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EaD - 2017 APRESENTAÇÃO KARBAGE FINALIZADA EM 19.07.2017

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1 
 
 
OS DESAFIOS SOCIOEDUCATIVOS INCLUSIVOS 
NA RESSOCIALIZAÇÃO DOS PRIVADOS DE 
LIBERDADE DO SISTEMA PENAL DO ESTADO 
DO CEARÁ PARA O SÉCULO XXI 
 
MARCUS AURÉLIO DE MEDEIROS KARBAGE 
Orientadora: Drª. Sandra Siqueira Santos 
Co-Orientador: Dr. José Evangelista 
Damasceno 
 
Linha de Pesquisa: Segurança, 
Sistema Penal e 
Ressocialização. 
 
Asunción - 2017 
2 
Analisando criticamente a eficácia da ressocialização do condenado que, 
independente do ilícito penal cometido, quando do cumprimento em regime 
fechado, e ou semiaberto é submetido a condições desumanas em 
presídios superlotados, sendo, na maioria dos casos, “instruído” ali numa 
“faculdade do crime”, ou seja, quando posto em liberdade, sai pior do que 
quando ingressou naquela instituição prisional, pois as inúmeras leis não 
produzem os resultados concretos desejados e esperados pela 
comunidade brasileira. 
Diante dessa situação, a grande problemática talvez seja a ressocialização, 
quase sempre ineficaz, que por parte do Estado com sua estrutura em 
desarranjo e sistemas de informações precarizados, existe pouca iniciativa 
para mudança quanto a isto, pois as prisões atualmente têm como 
finalidade apenas castigar, esquecendo sua meta principal que seria 
reconduzi-lo a sociedade de maneira mais humana e digna. 
PROBLEMATIZACÃO 
 
3 
Analisar os Desafios Socioeducativos inclusivos 
enfrentados na Ressocialização dos Privados de 
Liberdade no Estado do Ceará, presentes no 
Século XXI no ano de 2015. 
OBJETIVO GERAL 
4 
 Identificar os tipos de Desafios Socioeducativos inclusivos 
enfrentados na Ressocialização dos Privados de Liberdade 
aplicados no Sistema Penal do Ceará no ano de 2015. 
 Estabelecer a população carcerária que está sendo contemplada 
nos Desafios Socioeducativos de Ressocialização destes Privados 
de Liberdade em 2015, fazendo um estudo comparativo dos últimos 
cinco anos. 
 Demonstrar os impactos positivos e negativos enfrentados na 
Ressocialização dos Privados de Liberdade dentro dos 
Estabelecimentos Prisionais do Estado do Ceará no ano de 2015. 
 Avaliar a contribuição social, educacional, familiar, religiosa, 
material na ressocialização e inclusão dos Privados de Liberdade 
no Sistema Penal do Ceará para o Século XXI no ano de 2015. 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
5 
No mundo moderno que vivemos percebe-se a existência de uma 
inegável discrepância entre a realidade prisional do Estado do Ceará e 
o que é preconizado na legislação brasileira e em legados 
internacionais. A falta de políticas públicas no contexto macro e o 
descaso com as normas legais e institucionais existentes no Brasil 
fazem com que a ressocialização e a inclusão social do privado de 
liberdade não ocorra de forma equânime e igualitária. Contudo a lei 
que mais discute sobre a real efetivação ou não, se trata da Lei de 
Execução Penal – LEP, considerada uma das mais modernas do 
mundo, mas é inexeqüível em muitos de seus dispositivos por falta de 
estrutura adequada ao cumprimento das penas privativas de liberdade 
e das medidas alternativas previstas, pois fazendo um paralelo do que 
está escrito na Lei para a nossa realidade. 
JUSTIFICATIVA 
6 
 
 
MARCO TEÓRICO 
 LEI Nº 7.210, de 11 de Julho de 1984 – Lei de Execução Penal – LEP 
 
 LEI 12. 433 – Dispõe sobre a remição de parte do tempo de execução da 
pena por estudo ou por trabalho. 
 
