalidade do sujeito ou se é apátrida(SEM PÁTRIA). 55. RELAÇÃO ENTRE DIREITO CIVIL E ESTADO DO INDIVÍDUO DE FILHO, DE SOLTEIRO, CASADO, VIÚVO, SEPARADO OU DIVORCIADO Direito civil é um ramo do Direito que trata do conjunto de normas reguladoras dos direitos e obrigações de ordem privada concernente às pessoas, aos seus direitos e obrigações, aos bens e às suas relações, enquanto membros da sociedade e que também abrange desde o sujeito ter vinculo matrimonial, casado, do separado , do divorciado, do sujeito ser incapaz, do sujeito ser emancipado. É o Direito que regulamenta, no âmbito infraconstitucional, o estado familiar das pessoas naturais (classificação que leva em conta a posição da pessoa no seio da família). 56. RELAÇÃO ENTRE TEORIA CONCEPCIONISTA E PERSONALIDADE INICIANDO DESDE A CONCEPÇÃO (VD. Q 10 E 17) TEORIA CONCEPCIONISTA Para os concepcionistas, é possível o ser humano adquirir a personalidade civil ou jurídica desde a concepção, ou seja, antes de nascer. Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a CONCEPÇÃO, os direitos do nascituro. CÓDIGO CIVIL 57. RELAÇÃO ENTRE TEORIA CONCEPCIONISTA E POSSIBILIDADE DO SER HUMANO ADQUIRIR A PERSONALIDADE CIVIL OU JURÍDICA DESDE A CONCEPÇÃO, OU SEJA, ANTES DE NASCER A lei ressalva em seu benefício alguns direitos patrimoniais originados de herança, doação ou legados, os quais ficarão condicionados ao seu nascimento com vida. Ao contrário do que presume a teoria da personalidade condicional. Existem diversas situações que demonstram conceder direitos da personalidade ao nascituro enquanto concepto, os quais passaremos a elencar alguns: 1) o direito ao reconhecimento de paternidade; 2) o direito à curatela; 3) ser donatário; 4) ter o direito à herança; 5) direito à vocação hereditária por indicação em testamento (prole eventual); 6)direito à indenização 7) direito aos alimentos; 8) proteção criminal quanto à vida, entre outros. 58. RELAÇÃO ENTRE PERSONALIDADECIVIL (OU JURÍDICA) E CAPACIDADE QUE AS PESSOAS TÊM DE SEREM TITULARES DE DIREITOS E OBRIGAÇÕES Primeiro o sujeito adquire personalidade, depois adquire capacidade, que se desdobra em de fato, de direito e enfim a plena . a) CAPACIDADE DE DIREITO é a capacidade que todas as pessoas possuem, não sendo necessário o implemento de nenhuma condição para aquisição ou gozo de direitos, basta nascer com vida para possuir capacidade de direito; b) CAPACIDADE DE FATO exige uma aptidão descrita na lei, é aquela que se adquire quando atingida a maioridade civil, aos dezoito anos de idade completos, ou por escritura de emancipação, passando a poder exercer por si mesmo todos os atos da vida civil; c) CAPACIDADE PLENA se identifica presente quando a pessoa possui tanto a capacidade de direito quanto a de fato ao mesmo tempo; 59. RELAÇÃO ENTRE PERSONALIDADE E ATRIBUTO NATURAL, ISTO É, NÃO ESTÁ NECESSARIAMENTE VINCULADO AO SER HUMANO. SE ASSIM FOSSE, A PESSOA JURÍDICA NÃO TERIA PERSONALIDADE Personalidade não é atributo natural, por que se fosse atributo natural, apenas as pessoas físicas é que teriam, isto é, não está necessariamente vinculado ao ser humano, uma vez que as pessoas jurídicas também são sujeitos de direitos e obrigações em nosso ordenamento jurídico, as pessoas jurídicas registradas que existem de fato e de direito porque foi regularizada legalmente ou cartorialmente. 60. RELAÇÃO ENTRE CÓDIGO CIVIL DE 2002 E A REGRA DE QUE SERÁ DECLARADA A MORTE PRESUMIDA, SEM DECRETAÇÃO DE AUSÊNCIA: SE FOR EXTREMAMENTE PROVÁVEL A MORTE DE QUEM ESTAVA EM PERIGO DE VIDA; SE ALGUÉM, DESAPARECIDO EM CAMPANHA OU FEITO PRISIONEIRO, NÃO FOR ENCONTRADO ATÉ 2 ANOS APÓS O TÉRMINO DA GUERRA A morte presumida é aplicável em duas situações distintas. Poderá ser consequência de um processo de declaração de ausência (como vimos anteriormente), ou quando houverem indícios veementes (perigo de vida, desaparecimento em campanha, feito prisioneiro, não for encontrado após dois anos do término da guerra CÓDIGO CIVIL, ART. 7º. Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência: I – se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; II – se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o termino da guerra. § único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.
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