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DIREITO TRIBUTÁRIO ESPÉCIES DE TRIBUTOS TEORIA PENTAPARTIDA OU QUINQUIPARTIDA Tributo Impostos Taxas Contribuição de melhoria Empréstimo Compulsório Contribuições especiais Contribuição de Melhoria CTN Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. Contribuição de melhoria • Art. 145, III, CF/88. • Art. 81 e Art. 82, CTN. Previsão legal • Comum • Todos os entes federativos podem criar. Competência • Lei ordinária • Maioria simples Instrumento normativo • Obra pública + valorização imobiliária Fato gerador • Total (custo total da obra) • Individual (valorização total de cada imóvel) Limites Contribuição de melhoria • Proprietário. • O art. 8º, § 3º, DL 195/67 veda o repasse para o locatário. Sujeito Passivo • Respeita todos os princípios constitucionais tributários.Princípios • Direto ou de ofício Lançamento • Publicar edital antes da obrar acabar (art. 5º, DL 195/67, art. 81 e 82 do CTN). O edital pode surgir durante a obra, mas tem que ser publicado antes do término. Prévio edital OAB – EXAME XXI Questão 27 O Município Alfa realizou obras nas praças públicas de determinado bairro, incluindo iluminação e arborização. Tais obras acarretaram a valorização imobiliária de dezenas de residências daquela região. Em decorrência disso, o município instituiu contribuição de melhoria. Sobre a contribuição em questão, segundo o CTN, assinale a afirmativa correta. A) É inválida, pois deveria ter sido instituída pelo Estado Beta, onde está localizado o Município Alfa. B) É válida, porque foi instituída para fazer face ao custo de obra pública da qual decorre a valorização imobiliária. C) É válida, mas poderia ter sido instituída independentemente da valorização dos imóveis dos contribuintes. D)É inválida, porque deveria ter, como limite individual, o valor global da despesa realizada pelo Poder Público na obra e não a valorização de cada imóvel. Cespe – Cartório – TJ – DF/2014 • “A contribuição de melhoria cobrada pelo DF, no âmbito de suas atribuições, pode ser instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra ou não valorização imobiliária.” • Verdadeiro ou falso? FUNIVERSA – Delegado de Polícia/DF – 2015 • A contribuição de melhoria pode ser instituída em razão de obra pública e da consequente valorização imobiliária, tendo por limite total a despesa com a realização da obra e, por limite individual, o acréscimo de valor do imóvel do contribuinte beneficiado. • Verdadeiro ou falso? FPM – Defensor Público Substituto – 2015 - PA • É possível a instituição de contribuição de melhoria relativa à valorização imobiliária decorrente de obra pública realizada pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. • Verdadeiro ou falso? STF - RE 114.069/SP, 2º T., rel. Min. Carlos Velloso, j. em 15.04.1994 • EMENTA: CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA. VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA. CF/67, ART. 18, II, COM A REDAÇÃO DA EC N. 23/83. CF/88, ART. III. Sem valorização imobiliária, decorrente de obra pública, não há contribuição de melhoria, porque a hipótese de incidência desta é a valorização, e a sua base é a diferença entre dois momentos: o anterior e o posterior à obra pública, vale dizer, o quantum da valorização imobiliária. Empréstimo Compulsório CF/88 Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b". Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. Empréstimo Compulsório • Art. 148, CF/88 • Art. 15, CTN Previsão legal • UniãoCompetência • Lei Complementar • Maioria Absoluta Instrumento Normativo • Calamidade pública • Guerra externa ou sua iminência • Investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional. Hipóteses permissivas Empréstimo Compulsório • A lei fixará obrigatoriamente o prazo do empréstimo e as condições de seu resgate. • Art. 15, Parágrafo único, CTN. Cláusula de restituição • Guerra e calamidade pública (Imediatamente) • Investimento Público (Anterioridade) Anterioridade • A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição • Art. 148, Parágrafo Único, CF. Tredestinação (desvio de finalidade) Imposto Código Tributário Nacional Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Impostos UNIÃO ART. 153, CF/88 • IPI • II • IE • IOF • IEG (Art. 154, II, CF/88) • IR • I. RESIDUAL (Art. 154, I, CF/88) • ITR • IGF ESTADOS/DF ART . 