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Notas de Aula de Cálculo
Derivadas
Bárbara Rodriguez Cinthya Meneghetti Cristiana Po�al
19 de julho de 2013
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Universidade Federal do Rio Grande - FURG
NOTAS DE AULA DE CÁLCULO
Instituto de Matemática, Estatística e Física - IMEF
Material elaborado como resultado do projeto REUNI - PROPESP N
o
: 033128/2012
- coordenado pelas professoras Bárbara Rodriguez, Cinthya Meneghetti e Cristiana
Po�al com participação da bolsista REUNI: Elizangela Pereira.
1 Notas de aula de cálculo - FURG
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Sumário
1 Derivadas de Funções Reais de uma Variável 3
1.1 Derivadas Sucessivas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.2 Derivadas de Funções Paramétricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.3 Derivadas de Funções Implícitas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.4 Lista de Exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1.5 Aplicações de Derivadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
1.6 Cálculo dos Limites Indeterminados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1.6.1 Formas
0
0
e
∞
∞ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1.6.2 Formas +∞−∞, −∞+∞, 0 · ∞ . . . . . . . . . . . . . . . 17
1.6.3 Formas 1∞, 00, ∞0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
1.7 Lista de Exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
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Capítulo 1
Derivadas de Funções Reais de uma
Variável
1.1 Derivadas Sucessivas
A derivada f ′(x) de uma função é novamente uma função, que pode ter
a sua própria derivada. Se f ′(x) for derivável, então a sua derivada é denotada
por f ′′(x) e é denominada segunda derivada da função f . Enquanto houver a di-
ferenciabilidade das funções obtidas, pode-se continuar este processo de derivação
obtendo-se as chamadas derivadas sucessivas de f(x). As derivadas sucessivas de
uma função f(x) podem ser denotadas por
Primeira derivada f ′(x) y′
dy
dx
df(x)
dx
Segunda derivada f ′′(x) y′′
d2y
dx2
d2f(x)
dx2
Terceira derivada f ′′′(x) y′′′
d3y
dx3
d3f(x)
dx3
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.
N-ésima derivada f (n)(x) yn
dny
dxn
dnf(x)
dxn
Exemplo 1.1.1.Calcule todas as derivadas de y = x6.
Solução:
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1.1. DERIVADAS SUCESSIVAS
Pode-se observar que y = x6 é um polinômio de grau 6. Calculando todas
as derivadas da função, obtém-se:
y′ = 6x5
y′′ = 30x4 = 6 · 5 · x4
y′′′ = 120x3 = 6 · 5 · 4 · x3
y(iv) = 360x2 = 6 · 5 · 4 · 3 · x2
y(v) = 720x = 6 · 5 · 4 · 3 · 2 · x
y(vi) = 720
y(vii) = 0 e a partir daqui todas as derivadas são nulas.
Exemplo 1.1.2. Calcule:
a)
d2
dx2
(
1− x
1 + x
)
b)
d500
dx500
(x131 − 3x79 + 4)
c) f ′′′(x), se f(x) = ln(x+ 1)
d) y′′, se y = ln
(
ex
ex + 1
)
e)
d2
dx2
[x · arcsen(x)]
f) f ′′(x) se f(x) =
x3
1− x .
Exemplo 1.1.3. Mostre que a função y = 2sen(x) + 3 cos(x) satisfaz à equação
y′′ + y = 0.
Solução:
Inicialmente deve-se calcular y′ e y′′.
Calculando-se y′, tem-se:
y′ = 2 cos(x)− 3sen(x).
Deriva-se novamente y′ e obtém-se y′′:
y′′ = −2sen(x)− 3 cos(x).
Substituindo y′′ e y na equação y′′ + y = 0, tem-se:
y′′ + y = −2sen(x)− 3 cos(x) + 2sen(x) + 3 cos(x) = 0.
4 Notas de aula de cálculo - FURG
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1.2. DERIVADAS DE FUNÇÕES PARAMÉTRICAS
Exercício 1.1.1. Determine a inclinação da reta tangente à função y = sen
(x
2
)
na
origem.
Resposta do exercício
1.1.1. m =
1
2
.