 LEI 12.403 - Altera dispositivos do Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro 
de 1941 - Código de Processo Penal, relativos à prisão processual, 
fiança, liberdade provisória, demais medidas cautelares, e dá outras 
providências. 
 
 CALHAU, Lélio Braga (2015). A “ressocialização” de presos e a 
terceirização de presídios: impressões colhidas por um psicólogo 
em visita a dois presídios terceirizados 
 
 CABRAL, Luisa Rocha; SILVA, Juliana Leite. O trabalho penitenciário e 
a ressocialização do preso no Brasil. 
 
 GOMES NETO, Pedro Rates. A prisão e o sistema penitenciário: uma 
visão histórica. 
7 
O estudo privilegia o método descritivo exploratório, tendo uma 
abordagem Mista (Qualitativa e Quantitativa), por utilizarmos 
métodos dedutivos e indutivos, onde trabalharmos um número de 
Privados de Liberdade do Sistema Prisional do Estado do Ceará 
para produzir o delineamento da investigação. 
 
Para Alvarenga (2012, pág. 40), Sampieri et al (2015 pág. 364) e 
Damasceno (2015, pág. 163) “A investigação quantitativa 
emprega diferentes concepções filosóficas; estratégia de 
investigação; métodos de coleta, análise e interpretação dos 
dados, proporcionando respostas aos problemas em questão”. No 
entanto, no enfoque qualitativo, não se busca uma relação de 
causa e efeito, más sim, a explicação do fenômeno estudado. 
 
MARCO METODOLÓGICO 
8 
 
 
METODOLOGIA 
Caráter do estudo: Revisão Documental, Bibliográfica 
com enfoque – Quali-quantitativo. 
 
Quantitativo: Utilizarmos métodos dedutivos, que tem 
por objetivo descrever ou explicar as descobertas, 
trabalhando geralmente com amostra probabilísticas [...] 
da qual se extrai uma amostra para estudar. 
 
Qualitativo: Utilizarmos métodos indutivo, que 
procura compreender as ações e atitudes dos sujeitos 
envolvidos no estudo, não procura validar teorias e nem 
generalizar suas descobertas. 
9 
 
 
METODOLOGIA 
 Nível do estudo: Analítico, Comparativo e Descritivo. 
 
 Período/Tempo : Janeiro a Dezembro 2016. 
 
 Local da pesquisa: Secretaria da Justiça do Estado 
do Ceará, Fortaleza. 
 
 Abrangência: Cenário Estadual do Ceará 
10 
 
 
UNIVERSO, POPULAÇÃO E AMOSTRA 
 Universo: Privados de Liberdade do Sistema Penal do 
Estado do Ceará 
 
 População: 21.320 Privados de Liberdade sob custódia do 
Estado. 
 
 Amostra: 10 (dez) grandes Unidades Prisionais da Região 
Metropolitana de Fortaleza. 
11 
 
 
 METODOLOGIA 
TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE 
COLETAS DE DADOS 
Procedimentos Técnicas 
 Coleta de dados  Documentais e Bibliográficas. 
 Análise dos dados 
 Análises de Conteúdos; 
 Análises Descritivos; e 
 Análises de Estatísticas 
Multivariadas. 
12 
 
 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO 
DOS RESULTADOS 
 
13 
 
 
DÉFICIT DE VAGAS DO SISTEMA PRISIONAL DO CEARÁ 
Total de 
Vagas 
Abril/13 Abril/14 Total 
N % N % N % 
10.636 13.751 29,28 16.501 55,14 2.750 25,86 
ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO 
DOS RESULTADOS 
14 
 
 
Capacidade e População das Unidades 
Prisionais 
ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO 
DOS RESULTADOS 
 