155, CF/88 • ICMS • ITCMD • IPVA MUNÍCIPIOS/DF ART. 156, CF/88 • ISS • ITBI • IPTU Taxas Art. 145, II, CF/88 Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; Taxas • Art. 145, CF/88 • Art. 77 a 80, CTNPrevisão legal • Comum • Todos os Entes federativos podem criar.Competência • Lei ordinária • Maioria Simples Instrumento normativo • Poder de polícia (Art. 78, CTN) • Utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis. Fato gerador Taxas “Os serviços públicos gerais, ditos também universais, são prestados uti universi, isto é, indistintamente a todos os cidadãos. Eles alcançam a comunidade, como um todo considerada, beneficiando um número indeterminado (ou, pelo menos indeterminável) de pessoas. É o caso dos serviços de iluminação pública, segurança pública (...).” (CARRAZZA, Roque Antonio. Curso de Direito Constitucional Tributário, 2015). Taxas “Já, os serviços públicos específicos, também denominados singulares, são prestados uti singuli. Refere-se a uma pessoa ou a um número determinado (ou, pelo menos, determinável) de pessoas. São de utilização individual e mensurável. Gozam, portanto, de divisibilidade, é dizer, da possibilidade de avaliar-se a utilização efetiva ou potencial, individualmente considerada.” (CARRAZZA, Roque Antonio. Curso de Direito Constitucional Tributário, 2015). Advogado – Vunesp/2014 Exercida de forma regular, a atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão do interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do poder público ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos, autoriza a cobrança de A) imposto B) Contribuição de melhoria C) Preço público D) Tarifa E) Taxa Taxas • Art. 145, § 2º, CF/88 - As taxas não poderão ter basede cálculo própria de impostos. • Súmula Vinculante n. 29 Base de cálculo • “O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa” Súmula 670/STF Súmula Vinculante 41 • “A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal.” Súmula Vinculante 19 OAB – EXAME XIII QUESTÃO 25 Segundo o entendimento do STF, a taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, é A) constitucional, por não violar o conceito constitucional de taxa. B) inconstitucional, por violar o conceito constitucional de taxa. C) constitucional, por não violar o conceito constitucional de taxa, mas ilegal por violar a definição de taxa contida no Código Tributário Nacional. D) inconstitucional, por violar o conceito constitucional de taxa, além de ilegal, por violar a definição de taxa contida no Código Tributário Nacional. Julgados DIREITO CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. AGRAVOS REGIMENTAIS EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TAXA DE SEGURANÇA PÚBLICA. ADI ESTADUAL. LEI ESTADUAL 6.763/75, MODIFICADA PELA LEI ESTADUAL 12.425/96. POLÍCIA OSTENSIVA. EVENTOS. REUNIÃO OU AGLOMERAÇÃO DE PESSOAS. INCONSTITUCIONALIDADE. ADIs 1.942-MC/PA E 2.424/CE. 1. Impossibilidade de cobrança de taxa de segurança pública de eventos abertos ao público, ainda que tal serviço seja solicitado por particular para a sua segurança ou para a de terceiros. Visto que incumbe ao Estado prestá-la a toda a população, essa atividade somente pode ser sustentada por imposto. Precedentes. 2. Agravos regimentais a que se nega provimento. (STF - RE: 269374 MG, Relator: Min. ELLEN GRACIE, Data de Julgamento: 02/08/2011, Segunda Turma.) Julgados SERVIÇO DE LIMPEZA DE LOGRADOUROS PÚBLICOS E DE COLETA DOMICILIAR DE LIXO.UNIVERSALIDADE. COBRANÇA DE TAXA. IMPOSSIBILIDADE. Tratando-se de taxa vinculada não somente à coleta domiciliar de lixo, mas, também, à limpeza de logradouros públicos, serviço de caráter universal e indivisível, é de se reconhecer a inviabilidade de sua cobrança. (...) As taxas de serviço devem ter,como fato gerador, serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição. Serviços específicos são aqueles que podem ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade ou e necessidade públicas; e divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos usuários. CTN, art. 79, II e III.II. - Taxa de Limpeza Pública: Município de Belo Horizonte: o seu fato gerador apresenta conteúdo inespecífico e indivisível. (...) (STF - RE: 329488 