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APLICAÇÃO DA PENA – A forma de cálculo da pena atende aos critérios 
fixados segundo o método trifásico de Nélson Hungria. Primeiro é fixada a 
pena-base, nos termos do artigo 59 do CP, depois circunstância agravante e/ou 
atenuante e depois causa de aumento e/ou diminuição de pena (art. 68 do CP). 
 
PENA-BASE 
 
CULPABILIDADE - A única distinção existente é de dolo direto e eventual, 
culpa consciente e inconsciente. 
 
ANTECEDENTES - Todos os episódios recentes ou remotos da vida do réu, 
não confundir com reincidência, circunstância agravante.Existe uma discussão 
jurisprudencial se alguém com processo em andamento tem a sua pena 
exacerbada por maus antecedentes. Os tribunais se dividem, mas o mais 
correto é aumentar a pena somente quando estiverem presentes as hipóteses de 
trânsito em julgado de sentença condenatória. 
 
CONDUTA SOCIAL – seriam os papéis desempenhados pelo indivíduo na 
comunidade tais como as atividades relativas ao trabalho, vida familiar, social, 
e etc. 
 
PERSONALIDADE – deve ser entendida como síntese das qualidades 
sociais e morais do indivíduo. Na personalidade deve-se verificar a sua boa ou 
má índole, sua maior ou menor sensibilidade ético-social, presença ou não de 
eventuais desvios de caráter de modo a identificar se o crime constitui um 
episódio acidental da vida do réu (Luiz Regis Prado). 
 
MOTIVOS – quem pratica um crime pode estar impulsionado pelos mais 
diversos motivos: por ciúme, motivos políticos, honra, interesse econômico, 
por sadismo, etc (tomar cuidado se a circunstância não é utilizada como 
circunstância agravante, e/ou causa que qualifica a pena, Ex. motivo torpe ou 
fútil, art. 61, I, “a” e/ou art. 121 § 2º, I e II do Código Penal). 
 
CIRCUNSTÂNCIAS – As circunstâncias do crime se referem à forma e 
natureza da ação delituosa, os tipos de meios utilizados, objeto, tempo, lugar, 
maneira de execução e outras semelhantes. 
 
CONSEQÜÊNCIAS DOS CRIMES – Efeitos produzidos pela ação 
criminosa que podem ser levados em conta pelo Juiz. Refere-se ao maior ou 
menor dano decorrente da ação delituosa. 
 
COMPORTAMENTO DA VÍTIMA – Se a vítima teve alguma contribuição 
para o crime, a sua conduta diminui a censurabilidade da conduta do réu. 
 
Todos os delitos têm uma variação de pena que vai de uma quantia 
mínima até máxima. O Juiz deve avaliar as circunstâncias judiciais e 
aplicar dentro deste limite de mínimo e máximo. 
 
2ª FASE 
 
DEPOIS SÃO APLICADAS AS AGRAVANTES E ATENUANTES. 
 
 
Circunstâncias agravantes (art. 61 a 64 do CP). 
 