1.2 Derivadas de Funções Paramétricas
Função na forma paramétrica
Usualmente, as curvas no plano são de�nidas por funções escritas na
forma y = f(x). Entretanto, é possível de�nir curvas adotando um ponto de vista
dinâmico, ou seja, pensar em qualquer curva como a trajetória de um ponto móvel
e escrever as coordenadas de seus pontos em função de um parâmtero t.
Se x e y são de�nidas como funções x = f(t) e y = g(t) para um inter-
valo de valores de t, então o conjunto de pontos (x, y) = (f(t), g(t)) de�nido por
essas equações é uma curva parametrizada. As equações são chamadas de equações
paramétricas da curva.
A variável t é um parâmetro para a curva e seu domínio I é o intervalo
do parâmetro. Se I for um intervalo fechado, a ≤ t ≤ b, o ponto (f(a), g(a)) é o
ponto inicial da curva e (f(b), g(b)) é o ponto �nal. As equações paramétricas e o
intervalo para o parâmetro de uma curva constituem a parametrização da curva.
Derivadas de funções na forma paramétrica
Uma curva parametrizada x = f(t) e y = g(t) será derivável em t se x e
y forem deriváveis em t. Em um ponto de uma curva parametrizada derivável, onde
y também é função derivável de x, as derivadas
dy
dt
,
dx
dt
e
dy
dx
estão relacionadas pela
regra da cadeia:
dy
dt
=
dy
dx
· dx
dt
.
Se
dx
dt
6= 0, segue que:
dy
dx
=
dy
dt
dx
dt
.
5 Notas de aula de cálculo - FURG
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1.2. DERIVADAS DE FUNÇÕES PARAMÉTRICAS
As derivadas sucessivas de uma função na forma paramétrica são de�ni-
das por
Segunda derivada
d2y
dx2
=
d
dt
(
dy
dx
)
dx
dt
Terceira derivada
d3y
dx3
=
d2
dt2
(
dy
dx
)
dx
dt
.
.
.
.
.
.
N-ésima derivada
dny
dxn
=
dn−1
dtn−1
(
dy
dx
)
dx
dt
.
Exemplo 1.2.1. Calcule
dy
dx
para as funções escritas na forma paramétrica:
a)
 x = 2t+ 1y = 4t+ 3 , t ∈ R
b)
 x = a(t− sen(t))y = a(1− cos(t)) , 0 ≤ t ≤ 2pi
c)
 x = ln(t)y = t3 , t > 0 .
Exemplo 1.2.2. Um avião da Cruz Vermelha lança suprimentos alimentares e medi-
camentos em uma área de desastre. Se o avião lançar os suprimentos imediatamente
acima do limite inicial de um campo aberto de 700 metros de comprimento, e con-
siderando que a carga se desloca para frente durante a queda, segundo afunção
paramétrica s(t) =
 x = 120ty = −16t2 + 500 , t ≥ 0 , sabendo que as coordenadas x e
y são medidas em metros e o parâmetro t (tempo após o lançamento), em segundos,
responda:
6 Notas de aula de cálculo - FURG
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1.2. DERIVADAS DE FUNÇÕES PARAMÉTRICAS
a) A carga cairá dentro do campo?
b) Qual é a equação cartesiana para a trajetória da carga lançada e a taxa de
queda da carga em relação ao seu movimento para diante quando ela atinge o
solo?
Solução:
a) A carga atinge o solo quando y = 0, ou seja, quando y = −16t2 + 500 = 0.
Logo, t =
5
√
5
2
s.
A abscissa no instante do lançamento é x = 0. Quando a carga atinge o solo
x = 120 ·
(
5
√
2
2
)
= 300
√
5 m ∼= 670, 8 m< 700 m.
Logo, a carga cai dentro do campo.
b) A equação cartesiana será obtida através da substituição de t por t =
x
120
na
equação de y.
Isto é, y = −16
( x
120
)2
= − x
2
900
+ 500.
A taxa de queda em relação ao seu movimento para frente será dado por
dy
dx
.
O cálculo pode ser realizado de duas maneiras:
1.
dy
dx
=
dy
dt
dx
dt
= − 32t
120
= − 4
15
t.
2.
dy
dx
=
d
dx
(
− x
2
900
+ 500
)
= − 1
450
x.
A taxa de queda da carga em relação ao seu movimento para frente no
instante em que a carga atinge o solo (x = 300
√
5 m ou t =
5
√
5
2
s) é:
dy
dt
∣∣∣
t= 5
√
5
2
= − 4
15
· 5
√
5
2
= −2
3
√
5
∼= −1, 59 m/s .
