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MERCOSUL NO DIREITO INTERNACIONAL
INTRODUÇÃO:
O Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) é um amplo projeto de integração fundado pelos seguintes países; Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai que assinaram, em 26 de março de 1991, o Tratado de Assunção, com vistas a criar o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL). O objetivo primordial do Tratado de Assunção é a integração dos Estados Partes por meio da livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos, do estabelecimento de uma Tarifa Externa Comum (TEC), da adoção de uma política comercial comum, da coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais, e da harmonização de legislações nas áreas pertinentes.
De modo que á configuração atual do MERCOSUL encontra seu marco institucional no Protocolo de Ouro Preto, assinado em dezembro de 1994. O Protocolo reconhece a personalidade jurídica de direito internacional do bloco, atribuindo-lhe, assim, competência para negociar, em nome próprio, acordos com terceiros países, grupos de países e organismos internacionais. O MERCOSUL caracteriza-se, ademais, pelo regionalismo aberto, ou seja, tem por objetivo não só visando o aumento do comércio e sua expansão em cada nicho, mas também o estímulo ao intercâmbio com outros parceiros comerciais já que todos os países da América do Sul fazem parte do MERCOSUL, seja como Estados Parte, seja como Associado.
Objetivos
O MERCOSUL tem por objetivo consolidar a integração política, econômica e social entre os países que o integram e fortalecer os vínculos entre os cidadãos do bloco e contribuir para melhorar sua qualidade de vida. Um dos objetivos basilares do MERCOSUL é o aperfeiçoamento da União Aduaneira e como passo importante nessa direção, os Estados Partes concluíram, em 2010, as negociações para a conformação do Código Aduaneiro do MERCOSUL este se sustenta em três pilares: o econômico comercial, o social e o da cidadania, e está composto por grande diversidade de órgãos, os quais cuidam de temas tão variados quanto agricultura familiar, direitos humanos, gênero, saúde e cinema.
Entre os princípios do bloco estão:
•         “A livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos entre os países do bloco , por meio, entre outros, da eliminação dos direitos alfandegários e restrições não-tarifárias à circulação de mercadorias e de qualquer outra medida de efeito equivalente";
•         "O estabelecimento de uma tarifa externa comum e a adoção de uma política comercial comum em relação a terceiros Estados ou agrupamentos de Estados e a coordenação de posições em foros econômico-comerciais regionais e internacionais";
•         "A coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais entre os Estados Partes – de comércio exterior, agrícola, industrial, fiscal, monetária, cambial e de capitais, de outras que se acordem –, a fim de assegurar condições adequadas de concorrência entre os Estados Partes";
Compromisso dos Estados Parte em harmonizar a legislação nas áreas pertinentes, a fim de fortalecer o processo de integração
PLANO ESTRATÉGICO DE AÇÃO SOCIAL DO MERCOSUL
Plano Estratégico de Ação Social do MERCOSUL (PEAS) é a principal iniciativa no pilar social da integração regional. Reúne políticas sociais comuns que visam a erradicar a miséria, a fome, a pobreza e o analfabetismo, além de universalizar os serviços de saúde pública, no âmbito do MERCOSUL, entre outros fins. A idéia de elaborar um plano com políticas regionais na área social foi encomendada aos órgãos do MERCOSUL pelos presidentes dos Estados Partes durante a Cúpula realizada em Córdoba, na Argentina, em 2006. Todas as instancias do MERCOSUL responsáveis por temas sociais estão envolvidas nesta iniciativa.
O PEAS guarda relação com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) das Nações Unidas. No plano multilateral extra-bloco, os países do MERCOSUL defendem políticas sociais que, de modo geral, consolidam posições mais ambiciosas em termos de desenvolvimento social e humano quando comparadas a outras regiões do mundo. No plano regional, o MERCOSUL é o espaço onde os Estados Partes podem avançar em relação àquele marco normativo. O PEAS representa um esforço nesse sentido.
