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Rodrigo Pires Bernis Abdo Médico-legista II PC-MG robernis@ig.com.br Perícia: Finalidade Produzir a prova que se materializa pelo laudo Prova demonstra o fato O Juiz não está adstrito ao laudo Principio do livre convencimento PERÍCIAS E PERITOS PERCIPIENDI X DEDUCENDI COMPLEXA “VISUM ET REPERTUM” CORPO DE DELITO X CORPO DA VÍTIMA EXAMES DIRETOS E INDIRETOS PERÍCIAS CPC: Art. 431-B Tratando-se de perícia complexa, que abranja mais de uma área de conhecimento especializado, o juiz poderá nomear mais de um perito e a parte indicar mais de um assistente técnico. CPP: Art. 180 Se houver divergência entre os peritos, serão consignadas no auto do exame as declarações e respostas de um e de outro, ou cada um redigirá separadamente o seu laudo, e a autoridade nomeará um terceiro; se este divergir de ambos, a autoridade poderá mandar proceder a novo exame por outros peritos. PERÍCIA COMPLEXA E CONTRADITÓRIA Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri- lo a confissão do acusado. CORPO DE DELITO Delegados de polícia Juízes de direito Promotores de Justiça Militares desde que presidindo IPM REQUISIÇÃO DO ECD Peritos criminais: Aprovados em concurso público de provas e títulos (médico-legista, perito criminal e odonto-legistas) PERÍCIAS E PERITOS Peritos ad hoc § 1o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame. § 2o Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo. PERÍCIAS E PERITOS Notificações Comunicações compulsórias de fatos profissionais Doenças infectocontagiosas Morte encefálica Atestados Administrativo, judiciário, oficioso Preenchimento do CID Hermes Rodrigues de Alcântara: idôneo, gracioso, imprudente e falso DOCUMENTOS MÉDICO-LEGAIS NOTIFICAÇÃO Prontuário (dossiê) Relatório (pericia percipiendi) Laudo Auto Preâmbulo, quesitos, histórico, descrição, discussão, conclusão Parecer (pericia deducendi) Não há a descrição; discussão e conclusão são mais importantes DOCUMENTOS MÉDICO-LEGAIS 1º. Houve ofensa à integridade corporal ou à saúde do paciente? 2º. Qual o instrumento ou meio que produziu a ofensa? 3º. A ofensa foi produzida com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum? 4º. Da ofensa, resultou perigo de vida? 5º. Da ofensa resultou incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 (trinta) dias? 6º. Da ofensa resultou debilidade permanente de membro, sentido ou função; incapacidade permanente para o trabalho; enfermidade incurável; perda ou inutilização de membro sentido ou função?; ou deformidade permanente? QUESITOS OFICIAIS lesões corporais, determinação da idade, de sexo e de grupo racial; diagnóstico de gravidez, parto e puerpério; diagnóstico de conjunção carnal ou atos libidinosos nos casos de crimes sexuais; determinação de paternidade e da maternidade; comprovação de doenças profissionais e acidentes de trabalho; evidências de contaminação de doenças venéreas ou de moléstias graves; diagnóstico de doenças ou perturbações graves que interessam ao estudo do casamento, da separação e do divórcio; determinação do aborto PERÍCIAS MÉDICAS Art. 159. Os exames de corpo de delito e as outras perícias serão feitos por dois peritos oficiais. Lei 11.690 de 2008: Art.159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior. EXAME DE CORPO DE DELITO Art. 160 O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 (dez) dias, podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos. Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora. Art. 162. A autópsia será feita pelo menos 6 (seis) horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto. LEGISLAÇÃO Art. 147 - O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas, responderá pelos prejuízos que causar à parte, ficará inabilitado, por 2 (dois) anos, a funcionar em outras perícias e incorrerá na sanção que a lei penal estabelecer. CRIME DE FALSA PERÍCIA O crime de falsa perícia ocorre quando: A) O perito entrega seu laudo fora do prazo estabelecido. B)O perito mesmo suspeito realiza a perícia. C)O perito mesmo impedido realiza a perícia. D) O perito intencionalmente não revela a verdade no seu laudo. QUESTÕES DE REVISÃO: Sobre o corpo de delito podemos afirmar que se trata de: A) O corpo da vítima periciada. B)O conjunto de vestígios relacionados ao fato criminoso. C)O corpo de vítimas mortas. D)O corpo de uma pessoa. QUESTÕES DE REVISÃO: Quando em uma comunidade, ausente o perito oficial, duas pessoas idôneas são convocadas por autoridade para procederem a perícia, preferencialmente com conhecimentos na área, estes são chamados peritos: A) Eventuais. B) Transitórios. C) Ad Hoc D) Peritos do Juízo. QUESTÕES DE REVISÃO: Identidade é o conjunto de caracteres que torna uma pessoa ou coisa única, distinta das demais, igual apenas a si. Identificação é o processo pelo qual se determina a identidade de uma pessoa ou coisa. Em qualquer perícia de identificação é necessário um primeiro registro em que se dispõe de certos caracteres imutáveis do indivíduo e um segundo registro para comparação. ANTROPOLOGIA MÉDICO-LEGAL (Médico-legista-2006) O termo identidade significa: a) O conjunto de caracteres que individualiza uma pessoa ou coisa. b) Método de comparação