Logo, a taxa de queda da carga em relação ao seu movimento para frente
é de aproximadamente -1,59 m/s.
7 Notas de aula de cálculo - FURG
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1.3. DERIVADAS DE FUNÇÕES IMPLÍCITAS
Exercício 1.2.1. Calcule a derivada que se pede para as funções escritas na forma
paramétrica:
a)
dy
dx
,
 x = 3t− 1y = 9t2 − 6t , t ∈ R
b)
dy
dx
,

x =
3at
1 + t2
y =
3at2
1 + t
, t > 0
c)
d2y
dx2
,
 x = et cos(t)y = etsen(t) , t ∈ [0, 2pi] .
Respostas do exercício
1.2.1.
a)
dy
dx
= 6t− 2
b)
dy
dx
=
t(t+ 2) · (1 + t2)2
(1 + t)2 · (1− t2)
c)
d2y
dx2
=
2e−t
[cos(t)− sen(t)]3 .
1.3 Derivadas de Funções Implícitas
Função na forma implícita
A maioria das funções utilizadas até o momento foram descritas na forma
y = f(x), que expressa y explicitamente em termos da variável x. Na seção anterior,
estudaram-se as curvas de�nidas parametricamente por equações. Uma terceira
situação ocorre quando encontram-se equações do tipo F (x, y) = 0, por exemplo,
x2 + y2 − 25 = 0, y + ey − x − 2 = 0 e y2 − x2 = 0. Tais equações de�nem uma
relação implícita entre as variáveis x e y.
Derivada de uma função na forma implícita
Quando não é possível escrever uma equação do tipo F (x, y) = 0 na forma
y = f(x) para derivá-la de maneira usual, pode-se determinar
dy
dx
por intermédio do
processo de derivação chamado derivação implícita.
O processo de derivação implícita consiste:
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1.3. DERIVADAS DE FUNÇÕES IMPLÍCITAS
1. Derivar os dois membros da equação em relação a x, considerando y como uma
função dependente de x.
2. Agrupar os termos que contém
dy
dx
em um membro da equação.
3. Determinar
dy
dx
.
Exemplo 1.3.1. Derivando implicitamente, determine
dy
dx
se y2 = x.
Solução:
Derivando y2 = x implicitamente em relação a x, obtém-se:
2y
dy
dx
= 1. (1.3.1)
Isolando
dy
dx
em (1.3.1), tem-se:
dy
dx
=
1
2y
.
Como y = ±√x, então: dy
dx
=
1
2
√
x
ou
dy
dx
= − 1
2
√
x
.
Observação 1.3.1. Para derivar uma função naforma implícita, basta lembrar que
y é uma função de x e aplicar a regra da cadeia.
Exemplo 1.3.2. Derivando implicitamente, determine as derivadas das funções:
a)
dy
dx
, x2 + y2 − 25 = 0
b)
d2y
dx2
, x3 + y3 − 3axy = 0
c)
dy
dx
, xy = yx.
Exercício 1.3.1. Derivando implicitamente, determine as derivadas das funções:
a)
d2y
dx2
, b2 + y2 − 2xy = 0
b)
dy
dx
, (x+ y)2 − (x− y)2 = x4 + y4.
Exercício 1.3.2. Determine os coe�cientes angulares das retas tangente e normal
à curva x3 + y3 − xy − 7 = 0 no ponto A(1, 2).
Exercício 1.3.3. Escreva a equação da reta tangente ao grá�co das funções implí-
citas de�nidas por:
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1.4. LISTA DE EXERCÍCIOS
a) Folium Descartes: x3 + y3 = 6xy no ponto (3, 3).
b) Lemniscata de Bernoulli: 2(x2 + y2)2 = 25(x2 − y2) no ponto (3, 1).
Respostas dos exercícios
1.3.1.
a) y′′ =
y2 − 2yx
(y − x)3
b)
dy
dx
=
x3 − y
x− y3 .
1.3.2. mtg = − 1
11
, mn = 11
1.3.3.
a) x+ y − 6 = 0
b) 13y + 9x− 40.
