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Geisielli Flavio Bernal AVC ISQUEMICO - 8- 20% dos pacientes falecem no primeiro mês - Durante a primeira semana: Mortalidade por causas neurológicas - Tardia: Causas médicas - ICTUS é a segunda causa de demência que pode aparecer em até 28% dos pacientes - Idade avançada, DM e VSG elevada aumentam os riscos de recorrências. DEFINIÇÃO AVC ISQUEMICO (ACIDENTE CEBROVASCULAR ISQUEMICO) - Os sintomas duram mais de 24 horas AIT (ACIDENTE ISQUEMICO TRANSITORIO) - Alteração neurológica breve causada por isquemia focal cerebral a retiniana, com sintomas clínicos que tipicamente duram MENOS DE 1 HORA e NÃO existe evidência de infarto. - Déficit vascular focal BRUSCO e máximos desde o início, de < 24 horas de duração, podendo durar escassos minutos. AVC PROGRESSIVO OU EM EVOLUÇÃO - Quando existe uma piora nos sintomas durante as primeiras horas. QUADRO CLÍNICO AIT AIT CAROTIDEO – RETINIANO AIT CAROTIDEO – HEMISFERICO AIT VERTEBROBASILIAR DIAGNOSTICO DE AIT: SINTOMA + FREQUENTE: Amauroses fugas ou cegueira monocular transitória. Indolor, segundos de duração, completa ou circunscrita a um setor do campo visual (superior) EXAME: Fundo do olho. Placas de hollenhorst (êmbolos de colesterol), amarela brilhante, e êmbolos fibrinoplaquetarios, cinza esbranquiçado, produzidas em placas de ateroma da carótida interna ou do arco aórtico. Embolia arterioarterial < 15 min SINTOMA + FREQUENTE: Alteração motora e sensitiva CONTRALATERAL, com paresia isolada ou de uma alteração da linguagem (hemisfério dominante sintomático) Déficit motor variado, desde a hemiplegia até hemiparesia (DISTAL) com ou sem participação facial. Menor duração que o carotídeo Cursam com: Ataxia, vertigo, disartria, diplopia, alterações motoras ou sensitivas BILATERAIS ou alternantes, hemianopsia homônima ou cegueira BILATERAL. Determinar a causa dentro de 7 dias (risco máximo) para PREVINIR UM AVC ISQUEMICO. ETIOLOGIA AVC ARTERIOSCLEROTICO DE GRANDES VASOS - > 50% estão associados a estenose arterial - 20 – 50 % procedem de um AIT - Localizados em pontos de ramificação arterial (união da carótida comum com a interna, ou 2 cm da carótida interna), sifon carotídeo, artérias piales (cerebral anterior, média, posterior), artéria subclávia, artéria vertebral, etc. Geisielli Flavio Bernal AVC CARDIOEMBOLICO - 1/3 dos AVC isquêmicos - 11 – 30% procedem de um AIT - Secundário a um amplo grupo de cardiopatias de risco embólico alto ou médio - SEMPRE TER EM CONTA QUALQUER RISCO antes de indicar o tratamento. RISCOS EMBOLIGENO ELEVADOS RISCOS EMBOLIGENO MEDIO - Próteses vascular mecânicas - Fibrilação arterial - Estenose mitral com FA - Infarto do miocárdio (4 semanas previas) - Próteses valvular biológica - Flutter auricular - Estenose mitral sem FA - Infarto do miocárdio > 4 semanas AVC ARTERIOSCLEROTICO DE PEQUENOS VASOS (INFARTO LACUNAR) - Áreas necróticas pequenas (< 15 mm) no território de artérias perfurantes (100 – 400 mm de diâmetro) que irrigam substância branca para os hemisférios cerebrais, núcleos grises subcorticais, diencéfalo e tronco cerebral. - 20% dos AVC isquêmicos - 12% procedem de um AIT - - ANOMALIA ARTERIAL + FREQUENTE: Placa de micro ateroma na origem do terço proximal do vaso perfurante. - CAUSA + FREQUENTE: HTA e DM - EXCEPCIONALMENTE: Êmbolos cardíacos e arteriais, enfermidades hematológicas e vasculopatia. AVC SECUNDARIO A OUTRAS CAUSAS - DISECÇÃO ARTERIAL: Formação traumática e espontânea de um hematoma subintimo ou subadventicial que facilita a estase sanguínea e a embolia arterioarterial na porção extracraneal das artérias carótida interna e vertebral. - SINDROME ANTIFOSFOLIPIDICO: Presença de anticorpos IgG que facilitam a trombose da superfície das válvulas cardíacas (CARDIOEMBOLIA) ou das paredes arteriais e venosas (TROMBOSE IN SITU). Predomina em mulheres jovens, abortos repetidos e trombopenia. SEMPRE suspeitar de TTP (tempo de tromboplastina parcial) ou VDRL falsamente positivo. AVC DE ETIOLOGIA INCERTA - 30 – 40 % dos AVC isquêmicos - Causa não identificada com estudos diagnósticos completos - PCT apresenta mais de 2 etiologias. Geisielli Flavio Bernal FATORES DE RISCO PARA AVC ISQUEMICO MODIFICAVEIS: POTENCIALMENTE MODIFICAVEIS NÃO MODIFICAVEIS - HTA - FA - Tabaco - Enfermidade cardíaca - Estenose mitral - DM - Hiperhomocisteinemia - Hipertrofia ventricular esquerda - Idade - Peso - Sexo - Etnia QUADRO CLÍNICO AVC AVC ESTABELECIDO – AVC CAROTIDEO Síndrome Retiniano: - Neuropatia ótica isquêmica anterior (sx isquêmico da cabeça do nervo ótico) - Déficit visual INDOLOR, irreversível - 30 – 40% com afetação CONTRALATERAL do olho - Início durante PRIMEIRAS HORAS DA MANHÃ - HTA e DM em pct de 60 a 70 anos. Síndrome da artéria coroideia anterior: - PATOGENIA + FREQUENTE: Ateromatose ou lipohialinose arterial in situ - CARACTERISTICAS: Hemiparesia, hemihipoestesia e hemianopsia, com ou sem alterações cognitivas e afasia - Frequência de síndromes lacunares (hemiparesia pura, ataxia hemiparética com ou sem sintomas sensitivos) Síndrome da artéria cerebral anterior: - CAUSA + COMUM: Embolia arterioarterial - Paresia/plegia CONTRALATERAL associada a uma acinesia ou hipocinesia do membro SUPERIOR com afetação motora por lesão da área motora suplementaria. A afetação do membro inferior é uma manifestação PIRAMIDAL. - OUTROS ACHADOS: Apraxia ideomotora, hipoestesia crural, incontinência esfincteriana, afasia transcortical motora (repetição de palavras conservadas). Abulia, reflexos de busca, conflitos interanuais e síndrome da mão alheia ( pct sente que o membro superior age “por conta própria”), possíveis mudanças de personalidade (rigidez de conduta, falta de criatividade e desinteresse sexual). Síndrome da artéria cerebral média: - SINDROME HEMISFERICO