por dactiloscopia. c) Processo de identificação de pessoa ou coisa. d) Reconhecimento técnico de pessoa ou coisa. e) Espécie de documento médico-legal. QUESTÃO DE REVISÃO: Unicidade: ou individualidade; os elementos devem ser específicos do indivíduo e diferentes dos demais; Imutabilidade: as características não devem mudar com o tempo; Perenidade: capacidade das características permanecerem inalteradas. Exemplo: os ossos; Praticabilidade: o processo não deve ser complexo; Classificabilidade: necessidade de metodologia no arquivamento dos dados. ANTROPOLOGIA Reconhecimento é o ato leigo de conhecer de novo, de afirmar conhecer alguém. Identificação é um ato científico e técnico de afirmar que um indivíduo é ele mesmo e não outro. Pode ser médico-legal e judiciária ou policial. ANTROPOLOGIA FRAGMENTOS ÓSSEOS HUMANOS? ANIMAIS? NECESSÁRIA ANÁLISE MICROSCÓPICA: CANAIS DE HAVERS: Homens: menores, mais largos, elípticos e irregulares com até 8 por mm2 Animais: mais estreitos, numerosos, mais circulares e chegam a 40 por mm2 IDENTIFICAÇÃO MÉDICO-LEGAL OSSOS DOS HOMENS SÃO MAIS ESPESSOS COM TRAÇOS MAISPRONUNCIADOS OSSOS DAS MULHERES SÃO MENOS PRONUNCIADOS E MENOS ROBUSTOS PELVE MASCULINA: DIMENSÕES VERTICAIS PELVE FEMININA: DIMENSÕES TRANSVERSAIS SEXO MASCULINO: COMPRIMENTO E LARGURA DA MANDÍBULA SÃO 0,5 CM SUPERIORES AO SEXO FEMININO IDENTIFICAÇÃO PELVE MASCULINA FERRETE: MARCAR CRIMINOSOS COM FERRO EM BRASA MUTILAÇÃO SISTEMA DACTILOSCÓPICO DE VUCETICH DELTA: TRIÂNGULO FORMADO PELO ENCONTRO DOS TRÊS SISTEMAS DE LINHAS QUATRO TIPOS FUNDAMENTAIS IDENTIFICAÇÃO JUDICIÁRIA DELTA DELTA NÚCLEO VERTICILO: DOIS DELTAS E UM NÚCLEO CENTRAL. LETRA V, NÚMERO 4 PRESILHA EXTERNA: DELTA À ESQUERDA E NÚCLEO VOLTADO PARA A DIREITA. LETRA E NÚMERO 3 PRESILHA INTERNA: DELTA À DIREITA E NÚCLEO VOLTADO PARA A ESQUERDA. LETRA I, NÚMERO 2 ARCO: AUSÊNCIA DE DELTAS E NÚCLEO. LETRA A NÚMERO 1 SISTEMA DE VUCETICH VERTICILO V 4 PRESILHA EXTERNA E 3 PRESILHA INTERNA I 2 ARCO A 1 LETRA X --- CICATRIZES E DEFEITOS NÚMERO 0 --- AMPUTAÇÕES SISTEMA DE VUCETICH NUMERADOR-------------MÃO DIREITA DENOMINADOR--------- MÃO ESQUERDA FÓRMULA DACTILOSCÓPICA VERTICILO-V-4 PRESILHA EXTERNA- E-3 PRESILHA INTERNA-I-2 ARCO-A-1 FÓRMULA DACTILOSCÓPICA MÃO DIREITA MÃO ESQUERDA Sobre um indivíduo com fórmula dactiloscópica A 3224/E 1332, podemos afirmar que, exceto: a) Apresenta presilha externa no polegar esquerdo b) Não possui delta no polegar direito c) Apresenta presilha interna no quarto dedo da mão direita d) Apresenta dois deltas no indicador esquerdo e) Apresenta tipo verticilo no quinto dedo da mão direita QUESTÃO DE REVISÃO: Ou lesonologia estuda as lesões produzidas por violência sobre o corpo humano. Um dos capítulos mais amplos que responde por cerca de metade das perícias médico-legais. Avalia o diagnóstico, prognóstico e impacto sócio- econômico das lesões. TRAUMATOLOGIA MÉDICO-LEGAL Energias de ordem mecânica Energias de ordem física Energias de ordem química Energias de ordem físico-química Energias de ordem bioquímica Energias de ordem biodinâmica Energias de ordem Mista TRAUMATOLOGIA MÉDICO-LEGAL São aquelas capazes de modificar o estado de repouso ou de movimento do corpo Punhais, faca, navalhas, foice, facão, machado, punho, pé dente, revólver, veículos Ativo, passivo, misto Pressão, percussão, tração, torção, contrachoque, explosão ENERGIAS DE ORDEM MECÂNICA MEIOS: Perfurante Cortante Contundente Pérfuro-cortante Pérfuro-contundente Corto-contundente FERIDAS: Punctória, puntiforme Cortante Contusa Pérfuro-cortante Pérfuro-contusa Corto-contusa ENERGIAS DE ORDEM MECÂNICA MEIO PERFURANTE abertura estreita; pequeno sangramento; geralmente causam menor dano superficial e maior dano nos planos profundos; menor diâmetro que o instrumento causador; orifício de saída quando existe é mais irregular e de menor diâmetro. (Leis de Filhos e de Langer) Exemplos: agulhas, furador de gelo e estilete. MEIO PERFURANTE FERIDA PUNCTÓRIA Lei de Filhos: 1ª. Lei de Filhos: casa de botão 2ª. Lei de Filhos: Área aonde as linhas de força tenham um só sentido, o maior eixo tem a mesma direção. Lei de Langer: Na confluência de áreas de linhas de força diferentes, a extremidade da lesão toma o aspecto de ponta de seta. Instrumentos de médio calibre MEIO PERFURANTE FERIDA PUNCTÓRIA Agem através de um gume afiado por deslizamento sobre os tecidos, em sentido linear. Ex: Navalha, lâmina de barbear, bisturi. Feridas cortantes as extremidades são superficiais e o centro profundo (fusiformes) Feridas incisas começam e terminam a pique MEIO CORTANTE forma linear; regularidade das bordas; regularidade do fundo da lesão; não há trauma nas bordas (equimoses ou escoriações); hemorragia abundante; maior comprimento e menor profundidade; bordas afastadas; cauda de escoriação; vertentes oblíquoas; paredes lisas. Sinal de Chavigny Conjunto de lesões produzidas por ação cortante: o esquartejamento, castração e o esgorjamento (ferida transversal na face anterior do pescoço). Exemplos : bisturi e navalha. MEIO CORTANTE FERIDA CORTANTE Esquartejamento: ato de dividir o corpo em partes (quartos). Forma do autor se livrar do corpo ou dificultar sua identificação. Castração: vingança Decapitação: rara; separação da cabeça do corpo. Mais comuns após a morte. Esgorjamento: Suicídio (término da ação voltado para baixo) Homicídio (término da ação voltado para cima) MEIO CORTANTE FERIDA CORTANTE São características das feridas puntiformes, exceto: A) Raro sangramento. B) Maior diâmetro que o instrumento causador. C) Maior gravidade profundamente que superficialmente. D) Abertura estreita. QUESTÃO DE REVISÃO: São características das feridas cortantes, exceto: A) Hemorragia quase sempre abundante. B) Centro da ferida mais profundo que as extremidades. C) Cauda de escoriação aonde se inicia a ação cortante. D) Ausência de vestígios traumáicos na borda. QUESTÃO DE REVISÃO: Considerando as energias de ordem mecânica é incorreto afirmar que: A) Os meios contundentes produzem feridas contusas. B) As leis de Filhos e Langer aplicam-se ao meio cortante. C) Esgorjamento é uma ferida cortante na porção anterior do pescoço. D) Degola é uma ferida posterior no pescoço. QUESTÃO DE REVISÃO: São os maiores causadores de danos Ação produzida por um corpo de superfície Lesões são mais comuns na superfície Agem por pressão, percussão, contragolpe e etc. Contusão MEIO CONTUNDENTE RUBEFAÇÃO Mancha avermelhada na pele (congestão), efêmera e fugaz que desaparece em alguns minutos. Ex: Bofetada nas nádegas ou na face de uma criança ESCORIAÇÃO Provocada pela ação tangencial dos meios contundentes Pouco significado clínico mas grande interesse pericial Arrancamento da epiderme (abrasão) MEIO CONTUNDENTE ESCORIAÇÕES A escoriação não cicatriza. “Escoriação que deixa cicatriz não é escoriação.” (FRANÇA, 2011) O único vestígio é uma mancha rósea A forma das escoriações é importante. Ex: as unhas deixam marcas bem características A sede da escoriação também é importante. Ex: no pescoço (homicídio) e nas coxas e nádegas (estupro) Escoriações post mortem não há formação de crosta, a derme é branca sem sangramento ESCORIAÇÕES ESCORIAÇÃO POST- MORTEM EQUIMOSE Infiltração do sangue nas malhas dos tecidos SUGILAÇÃO Quando na forma de pequenos grãos PETÉQUIAS Pontilhado hemorrágico agrupado EQUIMOSE VÍBICES Equimoses quando produzidas por objetos cilíndricos como cassetetes, bastões e bengalas deixam duas linhas longas e paralelas (víbices) Equimoses figuradas: Fivelas de cinto, saltos de sapato, beijo (sucção) e as ESTRIAS PNEUMÁTICAS DE SIMONIN EQUIMOSES Tonalidade tem grande importância médico-legal: 1º dia: vermelha 2º ao 3º dia: violácea 4º ao 6º dia: azul 7º ao 10º dia: esverdeada 12º dia: amarelada 15º ao 20º dia: desaparecimento Valor cronológico é relativo Exceção: equimose da conjuntiva ocular Espectro equimótico de Legrand du Saulle EQUIMOSE DA CONJUNTIVA HEMATOMA: Extravazamento de sangue e sua não difusão pelas malhas dos tecidos Cavidade de sangue Faz relevo na pele Absorção mais demorada que a equimose BOSSA SANGUÍNEA: Sempre sobre um plano ósseo. Comum no couro cabeludo. “Galo” FERIDAS CONTUSAS FERIDA CONTUSA As feridas contusas são produzidas por instrumentos de superfície e não de gume, apresentando as seguintes características: forma estrelada, bordas, fundo e vertentes irregulares; presença de pontes de tecido íntegro; pouco sangramento; retração das bordas; ângulos obtusos nas vertentes; vasos e nervos íntegros no fundo da ferida. MEIO CONTUNDENTE FERIDA CONTUSA FRATURAS Quando reduzida a vários fragmentos (cominutivas) Fratura em galho verde (crianças) Fratura de base de crânio Embolia gordurosa LUXAÇÕES Quando dois ossos deixam de manter contato. Ex: ombro ENTORSE Lesão ligamentar FERIDAS CONTUSAS ROTURAS DE VÍSCERAS INTERNAS Útero gravídico, bexiga repleta, baço aumentado PROLAPSO DE VÍSCERAS INTERNAS Prolapso retal “BLAST INJURY”: Conjunto de manifestações violentas produzidas por explosão acompanhada por uma onda de pressão que se desloca rapidamente. Ex: rotura do tímpano. O órgão mais imune é o coração FERIDAS CONTUSAS ENCRAVAMENTO: Penetração de um objeto afiado em qualquer parte do corpo, quando o corpo do indivíduo se desloca em direção ao objeto. Acidental. EMPALAMENTO: Penetração de um objeto de grande eixo longitudinal, consistente e delgado no ânus ou região perineal. Diferenciar com a introdução voluntária de corpos estranhos no ânus FERIDA CONTUSA LESÕES POR ATROPELAMENTO NÁUTICO Traumatismo, projeção no meio líquido e ação vulnerante das hélices Ferimentos das hélices: cauda inicial e cauda terminal Vasos cortados em bico de gaita Amputações LESÕES POR ATROPELAMENTO FERROVIÁRIO Espostejamento LESÕES POR ACIDENTE AÉREO FERIDAS CONTUSAS Pele intacta ou pouco afetada, roturas internas e graves das vísceras maciças e fraturas ósseas Queda de edifícios e paraquedismo Desproporção entre as lesões cutâneas e as gravíssimas lesões viscerais Choque da cabeça ao solo: “Saco de noz” LESÕES POR PRECIPITAÇÃO São produzidas por instrumento de ponta e gume que agem perfurando e cortando. Podem ser produzidas por objetos de um só gume ou de dois gumes sendo as feridas neste caso uma fenda de bordas iguais e ângulos agudos. Exemplos: canivete e espada MEIO PÉRFURO- CORTANTE FERIDA PÉRFURO- CORTANTE Indivíduo do sexo masculino, da área médica, comete suicídio após injetar medicamento em veia do próprio antebraço. A