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Diabetes Mellitus Diabetes Mellitus 1 - Fatores de risco 2 - Diagnóstico de DM, HAS, Dislipidemia 3 - Síndrome Metabólica – Síndrome de Resistência Insulínica 4 - Classificação de DM 5 - Fisiopatologia do DM 6 - Objetivos e Metas Terapeuticas 7 - Terapia não medicamentosa 8 - Antidiabéticos Orais 9 - Insulinoterapia no DM tipo 2 10 - Terapia da HAS e da dislipidemia no DM 11 - Algorítmo de tratamento 12 - Rastreamento de complicações crônicas Caso Clínico Identificação: Idade: 56 anos Sexo: feminino Profissão: do lar Consulta de rotina, referindo cefaléia ocasional, sem outras queixas. Aumentou 10 kg nos últimos 5 anos. Não faz restrições alimentares. É sedentária. Fumante de 10 cigarros por dia. Menopausa há 5 anos. G4 P3 A1. Engordou 20 kg na última gravidez. Peso do filho ao nascer: 4,250 kg. Pai falecido de Infarto agudo do miocardio e mãe obesa. Nega diabetes na família. Altura: 1,56 m Peso: 76,800 kg IMC: 31,2 kg/m2 Cintura: 92 cm PA: 150 / 95 mmHg P: 84 bpm Restante do exame: NDN Exame Físico: Que doenças você investigaria neste caso ? 1. Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus 2. Diabetes, Dislipidemia, Obesidade e Hipertensão Arterial 3. Dislipidemia e Anemia 4. O quadro clínico não é sugestivo de diabetes, sendo desnecessário sua investigação. Diagnóstico Clínico do Diabetes VulvovaginiteDores em MMII Infecções de repetiçãoPerda de peso FadigaExcesso de peso Parestesias em MMIIPolifagia Feridas que não cicatrizamPolidipsia Visão turvaPoliúria Sintomas geraisSintomas clássicos Assintomático O Diabetes Mellitus Tipo 2 pode se apresentar já com manifestações de complicações crônicas e freqüentemente com hipertensão. Fatores de risco para o DM • Idade > 45 anos. • Sobrepeso (Índice de Massa Corporal IMC > 25). • Obesidade central (cintura abdominal > 92 cm para homens e > 80 cm para mulheres, medida na altura das cristas ilíacas). • Antecedente familiar (mãe ou pai) de diabetes. • Hipertensão Arterial (> 140/90 mmHg). • Colesterol HDL d*35 mg/dL e/ou triglicérideos e*150 mg/dL • História de macrossomia ou diabetes gestacional. • Diagnóstico prévio de síndrome de ovários policísticos. • Doença cardiovascular, cerebrovascular ou vascular periférica definida. Que exames você solicitaria? 1. Colesterol total e frações, triglicérides, hemograma, glicemia, uréia e ECG. 2. Colesterol total e frações, triglicérides, curva glicêmica, creatinina, exame comum de urina e ECG. 3. Colesterol total e frações, triglicérides, glicemia e Rx de tórax. 4. Colesterol total e frações, triglicérides, glicemia, creatinina, exame comum de urina e ECG. Caso clínico - exames de laboratório Eletrocardiograma: normal Exame comum de urina: glicosúria+, leucocitúria+ Creatinina: 0,90 mg/dl Triglicérides: 300 mg/dl Colesterol HDL: 30 mg/dl Colesterol LDL: 230 – (300/5 + 30) = 140 mg/dl Colesterol total: 230 mg/dl Glicemia de jejum: 132 mg/dl Resultados dos exames solicitados: Está estabelecido o diagnóstico de Diabetes Mellitus ? 1. Sim. 2. Não, deve ser confirmado com nova glicemia em jejum. 3. Não, deve ser solicitado um teste oral de tolerância à glicose. 4. Não, deve ser solicitada glicemia pós-prandial para confirmar o diagnóstico 5. Não, deve ser orientada dieta e solicitada nova glicemia e hemoglobina glicada (HbA1c) após 3 meses. Categorias de tolerância à glicose > 200* com sintomas > 200> 126*Diabetes Mellitus > 140 e < 200< 126Tolerância à glicose diminuída 100 e 125Glicemia de jejum alterada < 140< 100**Normal Casual2h após 75g de glicose Jejum (8h)Categorias Glicemia (mg/dl) * Necessita de um segundo exame (glicemia plasmática) para confirmação. OMS 1999. ** A American Diabetes Association considerou nos critérios diagnósticosuma HbA1c ≥ 6.5% em Laboratórios certificados pelo programa Nacional de padronização da Hemoglobina glicada (NGPS). Em que situação você solicitaria um Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG)? 1. Paciente assintomático e glicemia entre 126 e 200 mg/dl. 2. Em qualquer paciente suspeito de diabetes. 3. Paciente assintomático e glicemia de jejum superior a 138 mg/dl. 4. Paciente com mais de 45 anos e dois fatores de risco para diabetes, mesmo com glicemia de jejum normal. Indicações de TOTG Consenso SBD , 2002 • Indivíduos com glicemia de jejum entre 100 e 125 mg/dl. • Indivíduos com glicemia normal mas, com 45 anos e pelo menos dois fatores de risco. • Diabetes gestacional prévia, com glicemia de jejum normal. 1 MÊS A paciente realizou novos exames no dia seguinte à primeira consulta: • Glicemia de jejum: 138 mg/dl • Hemoglobina glicada (HbA1c): 9,2% Evolução 1 Quais são os diagnósticos possíveis? 1. Diabetes e hipertensão arterial 2. Síndrome metabólica 3. Diabetes e dislipidemia. 4. Obesidade, hipertensão e dislipidemia. Critérios para a definição de Síndrome Metabólica: Alberti KGMM et al. Circulation 2009; 120:1640-45 A presença de três destes critérios fazem o diagnóstico de Síndrome Metabólica ≥ 100 mg/dlAumento da glicemia (tratamento medicamentoso para hiperglicemia é um indicador alternativo) Sistólica ≥ 130 mmHg Diastólica ≥ 85 mmHg Aumento da pressão arterial sistêmica (tratamento medicamentoso para hipertensão arterial é um indicador alternativo) < 40 mg/dl para homens < 50 mg/dl para mulheres Nível reduzido de colesterol HDL (tratamento medicamentoso para colesterol HDL baixo é um indicador alternativo)_ ≥ 150 mg/dlAumento dos triglicerídeos (tratamjento medicamentoso para hipertrigliceridemia é um indicador alternativo) ≥ 90 cm para homens ≥ 80 cm para mulheres Aumento da circunferência abdominal Valores de corteMedidas Classificação do Diabetes ADA, 1997- SBD 2002 Destruição da célula b, levando à deficiência absoluta de insulina Graus variados de resistência insulínica e de deficiência na secreção de insulina DM tipo 1 DM tipo 2 Outros tipos Gestacional Avaliação clínica do paciente com diabetes Presença de complicações crônicas do diabetes. História obstetrícia. Estilo de vida e outros aspectos que podem afetar o manejo do diabetes. Fatores de risco para aterosclerose. História de atividade física. Uso de medicamentos que alteram a glicemia. Infecções prévias e atuais; atenção especial à pele, pés, dentes e trato urinário. História