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O cérebro nosso de cada dia passei direto

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O CÉREBRO NOSSO DE CADA DIA
	A palestrante, profa. Dra. Suzana Herculano-Houzel, iniciou a sua palestra, explicando a fisiologia do cérebro e o seu funcionamento. Ela explica que, a irrigação de sangue no cérebro não varia, em função do funcionamento. A resposta do corpo ao aumento e diminuição do fluxo do sangue no cérebro é o desmaio.
	Algumas informações sobre o funcionamento do cérebro humano receberam destaque, tais como:
	1- Especialização funcional do cérebro: cada região do cérebro é dedicada a um tipo de função.
	2- A gente usa o cérebro o tempo todo, mas de maneiras diferentes.
	3- Estatisticamente, foram encontradas algumas diferenças entre o cérebro masculino e feminino, mas isso não determina diferenças entre habilidades masculinas e femininas;
	4- O cérebro provoca algumas reações e registra essas reações como favoráveis.
	A adolescência é um processo de reorganização drástica do cérebro. O adolescente passa por transformações proporcionais do mapa corporal e o cérebro precisa se ajustar a essas mudanças. O resultado é:
	O tédio, o que faz com que o adolescente vá em busca de experiências arriscadas – isso relaciona-se ao sistema de recompensa (produção de prazer);
	Raciocínio lógico e abstrato;
	O adolescente passa a ter, no final da adolescência, a capacidade de avaliar os riscos dos próprios atos;
	Também passa a conseguir entender as dores do outro (empatia).
	Esse processo de amadurecimento do cérebro acontece gradativamente e de forma desigual. Nesse sentido, a área do cérebro responsável pela empatia é a última a amadurecer.
	O sistema de recompensa provoca a liberação de dopamina. O uso de drogas provoca ativação demais, o que leva à desensibilização, resultando na necessidade do uso de mais quantidade de drogas.
	O que acontece no início da adolescência é a perda de parte da sensibilização do sistema de recompensa, o resultado é o tédio, nada do que antes o adolescente fazia traz satisfação, é como se o adolescente passasse por uma síndrome de abstinência. As atividades normais, portanto, não servem mais e isso provoca a busca pelas novidades e pelos riscos. Isso é desejável, porque isso expõe a ex-criança a experiências novas e prepara esse adolescente para ser um adulto funcional, saudável. No entanto, todas essas mudanças acontecem em um cérebro que não está preparado para avaliar os riscos de uma atividade. 
	Um grupo de cientistas franceses pesquisou sobre o valor do arrependimento e, utilizando um jogo para avaliar as decisões de risco, concluiram que pessoas normais conseguem ganhar dinheiro, mas pessoas com uma pequena lesão no córtex órbitofrontal, apesar de perfeitamente inteligentes, invariavelmente, acabam o jogo devendo dinheiro, porque são racionais e não se arrependem. O arrependimento é a capacidade de prever os prejuízos e tomar as decisões. No adolescente, essa é uma região que amadurece tardiamente.
	O que determina as escolhas em uma negociação que envolve perdas e ganhos é a ativação de uma região do cérebro que produz desgosto, ou seja, as decisões são baseadas em fatores emocionais e não racionais.
	A pesquisadora ressalta que muitos fenômenos podem ser entendidos e explicados pela atividade neuronal em que “a vida cotidiana é o reflexo da atividade do cérebro a cada instante, a cada dia”.
	Durante a palestra há uma desmistificação de algumas crenças tidas no senso comum, a exemplo de que usamos 10% da capacidade do nosso cérebro somente; segundo a palestrante, não há razão cientifica que evidencie tal frase. “Ao contrário do que se pensa não há limites para sua capacidade”, assimcomo um músculo que atrofia se não for exercitado, é necessário usar e treinar constantemente o cérebro, correspondendo nessa afirmativa de que a própria pessoa que vai utiliza-lo em sua plenitude,conforme explica a neurocientista.
	Dessa forma, podemos inferir a partir do vídeo que, se pensamos, é necessário entender como funciona o pensamento, se sentimos é necessário saber o que é esse sentir, se fazemos o que acontece neurologicamente quando o cérebro executa uma ordem para que o movimento aconteça, enfim, se somos como somos é devido ao cérebro ser e funcionar como é.
	Nesse contexto, ao investigar a problemática sobre as sensações é necessário saber distingui-las de formas diferentes conforme explica a professora, ou seja, saber da vinculação entre cérebro e pensamento. A imaginação depende dos sentidos e os sentidos dependem das experiências.
	E no caso de doenças que causam lesões neurais, entendemos nessa parte, a importância da neurociência de investigar a capacidade do cérebro de reorganização. O que guia essa peculiaridade do nosso cérebro é o uso.

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