ferida encontrada pelo legista, no local da injeção é do tipo: a) Cortante. b) Punctória. c) Contundente. d) Nenhuma das anteriores. QUESTÕES DE REVISÃO Constituem características de feridas contusas, exceto: a) Pouco sangramento. b) Fundo irregular. c) Cauda de escoriação. d) Bordas irregulares. QUESTÕES DE REVISÃO Sobre traumatologia forense, todas as afirmativas abaixo são verdadeiras, exceto: a) As bordas de uma ferida cortante são regulares. b) O esgorjamento é uma ferida cortante na face posterior do pescoço. c) As lesões por esmagamento são produzidas por ação contundente. d) Pontes de tecido íntegro podem estar presentes em feridas contusas. QUESTÕES DE REVISÃO MEIO PÉRFURO CONTUNDENTE DISPAROS POR ARMA DE FOGO FERIMENTO DE ENTRADA FERIMENTO DE SAÍDA TRAJETO MEIO PÉRFURO-CONTUNDENTE FERIDA PÉRFURO-CONTUSA FERIMENTO DE ENTRADA TIRO ENCOSTADO A CURTA DISTÂNCIA A DISTÂNCIA MEIO PÉRFURO-CONTUNDENTE FERIDA PÉRFURO-CONTUSA Ferimento de entrada: irregular e denteado. Quando há um plano ósseo subjacente, os gases do disparo dilaceram os tecidos e refluem. Forma-se assim ferida semelhante à cratera de mina (sinal de Hoffmann) e não há zona de tatuagem ou de esfumaçamento pois todos os elementos gasosos penetram na pele. Dois sinais ainda podem ser observados: o de Benassi (fuligem na lâmina externa do osso) e o de Werkgaertner (tatuagem do cano na pele). TIROS ENCOSTADOS Os vestígios que podem ser encontradas, são: orla de escoriação: arranchamento da epiderme pelo projétil; halo de enxugo ou orla de Chavigny: passagem do projétil que enxuga suas impurezas sob a pele; zona de tatuagem: impregnação da pele por grânulos de pólvora incombustos. zona de esfumaçamento: depósito da fuligem sobre a ferida que desaparece quando lavada. zona de queimadura: provocada por gazes aquecidos; aréola equimótica e zona de compressão de gases TIROS A CURTA DISTÂNCIA Feridas com diâmetro menor que o do projétil, elípticas, orla de escoriação, halo de enxugo, aréola equimótica e bordas reviradas para dentro. Não são observados os efeitos secundários do tiro. Na calota craniana pode ser verificado o sinal de funil de Bonnet ou do cone truncado de Pousold, sendo o orifício da lâmina interna mais amplo que da externa. Nos casos de munição com projéteis múltiplos, estes são lançados juntos e depois separam-se dando uma área de projeção maior chamada de “rosa do tiro”. TIROS A DISTÂNCIA As feridas de saída produzidas por projéteis de arma de fogo tem forma irregular, bordas reviradas para fora, maior sangramento, sem orla de escoriação, halo de enxugo ou a presença de elementos resultantes da combustão da pólvora. Nas feridas já cicatrizadas o composto rodizonato de sódio pode evidenciar a presença de fragmento do projétil. FERIDAS DE SAÍDA O halo fuliginoso na lâmina externa óssea em disparos encostados é conhecido por sinal de: a) Strassmann. b) Chavigny. c) Benassi. d) Bonnet. QUESTÕES DE REVISÃO: São características das feridas de entrada em disparos de arma de fogo encostados, exceto: a) Câmara de mina de Hoffmann. b) Sinal de Werkgaertner. c) Zona de esfumaçamento evidente. d) Crepitação gasosa. QUESTÕES DE REVISÃO: Nas feridas de entrada provocadas por disparos de armas de fogo a curta distância, podem estar presentes, exceto: a) Desenho da boca e da massa de mira do cano. b) Zona de tatuagem. c) Crestação de pelos. d) Halo de enxugo. QUESTÕES DE REVISÃO: Nas feridas de entrada provocadas por disparos de armas de fogo a distância, podem estar presentes, exceto: a) Bordas reviradas para dentro. b) Orla de escoriação. c) Aréola equimótica. d) Zona de queimadura. QUESTÕES DE REVISÃO: As feridas de saída provocadas por disparos de armas de fogo tem as seguintes características, exceto: a) Maior sangramento que as de entrada. b) Forma irregular. c) Bordas reviradas para fora. d) Orla de esfumaçamento.QUESTÕES DE REVISÃO: O anel de Fisch ou orla desepitelizada de França é sinônimo de: a) Orla de enxugo b) Orla de escoriação c) Orla equimótica d) Halo fuliginoso QUESTÕES DE REVISÃO: O composto usado para o diagnóstico de fragmento de projetil de arma de fogo em feridas já cicatrizadas é o: a) Cloreto de sódio b) Rodizonato de sódio c) Ácido acético d) Sulfeto de amônio QUESTÕES DE REVISÃO: “Todas as substâncias que por ação física, química ou biológica são capazes de entrando em contato com os tecidos vivos causar danos à vida ou à saúde. Podem agir externamente (cáusticos) ou internamente (venenos) FRANÇA, 2011”: ENERGIAS QUÍMICAS CÁUSTICOS: Substâncias que causam lesões tegumentares, mais ou menos graves com efeitos coagulantes ou liquefaciantes. Efeito coagulante: desidratam os tecidos e produzem cicatrizes (escaras) endurecidas. Ex: nitrato de prata Efeito liquefaciante: escaras úmidas, moles. Ex: soda. A distinção entre lesões in vitam e post mortem não é fácil, pois alguns ácidos atuam com a mesma intensidade no vivo e no morto. ENERGIAS DE ORDEM QUÍMICA ÁCIDOS: CICATRIZES SECAS E DE COR VARIÁVEL: Ácido sulfúrico e ác. fênico esbranquiçadas, ác. Nítrico, amareladas e ác. Clorídrico cinza-escuras. ÁLCALIS: ÚMIDAS, MOLES E UNTUOSAS SAIS: BRANCAS E SECAS ENERGIAS DE ORDEM QUÍMICA Quando criminosa a sede mais comum das lesões é a