ESQUERDO COMPLETO: Hemiplegia contralateral, hemihipoestesia, hemianopsia ou negligência visual, apraxia do membro superior ESQUERDO, desviação conjugada da cabeça e dos olhos para a esquerda e afasia global. - SINDROME HEMISFERICO DIREITO COMPLETO: Anosognosia, extinção ou inatenção visual, táctil ou auditiva, alestesia táctil, impersistencia motora, asomatognosia, apraxia construtiva ou do vestido, desorientação topográfica, amusia, indiferença emocional, confabulação e aprosodia. - INFARTO PROFUNDO OU SUPERFICIAL EXTENSO: Hemiplegia - INFARTO SUPERFICIAL INCOMPLETO: Hemiparesia faciobraquial DISTAL, paresia faciolingual ou monoparesia braquial ou crural (raro). - EMBOLIAS ARTERIOARTERIAIS OU CARDIACAS: Causam oclusão da artéria cerebral MÉDIA. Geisielli Flavio Bernal AVC ESTABELECIDO – AVC VERTEBROBASILAR Síndrome do robô da artéria subclávia: - SINTOMAS VERTEBROBASILARES: inversão do fluxo basilar secundário a uma estenose PROXIMAL da artéria subclávia. - ESTENOSE PROXIMAL: Ataxia, instabilidade de breve duração, visão borrosa ou diplopia, movimentação do braço IPSILATERAL a lesão arterial ou assintomático. - EXPLORAÇÃO: Assimetria dos pulsos radiais, caída de pressão arterial (45 mmHg) do lado afetado ou sopro supraclavicular. Síndrome da artéria vertebral: - SINDROME DE WALLENBERG: Lesão da área POSTEROLATERAL do bulbo. - SINTOMAS: Ataxia, vertigo, náuseas, vômitos, hipo, nistagmo horizontottotatorio, lateropulsão ocular, visão borrosa, oscilopsia, diplopia, abolição do reflexo corneal ipsilateral, cefaleia, dor hemifacial ipsilateral,termo analgesia facial ipsilateral, termo analgesia hemicorporal contralateral, afonia, disfagia e SINDROME DE HORNER IMCOMPLETO. - SINDROME DE OPALSKI: Wallenberg + hemiplegia ipsilateral. - SINDROME BABINSKI- NAGEOTTE: Wallenberg + hemiplegia contralateral - SINDROME BULBAR MEDIAL: Oclusão das artérias vertebrais ou espinhal ANTERIOR. PIRAMIDE BULBAR: Hemiplegia contralateral FASCICULO HIPOGLOSO: Paralisia lingual ipsilateral LEMINISCO MEDIO: Parestesias contralateral. - SINDROME CEREBELOSO: Vertigo, nistagmo, cefaleia occipital, ataxia, disdiadococinesia e dismetria. INFARTO EXTENSO: Comportamento SEUDOTUMORAL que deve suspeitar se houver uma diminuição do nível de consciência (cefaleia, vômitos, paralisia oculomotoras ou sinal de babinski BILATERAL) CAUSA + FREQUENTE: Oclusão embólica da artéria vertebral. Síndrome da artéria basilar: - TERÇO PROXIMAL E MEDIAL: Déficit motor por lesões BILATERAL da via piramidal (ataxia bilateral, debilidade da musculatura bulbar em forma de paresia facial, disfonia, disartria e disfagia) CAUSA + GRAVE: Síndrome de enclausuramento em pct tetraplégico, consciente e movimentos oculares preservados. ANOMALIAS OCULOMOTORAS: Infarto pontino SINTOMAS: Paralisia do VI par Paralisia da mirada conjugada Oftalmoplegia internuclear Sx de um ou meio Nistagmo vertical Desviação vertical da mirada Balanço ocular Pupilas puntiformes Reflexo motor conservado. CAUSA + FREQUENTE: Arteriosclerose seguida de embolia e dolicoectasia. Síndromes talâmicos: - Alteração transitória da consciencia, alteração cognitivas (afasia, negligência, apatia e amnesia), limitação da mirada vertical superior e movimentos anormais (ataxia, tremor, distonia, Corea) AFETAÇÃO BILATERAL: Demência Síndrome da artéria cerebral posterior: - DEFICTI VISUAL TIPICO + FREQUENTE: Hemianopsia com visão macular se o polo occipital estiver afetado. Geisielli Flavio Bernal - DEFICT VISUAL TIPICO MENOS EXTENSA: Quadrantanopsia homónima. - LESÕES UNILATERAIS ESQUERDAS: Alexia sem agrafia, agnosia ou anomia para as cores, agnosia visual, afasia transcortical sensitiva, afasia anomica e delírio agitado. - LESÕES UNILATERAIS DIREITAS: Negligência visual ESQUERDA, desorientação, delírio agitado, amnesia e paramnésia reduplicativa. - AFETAÇÃO BILATERAL: Cegueira cortical, prosopagnosia (não reconhece rosto familiar), SX DE BALINT (asimultagnosia, ataxia ótica e apraxia da mirada) CAUSA + FREQUENTE: Acidentes embólicos. AVC ESTABELECIDO – INFARTOS LACUNARES Preservação do nível de consciencia e ausência de convulsões ou alterações neuropsicológicas e oculomotoras. - Podem ser assintomáticos. SINDROMES CLASSICOS: o Sx motor puro o Sx sensitivo puro o Sx sensitivo motor o Sx disartria mão torpe o Sx hemiparesia ataxia FATORES DE RISCO: o Sexo masculino o Idade avançada o DM o Tabaquista o Cardiopatia isquêmica ou AIT o Dislipidemia o Hematócrito elevado o Claudicação intermitente. ENCEFALOPATIA SUBCORTICAL ARTERIOESCLEORITCA (Binswanger): HTA, > 60 anos, infartos lacunares múltiplos. RMN: Leucoaraiosis ARTERIOPATIA CEREBRAL AUTOSOMIICA DOMINANTE COM INFARTOS SUBCORTICAIS E LEUCOENCEFALOPATIA (Cadasil): 3° ou 4° década de vida, infartos lacunares ou AIT repetidos, enxaqueca com aura ou depressão. DIAGNOSTICO Clínica + MAD: isquêmica/ hemorrágica - localização - extensão - etiologia Determinar hora e forma da apresentação dos sintomas AVC CARDIOEMBOLICO Sintomas máximos desde o início e podem regressar de maneira espetacular nas primeiras horas. RARAMENTE COMEÇA DURANTE O SONO. AVC ARTERIOCLEROTICO Procede de um ou vários AIT e os sintomas têm instauração gradual. INÍCIO NOTURNO. ADULTO JOVEM Consumo de drogas, abortos, enxaqueca, infecções recentes ou traumatismos leves. EXAMES DIAGNOSTICOS EM AVC ISQUEMICO – TRANSITORIO OU ESTABELECIDO. o Hemograma básico o ECG o TC cranial o Perfil bioquímico básico + colesterol total EXAMES BASEADOS EM SUSPEITA CLÍNICA o Ecocardiografia trans torácica o Ecocardiografia Trans esofágica o Doppler transcraneal o Arteriografia cerebral Geisielli Flavio Bernal DIFERENCIAÇÃO DO TECIDO CEREBRAL ISQUEMICO VIAVEL (AREA DE PENUMBRA) o RM por difusão-perfusão o TC de perfusão COMPLIAÇÕES + FREQUENTES DO AVC ISQUEMICO o NEUROLOGICAS: Edema