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Representação social

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A Teoria das Representações Sociais (TRS)
Aula 1
Origem
Robert Farr (1999):
Distinção entre 2 “psicologias sociais”:
Uma “psicologia social psicológica” – na qual o indivíduo é o centro da análise e o social é tomado apenas como contexto;
“Uma psicologia social sociológica” – na qual o foco de estudo são as redes e relações sociais.
A TRS surge no trabalho de Serge Moscovici, intitulado La Psychanalise, son image et son public (A Representação Social da Psicanálise), de 1961, inserido na perspectiva da psicologia social sociológica.
A obra de Moscovici lançou uma problemática:
Específica:
Como é que o conhecimento científico era consumido, transformado e utilizado pelo homem comum (leigo)
Geral:
Como o homem constrói a realidade.
O estudo da TRS na obra La Psychanalyse: son image et son public (1961) começa com o estudo das RS da Psicanálise na França.
Serge Moscovici (1928 – 2014)
Psicólogo Social Romeno
La Psychanalyse, son image et son public (1961):
Objetivo: 
Descrever como ocorreu a apropriação e socialização da teoria psicanalítica por diferentes grupos
Estudo da difusão da psicanálise em diferentes âmbitos da população parisiense da época, de sua apropriação e transformação pela mesma para outras funções sociais.
Como a teoria psicanalítica era:
Absorvida, transformada e utilizada pelo homem comum para classificar as pessoas, condutas e eventos da vida diária;
Como os conceitos psicanalíticos reelaborados se mesclavam nos processos de comunicação e de intercambio social;
Como a teoria era transformada em uma RS.
O texto toma a Representação Social como o objeto por excelência da Psicologia Social.
Objetivava, com a TRS, explicar os fenômenos do homem a partir de uma perspectiva coletiva, sem perder de vista a individualidade.
Para tanto, baseou sua obra da releitura de Émile Durkheim sobre o conceito de representações coletivas.
Na época Moscovici...
Enfatizou as diferenças entre os modelos científicos e os não científicos no que se refere a psicanálise
Abordando o deslocamento de sentido de um modelo ao outro.
No deslocamento do modelo científico para o não científico que as RS aparecem como saber “ingênuo” em oposição ao saber produzido pela ciência.
Esse deslocamento se dava pois Moscovici tinha como proposta a existência de dois universos de pensamento nas sociedades contemporâneas:
Pensamento reificado x consensual
O pensamento reificado era composto por representantes do saber acadêmico e científico. Aqui há uma validação do conhecimento segundo rigores lógicos, metodológicos e objetivos, além de uma estratificação por hierarquias e compartimentalização em especialidades.
O pensamento consensual impera uma “lógica natural”, uma legitimação de conhecimento pela atividade intelectual compartilhada socialmente no cotidiano, menos compromissada com as exigências da objetividade. Essas produções formam as representações sociais.
Émile Durkheim (1858 – 1917):
Sociólogo, antropólogo, cientista político, psicólogo social e filósofo francês. Formalmente, criou a disciplina acadêmica da sociologia e, juntamente com Karl Marx e Max Weber, é citado como o principal arquiteto da ciência social moderna e pai da sociologia.
Consciência coletiva, ou representação coletiva, é o conjunto de crenças e sentimentos comuns à média dos indivíduos. Esse sistema tem “vida própria” e “contínua”. Os indivíduos “passam”, a consciência/representação coletiva, não.
A Representação Coletiva, presente na obra de Durkheim, preconizava a explicação sociológica dos fatos sociais, entendendo a sociedade como uma realidade em si;
Propôs por tal conceito um fenômeno coercitivo, autônomo, exterior ao indivíduo e que, através do agenciamento de ideias, experiências e saberes de gerações, instituem aspectos mais íntegros, unificados e estáveis do social, como a religião, os mitos, as ciências, etc (Sá, 2004).
Durkheim x Moscovici
Durkheim
Moscovici
Fatos sociais: maneirade exercer sobre o indivíduo coerção exterior.
Representações sociais: ponte entre o mundo individual e social.
Três características básicas: coerção social, exterioridade, generalidade.
Representações são construídas e adquiridas.
Externos aos membros da sociedade.
Caráter dinâmico das representações.
Ações coletivas decidem o modode agir, pensar e sentir das pessoas.
Universo interno e externo ao indivíduo se complementam.
Nas Representações coletivas, a religião e os mitos são compartilhados porque são:
Homogêneos para todos os membros da sociedade;
São transmitidos de uma geração a outra;
Existem fora e independentemente do indivíduo;
Força os indivíduos a uniformizar sua conduta e pensamento;
Processos estáticos, resistentes à mudança.
As Representações sociais se adaptam mais a complexidade e a dinâmica da sociedade:
Variam dependendo do contexto social;
Dos grupos sociais;
Definição
Entende-se por Representação Social os conhecimentos, crenças, e ideias que a sociedade adquire através da interação social e através das quais se constrói uma realidade comum dentro de cada conjunto social.
É através da Representação Social que o indivíduo se identifica com o seu grupo social, que adquire uma formação sociocultural que lhe facilitará a comunicação dentro do meio em que se insere, funcionando como elo de ligação entre os indivíduos e o mundo.