face e o tórax pela evidente intenção do agressor em enfeiar a vítima. VITRIOLAGEM (óleo de vitríolo-ácido sulfúrico) VENENOS: “QUALQUER SUBSTÂNCIA QUE INTRODUZIDA PELAS MAIS DIVERSAS VIAS NO ORGANISMO, MESMO HOMEOPATICAMENTE, DANIFICA A VIDA OU A SAÚDE”. ENERGIAS DE ORDEM QUÍMICA Percurso de veneno: Absorção: processo pelo qual o veneno chega aos tecidos (mucosas, gastrointestinal e pulmonar) Fixação: substância se localiza em certos órgãos de acordo com sua afinidade. (digitalina) Transformação: processo pelo qual o organismo se defende da ação tóxica facilitando sua eliminação (cianeto de potássio em contato com o ácido clorídrico do estômago produz o cloreto de potássio e ácido cianídrico) ENERGIAS DE ORDEM QUÍMICA Distribuição: o veneno penetrando na circulação estende-se pelos mais diversos tecidos Eliminação: o veneno é expelido, seguindo as vias naturais. Ex: sistema urinário MITRIDATIZAÇÃO: resistência orgânica aos efeitos tóxicos através da ingestão repetida e progressiva de substâncias de alto teor venenoso TOXICIDADE: propriedade de causar dano a um organismo vivo ENERGIAS DE ORDEM QUÍMICA INTOLERÂNCIA: exaltada sensibilidade a pequenas doses de veneno SINERGISMO: ação potencializadora dos efeitos tóxicos decorrentes da ingestão simultânea de várias substâncias venenosas EQUIVALENTE TÓXICO: quantidade mínima de veneno capaz de por via intravenosa matar 1 Kg do animal considerado ENERGIAS DE ORDEM QUÍMICA Marque a alternativa incorreta no que concerne às energias químicas: a) O ácido sulfúrico produz escaras negras b) A ação de uma substância cáustica ocorre após sua absorção e metabolismo c) As substâncias cáusticas básicas são liquefaciantes e produzem escaras úmidas e moles. d) As substâncias cáusticas ácidas são coagulantes e produzem escaras secas e) A vitriolagem é a ação corrosiva e desfigurante de um ácido sobre a pele humana. QUESTÕES DE REVISÃO: Maconha Também conhecida como marijuana e baseado é a droga mais utilizada no mundo. Seu consumo pode trazer ao usuário: memória afetada, falta de orientação, fuga da realidade, indiferença e desligamento. Geralmente não causa dependência ou crises de abstinência. Morfina Droga de elevada nocividade que causa dependência e crises de abstinência, traz no início do uso sensação de euforia (lua de mel da morfina”) e posteriormente emagrecimento, perda do sono e do apetite, predispondo o paciente à infecções secundárias. Heroína Cinco vezes mais potente que a morfina, esta droga confere ao intoxicado, um aspecto semelhante ao conferido pela morfina. Tem o aspecto de pó branco, que diluído é injetado. Cocaína Na intoxicação aguda, o usuário apresenta excitação, tremores, agitação, confusão mental e loquacidade. O indivíduo pode apresentar ainda aumento da frequência cardíaca, da pressão arterial e dor precordial. Na fase crônica pode ocorrer a morte por problemas cardíacos. Causa dependência e não se verificam crises de abstinência. TOXICOMANIAS LSD É a droga de maior poder alucinógeno conhecido. Seus efeitos podem ser explicados em quatro estágios: 1-reação megalomaníaca (“todo poderoso”); 2- depressão e angústia; 3-paranóia (perseguição) e 4-confusão geral. Apesar de seu alto poder nocivo não causa dependência ou crise de abstinência. Ópio Consumido sob a forma de cigarros, é pouco usado no Brasil. Causa uma fase inicial de excitação e outra de prostração. Causa dependência e crises de abstinência. Anfetaminas Conhecida com “bolinha” é usada por viciados que não dispõem de seu tóxico habitual. Muito usada para evitar a sonolência. Crack Subproduto da pasta base da cocaína, usado por viciados de baixo poder aquisitivo. Causa: dilatação das pupilas, irritabilidade, agressividade, delírios e alucinações. TOXICOMANIAS Cogumelo São alucinógenos que podem ser ingeridos até acidentalmente. Podem causar delírios e manifestações sistêmicas como diarreia, vômitos, icterícia e hematúria (sangramento na urina). Cola Usada por inalação provoca efeitos rápidos sobre o sistema nervoso podendo após uso crônico ser lesiva aos rins, medula, fígado e nervos periféricos. Merla Opção mais barata que o crack, porém de efeitos mais destrutivos que aquele. Seus efeitos duram cerca de quinze minutos, causando inicialmente bem estar e depois inquietação. A pele do usuário tem cheiro desagradável devido às substâncias adicionadas à droga. Pode alterar o funcionamento cardíaco, cerebral, pulmonar e hepático. TOXICOMANIAS EMBRIAGUEZ : Congestão das conjuntivas, hálito etílico, marcha cambaleante, disartria FASES DA EMBRIAGUEZ Fase da excitação Fase de confusão (fase médico-legal) Fase de sono EMBRIAGUEZ FASE DE EXCITAÇÃO FASE DE CONFUSÃO FASE DE SONO CURVA DE CALABUIG TEMPERATURA PRESSÃO ATMOSFÉRICA ELETRICIDADE RADIOATIVIDADE LUZ SOM ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA FRIO CALOR OSCILAÇÃO DE TEMPERATURA TEMPERATURA PODE ATUAR DE MANEIRA INDIVIDUAL OU COLETIVA MAIS HABITUAL COMO ACIDENTE ABANDONO DE RECÉM-NASCIDO NA AÇÃO GENERALIZADA NÃO EXISTE UMA LESÃO TÍPICA ALTERAÇÃO DO SNC COM SONOLÊNCIA, CONVULSÕES, ANESTESIAS, MORTE DIAGNÓSTICO DIFÍCIL: RIGIDEZ PRECOCE E DEMORADA FRIO PRIMEIRO GRAU: VERMELHIDÃO LOCAL SEGUNDO GRAU: BOLHAS TERCEIRO GRAU: NECROSE DOS