cerebral, convulsões, hipertensão intracranial, hidrocefalia. o GERAIS: Pneumonia, má nutrição, infecção urinaria, aspiração. TRATAMENTO – FASE AGUDA - MEDIDAS GERAIS: o Assegurar permeabilidade da via aérea e a função ventilatória. o ANTIHIPERTENSIVOS EV: Apenas em casos de PAS > 220 e PAD > 120, comorbidade grave (evento coronário agudo concomitante, IC aguda, dissecção aórtica, HIC postrombolise o pre eclâmpsia/eclampsia). EVITAR O USO, PRINCIPALEMTE DE VASOSILATADORES. o ANTIHIPERTENSIVOS VO: Reduzir moderadamente a HTA (15 – 20%) nas primeiras 48 horas do ICTUS diminui o edema cerebral e tem uma melhora funcional. o RISCO DE TROMBOSE VENOSA: Iniciar PROFILAXIA se houver déficit motor em MMII. (compressão elástica) o HIPERTENSÃO ENDOCRANIAL: Elevar cabeceira 30 graus e tratar com diuréticos osmóticos e hiperventilação. CORTICOIDES NÃO SÃO EFETIVOS. o CRISES PERSISTENTES (2 semanas): TERAPIA ANTICOMICIAL CRONICA. - MEDIDAS ESPECIFICAS: o AVC ISQUEMICO 4 – 5 HORAS DE EVOLUÇÃO SEM CONTRAINDICAÇÕES: Rt- PA 0,9 mg/kg peso (10% administram em forma de bolo e 90% durante 60 minutos em infusão continua) o CONTRAINDICADO O USO DE Rt-PA: Lesões superiores a um terço do território da artéria cerebral média ou afetação neurológica muito grave (risco hemorrágico excessivo) o TROMBECTOMIA MECANICA: + efetivo em 24 horas de evolução. o ANTITROMBOTICOS: Prevenção de formação e progressão trombótica, recorrência temprana, TVP e embolia pulmonar ▪ PREVENIR RECORRENCIA DE MORTE: AAS 300 mg ▪ DIMINUIR RISCO DE RECORRENCIA: Heparina NÃO fracionada 5.000 - 12.500 U. I 12/12 horas ajustando ao peso do paciente e controle TTpA. PREVENÇÃO PRIMARIA Redução 10% colesterol Redução HTA <140/90 ou 135/80 em DM Parar de fumar Exercício físico Dieta mediterrânea ACO, NACO em FA SECUNDARIA IDEM Geisielli Flavio Bernal AAS Geisielli Flavio Bernal ALZHEMEIR CAUSA + FREQUENTE DE DEMENCIA. PRINCIPAL CAUSA DE MORBIMORTALIDADE EM IDOSOS. - Início na idade adulta - Deteriora de forma progressiva e IRREVERSIVEL as funções cognitivas - Especial predileção pela memória a curto prazo - Acúmulo de B. AMILOIDE e TAU HIPERFOFORILADA no cérebro. FATORES DE RISCO - Idade - Sexo feminino - Antecedentes familiares (genética) - APOLIPOPROTEINA: E 4, S.Down - Metabolismo (colesterol, DM, homocisteína) - Depressão tardia - Baixa educação - TEC/enf. Cérebro vascular/traumatismo cranial GRAVE - Risco cardiovascular - Baixa estimulação ambiental e social DIMINUI OS RISCOS: - Atividade fisical e mental - Reserva cognitiva - Dieta (peixes, frutas, legumes e antioxidantes) - Rede social SINTOMAS: - MEMORIA: Esquece com facilidade momentos recentes e necessita repetir várias vezes a mesma informação. Costuma falar muito do passado e geralmente está desorientado em tempo. Na exploração melhora com um pouco pistas. - ATENÇÃO: Se desconcentra facilmente. Na exploração deve repetir números na ordem inversa. - FUNÇÕES EXECUTIVAS: Juízo (dão dinheiro a pessoas estranhas), razão (não identificam riscos), planificação (usa sarcasmo e ironia). Na exploração é incapaz de interpretar ou encontrar objetos que são apresentados. - HABILIDADE VISUESPACIAL: Necessita sair acompanhado em caminhos conhecidos, por questões de segurança, tem problemas para se vestir e não reconhecerostos familiares. Na exploração não reconhece fotografias familiares. - LINGUAGEM: Usam termos genéricos, esquecem nomes das pessoas a sua volta. Na exploração não é capaz de seguir ordens sequenciais. - COGNIÇÃO SOCIAL: Perde a empatia, não reconhece emoções, se torna apático. Na exploração mantem nível social, vestimentas e higiene inadequados. ALZHEIMER PRÉ CLÍNICO PERDA DE MEMÓRIA: 1° sinal visível sendo a principal característica de deficiência cognitiva LEVE. MUDANÇAS CEREBRAIS: 10 – 20 anos antes de qualquer sinal evidente ou sintomas. Geisielli Flavio Bernal ALZHEIMER LEVE - Aumento da perda de memória - Se perde em lugares familiares - Demora para realizar tarefas diárias - Dificuldade para cálculos, juízo deficiente, decisões erradas - Perda da espontaneidade e iniciativa - Mudanças de animo e personalidade ALZHEIMER MODERADO - Aumenta a perda de memória, confusão, dificuldade para reconhecer amigos e familiares - Concentração breve - Dificuldade para falar e compreender - Supervisão durante tarefas diárias (uso de eletrodomésticos) ALZHEIMER SEVERO - Não reconhece ente queridos - Não se comunicam de forma alguma - Dependência de outras pessoas - Perda a personalidade própria DIAGNOSTICO - HC - Exame físico e neurológico - Exames neuropsicológicos (linguagem, memoria, cálculo) - Exames de sangue e imaginologia (descartar tumores e ECV) EXAME DE FOLSTEIN - Orientação temporal (dia, data, estação) 0 - 1 - Orientação espacial (lugar, planta, nação) 0 - 1 - Fixação (repetir: papel, bicicleta e colher 3x) 0 - 1 - Concentração (1 opção): contar até 100 de 7 em 7 0 - 5 - Memoria (recordar 3 palavras) 0 - 3 CRITERIOS DSM-V A) Cumprir os critérios de transtorno neuro cognitivo maior ou leve B) Início insidioso e progressão gradual C) Cumprem critérios da enfermidade ou possibilidade. D) Alteração não relacionada com enfermidades cerebrovasculares, neurodegenerativa, transtorno mental, neurológico ou sistêmico. TRANSTORNO NEUROCOGNITIVO MAIOR: 1. MUTAÇÃO GENETICA NOS ANTECEDENTES FAMILIARES OU EM PROVAS GENETICAS. 2. 3 dos seguintes: a. Evidência clara de perda de memória ou de outro domínio cognitivo (HC ou exame neuropsicológicos seriados) b. Sem evidência de etiologia mista TRANSTORNO NEUROCOGNITIVO LEVE: - Dx se é detectado evidência de mutação genética causante mediante exames genéticos ou em antecedentes familiares. 