familiar de diabetes (pais e irmãos). Tratamentos prévios, incluindo dieta e auto-medicação e tratamento atual. História ponderal, padrões alimentares, estado nutricional atual; em crianças e adolescentes, crescimento e desenvolvimento. Freqüência, gravidade e casa de cetose e cedoacidose Sintomas de diabetes (apresentação inicial, evolução, estado atual). Resultados de exames relacionados ao diagnóstico de diabetes ou do controle metabólico História Quadro 3 – Avaliação clínica inicial de pacientes com diabetes. Avaliação clínica inicial de pacientes com diabetes Pele (acantose nigricans). Pés (tipo 2) Pulsos periféricos Coração Tireóide Fundo de olho (diabetes tipo II). Pressão arterial. Maturação sexual (diabetes tipo I). Peso, altura, cintura Exame Físico A obesidade é geralmente diagnosticada através do Índice de Massa Corpórea Organização Mundial da Saúde, 1998 IMC = peso (Kg) altura² (m) Muito grave≥ 40,0Obeso Classe III (obesidade mórbida) Grave35,0 – 39,9Obeso Classe II Moderado30,0 – 34,9Obeso Classe I Pouco Aumentado25,0 – 29,9Sobrepeso Baixo18,5 – 24,9Normal Risco de Co- Morbidade IMC (Kg/m2)Classificação Classificação da pressão arterial (adultos > 18 anos de idade) PAD mmHg PAS mmHg Classificação <80<85 85 - 89 90 - 99 100 - 109 <90 Hipertensão <120 <130 130 - 139 140 - 159 160 - 179 Ótima Normal Limítrofe Estágio 1 (leve) Estágio 2 (moderada) Estágio 3 (severa) Sistólica isolada e e e ou ou ou e 110> 180> 140> IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2002 Valores de referência dos lípides para indivíduos > 20 anos de idade III Diretrizes Brasileiras sobre Dislipidemias - Arq. Bras. Card, 2001 SBD, 2002 Valores (mg/dl) Valores (mg/dl) Valores mg/dl) Categoria Categoria Categoria Colesterol Total < 40 < 150 < 100 Ótimo Baixo Ótimo > 60 150 - 199 Limítrofe Alto Limítrofe 200 - 499 Valores (mg/dl) Categoria < 200 Ótimo 200 - 239 Limítrofe 240> Alto Muito alto Alto LDL - Colesterol HDL - Colesterol Triglicérides 100 - 129 Desejável Alto 500> Muito Alto ³ 190160 - 189 130 - 159 ADA , Diabetes Care,. 26:S83-86,2003 Dislipidemia em diabéticos Categorias de risco • Para mulheres, os valores do HDL-C devem ser aumentados em 10 mg/dl. Alto LDL - Colesterol Limítrofe Baixo RISCO HDL - Colesterol* Triglicérides ³ 130 ³ 400< 40 100 - 129 40 - 59 150 - 339 < 100 ≥ 60 < 150 Dados em mg/dl Caso clínico Resumo Sexo feminino, 56 anos, tabagista e sedentária Síndrome metabólica Diabetes Mellitus Tipo 2 Glicemia: HbA1c: Dislipidemia Colesterol total: HDL: LDL: Triglicérides: 138 mg/dl 9,2% 230 mg/dl 140 mg/dl 30 mg/dl 300 mg/dl Hipertensão Arterial PA: 150 / 95 mg/dl Obesidade IMC: 31 kg/m2 Circunferência da cintura:92cm Diagnóstico Principais diagnósticos Diabetes Mellitus Tipo 2 Hipertensão Arterial Dislipidemia Obesidade = SÍNDROME METABÓLICA Síndrome Metabólica Síndrome de resistência à insulina Hiperinsulinemia Microalbuminúria Dislipidemia Disfunção endotelial Defeitos da coagulação Obesidade central/abdominal Tolerância à glicose diminuída Hipertensão Arterial Diabetes Tipo 2 Adaptado de Group L . et al Front Horm Res 1997; 22:131–156 Doença Vascular Aterosclerótica Análise do Risco Cardiovascular Global do Paciente • Exame Físico • PA 150 x 95 mmHg • Três medidas em ocasiões diferentes • IMC: 31,2 Kg/m2 • Cintura: 92 cm • Exame Laboratorial • CT: 230 mg/dl • LDL-C: 140 mg/dl • HDL-c: 30 mg/dl • TG: 300 mg/dl • Glicemia: 132 mg/dl • Exame complementar • ECG Normal Mulher, 56 anos, sedentária, assintomática, fumante, exame periódico de rotina Qual o risco coronariano deste paciente? • Baixo • Médio • Alto Mulher, 56a, CT 230mg/dL, HDL-C 30mg/dL, PA 150x95mmHg, Glicemia 132mg/dL Tabela de Framingham para o Cálculo do Risco de DAC (Mulher) 855- 854 850- 749 645- 344 040- 439 -35- 934 -30- Col PtsAno Idade Fator de Risco (DAC) 21Total 2Fumante 4Diabetes 2PA 5HDL-C 1Col Total 7Idade Ptos de Risco de DAC Quando os valores de PAS e PAD discordarem, usar o mais alto. 3≥100≥160 290-99140-159 085-89130-139 080-84120-129 -3<80<120 PtsmmHg PADPAS 4Sim 0Não Pts Diabetes 2Sim 0Não Pts Fumante -3>60 050-59 145-49 235-44 5< 35 Col Pts(mg/dl) HDL-C 3>280 1240-279 1200-239 0160-199 -2<160 Col Pts(mg/dl) Colesterol Total Wilson PWF et al. Circulation 1998; 97: 1837-1847. ≥≥≥≥ 27%≥≥≥≥ 17 24%16 20%15 18%14 15%13 13%12 11%11 10%10 8%9 7%8 6%7 5%6 4%5 4%4 3%3 3%2 10 anos de Risco DAC Pontos Total Risco absoluto de DAC Que conduta deve ser adotada para esta paciente? 1. Plano alimentar e atividade física. 2. Plano alimentar, atividade física e anti-diabético oral. 3. Plano alimentar, atividade física e anti-hipertensivo. 4. Plano alimentar, atividade física e hipolipemiante. 5. Todas as modalidades acima. Fundamentos do tratamento do diabetes Suspender o fumo Plano alimentar adequado Atividade física Educação Modificações dos hábitos de vida Adequação do peso Farmacoterapia Efeitos da perda de peso no controle do diabetes % de perda de peso Wing et al. Arch Intern Med 1987 3 MESES Evolução 2 ORIENTAÇÃO RECEBIDA NA CONSULTA ANTERIOR CONSULTA DE ENFERMAGEM AVALIAÇÃO MÉDICA EXAMES ATUAIS Dieta hipocalórica, hipossódica, pobre em gorduras saturadas Exercícios pelo menos 3x/semana – 30 minutos /dia Parar de fumar Refere dieta e exercício de forma irregular e não parou de fumar Peso: 75,900 kg (perda de 900g) PA: 140/90 mmHg Exame dos pés: sem alteração Glicemia capilar pós-prandial: 192 mg/dl Sem sintomas Glicemia de jejum: 125 mg/dlHbA1c: 9,0% (até 8,0%) Colesterol total: 246 mg/dl HDL: 28 mg/dl e LDL: 170 mg/dl Triglicérides: 240 mg/dl Microalbuminúria: não realizado Fundo de olho: não realizado Consulta de enfermagem Peso e altura. Pressão arterial. Glicemia capilar, glicosúria e cetonúria (se necessário). Avaliação do estado clínico do paciente. Avaliação da cavidade oral. Avaliação dos pés. Avaliação da aderência à medicação atual. Hábitos (fumo, álcool, sedentarismo). Educação. Encaminhamento para médico e outros membros da equipe 10 passos para uma alimentação saudável para Diabéticos e Hipertensos 1. Estabeleça horários e refeições fracionadas 2. Consuma variados tipos de legumes, verduras e frutas. 3. Alimentos ricos em fibras: verduras, frutas e legumes, leguminosas (feijões), cereais integrais como arroz, pão e farinhas (aveia, trigo etc). 