TECIDOS QUARTO GRAU: DESARTICULAÇÃO FRIO: AÇÃO LOCALIZADA FORMA DIFUSA OU DIRETA CALOR DIFUSO INSOLAÇÃO: CALOR AMBIENTAL EM LOCAIS ABERTOS, RARAMENTE EM LOCAIS CONFINADOS, CONCORRENDO PARA ISTO A AUSÊNCIA DE RENOVAÇÃO DO AR. A INTERFERÊNCIA DO SOL NÃO DESEMPENHA MAIOR SIGNIFICAÇÃO NESTA SÍNDROME CALOR FORMA DIFUSA: INTERMAÇÃO: EXCESSO DE CALOR AMBIENTAL EM LUGARES MAL AREJADOS, QUASE SEMPRE CONFINADOS OU POUCO ABERTOS E SEM ANECESSÁRIA VENTILAÇÃO, PODENDO OCORRER DE FORMA ACIDENTAL. CALOR QUEIMADURAS MAIOR OU MENOR EXTENSÃO GERALMENTE ACIDENTAIS MAIS RARA A AÇÃO CRIMINOSA CLASSIFICAÇÃO PELA PROFUNDIDADE DAS LESÕES CRITÉRIO CLÍNICO: ÁREA CORPORAL ATINGIDA REGRA DOS NOVES DE PULASKI E TENNISON CALOR DIRETO REGRA DOS “NOVES” 1º. GRAU VERMELHIDÃO, EDEMA E DOR (QUEIMADURA DO SOL) 2º. GRAU BOLHAS COM LÍQUIDO CLARO EM SEU INTERIOR 3º. GRAU PLANOS MUSCULARES (MENOS DOLOROSAS) 4º. GRAU CARBONIZAÇÃO QUEIMADURAS REDUÇÃO DO VOLUME DO CORPO (100-120CM) POSIÇÃO DE LUTADOR OU “BOXER” CABELOS QUEBRADIÇOS COURO CABELUDO COM EXTENSAS FENDAS CÍLIOS TOSTADOS BOCA ABERTA E DENTES SALIENTES FORNO CREMATÓRIO: ADULTOS-1H30-2H; FETO 70-90 MINUTOS CARBONIZAÇÃO IDENTIFICAR O MORTO BOLHAS NO CADÁVER NÃO TEM LÍQUIDO EM SEU INTERIOR A MORTE OCORREU DURANTE O FOGO OU O INDIVÍDUO JÁ SE ACHAVA MORTO ANTES DO INÍCIO DAS CHAMAS ? CARBONIZAÇÃO DIMINUIÇÃO DA PRESSÃO ATMOSFÉRICA: MAL DAS MONTANHAS “HIPERGLOBULIA COMPENSATÓRIA OU POLIGLOBULIA DAS ALTURAS” AUMENTO DOS GLÓBULOS VERMELHOS DO SANGUE; ACIMA DE 2.500 METROS AGRAVADO COM ESFORÇO FÍSICO, DOR DE CABEÇA, TONTURAS E VÔMITOS PRESSÃO ATMOSFÉRICA AUMENTO DA PRESSÃO ATMOSFÉRICA: MAL DOS CAIXÕES MERGULHADORES, ESCAFANDRISTAS COMPRESSÃO DOS GASES DESCOMPRESSÃO SÚBITA DOS GASES DISSOLVIDOS NO SANGUE LEVANDO A EMBOLIA (ACIDENTE DE TRABALHO) PRESSÃO ATMOSFÉRICA ELETRICIDADE NATURAL OU CÓSMICA FULMINAÇÃO (MORTE) FULGURAÇÃO (LESÕES CORPORAIS) SINAL DE LICHTENBERG ELETRICIDADE INDUSTRIAL ELETROPLESSÃO MARCA DE JELLINEK (LESÃO DE PELE ENDURECIDA, BORDAS ALTAS, LEITO DEPRIMIDO E INDOLOR DE FÁCIL CICATRIZAÇÃO) ELETRICIDADE LESÕES LOCAIS: RADIODERMITES QUANDO DO TERCEIRO GRAU COM ÁREAS DE NECROSE, SÃO CHAMADAS DE ÚLCERA DE RÖENTGEN (MÃOS DE RÖENTGEN) GÔNADAS: HIROSHIMA E NAGASAKI, NO RAIO DE 1 KM TODAS AS MULHERES ABORTARAM RAIO-X LUZ: CEGUEIRA SOM: RUÍDO: FENÔMENO FÍSICO VIBRATÓRIO, AUDÍVEL DE CARACTERÍSTICAS INDEFINIDAS BARULHO: QUALQUER TIPO DE SOM INDESEJÁVEL E INÚTIL P.A.I.R.: PERDA AUDITIVA INDUZIDA PELO RUÍDO. BILATERAL, PERMANENTE, LENTA E PROGRESSIVA ACIMA DE 85 DECIBÉIS POR 40 H SEMANAIS LUZ E SOM À ação localizada do frio chama-se: a) Queimadura. b) Geladura. c) Congelamento. d) Flictena. QUESTÕES DE REVISÃO O excesso, nocivo à saúde, de calor em ambientes confinados é chamado de: a) Insolação. b) Intermação. c) Carbonização. d) Queimadura. QUESTÕES DE REVISÃO Sobre os efeitos da eletricidade, assinale a afirmativa correta: a) A marca de Jellinek ocorre quando atua a eletricidade natural. b) Fulguração é lesão letal provocada pela eletricidade natural. c) Fulminação é lesão letal provocada pela eletricidade industrial. d) Eletroplessão é termo usado para a atuação da eletricidade industrial. QUESTÕES DE REVISÃO A presença de fuligem na traqueia de vítima de carbonização é conhecida como sinal de: a) Jellinek b) França c) Montalti d) Strassmann QUESTÕES DE REVISÃO: Síndrome caracterizada pelos efeitos da ausência ou baixíssima concentração do oxigênio no ar respirável por impedimento mecânico de causa fortuita, violenta e externa em circunstâncias as mais variadas. Ou a perturbação oriunda da privação, completa ou incompleta, rápida ou lenta, externa ou interna do oxigênio. Na Asfixia, consome-se oxigênio e acumula-se gás carbônico. ENERGIAS DE ORDEM FÍSICO-QUÍMICA Respiração normal Oxigênio a 21%(morte quando em torno de 3%) Orifícios e vias respiratórias permeáveis Elasticidade do tórax Expansão pulmonar Circulação normal Volume circulatório normal Pressão atmosférica normal ASFIXIA Manchas de hipóstase precoces, abundantes e escuras; Congestão da face: também chamada de máscara equimótica; Equimoses da pele e mucosas; Esfriamento lento, rigidez lenta mas intensa e prolongada; Putrefação mais acelerada; Gogumelo de espuma (mais comum no afogado); Projeção dos olhos e da língua (diagnóstico diferencial com cadáver em putrefação); Manchas de Tardieu (equimoses pequenas na superfície do pulmão e coração, mais comuns nos jovens e rara em idosos); Sangue escuro e líquido, sem coágulos cardíacos; Fígado e mesentério congestos; baço contraído; ASFIXIAS EM GERAL Asfixia tissular Rigidez cadavérica mais tardia, pouco intensa e de menor duração Tonalidade rósea da face Manchas de hipostase claras Pulmões e demais orgãos de tom carmim Putrefação Tardia Recolher sangue do coração. Prova de Katayama sulfeto de amônio e ácido acético (vermelho-clara) ASFIXIA POR MONÓXIDO DE CARBONO Oclusão com as mãos (marcas de unhas), travesseiros ou sacos plásticos a boca e fossas nasais da vítima. Obstrução do conduto aéreo por corpo estranho como alimentos (chicletes, pedaçõs de carne) SUFOCAÇÃO DIRETA Compressão do tórax impedindo os movimentos respiratórios Bodas de Luiz XVI e Maria Antonieta morreram 40 pessoas na