É também a forma de identificação de um grupo.
“forma pela qual o senso comum expressa seu pensamento” (Jodelet, 1993)
“uma forma de conhecimento, socialmente elaborada e partilhada, que tem um objetivo prático e concorre para a construção de uma realidade comum a um conjunto social” (p.36)
Não seria uma resposta individual emitida em relação a um estímulo social;
Mas a maneira como os grupos sociais constroem e organizam diferentes significados dos estímulos do meio social e as possibilidades de respostas que podem acompanhar esses estímulos.
As RS baseiam-se em 03 critérios:
Critério quantitativo: É uma forma de conhecimento socialmente partilhado.
Critério genético: resulta da interação social dentro de um grupo; é coletiva; é comum a um determinado grupo de indivíduos.
Critério da funcionalidade: contribui para a construção de uma realidade que é comum a um conjunto social. 
As RS possuem 03 componentes: Componente cognitivo, Componente afetivo e componente social.
Componente cognitivo
Permite que o tipo de pensamento social se formule através de dois processos, a Ancoragem e a Objetivação (Moscovici, 1961).
A ancoragem é a integração das novas informações dentro das representações que já estão definidas, estes juntam-se assim aos anteriores, criando novos conceitos.
É o processo de assimilação do novo ao que já existe.
	“atribuir sentido a acontecimentos, comportamentos, pessoas, grupos ou factos sociais que assim «exprimem e constituem as relações sociais”. (Moscovici 1961)
A objetivação permite que a nova informação, os novos conceitos, outrora abstratos passem a ser uma realidade adquirida dentro do grupo social.
Processo que se transforma o abstrato em concreto.
Componente Afetivo
Os elementos afetivos são também relevantes na elaboração das Representações Sociais, que se apresentam muitas vezes como uma exteriorização do afeto.
Esta construção social da realidade é elaborada através da interação dos elementos afetivos, mentais e sociais, bem como da cognição, linguagem e comunicação.
A componente afetiva tem a função de proteger e legitimar as identidades sociais.
Componente Social
Por seu lado a função social consiste na orientação das condutas e comportamento dos indivíduos, é entendido como aquilo que é o modelo em que nos baseamos para nos comportarmos em sociedade, para desempenharmos os nossos papéis enquanto indivíduos, ao longo de vida.
Funções da RS
As RS permitem que os indivíduos transformem um realidade estranha, desconhecida em uma realidade familiar;
As RS permitem a comunicação entre os indivíduos;
Quando as pessoas dividem significados sobre eventos eobjetos existe a possibilidade de que se estabeleçam relações entre eles;
As RS guiam a ação social;
As RS servem para justificar as decisões, posições e condutas adotadas diante de um evento.
Tipos de RS
Hegemônicas – compartilhadas por todos os membros de um grupo altamente estruturado (um partido, uma nação, etc.) sem terem sido produzidas pelo grupo.
Ex: RS do indivíduo como uma entidade autônoma e livre
Emancipadas – são compartilhadas por membros de diferentes grupos que estão em contato.
Ex: RS sobre a loucura compartilhada por diferentes profissionais.
Controversas – São geradas a partir do conflito entre os grupos.
Ex: RS sobre as cotas raciais nas universidades públicas.
Funções sociais da RS (Doise)
Seletiva: traduz-se na seleção dos conteúdos que são centrais para o encontro entre grupos e indivíduos.
Justificadora: serve para justificar o tipo de relação que será desenvolvida.
Antecipatória: serve para descrever e prescrever o tipo de relação ou comportamento que será desenvolvido.
O núcleo central e o sistema periférico
Jean-Claude Abric;
Estrutura das RS:
Núcleo central: estrutura que dá coerência e sentido à representação – “duro” e resistente à mudanças.
Tem duas funções:
Geradora e transformadora de significados;
Organizadora, determinando as relações existentes entre os elementos de uma representação.
Elementos periféricos: protegem o núcleo central das mudanças. Esse processo ocorre por meio da incorporação de novos elementos. 
Conclusão
Nascida no campo da Psicologia Social, a teoria das Representações Sociais surge na Europa em 1961, com Serge Moscovici.
São a construção de uma realidade comum, manifestando-se sob a forma de conceitos, categorias e teorias, são essencialmente fenómenos sociais que podem aparecer sob a forma de canções, provérbios, literatura, mitos e lendas, etc.
Enquanto forma de conhecimento, é a “reprodução daquilo que se pensa” (Ferreira, 1975), poder-se-á dizer que é “o conteúdo concreto apreendido pelos sentidos, pela imaginação, pela memória ou pelo pensamento”, alguns autores defendem também que esta se adquire pelo “senso comum”.
Para além de ser o suporte básico da comunicação, na medida em que nos permite descrever, avaliar e explicar acontecimentos, é a representação social que nos ajuda a compreender o mundo e a enquadrar os novos factos e ideias que vivenciamos.
Dentro das componentes das R.S. já citadas, Henry Wallon, destaca a questão da afetividade. O autor estudou o crescimento dos bebés para compreender o papel dos sentimentos e das emoções para a formação do indivíduo.

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