4. Evite alimentos de açucares de fácil absorção: doces, refrigerantes, balas etc. 5. Pouco sal de cozinha; evite alto teor de sal, temperos prontos e alimentos industrializados. Prefira ervas (salsa, coentro, cebolinha), especiarias e limão. 10 passos para uma alimentação saudável para Diabéticos e Hipertensos 6. Diminua o consumo de gorduras saturadas: manteiga, frituras e alimentos industrializados com gordura vegetal hidrogenada. De preferência para: leite desnatado, queijos brancos, carnes magras, cozidos e grelhados e alimentos gorduras mono e poliinsaturadas. 8. Beba água! 9. Mantenha um peso saudável. Importante para o controle da Diabetes e Hipertensão. 10. Tenha uma alimentação saudável e uma atividade física moderada e regular. 7. Evite fumo e as bebidas alcoólicas. Legenda: (naturalmente presente ou adicionada) Gordura Açucar Legenda: (naturalmente presente ou adicionada) Gordura Açucar Leite e Produtos Lácteos 2 - 3 porções Leite e Produtos Lácteos 2 - 3 porções Hortaliças 3 - 5 porções Hortaliças 3 - 5 porções Cereais, Pães Tubérculos, Raízes 6 - 11 porções Cereais, Pães Tubérculos, Raízes 6 - 11 porções Frutas 2 - 4 porções Frutas 2 - 4 porções Leguminosas 1 porção Leguminosas 1 porção Carnes e ovos 2 - 3 porções Carnes e ovos 2 - 3 porções Gorduras, óleos e açúcares Uso exporádico Gorduras, óleos e açúcares Uso exporádico Macarrão A r r o z Feijão Soja Ervilha Leite AçucarÓ L E O Pirâmide Alimentar Exercícios Efeitos Benéficos ⇑ ação da insulina ⇓ pressão arterial ⇓ peso Melhora das gorduras do sangue (colesterol) Benefícios psicológicos e músculo- esqueléticos Recomendações Adequar tipo e intensidade às limitações do indivíduo � condições cardíacas � feridas ou má circulação nos pés � retinopatia (risco de hemorragia) Avaliação cardiovascular prévia para ⇓ riscos Controle adequado (glicemia menor que 250 mg/dL) Efeitos Indesejáveis • Hipoglicemia • Problemas com coração e pés Reduza o tempo na frente da TV eo tempo de jogar no computador Exercícios aeróbicos Esportes AGITE TODO DIA! QUANTO MAIS MELHOR Exercícios levesAtividades de laser Pé em risco - Características Dores, cãibras, parestesias, sensação de queimação. Palidez e frieza nos pés. Rubor, cianose. Pele seca, ausência de suor. Deformidades, perda do arco, dedos em martelo. Unhas atróficas, descoloridas. Calos, fissuras, feridas, úlceras. Diminuição da sensibilidade à dor, tato, pressão, temperatura e vibração Diminuição ou ausência de pulso. Reflexos diminuídos ou ausentes. Testes neurológicos: sensitivos Protetora plantar Monofilamento - 10g Vibração Diapasão - 128 Hz Temperatura (frio) Cabo do diapasão 128 Hz, Tubos frios/quentes Dor Pino, palito Tátil Chumaço de algodão Tesfaye S, Scott LV. Current Diabetes Report, Latin America, 1(3):Maio,2002 Quais são os objetivos do tratamento? Glicemia de jejum < 140 mg/dl, LDL-col < 160 mg/dl, HDL-col > 35, PA < 140/90 mmHg Glicemia de jejum < 126 mg/dl, LDL-col < 130 mg/dl, HDL-col < 35, PA < 140/90 mmHg Glicemia de jejum < 110 mg/dl, LDL-col < 100 mg/dl, HDL-col > 45, PA < 130/80 mmHg ;triglicerideos < 150mg/dl Glicemia de jejum < 110 mg/dl, LDL-col < 130 mg/dl, HDL-col < 45, PA < 140/90 mmHg Metas Laboratoriais para a Caracterização do Bom Controle Glicêmico Parâmetro Metas Laboratoriais Níveis Desejáveis Níveis Toleráveis • Hemoglobina Glicada <7% (em adultos) • 7,5-8,5%: de 0 a 6 anos1; • <8%: de 6 a 12 anos1; • <7,5%: de 13 a 19 anos1; • 8%: em idosos1 • Glicemia de jejum <110 mg/dL Até 130 mg/dL2 • Glicemia pré-prandial <110 mg/dL Até 130 mg/dL2 • Glicemia pós-prandial <140 mg/dL Até 180 mg/dL2 Referências Bibliográficas 1.Grupo Interdisciplinar de Padronização da Hemoglobina Glicada – A1C. Atualização sobre Hemoglobina Glicada (A1C) para Avaliação do Controle Glicêmico e para o Diagnóstico do Diabetes: Aspectos Clínicos e Laboratoriais. Posicionamento Oficial 3ª Edição. SBD – SBEM – SBPC/ML – FENAD, janeiro de 2009. 2.American Diabetes Association. Standards of Medical Care in Diabetes – 2009. Diabetes Care 32(Suppl 1):S13-S61, 2009. Sociedade Brasileira de Diabetes. Novas Diretrizes da SBD para o Controle Glicêmico do diabetes Tipo 2. Posicionamento Oficial nº 4, 2007. Metas de Controle Glicêmico, Metabólico e Cardiovascular e Periodicidade do Monitoramento * Vacinas pneumocócica: Uma vez, depois reforço após 65 anos. Vacinação anualInfluenzaVacinação* A cada consulta< 130/80 mmHgPressão Arterial Anual<150 mg/dLTriglicérideos Anual> 40 mg/dLColesterol HDL Anual<100 mg/dLColesterol LDL Mensal90-130 mg dLGlicemia de jejum A cada 3 meses até alcançar controle; depois a cada 6 meses < 7%Hemoglobina glicada (ATC) Verificar e orientar a cada consultaNão fumarFumo Verificar e orientar a cada consulta�30 min/d ou �> 1h/d (perda/ manutenção de peso) Atividade Física Verificar e orientar a cada consultaAlimentação saudável 18,5 < IMC < 25kg/m2 ou perda de peso Plano Alimentar PeriodicidadeMetaParâmetro Caso clínico Dados da consulta de 3 meses PA: 140/90 mmHg Glicemia capilar: 192 mg/dl Glicemia de jejum: 112 mg/dl HbA1c: 9,0% Colesterol total: 210 mg/dl LDLcol: 122 mg/dl Triglicérides: 240 mg/dl Os objetivos do tratamento foram atingidos nesta paciente? HDLcol : 40 mg/dl Que medidas terapêuticas você adotaria para o controle da glicemia? Reforçar dieta + atividade física Adicionar sulfoniluréia Adicionar metformina Adicionar sulfoniluréia + metformina Adicionar insulina UKPDS UKPDS •• Diabetes Mellitus Tipo 2Diabetes Mellitus Tipo 2 DoenDoençça progressivaa progressiva Anos de randomização H b A 1 c ( % ) UK Prospective Diabetes Study (UKPDS) Group. Lancet 1998; 352:837-853 LiLiçções do UKPDSões do UKPDS UK Prospective Diabetes Study Group. Lacenet 1998; 352:837-853 UK Prospective Diabetes Study Group. Diabetes 1995; 44:1249-1258 O controle intensivo da glicemia diminuiu em 35% as complicações microvasculares para cada redução de 1% na HbA1c sem redução significativa do risco de complicações macrovasculares. Diabetes tipo 2 é uma doença progressiva com deterioração do controle glicêmico e declínio da função das células b. Associação de medicamentos é freqüentemente necessária: 60% dos pacientes com sulfoniluréia necessitaram de insulina após 6 anos do início do estudo. Adaptado de De Fronzo, Diabetes 1988; 37:667 687 