1.4 Lista de Exercícios
1. Calcule a derivada que se pede das funções paramétricas:
a)
dy
dx
,
 x = et cos(t)y = etsen(t) , t ∈ [0, 2pi]
b)
dy
dx
,
 x = t ln(t)y = ln(t)
t
, t > 0
2. Determine a derivada que se pede das funções implícitas:
a)
dy
dx
, y3 =
x− y
x+ y
b)
d2y
dx2
, y2 = 4px.
3. Obtenha a derivada de ordem indicada de cada função:
a)
d3y
dx3
, y = eax
b) f ′′(x), f(x) = (1 + x2)arctg(x)
c) y′′, y =
sen(2x)
x+ 1
.
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1.4. LISTA DE EXERCÍCIOS
4. Veri�que se a função y =
1
1 + x+ ln(x)
satisfaz à equação xy′ = y[ln(x)− 1].
5. Numa granja experimental constatou-se que a massa de uma ave em desenvol-
vimento, em gramas, é dada pela funçãoM(t) =
 20 + 12(t+ 4)2, 0 ≤ t ≤ 6024, 4t+ 604, 60 ≤ t ≤ 90 ,
onde t é medido em dias. Responda:
a) Qual é a razão de aumento de massa da ave quando t = 50?
b) Quanto a massa da ave aumentará no 51◦ dia?
c) Qual é a razão de aumento de massa da ave quando t = 80?
6. Suponha que f(1) = 1, f ′(1) = 3, f ′′(1) = 6 e que f ′′′(x) = 0, para todo x,
prove que f(x) = 3x2 − 3x+ 1.
7. Se f(x) = x3 − 2x2 − x, para que valores de x, f ′(x) = f ′′(x)?
8. Determine a equação da reta tangente ao grá�co da função implícita de�nita
por:
y2 = x2(x+ 2),
no ponto
(
1
2
,
√
3
2
√
2
)
.
Respostas dos exercícios
1.
a)
dy
dx
=
sen(t) + cos(t)
cos(t)− sen(t)
b)
dy
dx
=
1− ln(t)
t2 · [1 + ln(t)]
2.
a)
dy
dx
=
1− y3
3xy2 + 4y3 + 1
b)
d2y
dx2
=
−4p2
y3
3.
a)
d3y
dx3
= a3eax
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1.5. APLICAÇÕES DE DERIVADAS
b) f ′′(x) =
2x
1 + x2
+ 2arctg(x)
c) y′′ =
(−4x2 − 8x− 2) · sen(2x)− 4(x+ 1) cos(2x)
(x+ 1)3
5. a)54 b)1 c)24, 4
7. x = 3 ou x =
1
3
8. 4
√
6 + 10x− 1 = 0.
1.5 Aplicações de Derivadas
Nesta seção, são exploradas algumas propriedades das funções deriváveis,
bem como as aplicações de derivada.
1. Teorema de Rolle (Michel Rolle: 1652− 1719)
Se f(x) é uma função contínua no intervalo fechado [a, b] e é diferenciável
no intervalo aberto (a, b), se f(a) = f(b), então existe pelo menos um número c em
(a, b) tal que f ′(c) = 0.
Demonstração:
Sejam f(a) = d = f(b), existem três possibilidades para f(x):
Caso 1: Se f(x) = d para todo x em [a, b], então f é constante no intervalo, e, pela
regra de derivação de constante f ′(x) = 0 para todo x em (a, b).
Caso 2: Se f(x) > d para algum x em (a, b), então pelo Teoremade Weierstrass1,
f atinge um máximo em algum c no intervalo. Além disso, como f(c) > d, esse
máximo não é atingido nos extremos do intervalo. Portanto, f tem um máximo no
intervalo aberto (a, b), o que implica que f(c) é um máximo relativo. Como f é
diferenciável em c, então f ′(c) = 0.
Caso 3: Se f(x) < d para algum x em (a, b), então pelo Teorema de Weierstrass, f
atinge um mínimo em algum c no intervalo. Além disso, como f(c) < d, esse mínimo
não é atingido no extremo do intervalo. Portanto, f tem um mínimo no intervalo
1
O Teorema de Weierstrass a�rma que qualquer função contínua num intervalo [a, b] em R é
limitada e que, além disso, tem um máximo e um mínimo.
12 Notas de aula de cálculo - FURG
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1.5. APLICAÇÕES DE DERIVADAS
aberto (a, b), o que implica que f(c) é um mínimo relativo. Como f é diferenciável
em c, então f ′(c) = 0.