 
A estrutura do PEAS contempla dez Eixos:
 
Eixo 1 – Erradicar a fome, a pobreza e combater as desigualdades sociais;
Eixo 2 – Garantir os direitos humanos, a assistência humanitária e a igualdade étnica, racial e de gênero;
Eixo 3 – Universalizar a Saúde Pública;
Eixo 4 – Universalizar a educação e erradicar o analfabetismo;
Eixo 5 – Valorizar e promover a diversidade cultural;
Eixo 6 – Garantir a inclusão produtiva;
Eixo 7 – Assegurar o acesso ao trabalho decente e aos direitos previdenciários;
Eixo 8 – Promover a Sustentabilidade Ambiental;
Eixo 9 – Assegurar o Diálogo Social;
Eixo 10 – Estabelecer mecanismos de cooperação regional para a implementação e financiamento de políticas sociais.
Órgãos decisórios do MERCOSUL
Os órgãos decisórios que compõem a estrutura institucional do MERCOSUL, conforme o artigo 2º do Protocolo de Ouro Preto são o Conselho do Mercado Comum (CMC), o Grupo Mercado Comum (GMC) e a Comissão de Comércio do MERCOSUL (CCM).
O CMC é o órgão superior do MERCOSUL, ao qual cabe a condução política do processo de integração. É formado pelos Ministros de Relações Exteriores e pelos Ministros da Economia, ou seus equivalentes, dos Estados Partes.
O Conselho adota Decisões, obrigatórias para os Estados Partes, com vistas a assegurar o cumprimento dos objetivos estabelecidos pelo Tratado de Assunção.
Fundo para a Convergência Estrutural do MERCOSUL (FOCEM)
O Fundo para a Convergência Estrutural do MERCOSUL (FOCEM) destina-se a “financiar programas para promover a convergência estrutural, desenvolver a competitividade e promover a coesão social, em particular das economias menores e regiões menos desenvolvidas; apoiar o funcionamento da estrutura institucional e o fortalecimento do processo de integração”.
O Brasil é o maior contribuinte, aportando 70% dos recursos do Fundo. A Argentina é responsável pela integralização de 27% do montante; o Uruguai, pela contribuição de 2%; e o Paraguai, de 1%.
A Decisão CMC Nº 41/12, definiu que a Venezuela contribuiria para o FOCEM com aportes anuais de US$ 27 milhões. A Decisão estabelece, ademais, que US$ 11,5 milhões desse total deverão financiar projetos venezuelanos, ao passo que os 15,5 milhões restantes serão colocados à disposição dos demais Estados Partes.  
As duas economias menores do MERCOSUL são as principais beneficiárias dos projetos aprovados pelo FOCEM. O Paraguai é o destinatário de 48% dos recursos e o Uruguai é contemplado com 32% do total.
O FOCEM entrou em operação em janeiro de 2007, com a aprovação dos primeiros projetos a serem financiados com recursos comunitários. Ao longo de seu funcionamento, o Fundo teve mais de 40 projetos aprovados.
O FOCEM tem contribuído para a melhoria em setores como habitação, transportes, incentivos à microempresa, biossegurança, capacitação tecnológica e aspectos sanitários.
Em 2015, a Decisão CMC 22/15 estabeleceu a renovação do FOCEM, o que permitirá a continuidade dos aportes ao Fundo a partir de sua vigência em todos os Estados Partes.
Parlamento
O Parlamento do MERCOSUL, ou PARLASUL é um órgão representativo dos cidadãos do bloco. A criação do Parlamento fundamentou-se no reconhecimento da importância da participação dos Parlamentos dos Estados Partes no aprofundamento do processo de integração e no fortalecimento da dimensão institucional de cooperação inter-parlamentar. Sua instalação contribuiu para reforçar a dimensão político-institucional e cidadã do processo de integração.
O Brasil está representado por 37 parlamentares; a Argentina, por 26; a Venezuela, por 23; o Uruguai e o Paraguai, por 18 cada. A composição final das bancadas (Brasil: 74; Argentina 43; Venezuela 33; Paraguai e Uruguai: 18 cada) está condicionada à realização de eleições diretas, que deverão ocorrer até 2020, observando a regulamentação do pleito em cada Estado Parte.