Pâncreas Secreção de insulina alterada Produção hepática de glicose aumentada Fígado Captação de glicose diminuída Tecido muscular e adiposo HIPERGLICEMIA Resistência à insulina Defeitos metabDefeitos metabóólicos nolicos no Diabetes Diabetes Tipo 2Tipo 2 Resistência à insulina + Insuficiência Secretória das células b Patogênese do Diabetes Mellitus Tipo 2 Antidiabéticos Orais: Mecanismos de Ação ê absorção de carboidratos ê produção de glicose ê resistência periférica à insulina é secreção de insulina MetforminaTiazolidinediona Tiazolidinediona Metformina Sulfoniluréias Repaglinida Nateglinida Redução da Hiperglicemia Acarbose Miglitol Reduz produção glucagoma Inibidores da DPP-IV Drogas que alimentam uma secreção de insulina das células beta pancreáticas De Fronzo,Current Management of DM,Mosby-Year book ,1998 125-500 2,5-15 2,5-15 80-169 30-60 1-4 125,0 2,5 5,0 80,0 30,0 1,0 500 20 20 320 120 8 1 x ao dia antes do desjejum 1 a 3 x ao dia antes das refeições 1 a 3 x ao dia antes das refeições 1 a 2 x ao dia antes das refeições 1 x ao dia 1 a 2 x ao dia antes das refeições Dose Inicial Média Máx. Clorpropapamida (250mg) Glibenclamida (5mg) Glipizida (5mg) Gliclazida (80mg) Gliclazida MR (30mg) Glimepirida (1 e 2 mg e 4mg) Sulfoniluréias Medicamentos Anti-diabéticos Orais SulfonilurSulfonilurééiasias Falência secundFalência secundáária em media de 5 a 7% ao anoria em media de 5 a 7% ao ano Contra-indicações Hipoglicemia Náuseas, vômitos Reações cutâneas (exantemas, dermatite, fotossensibilidade, púrpura, síndrome de Stevens-Johnson) Gravidez Lactação Insuficiência renal Insuficiência hepática Alergia a sulfa Alterações hematológicas (raras) Agranulocitose Trombocitopenia Anemia hemolítica Alterações hepáticas Efeitos tóxicos Reações adversas - Aparecem em 1% a 5% dos pacientes N Engl J Med 334: 574, 1996 Metformina Creatinina > 1.3mg/dl, uso de contrastes Insuficiência respiratória, coronariana, cardíaca Doença hepática Uso abusivo de álcool Infecção grave Gravidez e lactação Suspender o uso antes de cirurgiaSuspender o uso antes de cirurgia Contra-indicações Reduz a produção hepática de glicose 5% dos pacientes tem intolerância InibidoresInibidores de Alfa de Alfa GlicosidaseGlicosidase Medical Management of Type 2 Diabetes. 4th ed. Alexandria, Va: American Diabetes Association; 1998:1-139, DeFronzo RA. Ann Intern Med 1999;131:281-303 Alterações gastrointestinaisEfeitos adversos: Automonitorização, incluindo pós-prandialMétodo de monitorização Semanal, se necessário ou toleradoAjuste de dose 25 mg 1x por 2 a 4 semanas 25 mg 2x por 2 a 4 semanas 25 mg 3x por 2 a 4 semanas 50 mg 3x, se necessário Dose inicial Doença hepática ou intestinalNão recomendados em Hiperglicemia pós-prandial importanteMelhores candidatos ++ + - - - + ++ + Ações Sulfoniluréias Biguanidas Diminuição da absorção intestinal dos hidratos de carbono Diminuição da produção hepática de glicose Diminuição da resistência à insulinaSecreção de insulina MECANISMOS DE AÇÃO Medicamentos antidiabéticos orais no SUS Medicamentos antidiabéticos orais no SUS Biguanidas Dose inicial (mg) Dose terapêutica (mg) Dose máxima (mg) Forma de administração Sulfoniluréias Glibenclamida 1 cp = 5mg Metformina 1 cp = 500 e 850mg 2,5 500 2,5 - 15 500 a 1000 20 1700/2550 1 a 3x ao dia antes das refeições 1 a 2x ao dia após as POSOLOGIA refeições Se IMC ≥ kg/m2 considerar metformina Diagnóstico de DM2 Se hiperglicemia severa (≥ 270 mg/dL) e/ou infecção: considerar insulina Mudança efetiva de estilo de vida (por 1 a 3 meses) A1c ≥ 7%Não Sim + Metformina (por 2 a 3 meses) Reduzem em média 1 a 2% da A1c A1c ≥ 7%Não Sim + Sulfonilureia ou (por 6 a 12 meses) + Insulina Reduz em média 1,5% A1c Reduz em média 1,5 a 2,5% A1c Manter a prescrição anterior Não SimA1c ≥ 7% Insulina Intesificada + Metformina + Sulfonilurela (ou outro fármaco) Fluxograma de escolhas medicamentosas no tratamento farmacológico ETAPA 1: CONDUTA INICIAL CONFORME A CONDIÇÃO CLÍNICA ATUAL Manifestações leves Manifestações moderadas Manifestações ���� severas Hospitalização se glicemia >300 mg/dL ���� ���� ���� ���� • Glicemia <200 mg/dL + • Sintomas leves ou ausentes + • Ausência de outras doenças agudas concomitantes • Qualquer glicemia entre 200 e 300 mg/dL + • Ausência de critérios para manifestação leve ou grave • Qualquer glicemia acima de 300 mg/dL = Ou = • Perda significante de peso = Ou = • Sintomas graves e significantes = Ou = • Presença de cetonúria Nas seguintes condições: •Cetoacidose diabética e estado hiperosmolar = Ou = •Doença grave intercorrente ou comorbidade ���� ���� ���� ���� Proposta de novo algoritmo da SBD para o tratamento do diabetes tipo 2 ETAPA 1: Continuação Manifestações leves Manifestações moderadas Manifestações ���� severas Hospitalização se glicemia >300 mg/dL ���� ���� ���� ���� Metformina (500 mg/dia, intensificando até 2.000 mg/dia) + modificações de estilo de vida. Se não atingir A1C<7% em 4 a 6 semanas. ���� Nota: Em caso de intolerância à metformina, as formulações de ação prolongada podem ser úteis. Persistindo o problema, escolha uma das opções da Etapa 2 Metformina (500 mg/dia, intensificando até 2.000 mg/dia) + modificações de estilo de vida + outros antidiabéticos orais CRITÉRIOS PARA INCLUSÃO DE SEGUNDO ADO. ���� Iniciar insulinoterapia imediatamente. Iniciar a terapia de acordo com as recomendações do algoritmo e conforme o controle glicêmico obtido após a alta. Proposta de novo algoritmo da SBD para o tratamento do diabetes tipo 2 Proposta de novo algoritmo da SBD para o tratamento do diabetes tipo 2 ETAPA 2: ADICIONAR OU MODIFICAR SEGUNDO AGENTE CONFORME NÍVEL DE A1C (*) 7- 8% 8-10% >10% • Sulfoniluréia • iDPP-4 • Glitazona • Glinidas (predomínio de hiperglicemia pós-prandial) • Acarbose (predomínio de hiperglicemia pós-prandial) • Exenatida (sobrepeso ou obesidade) • Sulfoniluréia • iDPP-4 • Glitazona • Insulina basal ao deitar • Exenatida (sobrepeso ou obesidade) Insulinoterapia • Insulina basal + insulina prandial Com ou sem: • Metformina • Sulfoniluréia • DPP-IV (estudos em andamento) (*) Para selecionar o segundo agente, sugerimos consultar os perfis terapêuticos dos fármacos na tabela 7 MONITORAÇÃO E AJUSTES NO TRATAMENTO APÓS 2-3 MESES COM DOSES MÁXIMAS EFETIVAS PARA ATINGIR