1. Evidências claras de perda de memória Geisielli Flavio Bernal 2. Declive progressivo, gradual e constante da capacidade cognitiva sem planificação prolongada 3. Não há evidência de uma etiologia mista. Geisielli Flavio Bernal PARKINSON Processo neurodegenerativo complexo - Idade adulta - Segunda enfermidade degenerativa mais frequente. 1° é ALZHEIMER - 3% da população geral - 3 – 10% em pct > 65 e 80 anos - 1,5 a 2 vezes maior em HOMENS (possível efeito protetor dos estrógenos) - Aumenta a mortalidade de 2 a 5 vezes - Deterioro na qualidade de vida (custo socioeconômico) PRINCIPAL FATOR DE RISCO: Envelhecimento CAUSA SUBJACENTE: Combinação de fatores ambientais e genéticos. CAUSAS: MUTAÇÃO GENETICA FATORES AMBIENTAIS FATORES AMBIENTAIS 5 % têm início jovem (< 40 anos) de origem genética e herança autossômica recessiva. 50 % têm início anterior aos 45 anos por mutação do GEN PARKINA nos casos familiares e 15% dos casos esporádicos. aumentam os riscos Pesticidas Traumatismos cranioencefálicos Cafeína Tabaco Álcool Anti-inflamatórios não esteroides ETIOLOGIA: Desconhecida BASE ANATAMOPATOLOGICA: - Perda progressiva de neurônios dopaminérgicos da substância negra do mesencéfalo (SN) que causam: Tremor de repouso, bradicinesia, rigidez e instabilidade postural. - Presença intracelulares (CORPOS DE LEWY) formados por proteína ALFA- SINUCLEINA anormalmente. SINTOMAS DO SITEMA NEURONAL NÃO DOPAMINERGICOS: - Transtorno de marcha - Demência - Sintomas doparresistentes. DIAGNOSTICO: - Clínico TRATAMENTO: - Fármacos dopaminérgicos - Reabilitação - Cirurgia ORIGEM: - Devido ao deterioro da substância negra, se produz uma baixa no nível do neurotransmissor DOPAMINA. - A SINAPSIS falha - Acetilcolina em maior quantidade que o normal gera o excesso de atividade - MAL DE PARKINSON QUADRO CLÍNICO - Acinesia ou lentidão dos movimentos Geisielli Flavio Bernal o Segundo a parte do corpo afetada (FAHN 1991) ▪ Hipomimia (cara de máscara) ▪ Sialorreia ▪ Micrografia ▪ Congelação durante movimento voluntario ▪ Passos lentos e curtos durante o caminhar. - Rigidez - Tremor de repouso SINTOMAS NÃO MOTORES MAIS COMUM: - NEUROPSIQUIATRICOS: depressão, ansiedade, apatia, ataques de panico (OFF) - TRANSTORNO DO SONO: Ataques de sono, insônia, sx das pernas inquietas, movimentos periódicos das pernas. - SINTOMAS SENSITIVOS: Dor, visão borrosa, diplopia, transtorno visual. - FADIGA - DISFUNÇÃO AUTONOMICA: Nicturia, disfunção sexual, hiper-hidrose e hipotensão ortostática. - SINTOMAS GASTROINTESTINAIS: Sialorreia, disfagia e estranhamento. CLASSIFICAÇÃO TREMORICA RIGIDOACINETICA JUVENIL INÍCIO TARDIO Predomínio de tremor de grande amplitude, sinais parkinsonianos sutis, respondem ao tto farmacológico. Bons candidatos a talamotomia estereotaxia. Maior prevalência a depressão, demência e alterações do sono. < 50 anos, agressivo e desenvolvem flutuações e discinesia. Desenvolvem menos demência ou psicose. 70 – 90 anos. Simétrica desde o início Tremor pouco acentuado Alteração da marcha e equilíbrio precoce e rápida Maior incidência de disfunção frontal e demência Hipotensão ortostática. Deterioro da função vesical e disfagia frequentes que respondem mal a LD. CLASSIFICAÇÃO POR ESTAGIOS DE HOEHN E YAHR 0: Não há sinais 1: Afetação UNILATERAL 1,5: Afetação unilateral e AXIAL 2: Afetação BILATERAL sem alterar o equilíbrio 2,5: Afetação bilateral LEVE com recuperação do teste do empurrão 3: Afetação LEVE A MODERADA, com instabilidade postural (fisicamente independente) 4: Incapacidade GRAVE, capaz de caminhar ou permanecer em pé sem ajuda 5: Cadeira de rodas se não houver ajuda. PROGRESSÃO DA ENFERMIDADE - Manifestações iniciais de um hemicorpo se generalizam afetando o lado contralateral Geisielli Flavio Bernal - Pode manter certo grau de assimetria ao longo da evolução. ▪ Alteração do movimento ▪ Predomínio hipocinético ▪ Bradicinesia ▪ Rigidez leve ou aumentada com roda dentada ▪ Tremor e instabilidade postural ▪ Alteração de reflexos posturais. PARKINSONISMO - Conjunção de vários sintomas ▪ Lentidão ▪ Rigidez ▪ Tremor de repouso ▪ Alteração da marcha e equilíbrio PARKINSONISMO SECUNDARIO o TCE o Infecções o Enfermidades metabólicas o Induzidos por fármacos ▪ NEUROLÉPTICOS: Risperidona ▪ BLOQUEANTES DE CALCIO: Diltiazem ▪ ANTIEPILÉTICOS: Fenitoina ▪ HIPOTENSORES: Captopril ▪ TRANQUILIZANTES E ANTIDEPRESSIVOS: Loracepam ▪ ANTIEMÉTICOS: Metoclorpropamida ▪ OUTROS: Sais de lítio. SINTOMAS MOTORES SINTOMAS NÃO MOTORES SINTOMAS PRODROMICOS - Tremor - Alteração da marcha - Rigidez - Nicturia - Sialorreia - Disfagia - Dor - Anosmia - Ageusia - Transtorno do sono (REM) CONSULTA ESPECIALIZADA EM PARKINSON - Detecção temprana - Dx tipo de Parkinson (idiopáticos e atípico) - Conhecer os avances dos tratamentos - Buscar segundas opiniões - Ajustar tratamentos DIAGNOSTICO: - Clínico - SEMPRE pós morte: despigmentação e degeneração do SN com CL - Não há marcadores biológicos específicos EXPLORAÇÃO COMPLEMENTAR: - Tremor, rigidez, bradicinesia (2 ou os 3)Geisielli Flavio Bernal - Resposta ao tto com LD - Ausência de sinais atípicos - Realizar estudos genéticos - FDG-PET: tomografia com pósitrons e deoxiglucosa – revela padrão anormal de aumento de glicose no globo pálido (característico de EP) - RMc: ressonância magnética de crâneo - DaTSCAN: loflupano PROGNOSTICO: - Início tremorico tem melhor prognostico - Idade avançada e forma rígido acinética são fatores de progressão rápida. TRATAMENTO - FARMACOLOGICO: LEVODOPA + CARBIDOPA ▪ Plurimen 5 mg: PD de início ou coadjuvante de LD ▪ Carbidopa ou levodopa: eleição para idosos ▪ Lisuride: Monoterapia em estágios iniciais SINTOMATICOS em jovens como prevenção do desenvolvimento motor. - BOMBA DE LEVODOPA: ▪ Tabletes de levodopa de liberação imediata sem sintomas molestantes. - CIRURGICO: Medicamentos não mais eficazes o Estimulação cerebral profunda ▪ Rigidez, temores e lentidão dos movimentos - COMPLEMENTARIOS: ▪ Exercício periódico ▪ Fisioterapia ▪ Terapia de linguagem ▪ Assessoramento psicológico e medicamentos para depressão ▪ Massagens ▪ Acupuntura ▪ Yoga ▪ Grande quantidade de frutas, verduras e água. Geisielli Flavio Bernal TRAUMATISMO CRANEOENCEFALICO – TC - PRINCIPAL CAUSA DE MORTE POR ACIDENTE DE CIRCULAÇÃO - 20% de óbitos de pessoas jovens (homens entre 15 e 35 anos) - Lesões físicas produzidas sobre o tecido cerebral que alteram de forma temporal ou permanente a função cerebral. - Tem origem por acidentes de tráfico, ou caídas e golpes sobra a cabeça CLASSIFICAÇÃO PRIMARIAS Ação direta do traumatismo: contusão, laceração, contragolpes e comoção cerebral, perda transitória de consciência em lesões morfológicas apreciáveis SECUNDARIAS Mecanismo indireto por: hipoxia, isquemia e edema cerebral em TC GRAVE por 2 circunstância: Associados ao sistema cardiorrespiratório e vísceras abdominais. Perda de autorregulação da circulação cerebral (VASOPARALISIA) e permeabilização da barreira hematoencefálica por causa do traumatismo. ATENÇÃO PUPILAS Especial atenção para (Tamanho, simetria e reatividade da luz) e grau de coma. Quando simétricas, reativas e de 2-2,5 mm EXCLUEM lesão mesencefalica. ANISOCORIA Sugere lesão de espaço que pode obedecer a uma hiernação do uncus com paralisia do 3° par cranial GLASGOW Avaliação da abertura dos olhos com respostas verbais e motoras a diversos estímulos. - VIGIL/NORMAL: Normal (15 pontos) - GRAU I: Obnulação (14 pontos) - GRAU II: Estupor (11 – 13 pontos) - GRAU III: Coma (9 – 10 pontos) - GRAU IV: Coma profundo (<8 pontos) CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO GLASGOW - TRAUMATISMO GRAVE: < 8 pontos nas primeiras 48 horas correspondente a reanimação. - TRAUMATISMO MODERADO: 9 e 12 pontos - TRAUMATISMO LEVE: 13, 14 ou 15 pontos. CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO PARAMETROS DA TC - Afastamento da linha média - Compreensão das cisternas da base - Volume das lesões focais. QUADRO CLÍNICO CONMOCIÓN Perda de consciência SEM alterações radiológicas e anatomopatológicas FORMA MAIS LEVE, porém, entretanto e, todavia, em casos mais graves pode ser irreversível Relaciona se com: Paralisia sensitivo motora (inconsciência traumática) Geisielli Flavio Bernal Amnésia retrograda (esquece o que aconteceu ANTES do traumatismo) CONTUSÃO E LACERAÇÃO Maior intensidade do traumatismo, com recuperação lenta e persistência de sequelas neurológicas Risco elevado de epilepsia horas ou dias depois Fraturas carneais: Lineais da bóveda, estreladas ou deprimidas, osso temporal (otolicuorrea), celdas mastoideas, seios paranasais (neumocefalo traumático) e base do crânio (fossa anterior) acompanhada de: Rinolicuorrea Hematoma em antifaz COMPLICAÇÕES HEMATOMA EXTRADURAL (EPIDURAL) Tabela interna do crânio e dura madre: hiper densa, homogênea com morfologia BICONVEXA. ▪ Perda inicial de consciencia ▪ Breve intervalo de lucidez ▪ Deterioro neurológico com sonolência ▪ Estupor ▪ Sinais deficitários CONTRALATERAL ▪ Bradicardia ▪ Transtorno do ritmo respiratório HEMATOMA SUBDURAL ORIGEM VENOSO Agudo: similar ao hematoma epidural com duração de várias horas até 1 – 2 dias Crônico (higroma subdural): Maior problema dx, por serem traumatismos tan. triviais ou esquecido pelo paciente e familiares O lapso entre o traumatismo e a aparição dos sintomas pode ser de 1 semana a 1 mês Sangue se acumula entre a aracnoide e dura madre IMAGEM: Hiper densa, heterogênea em forma de meia lua Tomografia de crânio SEM CONTRASTE SINTOMAS: Geisielli Flavio Bernal • Cefaleia • Letargo de vários dias de evolução • Agitação • Desorientação • Com ou sem sinais neurológicos focais CONTRALATERAL • Afasia (lesão do hemisfério dominante) - EPLEPSIA POSTRAUMATICA: ▪ Entre 6 e 2 anos depois do episódio agudo - DEMENCIA POSTRAUMATICA: ▪ Traumatismos intensos ▪ Comas prolongados - SINDROME POSCOMOCIONAL E MENINGITE POSTRAUMATICA ▪ Persistência de fistula de LCR que comunica o espaço subaracnóidea com as fossas nasais ou ouvido médio. TRATAMENTO - Estabilização cardiorrespiratória imediata - Mantimento vigilante do estado neurológico (detectar aparição de compilações neurocirúrgicas) GLASGOW 15 • Domicílio • Familiar em vigia para comunicar aparição de alterações do nível de consciencia ou tamanho das pupilas. • Pontuação 13 ou 14 persistente: TC e avaliação de lesões ocupantes de espaço. GLASGOW GRAVE (5-8) OU CRITICOS (3-4) • UCI • Sedação e analgesia • Redução da pressão intracraneal se estiver > 20 mmHg Geisielli Flavio Bernal CEFALEIAS - Dor cefálica benigna - Expressão de uma enfermidade grave e mortal SINUSITE RACIMOS TENSÃO MIGRAÑA (enxaqueca) Dor atrás dos ossos, ceja e/o pómulos Dor arredor de 1 olho Grande pressão na cabeça Irradia para occipital Dor Náuseas Mudanças visuais CLASSIFICAÇÃO 1. PRIMARIA 2. SECUNDARIA 3. NEURALGIAS CRANEAIS E DOR FACIAL PRIMARIA SECUNDARIA CLASSIFICAÇÃO -Migraña -Tensional -Racimo Pós-traumática -Transtornos vasculares -Processos NÃO vasculares intracraniais -Ingestão ou privação de substâncias -Inflamação intracraneal -Transtornos metabólicos -Cefaleia atribuída a estruturas anatômicas -Transtornos psiquiátricos ETIOLOGIA -Maioria das consultas por dor de cabeça -Dor de cabeça FREQUENTE -Duração variável -Ausência de enfermidades ou condições que expliquem a cefaleia -Características uniformes (até certo ponto) FISIOPATOLOGIA: 2 VIAS: 1. Ativação dos nocirreceptores em resposta a: - Lesão tissular - Distensão visceral - Outros fatores 2.Dano ou mal funcionamento das vias de dor relacionadas com: - SNC - SNP ESTRUTURAS SENSIVEIS A DOR: -TECIDOS PERICRANIAIS: Pele – TCSC – músculos – aterias extra craniais – periósteo -OLHO, OUVIDO, CAVIDADE NASAL, SEIOS PARANASAIS E BOCA Geisielli Flavio Bernal -SEIOS VENENOSOS E VEIAS TRIBUTARIAS (superfície do