Exemplo 1.5.1. Considere a função f(x) = x2 − 3x+ 2.
a) Determine os pontos de intersecção da função f(x) com o eixo x.
b) Mostre que f ′(x) = 0 em algum ponto entre suas intersecções.
2. Teorema do Valor Médio ou Teorema de Lagrange
Se f(x) é uma função contínua no intervalo fechado [a, b] e é diferenciável
no intervalo aberto (a, b), então existe pelo menos um número c em (a, b) com a <
c < b, tal que:
f ′(c) =
f(b)− f(a)
b− a .
Demonstração:
Observando a Figura 1.1, a reta secante contendo os pontos (a, f(a)) e
(b, f(b)) pode ser escrita como,
y =
[
f(b)− f(a)
b− a
]
(x− a) + f(a).
Figura 1.1: Representação das retas tangentes e secante à f(x).
Seja g(x) a diferença entre f(x) e y. Então, g(x) = f(x)− y, isto é,
g(x) = f(x)−
[
f(b)− f(a)
b− a
]
(x− a)− f(a).
Calculando g(a) e g(b), observa-se que g(a) = g(b) = 0. Além disso, como
f(x) é diferenciável, pode-se aplicar o Teorema de Rolle à função g(x). Portanto,
existe um número c em (a, b) tal que g′(x) = 0. Isto signi�ca que:
g′(c) = f ′(c)−
[
f(b)− f(a)
b− a
]
= 0.
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1.5. APLICAÇÕES DE DERIVADAS
Logo, existe um número c em (a, b) tal que f ′(c) =
[
f(b)− f(a)
b− a
]
.
Observação 1.5.1. O Teorema do Valor Médio é mais utilizado para provar outros
teoremas do que na resolução de problemas. Ele foi demonstrado por Joseph-Louis
Lagrange (1736 - 1813).
Exemplo 1.5.2. Dois carros da polícia rodoviária equipados com radar estão esta-
cionados a 6 km um do outro em um trecho retilíneo de uma estrada. Quando um
caminhão passa pelo primeiro carro, o radar marca sua velocidade como sendo de
75 km/h. Quatro minutos depois, o caminhão passa pelo segundo carro a 80 km/h.
Prove que o caminhão tem que ter excedido a velocidade limite (de 80 km/h) em
algum instante dos quatro minutos.
Solução:
Pelo teorema do valor médio, se f(x) é uma função contínua no intervalo
fechado [a, b] e é diferenciável no intervalo aberto (a, b), então existe pelo menos um
número c em (a, b) com a < c < b, tal que f ′(c) =
f(b)− f(a)
b− a .
No problema, a velocidade é uma função contínua, então pelo teorema
do valor médio:
f ′(c) =
6− 0
4
60
− 0
= 90 km/h.
Isso signi�ca que em algum ponto do percurso de 4 minutos o caminhão
andou a 90 km/h, ou seja, excedeu a velocidade limite de 80 km/h.
Exemplo 1.5.3. Seja a função de�nida por f(x) = x3+2x2+1. Por cálculo direto,
determine um número c entre 0 e 3 tal que a tangente ao grá�co de f no ponto
A(c, f(c)) seja paralela à reta secante entre os dois pontos B(0, f(0)) e (3, f(3)).
Solução:
Para determinar o coe�ciente angular da reta tangente, calcula-se mtg =
f ′(c), logo:
mtg =
f(3)− f(0)
3− 0
=
46− 1
3
mtg = 15. (1.5.1)
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1.5. APLICAÇÕES DE DERIVADAS
Por outro lado,
f ′(x) = 3x2 + 4x
f ′(c) = 3c2 + 4c. (1.5.2)
Igualando (1.5.1) com (1.5.2), tem-se:
3c2 + 4c = 15,
então:
3c2 + 4c− 15 = 0.
As raízes desta equação do 2
o
grau são c′ = 5
3
e c′′ = −3. Visto que c
deve pertencer ao intervalo (0, 3), então rejeita-se a solução c = −3. Portanto, o
número desejado é
5
3
.
Exercício 1.5.1. Em que ponto da curva y = ln(x) a reta tangente é paralela à
corda que une os pontos A(1, 0) e B(e, 1)?