AS METAS: A1C<7%, GLICEMIA DE JEJUM <130 mg/dL OU GLICEMIA PÓS-PRANDIAL (2 HORAS) <180 mg/dL Proposta de novo algoritmo da SBD para o tratamento do diabetes tipo 2 ETAPA 3: ADICIONAR UM TERCEIRO AGENTE ORAL OU INTENSIFICAR O TRATAMENTO INSULÍNICO ���� ���� Adicionar um terceiro ADO com diferente mecanismo de ação. Se em 2 ou 3 meses não atingir as metas de A1C<7%, glicemia de jejum <130 mg/dL ou glicemia pós-prandial (2 horas) <180 mg/dL, iniciar insulinização. ���� Intensificar a insulinização até atingir as metas de A1C<7%, glicemia de jejum <130 mg/dL ou glicemia pós- prandial (2 horas) <180 mg/dL. ORIENTAÇÕES E COMENTÁRIOS ADICIONAIS 1.Como qualquer outra Diretriz, este Algoritmo contém recomendações gerais sobre opções terapêuticas mais indicadas para cada situação clínica. A escolha do melhor esquema terapêutico deverá ser feita com base no juízo médico, nas opções do paciente e nos custos de tratamento com as respectivas drogas. 2.Para informações resumidas sobre o perfil terapêutico e de segurança de uso dos diferentes fármacos, consultar a tabela 6, no Módulo 4. 3.Para informações sobre o potencial de redução de A1C dos diferentes fármacos, consultar a tabela 7, no Módulo 4. Eficácia Comparativa e Potencial de Redução de A1C das Diferentes Intervenções Terapêuticas Tabela 6 - Eficácia Comparativa das Intervenções Terapêuticas para a Redução dos Níveis de A1C Estratégia / Fármaco Redução Esperada na A1C (%) • Redução do peso e aumento da atividade física 1,0 – 2,0 • Metformina 1,0 – 2,0 • Insulina em terapia adicional 1,5 – 3,5 • Sulfoniluréia 1,0 – 2,0 • Glitazonas 0,5 – 1,4 • Agonistas do GLP1 0,5 – 1,0 • Inibidores da DPP-IV 0,5 - 0,8 • Inibidores da alfa-glicosidase 0,5 - 0,8 • Glinidas 0,5 – 1,5 Nathan DM et al. Medical Management of Hyperglycemia in Type 2 Diabetes: A Consensus Algorithm for the Initiation and Adjustment of Therapy. Diabetes Care 32:193-203, 2009. Perfis de Ação das Insulinas Humanas e dos Análogos de Insulina Humana Figura 1 – Perfis de ação das diferentes insulinas e análogos de insulina Recomendações para o tratamento da hiperglicemia no diabetes do tipo 2 Mudanças no estilo de vida Glicemia de jejum <110 mg/dL 110-140 mg/dL 141-270 mg/dL >271 mg/dL Insulinoterapia Metformina ou Glitazonas ou Acarbose ou Glinidas HbA1c normal Metformina ou Sulfoniluréias ou Glitazonas ou Glinidas HbA1c aumentada Acrescentar 3o agente Insulina ao deitar ou antes do jantar Insulinoterapia plena Consenso de Diabetes 2002 Resposta inadequada Resposta inadequada Metformina ou Acarbose ou Glinidas ou Glitazonas Acrescentar 2o agente Manter conduta 6 MESES6 MESES Evolução 3 CONSULTA ATUAL: EXAMES: Reforçada a importância do plano alimentar, redução de peso, exercício e suspensão do fumo. Introduzido: - Metformina 500 mg, 2x/dia, aumentando-se a dose posteriormente para 850 mg, 2x/dia. PA: 140 x 94 mmHg Pulso: 84 bpm Sumário de urina: glicose + urinocultura: negativa Glicemia de jejum: 113mg/dl HbA1c: 8,4% ORIENTAÇÃO DADA NA CONSULTA DE 3 MESES: Caso clínico Dados da consulta de 3 meses E a Hipertensão? E a Dislipidemia ?E a Hipertensão? E a Dislipidemia ? HDL : 40 HDL : 40 mgmg/dl/dl PA: 140/90 mmHg Glicemia capilar: 192 mg/dl Glicemia de jejum: 112 mg/dl HbA1c: 9,0% Colesterol total: 210 mg/dl LDL: 122 mg/dl Triglicérides: 240 mg/dl Diurético tiazídico Betabloqueador Inibidor da enzima conversora da angiotensina Alfametildopa Que agente anti-hipertensivo você usaria? Hipertensão e Diabetes PAS > 135 e PAD > 80 mmHg: medidas farmacológicas QUANDO INICIAR A TERAPÊUTICA PA < 130 mmHg x 80 mmHg (>18 anos, posição sentada) ALVO TERAPÊUTICO Diferença da PAS deitada e em pé (2min) > que 20 mmHg NEUROPATIA AUTONÔMICA > 180 mmHg HA SISTÓLICA ISOLADA Objetiva-se PAS: < 160 mmHg Consenso SBD, 2002 Mortes por diabetes p= 0,30 Infarto p= 0,013 Morte p=0,15 AVC p= 0,013 UKPDS • Controle da pressão arterial REDUÇÃO DE RISCO 11% 21% 32% 44% 0% - 10% - 20% - 30% - 40% - 50% Diretrizes para o tratamento de Hipertensão no Diabetes Mellitus Tipo 2 Mudanças dos hábitos de vida + iniciar medicação Diuréticos em baixas doses ou inibidores da ECA PA < 130/80 mmHg Resposta inadequada Sem resposta Acrescentar outro agente Resposta inadequada Afastar HA secundária * Antagonistas de canais de cálcio de longa duração podem ser opção terapêutica nesta fase CONSENSO DA SBD, 2002 Reforço nas mudanças nos hábitos de vida Substituir medicação ou* acrescentar 2º agente (um deles deve ser diurético) ou aumentar a dose Substituir medicação ou acrescentar 2º agente (um deles deve ser diurético) Classes de Anti-hipertensivos • Diuréticos • Inibidores adrenérgicos • Vasodilatadores diretos • Inibidores da enzima conversora da angiotensina • Bloqueadores dos canais de cálcio • Antagonistas do receptor AT1 da angiotensina II Qual o tratamento mais adequado da dislipidemia neste paciente? Tratamento não-farmacológico Tratamento não-farmacológico + estatina Tratamento não-farmacológico + fibrato Fibrato + estatina * Redução esperada (American Heart Association/AHA): LDL colesterol 15 - 25 mg/dl * Reavaliar em intervalos de seis semanas Tratamento não farmacológico da dislipidemia no Diabetes Mellitus Tipo 2 Parar de fumar, reduzir estresse, aumentar a atividade física e reduzir o peso Gorduras da dieta < 30% Gorduras saturadas < 10% Ingestão de colesterol < 300 mg/dia Proteínas: 15 - 20% Carboidratos: 50 - 60% Aumento do teor de fibras MUDANÇAS NOS HÁBITOS DE VIDA MEDIDAS DIETÉTICAS Estudos com estatinas mostram redução de mortalidade e eventos coronarianos em diabetes. Perfil lipídico característico Indivíduos diabéticos apresentam mortalidade 2 a 4 vezes maior, para uma mesma concentração de colesterol. Hipertrigliceridemia HDL baixo LDL normal ou alto Dislipidemia e Diabetes Mellitus Tipo 2 Aspectos farmacológicos das estatinasAspectos farmacológicos das estatinas 32%32%32% 1-211--22NãoNãoNãoPravastatinaPravastatinaPravastatina 34%34%34% 1-211--22NãoNãoNãoFluvastatinaFluvastatinaFluvastatina 47%47%47% 1-211--22SimSimSimSinvastatinaSinvastatinaSinvastatina 55%55%55% 141414SimSimSimAtorvastatinaAtorvastatinaAtorvastatina 65%65%65% 202020NãoNãoNãoRosuvastatinaRosuvastatinaRosuvastatina Redução máx do LDL-C Redução máx do LDL-C Meia vida de eliminação (h) Meia vida de