Capacidade e População das Unidades Prisionais 
UNIDADE PRISIONAL Capacidade N % 
Instituto Penal Professor Olavo Oliveira (IPPOO II) 492 657 5,5 
Casa de Privação Provisória de Liberdade Des. Francisco Adalberto de 
Oliveira Barros Leal (CPPL Caucaia) 
900 1065 8,8 
Casa de Privação Provisória de Liberdade Agente Penitenciário Luciano 
Andrade de Lima (CPPL I) 
900 1099 9,1 
Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor Clodoaldo Pinto 
(CPPL II) 
952 982 8,2 
Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor José Jucá Neto (CPPL 
III) 
952 1049 8,7 
Casa de Privação Provisória de Liberdade Agente Elias Alves 
da Silva (CPPL IV) 
936 1093 9,1 
Instituto Penal Paulo Sarasate (IPPS) 940 297 2,5 
Penitenciária Francisco Hélio Viana de Araújo (Pacatuba) 525 596 5 
Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa (IPF) 374 426 3,5 
Penitenciária Industrial Regional do Cariri (PIRC) 549 459 3,8 
Penitenciária Industrial Regional de Sobral (PIRS) 500 527 4,4 
Hospital Geral e Sanatório ProfessorOtávio Lobo (HSPOL) 30 36 0,3 
Instituto Psiquiátrico Governador Stênio Gomes (Manicômio) 104 76 0,6 
Cadeias Públicas 3228 3678 30,5 
TOTAL 11382 12040 100 
15 
 
 
Distribuição de presos por faixa etária e unidade prisional 
UNIDADE PRISIONAL 
Faixa Etária 
18-24 25-29 30-34 35-45 46-60 >60 Total 
Casa de Privação Provisória de Liberdade Des. Francisco 
Adalberto de Oliveira Barros Leal (CPPL Caucaia) 
469 326 190 167 30 3 1185 
Casa de Privação Provisória de Liberdade Agente 
Penitenciário Luciano Andrade de Lima (CPPL I) 
391 426 282 214 45 1 1359 
Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor 
Clodoaldo Pinto (CPPL II) 
1056 378 195 153 30 0 1812 
Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor José 
Jucá Neto (CPPL III) 
621 396 207 123 12 1 1360 
Casa de Privação Provisória de Liberdade Agente Elias 
Alves da Silva (CPPL IV) 
834 494 249 145 27 0 1749 
Centro de Execução Penal e Integração Social Vasco 
Damasceno Weyne 
481 433 315 434 165 6 1834 
Hospital Geral e Sanatório Professor Otávio Lobo 
(HSPOL) 
17 6 2 11 3 0 39 
Irmã Imelda 22 19 12 28 30 45 156 
Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura 
Costa (IPF) 
290 181 104 153 64 8 800 
Instituto Penal Professor Olavo Oliveira (IPPOO II) 86 126 101 110 41 3 467 
Instituto Psiquiátrico Governador Stênio Gomes 
(Manicômio) 
11 17 18 26 26 10 108 
Penitenciária Francisco Hélio Viana de Araújo (Pacatuba) 73 134 101 118 39 1 466 
TOTAL 4351 2936 1776 1682 512 78 11335 
16 
 