a) Reincidência – o agente é reincidente quando comete um crime após o 
trânsito em julgado da sentença que, no país no estrangeiro o tenha 
condenado por crime anterior. Para se configurar reincidência é 
necessário que entre a data do cumprimento ou extinção da pena tenham 
se passado cinco anos, computado o período de prova da suspensão ou 
do livramento condicional, se não ocorrer revogação. 
b) Motivo fútil ou torpe – motivo fútil (sem motivo, motivação 
irrelevante), motivo torpe (motivo baixo, ligado aos baixos instintos do 
agente). Cuidado é qualificadora do homicídio. (art. 121, §2º, I e II, CP) 
c) Facilitar ou assegurar a execução ou impunidade de outro crime – 
qualifica o homicídio (art. 121, §2º, V, CP). 
d) A traição, emboscada, dissimulação ou outro recurso que dificulte 
ou impossibilite a defesa da vítima – qualificadora do homicídio (art. 
121, § 2º, IV, CP). 
e) Emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio 
insidioso e cruel, ou que possa resultar perigo comum (qualificadora 
do homicídio – art. 121§2º, III, CP). 
f) Contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge 
g) Com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações 
domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com violência a 
mulher na forma específica. Causa de aumento de pena na lesão 
corporal (art. 129, § 5º CP) 
h) Com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício 
ou profissão. 
i) Contra criança ou maior de 60 anos, enfermo ou mulher grávida. 
Art. 121, §4º (parte final) do Código Penal, causa de aumento de pena do 
homicídio. 
j) Quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade 
k) Em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer 
calamidade pública, ou de desgraça particular do ofendido 
l) Em estado de embriagues preordenada (embriagues preordenada ou 
intencional, para realizar o crime. Hipótese do “actio libera in causa”, 
libera impulsos agressivos e aumenta a coragem) 
AGRAVANTES DO CONCURSO DE PESSOAS DO ART. 62 do CP. 
 
a) promove ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade 
dos demais. 
b) Coage ou induz outrem à execução material do crime 
c) Instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito a sua 
autoridade ou não punível em virtude de sua condição pessoal 
d) Executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de 
recompensa (qualifica o homicídio – art. 121, §2º, I do CP). 
 
CIRCUNSTÂNCIAS ATENUANTES 
 
a) ser o agente na época do crime menor de 21 anos ou maior de 70 na 
data da sentença 
b) desconhecimento da lei (com a introdução do erro de proibição não há 
que se falar nesta atenuante) (art. 21 do CP, se evitável reduz em um a 
dois terços) (causa de diminuição) se inevitável (exclui a culpabilidade) 
c) motivo de relevante valor social ou moral – causa de diminuição de 
pena do homicídio (art. 121, §1º CP). 
d) Ação visando reduzir as conseqüências do crime, ou reparação do 
dano antes do julgamento (exceção neste último caso as hipóteses da 
Lei nº 9.099/95, que serve como uma conciliação nos crimes de menor 
potencialidade ofensiva). 
e) Coação resistível, cumprimento de ordem de autoridade superior 
ou sob violenta emoção provocada por ato injusto da vítima (causa 
de diminuição de pena no homicídio - Art. 121, §1º, CP). 
f) Confissão espontânea de autoria de crime perante autoridade (os 
juízes concedem preponderância a esta atenuante a qualquer outra). 
g) Influência de multidão em tumulto não provocado 
 
 
Na aplicação de agravantes e atenuantes deve-se ater aos limites 
fixados pelo crime entre os valores mínimo e máximo. 
 
Súmula nº 231 do STJ - A incidência da circunstância atenuante não pode 
conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal. 
 
3ª FASE 
 
FINALMENTE SÃO APLICADAS AS CAUSAS DE AUMENTO E 
DIMINUIÇÃO DE PENA, (algumas causas estão previstas na Parte Geral do 
Código Penal, outras estão na Parte Especial e outras estão em Leis especiais). 
 
(DIMINUIÇÃO) 
Art. 14, II, CP – diminui de um a dois terços. 
 Art. 155, §2º, CP – diminui de um a dois terços. 
Art. 121, 1º, CP – diminui de um sexto a um terço, etc. 
 
(AUMENTO) 
Art. 157, §2º, CP – aumenta de um terço até a metade; 
Art. 226, II, CP – aumenta de metade; 
Art. 40 da Lei 11.343/06 aumenta de um sexto a dois terços, etc. 
 
Nesta fase pode-se romper o limite mínimo ou máximo da pena (no crime 
de furto que a pena final varia de 1 a 4 anos). Nesta fase pode ficar 
estabelecida em uma quantidade inferior a 1 ano ou superior a 4 anos. 
 
As causas de aumento de pena diferem das qualificadoras que estabelecem já 
elas próprias a variação de penas. 
 