eliminação (h) Metabolismo Via CYP 3A4 Metabolismo Via CYP 3A4 Modificado de Stein et al. Current Atherosclerosis Reports Brasil 2001, 1:68-72 2001 Metabolização HepHepááticatica e renale renal HepHepááticatica HepHepááticatica e renale renal HepHepááticatica e renale renal HepHepááticatica e renale renal Características Farmacocinéticas Diferenciais Efeitos da terapia nas lipoproteínas Vastatinas Niacina Fibratos +++ + + + / ++ +++ ++ + / ++ +++ ++ + / ++ ++ / +++ +++ ↓↓↓↓ LDL (número de partículas) ↓↓↓↓ VLDL ↑↑↑↑ LDL (tamanho) ↑↑↑↑ HDL (tamanho) 1 ANO1 ANO Paciente retorna em uso de metformina na dose de 850 mg, 2 x/dia e hidroclorotiazida 12.5mg-Não usou a estatina prescrita Peso: 75,8 kg PA: 150/90 mmHg Glicemia capilar pós-prandial: 208 mg% Glicemia de jejum: 156 mg% Pós-prandial: 180 mg% HbA1c: 9,6% Colesterol total: 295 mg% (LDL 174; HDL 28) Triglicérides: 315 mg% EXAMES Evolução 4 Qual a melhor conduta no momento atual com relação a hiperglicemia ? Associar sulfoniluréia Associar insulina Trocar para sulfoniluréia Aumentar a dose de metformina Antidiabeticos orais : Melhora Esperada da HbA1C DeFronzo, et al. N Engl J Med. 1995;333:541-549; Horton, et al. Diabetes Care. 1998;21:1462-1469; Coniff, et al. Diabetes Care. 1995;18:817-824; Moses, et al. Diabetes Care. 1999;22:119-124. Droga ↓↓↓↓ HbA1c Sulfonilurea 1 a 2% Metiformina 1 a 2% Acarbose 0,5 a 1% Repaglinida/Nateglinida 1 a 2% Rosiglitazona/Pioglitazona ~1,5% Insulina em aberto Terapia Combinada : Melhora Esperada da A1C DeFronzo, et al. N Engl J Med. 1995;333:541-549; Horton, et al. Diabetes Care. 1998;21:1462-1469; Coniff, et al. Diabetes Care. 1995;18:817-824; Moses, et al. Diabetes Care. 1999;22:119-124. Combinação ↓↓↓↓ HbA1c ↓↓↓↓ Glicemiajj Sulfonilurea + metformina ~ 1,7% ~ 65 mg/dL Sulfonilurea + troglitazona ~ 0,7-1,8% ~ 50-60 mg/dL Sulfonilurea + acarbose ~ 1,3% ~ 40 mg/dL Repaglinida + metformina ~ 1,4% ~ 40 mg/dL Rosiglitazona + metformina* ~ 1,2 % ~ 48 mg/dL Insulina em aberto em aberto AssociaAssociaçção de metformina e ão de metformina e sulfonilursulfonilurééiaia 40 20 0 -20 -40 -60 -80 00 5 9 13 17 21 2925 Glyburid Metformin Metformin + Glyburid Week F P G ( m g / d l ) A 1 0 -1 -2 -3 00 5 9 13 17 21 2925 Glyburid Metformin Metformin + Glyburid Week H b A ( % ) 1 c B Gliburyde = Glibenclamida DeFronzo et al. N Engl Med 996 Consulta de 1 anoConsulta de 1 ano CondutaConduta Evolução 4 Associado sulfoniluréia e captopril 75mg / dia e estatina. Solicitados exames e retorno em 2 meses. Orientada com dieta pobre em gorduras saturadas, insistindo-se no controle metabólico do diabetes e da pressão arterial, na prática de exercícios físicos e a importância de parar de fumar. 4 ANOS4 ANOS Evolução 5 EXAME FÍSICO NOVOS EXAMES Peso: 82 kg PA: 150 / 95 mmHg Glicemia capilar pós-prandial: 236 mg/dl Glicemia: 232 mg/dl HbA1c: 10,5 % Colesterol: 276 mg/dl (LDL: 180) Triglicérides: 313 mg/dl Microalbuminúria: 68 µg/min Paciente retorna em uso de metformina e sulfoniluréia, em doses máximas e hidroclorotiazida na dose de 12.5mg e captopril 75mg/dia. Não usou estatina por não ter acesso. Qual a melhor conduta na situação atual? Manter IECA, iniciar hipolipemiante e reforçar dieta. Trocar para alfametildopa, reforçar dieta e atividade física. Acrescentar um outro hipotensor mantendo IECA e diurético, e associar insulina.Tentar novamente uso de hipolipemiante Trocar antidiabéticos orais para insulina. Dieta e Exercícios Diabetes Mellitus Diabetes Mellitus Tipo 2 Etapas do Tipo 2 Etapas do tratamentotratamento Combinação Oral Oral + Insulina Insulina Monoterapia Oral Algoritmo Proposto deAlgoritmo Proposto de Terapia para o Diabetes Tipo 2Terapia para o Diabetes Tipo 2 Adicionar Insulina Oportunamente ao Algoritmo 1 Agente oral 2 Agentes orais 3 Agentes orais •Sintomas severos •Hiperglicemia severa •Cetose •Gravidez Terapia não- farmacológica inadequada Correlação Entre os Níveis de A1c e os níveis Médios de Glicemia Plasmática 34512 31011 27510 2409 205 Ação terapêutica corretiva é sugerida 8 170 Meta para o tratamento de acordo com a American Diabetes Association 7 1356 1005 65 Níveis não diabéticos 4 NÍVEL MÉDIO DE GLICOSE PLASMÁTICA CORRESPONDENTE (mg/dl) INTERPRETAÇÃO NÍVEL DE A1c (%) Controle Glicêmico no Diabetes Mellitus ADA Standards of Medical Care 2004. Diabetes Care. 27 (suppl 1):S15-S35, 2004. *Valor normal 4 a 6% HPLC glicemiaPré-prandial 90 - 130 Pico pós-prandial < 180 HbA1c (%) < 7%* Metas LaboratórioGlicemia jejum> 140 mg/dL Modificar o tratamento Glicemia pós- prandial >180mg/dL A1c>7%* *Pelo método HPLC Fonte: Clinical Guideline for Pharmacological Management of Type 2 Diabetes 2 (Feb 11, 2003) Joslin Diabetes Center & Joslin Clinic - http://www.joslin.harvard.edu/main.shtmlCritérios Laboratoriais Para Modificar o Tratamento Uso de insulina no Diabetes Mellitus Tipo 2 QUANDO? Ao diagnóstico Ao longo do tratamento Glicemia > 270 mg/dl Emagrecimento Cetonúria/cetonemia Falência de medicamentos orais Quando as metas não forem obtidas com os antidiabeticos orais Durante a gravidez Cirurgias e infecções graves QUANTO À ORIGEM QUANTO AO TEMPO DE AÇÃO QUANTO AO GRAU DE PURIFICAÇÃO Humana (DNA recombinante ou semi-sintética) Animal (bovina e suína) Ultrarapida Rapida Intermediaria Longa Pré-misturas (NPH + regular ou com analogos) Altamente purificadas Monocomponentes Tipos de insulinasTipos de insulinas Perfis de Ação das Insulinas Humanas e dos Análogos de Insulina Humana Figura 1 – Perfis de ação das diferentes insulinas e análogos de insulina SBD 2009 Perfis de Ação das Insulinas Humanas e dos Análogos de Insulina Humana PERFIS DE AÇÃO DAS INSULINAS HUMANAS E DOS ANÁLOGOS DE INSULINA HUMANA Insulinas Humanas Tipo de insulina Início Pico de ação Duração da ação Ultra-rápida Análogos de insulina de ação ultra-rápida Glulisina (Apidra®) < 5-15 minutos 1 hora 4 horas Lispro (Humalog®) < 15 minutos 0,5-1,5 horas 2-4 horas Asparte (NovoRapid®) 5-10 minutos 1-3 horas 3-5 horas Rápida Regular (Novolin® R, Humulin® R) 30-60 minutos 2-3 horas 3-6 horas Intermediária NPH (Novolin® N Humulin® N) 2-4 horas 4-10 horas 10-16 horas Longa Análogos de insulina de longa duração Glargina (Lantus®) 1-2 horas Não tem 24 horas Detemir (Levemir®) 1-2 horas Não tem 24 horas Esta tabela apresenta