Idiomas oficiais 
Os idiomasoficiais e de trabalho do MERCOSUL, conforme o artigo 46 do Protocolo de Ouro Preto são o espanhol e o português. A Decisão CMC Nº 35/06 incorporou o Guarani como um dos idiomas do bloco.
Residência e trabalho livre
O Acordo sobre Residência para Nacionais dos Estados Partes do MERCOSUL e o Acordo sobre Residência para Nacionais dos Estados Partes do MERCOSUL, Bolívia e Chile, aprovados pela Decisão CMC Nº 28/02, concedem o direito à residência e ao trabalho para os cidadãos sem outro requisito que não a nacionalidade.
Desde que tenham passaporte válido, certidão de nascimento e certidão negativa de antecedentes penais, cidadãos dos Estados signatários podem requerer a concessão de residência temporária de até dois anos em outro país do bloco.
Antes de expirar o prazo da residência temporária, poderão requerer a residência permanente. Além de Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, Bolívia e Chile, o acordo é aplicado, atualmente, também a Peru, Colômbia e Equador.
Acordo Multilateral de Seguridade Social: 
O Acordo, aprovado pela Decisão CMC Nº 19/97, permite que trabalhadores migrantes e suas famílias tenham acesso aos benefícios da seguridade social, possibilitando que os cidadãos de um Estado Parte tenham contabilizado o tempo de serviço em outro Estado Parte para fins de concessão de benefícios por aposentadoria, invalidez ou morte.
Integração Educacional: 
O MERCOSUL possui protocolos para a integração educacional, os quais prevêem a revalidação de diplomas, certificados, títulos e o reconhecimento de estudos nos níveis fundamental e médio, técnico e não técnico. Os protocolos abrangem, ainda, estudos de pós-graduação. Há, também, o Sistema de Acreditação Regional de Cursos de Graduação do MERCOSUL (ARCU-SUL)e o Sistema Integrado de Mobilidade (SIMERCOSUL).
A fim de aprofundar a agenda cidadã da integração, foi aprovado, em 2010, o Plano de Ação para a Conformação de um Estatuto da Cidadania, por meio da Decisão CMC Nº 64/10, que visa a ampliar e consolidar o conjunto de direitos e benefícios para os cidadãos dos Estados Partes.
O MERCOSUL na vida do cidadão 
Desde sua criação, o MERCOSUL tem aprovado normas de alcance regional que criam direitos e benefícios para os cidadãos dos Estados Partes, facilitando aspectos práticos de seu dia-a-dia. Entre os direitos e benefícios de que gozam os cidadãos do bloco, atualmente, podem-se destacar
Passaporte
Graças ao Acordo sobre Documentos de Viagem dos Estados Partes do MERCOSUL e Estados Associados, aprovado pela Decisão CMC N.º 18/08, é possível viajar entre os territórios dos Estados do MERCOSUL e da maioria dos Estados Associados usando apenas a carteira de identidade. São Partes do Acordo Argentina, Brasil Paraguai, Uruguai, Venezuela, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru.
O prazo de validade dos documentos do Anexo será o estabelecido nos mesmos pelo Estado emissor. No caso de não possuir data de vencimento, entender-se-á que os documentos mantém sua vigência por prazo indeterminado. Caso a fotografia gere dúvidas sobre a identidade do portador do documento, as autoridades poderão solicitar outro documento.
Além de passaportes, são documentos válidos para brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil, conforme o caso, o Registro de Identidade Civil, as Cédulas de Identidade expedidas por cada Unidade da Federação com validade nacional ou as Cédulas de Identidade de Estrangeiro expedidas pela Polícia Federal.
Na última década, o MERCOSUL demonstrou particular capacidade de aprimoramento institucional. Entre os inúmeros avanços, vale registrar a criação do Tribunal Permanente de Revisão (2002), do Parlamento do MERCOSUL (2005), do Instituto Social do MERCOSUL (2007), do Instituto de Políticas Públicas de Direitos Humanos (2009), bem como a aprovação do Plano Estratégico de Ação Social do MERCOSUL (2010) e o estabelecimento do cargo de Alto Representante-Geral do MERCOSUL (2010).