Exercício 1.5.2. Seja a função de�nida por f(x) =
x2
6
.
a) Veri�que a hipótese do teorema do valor médio para a função f no intervalo
[2,6].
b) Determine um valor para c no intervalo (2,6) tal que f ′(c) =
f(6)− f(2)
6− 2 .
c) Interprete geometricamente o resultado do item (b) e ilustre-o gra�camente.
Resposta dos exercícios
1.5.1. P (e− 1, ln(e− 1)).
1.5.2. b) c = 4.
3. Teorema de Cauchy
Se as funções f(x) e g(x):
a) são contínuas no intervalo [a, b],
b) são deriváveis no intervalo (a, b),
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1.5. APLICAÇÕES DE DERIVADAS
c) g′(x) 6= 0, ∀x ∈ (a, b),
então existe pelo menos um ponto c ∈ (a, b), a < c < b, tal que:
f(b)− f(a)
b− a =
f ′(c)
g′(c)
, a < c < b.
Demonstração:
Seja Q de�nida como
Q =
f(b)− f(a)
g(b)− g(a) ,
onde g(b)− g(a) 6= 0. Construindo uma função F (x),
F (x) = f(x)− f(a)−Q[g(x)− g(a)].
Dessa construção, tem-se que F (a) = 0 e F (b) = 0. Consequentemente,
F (x) satisfaz às condições do Teorema de Rolle. Então, existe um ponto x = c, onde
F (c) = 0. Mas,
F ′(x) = f ′(x)−Qg′(x).
Então
F ′(c) = f ′(c)−Qg′(c) = 0,
logo,
Q =
f ′(c)
g′(c)
.
Substituindo Q pela sua de�nição, tem-se:
f(b)− f(a)
g(b)− g(a) =
f ′(c)
g′(c)
.
4. Teorema de L'Hospital
Sejam f(x) e g(x) funções diferenciáveis em um intervalo aberto (a, b)
contendo x0, com a possível exceção de x0, se lim
x→x0
f(x)
g(x)
produz uma fórmula inde-
terminada
0
0
ou
∞
∞ , então para g
′(x0) 6= 0,
lim
x→x0
f(x)
g(x)
= lim
x→x0
f ′(x)
g′(x)
=
f ′(x0)
g′(x0)
,
desde que o limite à direita exista (ou seja in�nito).
Demonstração:
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1.6. CÁLCULO DOS LIMITES INDETERMINADOS
Supondo que f(x0) = g(x0) = 0, então:
lim
x→x0
f(x)
g(x)
= lim
x→x0
f(x)
x− x0
g(x)
x− x0
lim
x→x0
f(x)
g(x)
= lim
x→x0
f(x)− f(x0)
x− x0
g(x)− g(x0)
x− x0
lim
x→x0
f(x)
g(x)
=
f ′(x)
g′(x)
. (1.5.3)
Observação 1.5.2. O Teorema de L'Hospital também vale para no caso de um
limite quando x→ x+0 , x→ x−0 , x→ +∞ ou x→ −∞.
1.6 Cálculo dos Limites Indeterminados
1.6.1 Formas
0
0
e
∞
∞
Derivam-se o numerador e o denominador separadamente, conforme o
Teorema de L'Hospital.
Exemplo 1.6.1. Calcule os limites utilizando a regra de L'Hospital.
a) lim
x→0
tg(x)− x
x− sen(x)
b) lim
y→0
1− cos(y)− y2
2
y4
c) lim
x→2
ex−2 − e2−x
sen(x− 2)
d) lim
x→0
ax − bx
x
e) lim
x→0
ln[sen(x)]
ln[tg(x)]
f) lim
x→+∞
ln(x)
x
.
1.6.2 Formas +∞−∞, −∞+∞, 0 · ∞
Por artifícios algébricos, procura-se chegar às indeterminações
0
0
ou
∞
∞ .
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1.6. CÁLCULO DOS LIMITES INDETERMINADOS
Exemplo 1.6.2. Calcule os limites abaixo, utilizando a regra de L'Hospital.
a) lim
x→1
[
x
x− 1 −
1
ln(x)
]
b) lim
x→1
[
(1− x)tg
(pix
2
)]
c) lim
x→0
[xn ln(x)].