apenas uma relação parcial das denominações comerciais dos diversos fármacos e não se constitui em recomendação específica para nenhuma marca comercial. SBD 2009 Perfis de Ação das Insulinas Humanas e dos Análogos de Insulina Humana ANÁLOGOS BIFÁSICOS DE INSULINA DE AÇÃO ULTRA-RÁPIDA E PROLONGADA • Insulina asparte e protaminada (70%) + insulina asparte (30%) NovoMix® 70/30 Pré-mistura com 70% de insulina asparte de ação prolongada (até 24 horas) + 30% de insulina asparte ultra-rápida de liberação imediata e de curta duração (4-6 horas), para controle da glicemia pós-prandial e interprandial • Insulina neutra protamina lispro (75%) + insulina lispro (25%) Humalog® Mix 25 Pré-mistura com 75% de insulina NPL de ação prolongada (até 24 horas) + 25% de insulina PIA de liberação imediata e de curta duração (4-5 horas), para controle da glicemia pós-prandial e interprandial • Insulina neutra protamina lispro (50%) + insulina lispro (50%) Humalog® Mix 50 Pré-mistura com 50% de insulina NPL de ação prolongada (até 24 horas) + 50% de insulina PIA de liberação imediata e de curta duração (4-5 horas), para controle da glicemia pós-prandial e interprandial Esta tabela apresenta apenas uma relação parcial das denominações comerciais dos diversos fármacos e não se constitui em recomendação específica para nenhuma marca comercial. SBD 2009 BT MANHà TARDE NOITE C A J ANTES DORMIR c E f e i t o i n s u l i n a C=café A= almoço J= jantar AD= antes de dormir InsulinoterapiaInsulinoterapia 1 dose de Insulina NPH ou 1 dose de Insulina NPH ou GlarginaGlargina ou ou detemirdetemir ao deitar + hipoglicemiante ao deitar + hipoglicemiante oraloral C A J ANTES DORMIR c MANHà TARDE NOITE E f e i t o i n s u l i n a Insulinoterapia 2 doses de NPH C=café A= almoço J= jantar AD= antes de dormir C=café A= almoço J= jantar AD= antes de dormir REGULAR REGULAR MANHà TARDE NOITE ↑↑↑↑ C A ↑↑↑↑ J AD C E f e i t o i n s u l i n a Ultra Rápida E f e i t o i n s u l i n a MANHà TARDE NOITE ↑↑↑↑ C A ↑↑↑↑ J AD C Ultra Rápida 2 doses de NPH + Regular ou 2 doses de NPH + Regular ou UltraUltra--rráápidapida C=café A= almoço J= jantar AD= antes de dormir REGULARREGULARREGULAR MANHà TARDE NOITE AD Glargina ↑↑↑↑ C ↑ ↑ ↑ ↑ A ↑↑↑↑ J AD C E f e i t o i n s u l i n a REGULARREGULARREGULAR MANHà TARDE NOITE AD ↑↑↑↑ C ↑ ↑ ↑ ↑ A ↑↑↑↑ J AD C E f e i t o i n s u l i n a 2 doses de NPH ou 2 doses de NPH ou 1 dose de 1 dose de glarginaglargina ou ou detemirdetemir ++ 3 doses de Regular3 doses de Regular detemir (Terapia Insulina Intensiva) MANHà TARDE NOITE C A J ANTES DORMIR café ultra ultra ultra rápida rápida rápida E f e i t o i n s u l i n a C=café A= almoço J= jantar AD= antes de dormir E f e i t o i n s u l i n a glargina C A J refeição ANTES DORMIR c glargina MANHà TARDE NOITE ultra ultra ultra rápida rápida rápida 2 doses de NPH ou 1 de Glargina ou detemir + 3 de Ultrarapida (Terapia Insulina Intensiva) detemir Insulina bifásica: administração no desjejum e jantar Desjejum JantarAlmoço A combinação da insulina bifásica e conceito de múltiplas doses Desjejum JantarAlmoço Como insulinizar o paciente? Acrescentar insulina à noite. Acrescentar insulina regular antes das refeições e NPH ao deitar. Insulina NPH, antes do café e antes do jantar. Insulina rápida antes do café. Esquemas de insulinização no DM 2 Dose: 0,3-0,5 unidades/kg/dia 2/3 desta dose em insulina NPH pela manhã e 1/3 à noite 2. INSULINOTERAPIA 1. ASSOCIAÇÃO COM ANTIDIABÉTICOS ORAIS Iniciar com 10 -14 unidades ao deitar. Ajustar 2 unidades a cada 3 dias, conforme a glicemia de jejum. A presença de albuminúria nesta paciente é indicativa de: Nefropatia diabética incipiente Dano vascular generalizado Fator de risco cardiovascular independente Que pode ser prevenida e tratada com inibidores da ECA Todas as modalidades acima Nefropatia diabética: critérios diagnósticos* * Excreção Urinária de Albumina (EUA) em urina de 12 horas. normoalbuminúria EUA < 20 mg/min microalbuminúria EUA 20 - 199 mg/min macroalbuminúria EUA > 200 mg/min nefropatia incipiente nefropatia clínica Valores de excreValores de excreçção urinão urináária de ria de albuminaalbumina ≥ 300≥ 200 ≥ 500 ≥ 174 ≥ 430 Nefropatia clínica Macroalbuminúria Proteinúria 30-29920-19917 a 174Nefropatia incipiente Microalbuminúria <30<20<17*Normal Urina 24h (mg/ 24)Urina de 12h diurna ou noturna (mg/min) Amostra de urina casual (mg/l) Categorias ConfirmaçãoRastreamento * Equivalente a razão urinária albumina/ creatinina de 30 mg/g Complicações crônicas Microangiopatia Macroangiopatia Neuropatia Retinopatia Coronária Polineuropatia simétrica distal Nefropatia Cerebral Focal Periférica Autonômica Pé diabético • Duração do diabetes • Grau de controle metabólico • Susceptibilidade genética Determinantes � Tabagismo � Etilismo � Hipertensão Arterial Complicações crônicas AMBOS OS TIPOS - ATENÇÃO ESPECIAL QUANDO SE PREOCUPAR DM 1: • após 5 anos do diagnóstico, anualmente. • na puberdade. DM 2: • ao diagnóstico e anualmente. • Longa duração • Mal controlados • Hipertensos • Fumantes, alcoólatras • Diabética gestante - principalmente com a retinopatia. Pulsos periféricos. Exame dos pés (monofilamento,diapasão). Mapeamento de retina por oftalmologia. Microalbuminúria (Ver quadro 14) Clearence de Creatinina (Ver CAB nº 14 – Prevenção Clínica de Doenças Cardiovasculares e Renal Crônica) Detecção de complicações crônicas. Neuropatia/ Pé diabético. Retinopatia. Nefropatia. Anamnese (dade, sexo, fumo) Pressão Arterial. ECG. Hemoglobina glicada. Colesterol total, HDL-C e triglicerídeos. Classificação de risco cardiovascular (escore de Framingham ou UKPDS Risk Engine, quando possível) Método de avaliaçãoAlvo Quadro 5 – Avaliação clínica inicial de complicações do diabetes tipo 2 Prevenção e rastreamento das complicações ANUALMENTE Neuropatia Periférica: • Exame neurológico (monofilamento) Nefropatia: • Microalbuminúria (24H ou amostra isolada) Exame comum de urina Creatinina Retinopatia: • Fundo de olho com pupila dilatada Cardiopatia: • ECG e ou teste de esforço A CADA 3 MESES Pé diabético: • Exame do Pé Hipertensão Arterial: • Pressão Arterial Controle metabólico: • Glicohemoglobina(HbA1c) • Colesterol, HDL, LDL • Triglicérides, • Ácido úrico Obesidade: • Peso, Altura, IMC • Circunferência