 
ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO 
DOS RESULTADOS 
 
Situação Jurídica 
UNIDADE 
PRISIONAL I % II % III % IV % Total % 
 CPPL Caucaia 308 2,71% 40 0,35% 798 7,02% 39 0,34% 1185 10,42% 
 CPPL I 509 4,48% 0 0,00% 771 6,78% 81 0,71% 1361 11,97% 
 CPPL II 236 2,07% 25 0,22% 1528 13,43% 18 0,16% 1807 15,89% 
 CPPL III 364 3,20% 29 0,25% 928 8,16% 39 0,34% 1360 11,96% 
 CPPL IV 383 3,37% 89 0,78% 1239 10,89% 38 0,33% 1749 15,38% 
 CEPIS 612 5,38% 47 0,41% 1080 9,50% 96 0,84% 1835 16,13% 
 HSPOL 8 0,07% 0 0,00% 28 0,25% 3 0,03% 39 0,34% 
 UP IILP 45 0,40% 11 0,10% 77 0,68% 23 0,20% 156 1,37% 
 IPF 173 1,52% 73 0,64% 536 4,71% 19 0,17% 801 7,04% 
 IPPOO II 22 0,19% 8 0,07% 5 0,04% 432 3,80% 467 4,11% 
 Manicômio 6 0,05% 0 0,00% 99 0,87% 3 0,03% 108 0,95% 
 UP Pacatuba 441 3,88% 6 0,05% 15 0,13% 44 0,39% 506 4,45% 
TOTAL 3107 27,32% 328 2,88% 7104 62,46% 835 7,34% 11374 100% 
Nota: I – Fechado, II – Hibridos, III – Provisórios, IV – Semi-Aberto 
17 
 
 
Motivações das Detenções 
ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO 
DOS RESULTADOS 
 
Crimes Homem % Mulher % Total % 
Crime contra 
patrimônio 
5.527 49,10% 334 2,97% 5861 52,07% 
Contra a pessoa 2.907 25,82% 163 1,45% 3070 27,27% 
Entorpecentes 2.267 20,14% 59 0,52% 2326 20,66% 
TOTAL 10.701 95,06% 556 4,94% 11257 100,00% 
18 
 
 
Motivações das Detenções por idade 
ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO 
DOS RESULTADOS 
 
Idades / 
Crimes 
Crime contra 
patrimônio 
% 
Contra a 
pessoa 
% Entorpecentes % Total % 
18-21 186 1,73 923 8,60 392 3,65 1501 13,98 
22-25 469 4,37 1378 12,83 633 5,89 2480 23,10 
26-29 580 5,40 1160 10,80 430 4,00 2170 20,21 
30-33 495 4,61 797 7,42 300 2,79 1592 14,83 
34-37 435 4,05 496 4,62 178 1,66 1109 10,33 
38-41 274 2,55 228 2,12 158 1,47 660 6,15 
42-45 189 1,76 147 1,37 100 0,93 436 4,06 
46-49 136 1,27 83 0,77 74 0,69 293 2,73 
50-53 117 1,09 49 0,46 64 0,60 230 2,14 
54-57 69 0,64 19 0,18 31 0,29 119 1,11 
58-61 24 0,22 11 0,10 24 0,22 59 0,55 
62-65 28 0,26 5 0,05 14 0,13 47 0,44 
66-69 14 0,13 2 0,02 5 0,05 21 0,20 
70-73 6 0,06 0 0,00 6 0,06 12 0,11 
74-76 3 0,03 0 0,00 6 0,06 9 0,08 
TOTAL 3025 28,17 5298 49,34 2415 22,49 10738 100 
19 
 
 
Distribuição dos detentos por gênero e 
nível de escolaridade 
Distribuição dos detentos por gênero e nível de escolaridade 
ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO 
DOS RESULTADOS 
 
Nível de Escolaridade 
Homens Mulheres Total 
N % N % N % 
Analfabeto 1189 10,38% 51 8,75% 1240 10,30% 
Sabe ler e escrever, mas não 
frequentou escola 
174 1,52% 4 0,69% 178 1,48% 
1º Grau Incompleto 6022 52,56% 292 50,09% 6314 52,44% 
1º Grau Completo 1370 11,96% 67 11,49% 1437 11,94% 
2º Grau Incompleto 1613 14,08% 92 15,78% 1705 14,16% 
2º Grau Completo 862 7,52% 48 8,23% 910 7,56% 
Ensino Técnico Incompleto 11 0,10% 0 0,00% 11 0,09% 
Ensino Técnico Completo 16 0,14% 1 0,17% 17 0,14% 
Ensino Superior (3º Grau) 
Incompleto 
83 0,72% 19 3,26% 102 0,85% 
Ensino Superior (3º Grau) 
Completo 
37 0,32% 4 0,69% 41 0,34% 
Pós Graduação 2 0,02% 0 0,00% 2 0,02% 
Não informado 78 0,68% 5 0,86% 83 0,69% 
TOTAL 11457 100% 583 100% 12040 100% 
20 
 