encéfalo) -DURAMADRE: Piso anterior e posterior Artérias da duramadre e piaracnoides (artérias meníngeas medias) -ARTERIAS (base do cérebro) -NERVOS CRANEAIS: II, III, V E VII (sensibilidade das estruturas supratentoriais) Nervos craniais: IX, X e C1 – C3 (sensibilidade das estruturas infratentoriais) DIAGNOSTICO HC (descartar cefaleias 2°) Anamnese: Antecedentes pessoais, familiares e ALICIA Exploração física: Sinais vitais Exploração geral neurológica Exploração oftalmológica e ORL (alguns casos) Exames: Hemograma Bioquímica Imagem cerebral LCRRadiologia simples de crânio EEG MIGRAÑA (enxaqueca) - Dor pulsátil - UNILATERAL - Duração de 4 a 72 horas - Intensidade moderada a severa - Incrementa com atividades físicas - Náuseas - Vômitos - Foto e sonofobia - 85% SEM AURA ▪ 1 – 2 dias ▪ Dor pulsátil e unilateral ▪ Agrava com atividades rotineiras ▪ Náuseas, vômitos (as vezes incapacitantes) ▪ Sensibilidade a luz e som ▪ AURA: Luzes, manchas e linhas • Apresenta em um período de 5 a 20 minutos e dura de 5 min a 1 hora. Geisielli Flavio Bernal - COM AURA: ▪ Sintomas semelhantes +: • Sintomas visuais REVERSIVEIS (luzes piscantes, machas, linhas e perda de visão) ▪ SINTOMAS SENSORIAIS COMPLETAMENTE REVERSIVEL: • Sensação de agulhas e alfinetes • Dormência ▪ ALTERAÇÕES DE LINGUAGEM OU SINTOMAS NEUROLOGICOS COMPLETAMENTE REVERSIVEL (procedem da cefaleia) - CRONICA: ▪ ≥ 15 dias ao mês ▪ > 3 meses ▪ 8 dias ao mês com características migroñosa - SINTOMAS PRODRÓMICOS: ▪ Duração de horas a dias ▪ Dor ▪ Cansaço ou moléstia nos olhos ▪ Sensação de pulsação na frente ▪ Irritabilidade Geisielli Flavio Bernal ▪ Ataques de migraña (usar tto agudo prévio para dor e evitar esses ataques) - DIAGNOSTICO: ▪ Screening de 3 itens (IHS) • Náuseas • Fotofobia • Características incapacitantes de cefaleia TRATAMENTO LEVE – MODERADO: MODERADO – GRAVE STATUS MIGRAÑOSO > 72 HS ORAL: AINE Antiemético (se precisar) Hidratação Melhorou? SIM: ALTA MAP: derivar a CE se: migraña crônica ou cefaleia por abuso de medicação. NÃO: TRIPTAN VO: se não houver melhora com o tto anterior. Se houver melhora, procedimento de alta, caso contrário, procedimento MODERADO –GRAVE. INTRAVENOSO: AINE Antiemético (se precisar) BZD (ansiedade) Melhorou? SIM: ALTA MAP: derivar a CE se: migraña crônica ou cefaleia por abuso de medicação. NÃO: Realizar procedimento de status migrañoso. Avaliar STC/OBS - SUMATRIPTAN SC IV Gastroprotetor Antiemético (se precisar) BZD (ansiedade) Hidratação IV Melhorou? SIM: ALTA MAP: derivar a CE se: migraña crônica ou cefaleia por abuso de medicação. NÃO: METILPREDNISOLONA 250 MG BOLO IV CEFALEIA TENSIONAL - Tipo + frequente - NÃO é grave para interferir as atividades diárias ▪ SINTOMAS: • Dor Sordo e difuso • 1 banda da cabeça • Pouco frequentes • NÃO SE REALACIONA COM: náuseas, vômitos ou piora com atividades. ▪ EPISÓDICA: • BILATERAL • Dor opressiva • Intensidade leve a moderada • Duração de 30 min a 7 dias • Pode apresentar fotofobia ou fonofobia leve. FREQUENTE INFREQUENTE 10 episódios em 1-14 dias ao mês > 3 meses ≥ 12 e < 180 dias ao ano 10 episódios em menos de 1 dia ao mês <12 dias ao ano Geisielli Flavio Bernal ▪ CRONICA: • Evolução da fase frequente: o Episódios diários o Duração de minutos a dias (pode não ter remissão) o > 3 meses o Pode associar a náuseas, fotofobia ou fonofobia. CEFALEIA EM RACIMO - 2 semanas ou meses - Período de remissão prolongado sem cefaleia - Tipo neurovascular primaria: dor intensa, insuportável, UNILATERAL e retrocular - DIAGNOSTICO: ▪ Dor unilateral associada a manifestações ipsilaterais. ▪ Pelo menos 5 ataques de dor severa ▪ 15 – 180 minutos ▪ Unilateral em região: orbitaria, supraorbitária, temporal ou em combinação EPSÓDICA CRONICA 7 dias ao ano Épocas livres durante 1 mês > 1 ano Sem remissão ou períodos que duram < 1 mês SINTOMAS ASSOCIADOS - 1 dos seguintes (ipsilateral a dor de cabeça) ▪ Injeção conjuntival ou lagrimejo ▪ Cogestão nasal ou rinorreia ▪ Edema palpebral ▪ Sudoração facial ou frontal ▪ Endurecimento facial ou frontal ▪ Sensação de bloqueio nos ouvidos ▪ Mioses/ ptoses Geisielli Flavio Bernal CEFALEIAS SECUNDARIAS MENINGITES Processo inflamatório agudo do SNC Bactérias, vírus, fungos ou parasitos Afetam as leptomeninges 80% ocorrem na infância (10 anos) Streptococcus pneumoniae, Neisseria meningidis e Haemophilus influenzae Sintomas similar a migraña HEMORRAGIA SUBARACNOIDEA 2-5% dos ICTUS (25% óbitos) Sexo feminino de idade média Sexo masculino na 4° ou depois da 6° década de vida Dor de cabeça associada a rigidez no pescoço, SEM FEBRE (sugere HSA) CAUSA + FREQUENTE: - Ruptura de um aneurisma - Formação arteriovenosas - Hemorragia intraparenquimatosa TUMORES CEREBRAIS 30% com dor de cabeça Cefaleia indiscernível e intermitente de intensidade moderada Pode acompanhar náuseas e vômitos 10% referem transtorno do sono ARTRITES TEMPORAL Variante de artrites de células gigantes > 50 anos 50% Dor de cabeça unilateral ou bilateral (temporalmente), mas pode estar em qualquer região do crânio Sensível a palpação da artéria temporal Polimalgia reumática Claudicação mandibular Amaurose fugaz FEBRE Perda de peso Aumento na eritrossedimentação Geisielli Flavio Bernal TC Moderado ou severo (importante) Hipertensão endocraniana Evidência radiológica de hematomas Contusões intracraniais TIPOS COMUNS: - Cefaleia musculoesquelética, cranial direto, cervicogenica e transtorno da articulação temporomandibular ABUSO DE MEDICAÇÃO 1-2 % da população geral Predomínio em mulheres ≥ 15 dias ao mês (3 meses prévios) Piora com ingesta excessiva e crônica de determinados fármacos (tto cefaleia 1°) - analgésicos – triptanes – opioides. Pior qualidade de vida CAFEINA Droga psicoestimulante Induz mudanças biológicas e fisiológicas aguda e crônica Induz déficit cognitivo - depressão - fadiga – insônia - mudanças cardiovasculares e cefaleia. Promove um estado pronociceptivo e de hiperexcitabilidade cortical que pode exacerbar uma cefaleia 1° ou por excesso de analgésicos. DOR ATM - SINDROME DA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR - CAUSA FREQUENTE DE DOR DE CABEÇA - Desequilíbrio do movimento articular por mordida insuficiente ▪ Bruxismo ▪ Problemas articulares - SINTOMAS: ▪ Dor referido que se agrava ao funcionar o queixo ▪ Dor muscular facial ▪ Cefaleia (crianças e adultos) que provoca problemas crônicos ▪ Dor no pescoço e ouvido Geisielli Flavio Bernal MENINGITES MENINGITE AGUDA BACTERIANA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE – virico bacteriano EMERGENCIA MÉDICA Requer DX e TTO rápidos Evolução fatal em horas Adquirida no hospital ou comunidade ETIOLOGIA HAEMOPHILUS INFLUENZAE Maiores Enfermidade crônica Não vacinados LISTERIA MONOCYTOGENES Alcoolismo Tumores hematológicos Transplante renal NEUMOCOCO E MENINGOCOCO + FREQUENTE 80% em adultos ESTREPTOCOCOS DO GRUPO B > 50 anos Enfermidades debilitantes Streptococcus agalactiae STAPHYLOCOCCUS AUREUS E S. EPIDERMIDIS Procedimentos neurocirúrgicos FATORES PRÉ DISPONENTES Foco infeccioso parameningeo (otites, sinusite, mastoidites, abscesso cerebral ou empiema subdural) Traumatismo cranial prévio com ou sem fistula de LCR Intervenção neurocirúrgica previa Infecção a distância (pneumonia, endocardites) Imunodepressão subjacente. QUADRO CLÍNICO • Cefaleia com náuseas e vômitos bruscos (escopetazo) • FEBRE • Meningismo • Alteração do estado mental 95% de 4 sintomas: → Febre → Cefaleia → Rigidez da nuca → Alteração do estado mental TRIADE CLASSICA: ✓ FEBRE: > 39°, ausente em idosos, imunodeprimidos, Shock ou antitérmicos. ✓ RIGIDEZ DA NUCA: Leve ou ausente em crianças, idosos e imunodeprimidos ✓ ALTERAÇÃO DO ESTADO MENTAL EXPLORAÇÃO Meningismo com sinais de Kernig extensão do joelho quando a coxa é flexionada sobre o abdómen desencadeia dor Meningismo comsinais Brudzinski A flexão do pescoço com paciente em decúbito dorsal causa flexão analgésica dos quadris e joelhos e tendencia a opistótonos. Focalidade neurológica e crises epiléticas Geisielli Flavio Bernal Paralisia de pares carneais, labirintites purulentas com surdera secular MENINGITES NEUMOCÓCICA Síndrome de Waterhouse-Frid Erichsen (sepses meningocócicas fulminante) Grandes hemorragias petequeais na pele e membranas mucosas, coagulação intravascular disseminada e insuficiência adrenal e cardiovascular generalizada DIAGNOSTICO • ANÁLISE DE LCR • HEMOCULTIVOS ANTES DE PL E ANTIBIOTERAPIA PL CONTRAINDICADA Presença de lesão intracerebral devido ao risco de hérnia cerebral NEUROIMAGEM (TC CRANEAL) Antes da PL em crises epiléticas de início recente, imunossuprimidas, focalidade neurológica ou nível de consciência alterado LCR PRESSÃO DE SAIDA ELEVADA >18 mm H2O Pleocitose (100 e 1.000 células/mm3) Predominância polinuclear com baixa glicorréia <40% e aumento proteico > 50 mg/dL Coloração de Gram deteta o organismo causador e a cultura do LCR MENINGITE BACTERIANA AGUDA • Diminuição da gliccorracia < 45 mg/dL • Aumento da proteína do LCR > 220 mg/dL • Pleocitose total > 2.000 células/μL no LCR (ou > 1.180 polinucleares/μL). Geisielli Flavio Bernal TC E RM CRANIAL ✓ Edema cerebral ✓ Hidrocefalia ✓ Infartes cerebrais (artrite séptica ou embolias sépticas, trombose venosa) ✓ Trombose venosa ✓ Focos infeciosos parameníngeos ✓ Captação meníngea e ependimária ✓ Abscessos cerebrais ou empiema subdural. TRATAMENTO UCI – unidade de cuidados intensivos séptico grave com coagulopatia e choque MENINGITE MENINGOCÓCICA Isolamento respiratório nas primeiras 24 horas de tratamento. ANTIBIOTERAPIA Cefalosporinas de 3° geração: • cefotaxima • ceftriaxonae Cefalosporinas de 4° geração: • Cefepima Pneumococo resistente à penicilina: vancomicina para cefalosporina de 3° geração. Listeriose: > 50 anos cobre com ampicilina Duração: 10-14 dias 7 dias: Meningite meningocócica 2-3 semanas: Meningite strep 3 semanas: e L. monocytogenes e germes gram- negativos, recorrência. GLUCOCORTICOIDES Dexametasona: diminui a mortalidade e melhora o prognóstico (meningite pneumocócica grave) Dose de 10 mg de dexametasona antes ou com a primeira dose de antibiótico, seguida de 10 mg a cada 6 h durante 4 dias em todos os casos de meningite purulenta COMPLICAÇÕES • Hiponatremia (SIADH) Geisielli Flavio Bernal • Crises epiléticas (inflamação cortical) • Infarte cerebral (arterite oclusiva) • Hidrocefalia (obstrução das cisternas basais devido a exsudato inflamatório, e edema cerebral difuso) • Abscesso cerebral ou empiema subdural, hérnia transtentorial. • Sequelas auditivas ou vestibulares MENINGITES NOSOCOMIAIS • Complicação de cirurgia craniana, colocação de cateter intraventricular ou drenagem lombar, traumatismo craniano grave, PL ou infeção à distância. • Dor de cabeça e febre, ou febre baixa. MENINGITES TUBERCULOSA Granulomas meníngeos que podem romper no espaço subaracnóideo (tuberculomas) Quadro clínico: 2-4 semanas (fadiga, mal-estar, artromialgias) febre, cefaleia e vómitos, alterações no nível de consciência e meningismo. Paralisia dos pares cranianos Especialmente VI, Pares: III, IV, VII e VIII. Hemiparesia, edema da papila e crises epiléticas. DIAGNOSTICO LCR: pleocitose linfocitária (∼200 células/μL), Hiperproteinorráquia (∼200 mg/dL) Hipoglicorrreia e ADA estão elevadas Coloração e cultura O padrão miliar ou lesões de tuberculose pulmonar ativa Linfadenopatia mediastinal Derrame pleural ou imagens de tuberculose antiga TC e RM craniana: hidrocefalia, lesões vasculares, tuberculomas e envolvimento das meninges basais. TRATAMENTO Tratamento empírico: • 4 medicamentos diários: durante 2 meses Isoniazida Rifampicina Pirazinamida Etambutol • Continua com dois