multidão Na coroação do Tzar Nicolau II morreram 3000 pessoas asfixiadas em São Petesburgo RN que dormem com os pais “Exortador” Máscara equimótica de MORESTIN SUFOCAÇÃO INDIRETA Temperatura baixa da pele; Pele anserina “pele de galinha”; Retração do mamilo, bolsa testicular e pênis; Maceração da epiderme; Livores cadavéricos mais claros; Cogumelo de espuma; Corpos estranho sub ungueais; Mancha verde no esterno ou pescoço (pela posição do corpo na água); Lesões post-mortem provocadas por animais aquáticos; AFOGAMENTO MANCHAS DE TARDIEU (raras no afogamento): Descritas pelo autor em 1847. Equimoses puntiformes no pulmão e coração MANCHAS DE PALTAUF: Dimensões maiores, 2 cm ou mais, tonalidade vermelho-clara AFOGAMENTO OBLÍQUO ASCENDENTE ÚNICO INTERROMPIDO NO NÓ APERGAMINHADO ACIMA DA CARTILAGEM TIREÓIDEA PROFUNDIDADE DESIGUAL SULCO DO ENFORCADO SINAL DE AMUSSAT Secção da parte interna da carótida comum SINAL DE ÉTIENNE-MARTIN Desgarramento da camada externa da carótida comum SINAL DE FRIEDBERG Hemorragia da camada externa da carótida comum SINAL DE DOTTO Rotura do nervo vago SINAIS CERVICAIS Corpo da vítima atua passivamente. Laço atua ativamente Sulco Horizontal Uniforme Contínuo Múltiplo Por baixo da cartilagem tireóidea Excepcionalmente apergaminhado. Profundidade uniforme ESTRANGULAMENTO SOTERRAMENTO Obstrução das vias aéreas por terra ou substâncias pulverulentas Lesões traumáticas pelo desabamento e desmoronamento CONFINAMENTO Permanência de um ou mais indivíduos em ambientes fechados sem condição de renovação de ar SOTERRAMENTO E CONFINAMENTO Parada das funções cerebral, respiratória e circulatória Não cessam todas de uma vez Não há um sinal de certeza até surgirem os fenômenos transformativos do cadáver A morte não é um momento é um processo gradativo Quanto mais tempo se passa mais fácildiagnósticá-la TANATOGNOSE E CRONOTANATOGNOSE FENÔMENOS ABIÓTICOS, AVITAIS OU VITAIS NEGATIVOS IMEDIATOS Perda da consciência; Perda da sensibilidade (sinal de Josat, pinçamento do mamelão); Alteração da motilidade (sinal de Rebouillat, prova do éter); Face hipocrática x máscara da morte; Relaxamento muscular: dilatação pupilar, abertura das pálpebras, dilatação do ânus, presença de esperma no canal uretral; Prova de Winslow (Sinal da vela acesa), prova de Ott; Prova de Magnus (laço na extremidade de um dedo); TANATOGNOSE FENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOS Perda de peso por desidratação mais acentuada em fetos e recém-nascidos; Pergaminhamento da pele: a pele torna-se endurecida, ressecada e com aspecto de pergaminho; Dessecamento da mucosa dos lábios; Sinal de Sommer e Larcher (mancha escura no olho); Esfriamento cadavérico (temperatura de 20º é incompatível com a vida; algor mortis); H=N-C/1,5 Manchas de hipóstase cutâneas (livor mortis): pela ação da gravidade, cessada a atividade circulatória, o sangue acumula-se nas porções mais inferiores do cadáver. Estas manchas permanecem até o início dos fenômenos putrefativos. Começam a surgir duas a três horas após a morte, nas primeiras doze horas podem mudar de posição e a partir de doze horas de morte, fixam-se. Dentes rosados (“pink teeth”); Rigidez cadavérica: sentido crânio caudal (lei de Nysten). Desaparece com o início da puterfação (depois de 24h); se inicia uma a duas horas após a morte chegando ao máximo em oito horas; Espasmo cadavérico (abrupto). TANATOGNOSE Lei de Nysten Começa entre 1h e 2h após a morte Chega ao máximo em 8h Desaparece com o início da putrefação (24H) RIGIDEZ CADAVÉRICA RIGOR MORTIS RESFRIAMENTO DO CADÁVER Nas primeiras três horas de morte: 0,5 C° / hora; Quarta hora em diante 1,0 C° até 12h pós morte H= N (37,2) - C/1,5 A aplicação desta fórmula só teria valor nas primeiras 12- 15h após a morte CRONOTAGNOSE SE DUAS OU MAIS PESSOAS MORREM NA MESMA OCASIÃO, NÃO SE PODENDO PROVAR QUEM FALECEU PRIMEIRO, PRESUME-SE PELA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA, QUE ELAS TIVERAM MORTES SIMULTÂNEAS. A ISSO CHAMA-SE COMORIÊNCIA. HAVENDO CONDIÇOES DE PROVAR QUE UMA DELAS FALECEU ANTES, DÁ-SE O NOME DE PREMORIÊNCIA. COMORIÊNCIA E PREMORIÊNCIA LIVORES DE HIPÓSTASE Surgem 2h-3h após a morte e fixam-se definitivamente em torno das 12h Na experiência de França: mais precoces. Surgem na primeira hora após a morte e fixam-se após 8h CRONOTAGNOSE RIGIDEZ CADAVÉRICA Surge na mandíbula e nuca 1 a 2h após a morte; Membros superiores 2 a 4h após a morte Músculos torácicos 4 a 6h Membros inferiores 6 a 8h Flacidez muscular: 36 a 48 após a morte CRONOTAGNOSE Gases da putrefação 1º. Dia: gases não inflamáveis 2º. Ao 4º. Dia: gases inflamáveis 5º. Dia em diante: gases não inflamáveis Perda de peso em RN e crianças: 8g/kg nas primeiras 24 h post mortem CRONOTAGNOSE MANCHA VERDE ABDOMINAL Fossa ilíaca direita. Hidrogênio sulfurado que se combina a hemoglobina surgindo a sulfometemoglobina 20h-24h após a morte Se estende por todo o corpo depois do 3º. a 5º. dia Circulação póstuma de Brouardel MANCHA VERDE ABDOMINAL Cristais de Westenhöffer-Rocha-Valverde Formações que surgem no sangue putrefeito depois do 3º. Dia de morte e podem perdurar por até 35 dias (Martinho da Rocha e Belmiro Valverde) Conteúdo estomacal Alimentos plenamente