Ressaltando que a criação, em 2005, do Fundo para a Convergência Estrutural do MERCOSUL, por meio do qual são financiados projetos de convergência estrutural e coesão social, contribuindo para a mitigação das assimetrias entre os Estados Partes. Em operação desde 2007, o FOCEM conta hoje com uma carteira de projetos de mais de US$ 1,5 bilhão, com particular benefício para as economias menores do bloco (Paraguai e Uruguai). O fundo tem contribuído para a melhoria em setores como habitação, transportes, incentivos à microempresa, biossegurança, capacitação tecnológica e aspectos sanitários.
O MERCOSUL passa a ser, ainda, ator incontornável para o tratamento de duas questões centrais para o futuro da sociedade global: segurança energética e segurança alimentar. Além da importante produção agrícola dos demais Estados Partes, o MERCOSUL passa a ser o quarto produtor mundial de petróleo bruto, depois de Arábia Saudita, Rússia e Estados Unidos.
Na Cúpula de Caracas, realizada em julho de 2014, destaca-se a criação da Reunião de Autoridades sobre Privacidade e Segurança da Informação e Infra-estrutura Tecnológica do MERCOSUL e da Reunião de Autoridades de Povos Indígenas. Uma das prioridades da Presidência venezuelana, o foro indígena é responsável por coordenar discussões, políticas e iniciativas em benefício desses povos. Foram também adotadas, em Caracas, as Diretrizes da Política de Igualdade de Gênero do MERCOSUL, bem como e o Plano de Funcionamento do Sistema Integrado de Mobilidade do MERCOSUL (SIMERCOSUL). Criando em 2012, durante a Presidência brasileira, o SIMERCOSUL tem como objetivo aperfeiçoar e ampliar as iniciativas de mobilidade acadêmica no âmbito do Bloco.
Todos os países da América do Sul participam do MERCOSUL, seja como Estado Parte, seja como Estado Associado.
CRONOLOGIA DO MERCOSUL
26/03/1991 - Assinatura do Tratado de Assunção, que fixa metas, prazos e instrumentos para a construção do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL).
19/09/1991 - Criação a Comissão Parlamentar Conjunta do MERCOSUL por iniciativa de deputados e senadores dos Estados Partes.
29/11/1991 - Firma do Acordo de Complementação Econômica n.º 18 no âmbito da  Associação Latino-americana de Integração (ALADI). 
17/12/1991 - Assinatura do Protocolo de Brasília, que institui sistema temporário de solução de controvérsias para o MERCOSUL. 
05/08/1994 - Aprovação da Tarifa Externa Comum (TEC), a ser aplicada às importações de extrazona, a partir de 1/1/1995.
05/08/1994 - Criação da Comissão de Comércio do MERCOSUL.
17/12/1994 - Assinatura do Protocolo de Ouro Preto, que estabelece as bases institucionais do MERCOSUL.
15/12/1997 - Inauguração da Sede Administrativa do MERCOSUL em Montevidéu, sob a denominação "Edifício MERCOSUL".
24/07/1998 - Aprovação do Protocolo de Ushuaia sobre Compromisso Democrático no MERCOSUL, Bolívia e Chile.
18/02/2002 - Assinatura do Protocolo de Olivos, que cria o Tribunal Permanente de Revisão (TPR).
06/10/2003 - Criação da Comissão de Representantes Permanentes do MERCOSUL  (CRPM), localizada em Montevidéu, como órgão do Conselho do Mercado Comum (CMC).
01/01/2004 - Entrada em vigor do Protocolo de Olivos para Solução de Controvérsias no MERCOSUL.
13/08/2004 - Instalação do Tribunal Permanente de Revisão, em Assunção (Paraguai).
16/12/2004 - Criação do Fundo para a Convergência Estrutural do MERCOSUL (FOCEM).