Abdominal Vacinas recomendadas para portadores de diabetes tipo 2 • A influenza e a pneumonia bacteriana por pneumococo são doenças infecciosas comuns e passíveis de prevenção por vacinas e que estão associadas à alta mortalidade e morbidade em indivíduos idosos e portadores de doenças crônicas, inclusive diabetes. • A vacina contra influenza mostrou reduzir as internações hospitalares relacionadas ao diabetes em 79% durante as epidemias de gripe. Os portadores de diabetes também apresentam risco aumentado de bacteremia por infecções pneumocócicas, o que pode produzir uma taxa de mortalidade de até 50%. Vacinas seguras e eficazes estão disponíveis e podem reduzir significativamente o risco de complicações sérias em pacientes diabéticos de qualquer idade. A vacina contra gripe deve ser administrada anualmente a todos os pacientes diabéticos com idades a partir dos 6 meses. • Os portadores adultos de diabetes devem receber pelo menos uma vacina antipneumocócica e, pelo menos, um reforço da vacina deve ser aplicado em indivíduos com mais de 64 anos previamente imunizados. Outras indicações para o reforço dessa vacina incluem: síndrome nefrótica, doença renal crônica e outros estados imunocomprometidos, como no período pós- transplantes. Queixa de astenia, cansaço fácil, edema e dores em queimação em MMII. Refere episódios de diarréia aquosa, de odor fétido, seguidos de períodos de obstipação. 10 ANOS Evolução 6 EM USO DE: AO EXAME: EXAME DOS PÉS: Insulina NPH + sulfoniluréia, metformina e inibidor da ECA. Usou estatina por 3 meses e parou por conta própria. Pele seca descamativa, fissura no calcâneo, onicomicose generalizada bilateral. Micose interdigital, com fissuras. Pulsos não-palpáveis à D. Edema bilateral. Diminuição da sensibilidade vibratória e dolorosa. Peso: 80 kg PA: 150 / 100 mmHg Glicemia capilar: 68mg/dl. 10 ANOS Evolução 6 EXAMES ATUAIS: Glicemia de jejum: 62 mg/dl HbA1c: 9% (5-8%) Colesterol total: 260 mg/dl (HDL 28, LDL: 188 mg/dl) Triglicérides: 276 mg/dl Ex. urina: proteinúria ++, leucocitúria – Creatinina: 2,0 mg/dl Clearence de creatinina: 40 ml/mim/1,73 m2 ECG: alterações difusas da repolarização e sobrecarga de VE Fundo de olho: presença de microaneurismas Evolução 6 Conduta Instituída Foi feito o diagnóstico de nefropatia diabética + retinopatia incipiente + possível neuropatia periférica e autonômica + pé em risco. A paciente foi encaminhada para o centro de referência secundária para tratamento das complicações e avaliação cardiovascular. Foi usada monoterapia com insulina no esquema basal bolus. Permaneceu em acompanhamento no sistema secundário com o nefrologista, endocrinologista, cardiologista e equipe de “pé de risco” (enfermeira + cirurgião vascular). 8080 7070 6060 5050 4040 3030 2020 1010 00 PacientesPacientes (%)(%) 160 pacs. (80 em cada grupo) Idade média: 55 anos 7,8 anos de seguimento Gæde P et al. NEJM 348:383-393, 2003 Endpoint primário composto: Morte por DCV, IAM não fatal, CABG, Intervenção coronária percutânea, AVC não fatal, DVP. Hemoglobina Glicosilada <6,5% Colesterol <175mg/dL Triglicérides <150mg/dL PAS <130 mmHg PAD <80 mmHg p=0,06 p<0,001 p=0,19 p=0,001 p=-0,21 Terapia Intensiva Convencional Intervenção Múltipla em DM2 Impacto nas Doenças Macro e Microvasculares STENO-2 : Desfecho cardiovascular composto Anos de acompanhamento 1 2 3 4 5 6 87 9 10 11 12 130 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Tratamento convencional p < 0,001 I n c i d ê n c i a c u m u l a t i v a d e q u a l q u e r e v e n t o c a r d i o v a s c u l a r ( % ) Tratamento intensivo N em risco Intensivo 80 72 65 61 56 50 47 31 Convencional 80 70 60 46 38 29 25 14 Gaede P, et al. N Engl J Med. 2008;358(6):580-91. STENO 2: Risco de morte por qualquer causa N em risco Intensivo 80 78 75 72 65 62 57 39 Convencional 80 80 77 69 63 51 43 30 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Anos de acompanhamento 1 2 3 4 5 6 87 9 10 11 12 130 I n c i d ê n c i a c u m u l a t i v a d e m o r t e ( % ) p = 0,02 Tratamento convencional Tratamento intensivo Gaede P, et al. N Engl J Med. 2008;358(6):580-91. 11% 12% 16% 25% Mortes por DM p= 0,34 Qualquer evento p= 0,029 Infarto p= 0,052 Desfechos microvasculares p= 0,0099 0% -5% -10% -15% -20% -25% -30% UKPDS • Controle glicêmico: Efeitos do tratamento intensivo x convencional REDUÇÃO DE RISCO Lancet 1998, 352: 837-853 Resultados do UKPDS: 10 anos após o termino do estudo Qualquer desfecho relacionado ao diabetes Complicações micro-vasculares Infarto do miocárdio Mortalidade por todas as causas 0,029 12% 0,01 25% 0,052 16% 0,44 6% 0 10 20 30 40 P= 0,040 9% 0,001 24% 0,014 15% 0,007 13% UKPDS Group. Lancet. 1998;352:837-53. RESULTADOS FINAIS 1997 Holman RR, et al. NEJM.2008;359: 1577-89 RESULTADOS FINAIS 2007 Gæde P et al. NEJM 348:383-393, 2003 60 50 40 30 20 10 0 p=0,007 0 12 24 36 48 60 72 84 Terapia convencional Terapia intensiva Meses de acompanhamento P r i m a r y c o m p o s i t e e n d p o i n t ( % ) No de risco Ter. Conv. Ter. Intens. 80 80 72 78 70 74 63 71 59 66 50 63 44 61 41 59 Ter. Intens. Ter. Convenc. 0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 Variável Risco relativo (IC 95%) p Nefropatia Retinopatia Neuropatia autônoma Neuropatia periférica 0,39 (0,17-0,87) 0,42 (0,21-0,86) 0,37 (0,18-0,79) 1,09 (0,54-2,22) 0,003 0,02 0,002 0,66 Intervenção Múltipla em DM2 Impacto nas Doenças Macro e Microvasculares Estudos de prevenção do DM tipo 2 em indivíduos com tolerância a glicose diminuída e Diabetes Melito gestacional Estudos Estratégia Pacientes (n) Homeostase da glicose Idade (anos) IMCKg/m2 RRR % Da Qing Study (16) dieta/exercício 577 TGD 45 26 42 Diabetes Prevention Study (17) dieta/exercício 522 TGD 55 31 58 Diabetes Prevention Program (18) dieta/exercício/ metformina 3234 TGD TGD 51 34 58 31 STOP-NIDDM trial (19) acarbose 1429 TGD 55 31 25 Xendos Study (20) orlistat 662 TGD 43 37 37 TRIPOD Study (21) troglitazona 236 DMG 35 30 56 IMC = índice de massa corporal; RRR = redução relativa de risco; TGD = tolerância a glicose diminuída; DMG = diabetes melito gestacional Realização SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA COORDENAÇÃO NACIONAL DE HIPERTENSÃO E DIABETES Apoio
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