reconhecíveis em seus diversos tipos específicos, ou seja, numa fase inicial de digestão, pode-se afirmar que a pessoa faleceu 1-2h depois da sua última refeição Fase final: 4 a 7h. Estômago vazio: 7h Bexiga: vazia (2h), cheia (4 a8h), repleta: coma CRONOTAGNOSE DESTRUTIVOS AUTÓLISE PUTREFAÇÃO MACERAÇÃO CONSERVADORES MUMIFICAÇÃO SAPONIFICAÇÃO CALCIFICAÇÃO CORIFICAÇÃO FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS RN: a putrefação invade as cavidades principalmente pelas vias respiratórias Obesidade Vítimas de infecção Arsênio e antibióticos retardam o processo Período cromático (mancha verde abdominal) Período gasoso ou enfisematoso: gases que dão ao cadáver aspecto gigantesco, principalmente na face, órgãos genitais e abdome PUTREFAÇÃO A epiderme se destaca da derme e o corpo fica reduzido a uma massa pútrida recoberta por grande número de larvas de insetos; dura de um a vários meses Os gases se evolam Permanecem ainda alguns sinais de morte violenta PERÍODO COLIQUATIVO OU DE LIQUEFAÇÃO Os ossos ficam livres, presos apenas por alguns elementos ligamentares; dura de 3 a 5 anos A Cabeça se destaca do tronco; a mandíbula se destaca dos ossos da face, as costelas se desarticulam e ossos dos membros inferiores e superiores se soltam, perdem peso e ficam frágeis MACERAÇÃO: processo especial de transformação que sofre o cadáver do feto no útero materno com destacamento da pele, achatamento do ventre e desprendimento ósseo PERÍODO DE ESQUELETIZAÇÃO PERÍODO DE ESQUELETIZAÇÃO Mumificação Pode ser produzida por meio natural, artificial ou misto ocorre quando o cadáver em ambiente quente e seco perde água rapidamente, sofrendo acentuado dessecamento. O cadáver apresenta peso reduzido, pele dura e seca e enrugada e tonalidade enegrecida, dentes e unhas bem conservados Conserva-se vagamente os traços fisionômicos FENÔMENOS CONSERVADORES MUMIFICAÇÃO Fenômeno pode surgir espontaneamente em geral após a 6ª. Semana de morte. O solo argiloso, úmido e de difícil acesso facilita tal processo transformação do cadáver em substância untuosa, mole com aparência de cera ou sabão; inicia-se pela parte do corpo que tem mais gordura. É raro em magros e caquéticos. É possível estudar as lesões mesmo algum tempo após a morte. SAPONIFICAÇÃO OU ADIPOCERA Calcificação: Petrificação ou calcificação do corpo Fetos mortos e retidos na cavidade uterina Rara em adultos. Ossos assimilam sais calcários Corificação: Pele semelhante a couro. Muito rara. Presente em cadáveres que foram acondicionados em urnas metálicas hermeticamente fechadas, ficando assim preservados da putrefação Congelação, fossilização e cabeça reduzida CALCIFICAÇÃO E CORIFICAÇÃO CORIFICAÇÃO Sinonímia: autópsia, necroscopia, exame necroscópico. “Perícia das perícias” (Oscar de Castro) Obrigatória e justificada em todos os casos de morte violenta e suspeita Morte violenta: resultante de uma ação exógena e lesiva. “Mortes vindas de fora”. Participação de alguém de forma ativa ou passiva. Podem não ter influência humana como nas inundações, soterramento, ofidismo. NECROPSIA E NECROSCOPIA Morte natural: Decorre de processos móbidos preexistentes, congênitos ou adquiridos, desde que não tenham sido agravados por fator exógeno Morte suspeita: surge de forma inesperada e sem causa evidente. ( Mors in tabula) SVO (Serviço de verificação de óbito). Registrar e estimar estatisticamente os óbitos de causa natural. Pessoas que faleceram sem assistência médica NECROPSIA Art. 162. A autópsia será feita pelo menos 6 (seis) horas depois do óbito, salvo se os peritos, pelaevidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto. Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma circunstância relevante. NECROPSIA Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora. “RECOMENDA-SE QUE AS NECROPSIAS MÉDICO-LEGAIS SEJAM FEITAS, SEMPRE QUE POSSÍVEL À LUZ DO DIA, POIS A LUZ ARTIFICIAL ALÉM DE CRIAR SOMBRAS EM DIVERSOS ÂNGULOS DE INCIDÊNCIA, PRINCIPALMENTE NO INTERIOR DO CORPO, JAMAIS SUBSTITUI A LUZ NATURAL. PODENDO COM ISSO, DESVIRTUAR A BOA OBSERVAÇÃO DO PERITO.” França, 2011 NECROPSIA Guia de R.E.C.D. Identificação Exame das vestes Abertura das cavidades: Craniana Torácica abdominal NECROPSIA NECROPSIA “A mais terrível, a mais ingrata e a mais repugnante de todas as perícias.” “Entende-se também por morte violenta aquela em que não existe violência no sentido físico da palavra, mas cujo descaso foi motivo da causa da morte, como por exemplo na omissão de socorro.” França, 2011. EXUMAÇÃO Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade providenciará para que, em dia e hora previamente marcados, se realize a diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado. Parágrafo único. O administrador de cemitério público ou particular indicará o lugar da sepultura, sob pena de desobediência. No caso de recusa ou de falta de quem indique a sepultura, ou de encontrar-se o cadáver em lugar não destinado a inumações, a autoridade procederá às pesquisas necessárias, o que tudo constará do auto. Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem encontrados, bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e vestígios deixados no local do crime. EXUMAÇÃO EXUMAÇÃO EXUMAÇÃO