07/12/2005 - Entrada em vigor do Protocolo de Montevidéu sobre Comércio de Serviços do MERCOSUL.
09/12/2005 - Assinatura do Protocolo Constitutivo do Parlamento do MERCOSUL.
24/05/2006 - Assinado o Protocolo de Adesão da Venezuela ao MERCOSUL.
15/11/2006 - Aprovação do primeiro orçamento do FOCEM.
14/12/2006 - Sessão Inaugural do Parlamento do MERCOSUL.
18/01/2007 – Aprovados os primeiros projetos pilotos do FOCEM.
18/01/2007 - Criação do Instituto Social do MERCOSUL.
24/02/2007  – Entrada em vigor do Protocolo Constitutivo do Parlamento do MERCOSUL.
07/05/2007 – Sessão de instalação do Parlamento, em Montevidéu.
28/06/2007 - Criação do Sistema de Pagamentos em Moeda Local (SML) para as transações comerciais realizadasentre os Estados Partes do MERCOSUL.
15/12/2008 - Criação do Fundo de Agricultura Familiar do MERCOSUL (FAF).
15/12/2008 - Aprovação do Estatuto do “Fundo MERCOSUL de Garantias a Micro, Pequenas e Médias Empresas” (Fundo Pymes).
15/12/2008 - Aprovação do Acordo de Comércio Preferencial MERCOSUL-SACU.
01/06/2009 - Entrada em vigor do Acordo de Comércio Preferencial MERCOSUL-Índia.
24/07/2009 - Assinatura do Memorando de Entendimento para a Promoção de Comércio e Investimentos entre o MERCOSUL e a República da Coréia.
24/07/2009 - Criação do Instituto de Políticas Públicas de Direitos Humanos (IPPDH) do MERCOSUL.
07/12/2009 - Criação do Fundo de Promoção de Turismo do MERCOSUL (FPTur).
23/12/2009 - Entrada em vigor do Tratado de Livre Comércio subscrito entre o MERCOSUL e o Estado de Israel.
02/08/2010 - Aprovação de cronograma para a eliminação da dupla cobrança da TEC.
02/08/2010 - Aprovação do  Código Aduaneiro do MERCOSUL (Decisão CMC n° 27/10).
16/12/2010 - Aprovação do Acordo sobre Defesa da Concorrência do MERCOSUL. 
16/12/2010 - Criação da placa veicular do MERCOSUL ("Patente MERCOSUR").
16/12/2010 - Aprovação do Plano Estratégico de Ação Social – PEAS.
16/12/2010 - Instituição da Unidade de Apoio à Participação Social – UPS.
16/12/2010 - Aprovação do Plano de Ação para a conformação de um Estatuto da Cidadania do MERCOSUL.
16/12/2010 - Adoção do Programa de Consolidação da União Aduaneira do MERCOSUL (Decisão CMC N° 56/10).
17/12/2010 - Criação do cargo de Alto Representante-Geral.
20/12/2011 - Assinatura de Acordo de Livre Comércio entre o MERCOSUL e a Palestina.
20/12/2011 - Assinatura do Protocolo de Montevidéu sobre Compromisso com a Democracia no MERCOSUL (Ushuaia II).
12/08/2012 – Entrada em vigor do Protocolo de Adesão da Venezuela.
06/12/2012 - Implementação do Plano Estratégico de Ação Social.
07/12/2012 - Assinatura do Protocolo de Adesão da Bolívia ao MERCOSUL.
07/12/2012 - Criação do Fórum Empresarial do MERCOSUL.
17/12/2014 - Assinatura do Memorando de Entendimento de Comércio e Cooperação Econômica entre o MERCOSUL e o Líbano.