1.6.3 Formas 1∞, 00, ∞0
Assume-se limx→a
[f(x)]g(x). Para calcular os limites envolvendo estes tipos
de indeterminações seguem-se os seguintes passos:
a) De�ne-se y = [f(x)]g(x).
b) Logaritimiza-se: ln(y) = g(x) ln[f(x)].
c) Aplica-se o limite em ln(y) e calcula-se o seu valor.
d) Aplica-se a operação de inversão: y = e
lim
x→a
ln(y)
.
Exemplo 1.6.3. Utilizando a regra de L'Hospital, calcule os limites:
a) lim
x→+∞
(
1 +
a
x
)x
b) lim
x→0
xsen(x)
c) lim
x→+∞
(3x+ 9)
1
x
.
ATENÇÃO!!!
NÃO são indeterminações:
a)
0
∞ = 0 ·
1
∞ = 0 · 0 = 0
b)
∞
0
=
1
0
· ∞ =∞ ·∞ =∞
c) 0∞ → ln(0)∞ =∞ · ln(0) =∞ · (−∞) = −∞
d) ∞+∞ =∞
18 Notas de aula de cálculo - FURG
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1.7. LISTA DE EXERCÍCIOS
1.7 Lista de Exercícios
1. Usando a regra de L'Hospital, calcule os limites:
a) lim
x→1
x5 − 6x3 + 8x+ 5
x4 − 1 b) limx→+∞
ex
x
c) lim
x→0
[cotg(x)]
1
ln(x)
d) lim
x→0
[sen(x) + cos(x)]
1
x
e) lim
x→1
(x)
1
1− x
f) lim
x→1
ln(x2 + x+ 1)
ln(x2 + 2x+ 1)
g) lim
x→0
tg(3x)
sen(2x)
h) lim
x→+∞
ln(x)
e3x
i) lim
x→+∞
3x2 − 2x+ 1
2x2 + 3
j) lim
x→0
ex − (1 + x)
x
k) lim
x→2
ex
2−4 − 1
x
l) lim
x→0
[
1
x2 + x
− 1
x
]
m) lim
x→0
etg(2x) − 1
sen(5x)
n) lim
x→0
x · cotg(2x) o) lim
x→1
ln
(
x+ 1
x
)
ln
(
x− 1
x
)
p) lim
x→0
2− x2 − 2 cos(x)
x4
q) lim
x→0
x− ln(x+ 1)
1− cos(2x) r) limx→0
x− tg(x)
sen(x)− x.
2. Considere a função f(x) =
x2 − 4
x2
.
a) Calcule f(−2) e f(2).
b) O Teorema de Rolle pode ser aplicado a esta função no intervalo [−2, 2]?
Explique.
3. Determine se o Teorema de Rolle pode ser aplicado no intervalo [−1, 3] à função
f(x) = (x− 3)(x+ 2)2. Em caso a�rmativo, determine todos valores de c tais
que f ′(c) = 0.
4. Considere a função f(x) =
√
x− 2, se possível aplique o teorema do valor mé-
dio para determinar todos os valores de c em [2, 6] tais que f ′(c) =
f(b)− f(a)
b− a ,
onde a = 2 e b = 6.
19 Notas de aula de cálculo - FURG
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1.7. LISTA DE EXERCÍCIOS
5. Resolva:
a) Analise o seguinte cálculo e mostre o erro existente:
lim
x→1
x3 − x2 + x− 1
x3 − x2 = limx→1
3x2 − 2x+ 1
3x2 − 2x = limx→1
6x− 2
6x− 2 = 1.
b) Determine a resposta correta.
6. Resolva:
a) Explique por que a regra de L'Hospital não se aplica ao problema lim
x→0
x2sen( 1
x
)
sen(x)
.
b) Calcule o limite do item a).
c) Determine o limite: lim
x→0
xsen( 1
x
)
sen(x)
, se ele existir.
Respostas dos exercícios
1.
a)− 5
4
b)+∞ c)e−1 d)e e)− 1 f) ln(3)
ln(4)
g)
3
2
h)0 i)
3
2
j)0 k)4 l)− 1 m)2
5
n)
1
2
o)0 p)− 1
12
q)
1
4
r)2.
2. f(−2) = f(2) = 0
3. c = −1 ou c = 5
3
4. c = 3
5. b) 2
6. b) 1 c) @.
20 Notas de aula de cálculo - FURG

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