 
CONCLUSÕES 
A maioria das unidades prisionais do Estado abrigam um número de detentos 
superior à sua capacidade. Em sua consequência, nestes ambientes, a 
superlotação na maioria das vezes é comum, bem assim as condições 
deficientes de infraestrutura. Principalmente os homens recolhidos sofrem 
com esta situação. Em relação às mulheres, as condições de abrigo são 
melhores. Também para elas, além do trabalho, são oferecidos mais cursos 
profissionalizantes, ademais de contar com mais projetos realizados pela 
sociedade civil, além, dos religiosos. 
 
Dentro das celas, encontram-se símbolos e vestígios de uma tentativa por 
parte do que está isolado de manter um imperceptível fio com a sociedade 
que os tenta aliviar. Observam-se afixadas nas paredes páginas de revistas 
com fotografias, nomes de familiares ou ente queridos, versículos bíblicos, 
frases de incentivo, nomes de baixo calão, riscos com a contagem dos dias 
ali passados. Também é comum encontrar um televisor. A oferta de vagas 
para trabalho nas unidades prisionais é insuficiente ante o contingente 
populacional encarcerado, consequentemente, a ociosidade predomina. 
21 
 
 
Diante da analise e coleta de dados feitas no transcurso do estudo, percebeu-
se a existência de falhas na elaboração das informações do Censo 2013/2014 
da Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado do Ceará, porém essas 
inconsistências não prejudicaram os resultados da pesquisa que ajudaram no 
fundamentação deste estudo. 
 
Contudo, o cenário encontrado revela uma realidade dura e que ratifica o 
processo de exclusão de que é vítima essa população. O reconhecimento, por 
intermédio do Censo, do perfil desse sujeito, das condições de 
encarceramento e da vivência do cotidiano dessas pessoas pode ser tomado, 
entretanto, como um esforço do estabelecimento de ações e desenvolvimento 
de políticas que não façam perdurar historicamente a condição precária dessa 
população ante a sociedade, que, bem ou mal, integram. Os dados 
apresentados constituem um momento fundamental, mas ainda embrionária 
diante do potencial que pode proporcionar às instituições que, direta ou 
indiretamente, atuam junto aos encarcerados. O trabalho precisa ser 
desdobrado e efetivado, para cumprir, assim, o objetivo precípuo de promover 
a reinserção dessas pessoas. 
22 
 
 
RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS 
Em virtude da complexidade do tema aqui dissertado, considera-se que não se exaurem as 
possibilidades discursivas sobre a temática Ressocialização e Inclusão Social dos Privados de 
Liberdade do Estado do Ceará. Como sugestões e recomendações seguem-se: 
 
 Que seja garantido aos Privados de Liberdade o direito de retorno à sociedade, livres de 
preconceitos, estigmas e rotulações; 
 
 Que seja aplicada a Lei de Execução Penal Brasileira e outros dispositivos legais nacionais e 
internacionais que garantam a eficácia do processo de reinserção do Privado de Liberdade; 
 
 Queseja promovida de maneira clara e objetiva a Assistência Educacional, fomentando a 
necessidade do estudo básico, formal e profissionalizante como um dos pilares do processo de 
retorno a sociedade; 
 
 Que a Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado do Ceará, venha a ser mais criteriosa 
quanto da coleta, elaboração, estruturação e veiculação de informações estatísticas sobre o 
perfil socioeconômico dos Privados de Liberdade. 
 
 E por fim, que o estudo venha a contribuir como norteador da real situação pelo qual o Sistema 
Penitenciário do Estado do Ceará vem passando. A partir dessas considerações se abra uma 
gama de oportunidades para composição de outros estudos com essa temática. 
23

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