17/12/2014 - Assinatura do Acordo-Quadro de Comércio e Cooperação Econômica entre o MERCOSUL e a Tunísia
MEIO AMBIENTE
O tema ambiental foi inserido na agenda do MERCOSUL desde sua constituição, em 1991, quando os Estados signatários do Tratado de Assunção (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) reconheceram a importância da preservação do meio ambiente para a construção de um mercado comum ao afirmar, no preâmbulo do Tratado, que desenvolvimento econômico com justiça social somente poderá ser alcançado:
 
 
"(...) mediante o aproveitamento mais eficaz dos recursos disponíveis, a preservação do meio ambiente, melhoramento das interconexões físicas, a de políticas macroeconômica, da complementação dos diferentes setores da economia, com base nos princípios de gradualidade, flexibilidade e equilíbrio".
 
 
Com base nesse enfoque, foram criados, no âmbito do MERCOSUL, diversos fóruns de debate sobre temas transversais que ampliam o alcance de atuação do Bloco na busca de soluções conjuntas para problemas sociais e ambientais comuns.
 
 
O tratamento das questões ambientais compete a dois foros de discussão: um técnico – o Subgrupo de Trabalho nº 6 (SGT-6); e outro político – a Reunião de Ministros de Meio Ambiente do MERCOSUL (RMMAM).
 
 
O objetivo precípuo do SGT-6 é formular e propor estratégias e diretrizes que garantam a proteção e a integridade do meio ambiente dos Estados Partes em um contexto de livre comércio e consolidação da união aduaneira, assegurando, paralelamente, condições equânimes de competitividade. O Ministério do Meio Ambiente participa como coordenador nacional deste Subgrupo.
 
 
Já a RMMAM é a instância do MERCOSUL responsável pelo tratamento de questões ambientais politicamente sensíveis, nem sempre passíveis de serem discutidas no âmbito do Subgrupo de Trabalho. Atualmente, o SGT-6 e a RMMAM trabalham no fortalecimento da ótica ambiental nas demais instâncias do MERCOSUL, dando seguimento a diversos projetos e identificando temas técnicos e políticos prioritários, de forma a tornar a agenda mais efetiva.
 
 
Dentre as ações mais relevantes alcançadas pelos foros ambientais do MERCOSUL encontra-se a aprovação do “Acordo-Quadro sobre Meio Ambiente”, aprovado na Decisão CMC nº02/01, tornando-se o documento base para o desenvolvimento de políticas e ações que venham afetar a qualidade ambiental dos Estados Partes.
Etapas e avanços 
No ano de 1995, foi instalada a zona de livre comércio entre os países membros. A partir deste ano, cerca de 90% das mercadorias produzidas nos países membros podem ser comercializadas sem tarifas comerciais. Alguns produtos não entraram neste acordo e possuem tarifação especial por serem considerados estratégicos ou por aguardarem legislação comercial específica.
Em julho de 1999, um importante passo foi dado no sentido de integração econômica entre os países membros. Estabelece-se um plano de uniformização de taxas de juros, índice de déficit e taxas de inflação. Futuramente, há planos para a adoção de uma moeda única, a exemplo do fez o Mercado Comum Europeu.
Atualmente, os países do MERCOSUL juntos concentram uma população estimada em 295 milhões de habitantes e um PIB (Produto Interno Bruto) de aproximadamente 5,2 trilhões de dólares.
 
Os conflitos comerciais entre Brasil e Argentina
 
As duas maiores economias do MERCOSUL enfrentam algumas dificuldades nas relações comerciais. A Argentina está impondo algumas barreiras no setor automobilístico e da linha branca (geladeiras, micro-ondas, fogões), pois a livre entrada dos produtos brasileiros está dificultando o crescimento destes setores na Argentina.
Na área agrícola também ocorrem dificuldades de integração, pois os argentinos alegam que o governo brasileiro oferece subsídios aos produtores de açúcar. Desta forma, o produto chegaria ao mercado argentino a um preço muito competitivo, prejudicando o produtor e o comércio argentino.
Em 1999, o Brasil recorreu à OMC (Organização Mundial do Comércio), pois a Argentina estabeleceu barreiras aos tecidos de algodão e lã produzidos no Brasil. No mesmo ano, a Argentina começa a exigir selo de qualidade nos calçados vindos do Brasil. Esta medida visava prejudicar a entrada de calçados brasileiros no mercado argentino.