Exemplos de crimes qualificados 
Art. 121, §2º do CP (a pena deste delito varia de reclusão de 12 a 30 anos). 
Art. 155, §4º do CP (a pena deste delito varia de reclusão de 2 a 8 anos). 
Art. 129, §3º do CP (a pena deste delito varia de reclusão de 4 a 12 anos). 
 
 
EXERCÍCIOS PARA OS ALUNOS FIXAREM 
 
 
Pena de 1 a 4 anos (art. 155 do CP) 
 
PB 1 ano, 
 
2ªFASE atenuante da menoridade 1 ano, não dá para diminuir nesta fase. 
 
3ª FASE -Causa de diminuição de pena da tentativa, diminui 2/3 de 1 ano 
igual a 4 meses. 
 
HOMICÍDIO QUALIFICADO 
 
Por motivo torpe (art. 121, § 2º, I do CP) e meiode fogo (art. 121, § 2º, III do 
CP). 
1ª FASE - PB – 16 anos (usa o meio de fogo para qualificar o crime). 
 
2ª FASE - Agrava em mais 2 anos pelo motivo torpe que funciona como 
agravante (art. 61, II, “a” do CP). 
 
Pena final - 18 anos de reclusão. 
 
 
Pena de 4 a 10 anos (art. 157 do CP) 
 
PB 9 anos, 
 
2ª FASE agravante da reincidência mais 6 meses, agravante do crime 
cometido contra criança, 6 meses, agravante de motivo fútil não dá mais para 
aumentar além de 10 anos. 
 
3ª FASE - causa de aumento de pena prevista no §2º do artigo 157 do CP na 
metade, 15 anos. 
 
Pena de 6 a 20 anos(art. 121 do CP) 
PB 9 anos 
 
2ª FASE - agravante crime cometido contra ascendente 6 meses, atenuante 
menor de 21 anos tira 6 meses, atenuante confissão espontânea menos 6 
meses. 
 
3ª FASE - Causa de diminuição de pena prevista no § 1º do art.121 tira um 
terço. 
PENA DE MULTA (art. 49 e 60 do CP) 
 
A) Fixar a pena de multa em dias multa, no mínimo de 10 dias-multa e no 
máximo de 360 dias-multa.(a variação entre 10 a 360 dias-multa se dá em 
razão da gravidade do delito). 
 
(mesma forma de aplicação do 68 do Código Penal, pena-base + agravante 
e/ou atenuante + causa de aumento e/ou diminuição de pena) 
 
B) Estabelecer o valor do dia-multa entre 1/30 do salário mínimo até 5 vezes 
este salário (art. 49, §1º do CP). A multa pode ainda ser multiplicada em 3 
vezes (ART. 60, §1º do CP). Nos crimes da atual lei de entorpecentes a multa 
pode ser multiplicada por dez (art. 43, § único da Lei 11343/06). O critério de 
variação do valor do dias multa atende exclusivamente a situação econômica 
do réu. 
 
Para fixar entre 10 a 360 dias não há um critério claro no Código, contudo o 
Juiz Bias Gonçalves do TACRIM-RJ propôs que fosse fixado em dias o 
número de meses de prisão. 
A pena maior do Código Penal é de 30 anos, portanto de 360 meses, então a 
multa seria de 360 dias. Segundo este critério 2 anos tem 24 meses, portanto a 
multa seria de 24 dias-multa. 
 
A Lei 11340/06 mudou este panorama ao prever penas de multa fora do 
padrão do Código Penal 
 
Art. 33 (tráfico) 
Penas – reclusão de 5 a 15 anos e multa de 500 a 1500 dias multa 
Art. 36 (financiamento ao tráfico) 
Penas – reclusão de 8 a 20 anos e 1500 a 4000 dias-multa 
Art. 37 (partícipe do tráfico) 
Penas – reclusão de 2 a 6 anos e 300 a 700 dias-multa

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