MG, Relator: Min. SYDNEY SANCHES, Data de Julgamento: 15/04/2003, Data de Publicação: DJ 13/05/2003). Pedágio X Taxa • Segundo jurisprudência firmada nessa corte, o elemento nuclear para identificar e distinguir taxa de preço público é o da compulsoriedade, presente na primeira e ausente na segunda espécie, como faz, aliás a súmula n. 545: “preços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daquelas, são compulsórias...” (...) em suma, no atual estágio normativo constitucional, o pedágio cobrado pela efetiva utilização de rodovia não tem natureza tributária, mas sim de preço público, não estando, consequentemente, sujeito ao princípio da legalidade estrita. (STF, ADI n. 800/RS, Min. Teori Zavascki). OAB – 2º FASE EXAME XVIII A União ajuizou execução fiscal em face de pessoa jurídica ABC, prestadora de serviços de telecomunicações, para cobrança de taxa devida em razão da fiscalização de instalação e manutenção de orelhões, tendo como base de cálculo o valor correspondente a 0,01% da renda da pessoa jurídica. Inconformado com a cobrança, a contribuinte, certa de que seu pleito será bem sucedido, pretende apresentar embargos à execução, sem o oferecimento de garantia, com base no Art. 739-A do CPC. Tendo em vista o caso em questão, responda aos itens a seguir. A) É possível a instituição da base de cálculo no valor correspondente a 0,01% da renda da pessoa jurídica para a taxa em questão? Contribuições Especiais Contribuição de interesse das categorias profissionais ou econômicas - Corporativas Contribuição de Intervenção no domínio econômico - CIDE COSIP – ART. 149-A, CF/88 Contribuições sociais de seguridade social - Art. 195, CF/88 Contribuições sociais de seguridade social residuais - art. 195, § 4º, CF/88 Contribuições Especiais – Art. 149, CF/88 Contribuição do serviço de iluminação pública - COSIP • Art. 149-A, CF/88 • Emenda Constitucional nº 39, de 2002 Previsão Legal • Municípios • DF Competência • Lei ordinária • Maioria simples Instrumento Normativo • Custeio do serviço de iluminação pública Razão de criação • Poderá ser cobrada junto com a fatura de consumo de energia elétrica Destaque OAB – EXAME XIII QUESTÃO 26 Determinado Estado, localizado na Região Norte do país, instituiu, mediante lei específica, a contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública. Nessa linha, com base na competência tributária prevista nas normas constitucionais em vigor, tal contribuição instituída pelo respectivo estado membro da Federação é A) constitucional, sendo possível sua cobrança com base nas regras constitucionais em vigor. B) inconstitucional, por ser o referido tributo de competência tributária da União Federal. C) inconstitucional, por ser o referido tributo de competência do Distrito Federal e dos Municípios. D) inconstitucional, visto que somente lei complementar poderá instituir o referido tributo. Contribuições profissionais ou corporativas • Art. 149, CF/88Previsão legal • UniãoCompetência • Lei ordinária • Maioria simples Instrumento normativo • Interesse de categoria profissional e econômica • CRM, CRECI, CAU, etc. Razão de criação CIDE’s • Art. 149, CF/88 • Art.177, § 4º, CF/88Previsão legal • UniãoCompetência • Lei ordinária Instrumento normativo • Intervenção no domínio econômico Razão de criação • Reduzir e restabelecer a CIDE – Combustível (Art. 177, § 4º, I, b, CF/88). • Respeita 90 dias! Anterioridade e Legalidade Contribuições sociais de seguridade social • Art. 149, CF/88 • Art. 195, CF/88 Previsão legal • União • A contribuição previdenciária do servidor público será criada pelo ente que pertencer o servidor público. (Art. 149, § 1º, CF/88) Competência • Lei ordinária • Lei complementar: contribuição social residual (Art. 195, § 4º, CF/88) Instrumento normativo • Custear a seguridade social (previdência, assistência e saúde). Razão de criação • Contribuição social deve respeitar a anterioridade nonagesimal (Art. 195, § 6º, CF/88). Anterioridade Exercício • O prefeito de uma cidade do interior do Nordeste, a fim de cobrir despesas com o atendimento da população atingida pela seca em seu Município, recebeu da câmara de Vereadores um projeto de lei instituindo empréstimo compulsório devido pelos habitantes. Como advogado (a), qual o aconselhamento ao prefeito?