Estas dificuldades estão sendo discutidas e os governos estão caminhando e negociando no sentido de superar barreiras e fazer com que o bloco econômico funcione plenamente.
Notícias, informações e dados adicionais:
- Em dezembro de 2016, Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai decidiram suspender a Venezuela do MERCOSUL. A suspensão é por tempo indeterminado, sendo que a Venezuela perderá todos os direitos de participação no MERCOSUL. O motivo da suspensão está relacionado ao fato da Venezuela não cumprir muitas normas técnicas e tratados de adesão ao bloco econômico. Para ter a suspensão cancelada e retornar ao MERCOSUL, a Venezuela deverá renegociar o protocolo de adesão como se fosse um novo processo de entrada no bloco.
- Em 2013, teve início o processo de adesão da Bolívia ao MERCOSUL. No momento, este país é considerado Estado Parte em processo de adesão.
- Em 2012, Brasil, Argentina e Uruguai tomaram a decisão de suspender temporariamente o Paraguai do bloco. Esta decisão ocorreu em função do impeachment do presidente paraguaio Fernando Lugo. O Paraguai retornou ao MERCOSUL em dezembro de 2013, mesmo sem aceitar e acatar todos os protocolos do bloco.
- Em 05 de maio de 2013, o Equador anunciou que pretende fazer parte do MERCOSUL. Em julho de 2013, durante a Cúpula do MERCOSUL em Montevidéu, o presidente do Equador, Rafael Correa, solicitou à Presidência do MERCOSUL que analise a integração de seu país como membro pleno do bloco.
- A incorporação da Venezuela ao MERCOSUL ocorreu em 31 de julho de 2012.  
- Brasil e Argentina são os únicos países membros do MERCOSUL que também fazem parte do G-20.
- Se fosse um país, o MERCOSULseria a quinta maior economia do mundo (de acordo com dados econômicos do ano de 2015). 
- De acordo com uma resolução do CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) em maio de 2016, todos os veículos automotores brasileiros deverão ter placas do MERCOSUL até o ano de 2020. 
Conclusão:
 
Espera-se que o MERCOSUL supere suas dificuldades e comece a funcionar plenamente e possibilite a entrada de novos parceiros da América do Sul. Esta integração econômica, bem sucedida, aumentaria o desenvolvimento econômico nos países membros, além de facilitar as relações comerciais entre o MERCOSUL e outros blocos econômicos, como o NAFTA e a União Européia. Economistas renomados afirmam que, muito em breve, dentro desta economia globalizada as relações comerciais não mais acontecerão entre países, mas sim entre blocos econômicos. Participar de um bloco econômico forte será de extrema importância para o Brasil.
O MERCOSUL segue a mesma conturbada trajetória de seus países-membros, e esta atps também procurou analisar alguns destes momentos das dificuldades nas relações comerciais entre o Brasil e a Argentina no MERCOSUL, com os alguns enfoques. O MERCOSUL talvez tenha sido uma necessidade antiga dos países da América do Sul, mas está sujeito a situações de crises específicas nos seus maiores expoentes, o Brasil e a Argentina. Os Estados-parte se beneficiam muito nas relações existentes na esfera do MERCOSUL.
Mas como qualquer processo de integração, as dificuldades são grandes, ainda mais no contexto sul-americano. Não há dúvida que os diálogos entre os países membros estão mais claros e contínuos e estão gerando uma união muito mais ampla na História das Américas.
O Brasil assumiu para si o compromisso de líder e de agente integrador propondo alternativas (SOLIANI 2004) para aproximar os países sul-americanos, enfim busca ampliar o MERCOSUL, diluir as fraquezas rumo a uma união mais duradoura e sólida para negociar com os grandes jogadores globais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALABY, Michel Abdo. Se não vale o que está escrito, para que serve o Mercosul? São Paulo: Jornal Administrador Profissional, nº 219, Setembro de 2004.
 O Mercosul representa apenas 1,4% das exportações mundiais. Mas tem um peso estratégico. São Paulo: Jornal do Administrador Profissional, nº, Abril de 2002..
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