medicamentos até completar 9-12 meses de tratamento. isoniazida e rifampicina Corticosteroides: Tuberculose grave. Prednisona, 1 mg/kg diminuindo após 2 semanas (4-6 semanas) Geisielli Flavio Bernal MENINGITES VIRICAS Asséptico Culturas negativas. Enterovírus São os vírus mais comuns via oral-fecal, verão e outono Quadro clínico Autolimitado benigno (1-2 semanas) Qualquer idade Não acompanhado de disfunção cerebral ou crises epiléticas. • febre, dor de cabeça, vómitos e rigidez do pescoço, sinais de meningismo Diagnóstico PL límpido claro com pleocitose linfocitária Níveis normais de gliccorraquia e elevação proteica TRATAMENTO Apenas tratamento sintomático para: dor, febre e outros sintomas associados Doença inflamatória intestinal - EII FATORES DE RISCO • História familiar • Tabagismo + DC CARACTERISTICAS E CLÍNICA RETOCOLITE ULCERATIVA ✓ Reto e colón (poupa os anus) ✓ Mucosa e submucosa ✓ Continuo e ascendente ✓ DOR + DIARREIA (muco sangue) DIAGNOSTICO: • P-ANCA • Mucosa eritematosa e continua • Criptite COMPLICAÇÕES: • Megacolón toxico • CA – RCU > DC DOENÇA DE CROHN ✓ Todo o TGI – da boca aos anus (poupa o reto) ✓ Transmural ✓ Descontinuo – íleo colite ✓ DOR + DIARREIA (disabsortiva) ✓ Febre ✓ Anorexia ✓ Doença periana DIAGNOSTICO: • ASCA • Descontinuo, pedra de calçamento • Granuloma não caseoso COMPLICAÇÕES: • Fistulas • Estenose e obstrução • Doença perianal Geisielli Flavio Bernal MANIFESTAÇÕES EXTRAINTESTINAIS Espondilite anquilosante – DC Eritema nodoso – DC – RCU Pioderma gangrenoso – RCU – DC Colangite esclerosante – RCU Calculos biliares e renais - DC TRATAMENTOS LEVE – MODERADA (STEP UP) REMISSÃO: - 5 – ASA +/- ATB – corticoide – biológico +/- imunomoduladores MANUTENÇÃO: - 5-ASA – biológico +/- imunomoduladores GRAVE (TOP DOWN) REMISSÃO: - DUPLA – biológico +/- imunomoduladores +/- corticoides MANUTENÇÃO: - Terapia dupla 6-12 meses TRATAMENTO CIRURGICO RETOCOLITE ULCERATIVA Cura a doença Refrataria e urgência DOENÇA DE CROHN Não cura Complicações Feito por: Rafael Delgado HEPATITES HEPATITE A CARACTERÍSTICAS • Vírus RNA • Família Picornaviridae • Transmissão predominante FECAL – ORAL, podendo também ser via Sexual e Transfusão. (MAS não se esqueça, PRINCIPAL FECAL-ORAL) • Comum em CRIANCAS INFORMAÇÕES • Causa MAIS FREQUENTE de Hepatites viral aguda • Incubação de 15 a 45 dias • O período máximo de infectividade é de 2 semanas ANTES do início da enfermidade e a eliminação fecal continua durante 2 a 3 semanas • Se resolve em 4 a 8 semanas FISIOPATOLOGIA 1. Ingestão do vírus 2. Absorção pela mucosa intestinal 3. Circulação através da porta 4. Replicação nos hepatócitos 5. Excreção via biliar e fezes MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Ela é uma hepatite BENIGNA e AUTOLIMITADA, geralmente ela se cura • Assintomática (maioria dos pacientes) • Hepatite Aguda sintomática • Hepatite fulminante (1%) • NÃO CRONIFICA (se lembre disso) Fases da Hepatite A caso tenha sintomas 1. Fase Prodrômica (fase inicial com sintomas) 2. Fase Ictérica 3. Fase de Convalescência (paciente já ta melhorando) DIAGNOSTICO Antes de tudo necessitamos saber que IgM = Agudo e IgG = Tardio Feito por: Rafael Delgado Obs: Se no exame tiver Anti-HAV IgM + e IgG + = Hepatite A aguda Para ser Imunidade para HEP A é necessário o IgM – TRATAMENTO SUPORTE Se tiver com qualquer sintoma, tipo febre dá remédio de febre, dor – remédio para dor, e assim por diante. Nãoexiste um remédio específico para HEP A COMO PREVENIR? Podemos também fazer: • Vacinação • Saneamento básico • Afastamento de crianças infectadas (Afastar por 2 semanas e não passar de 4 semanas, lembrar que infectividade é de 2 semanas ANTES do início da enfermidade) PROFILAXIA • Pré exposição (Vacina) • Pós exposição (Vacina ou Imunoglobulina – IG) • Aos não vacinados se realiza até 2 semanas pós contato Feito por: Rafael Delgado HEPATITE B CARACTERISTICAS: • Virus DNA (grave isso) – ÚNICO DNA!!! • Fam;ilia Hepadnarividae • Caráter oncogênico • Transmissão PARENTERAL (Principal por sangue e fluidos contaminados) – ou seja a principal hoje em dia é SEXUAL! INFORMAÇÕES Período de incubação de 30 a 60 dias MANIFESTAÇÕES EXTRA HEPÁTICAS • Poliartrite Nodosa: doença autoimune rara que afeta as artérias, causando inflamação e danos aos vasos sanguíneos. • Glomerulonefrite: inflamação dos glomérulos dos rins, afetando sua capacidade de filtrar o sangue e eliminar resíduos do corpo. • Crioglobulinemia: condição na qual proteínas anormais chamadas crioglobulinas se acumulam no sangue, levando a problemas de circulação e danos nos vasos sanguíneos. • Acrodermatite Papulosa: condição de pele rara que se manifesta em forma de pequenas protuberâncias vermelhas nas extremidades do corpo. • Anemia Aplásica: distúrbio sanguíneo no qual a medula óssea não produz células sanguíneas em quantidade suficiente, levando a uma diminuição significativa na contagem de glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas. Feito por: Rafael Delgado MARCADORES SOROLOGICOS Resumindo: HBsAg – Antigeno que marca presença da proteína ATUAL, ou seja, se ele aparece positivo tem infecção ATUAL antiHBS – nos mostra IMUNIDADE, podendo ser pós infecção ou por vacinação HBeAg – esse “e” significa replicação viral, ou seja, se tiver positivo temos alta replicação viral, milhares, milhões de vírus circulantes antiHBe – Anticorpo que tem a capacidade limitada de comprimir a replicação viral, mas quando o HBeAg estiver negativo, em geral temos uma soroconversão para antiHBe antiHBc IgM – Se tiver positivo = HEP B aguda antiHBc IgG – Aparece depois do antiHBc IgM, indicando contato um pouco mais antigo com vírus HEP B. Pode aparecer em algumas situações: 1. Presente em HEP B Aguda em uma fase um pouco mais tardia, vai estar positivo junto com IgM 2. Presente na HEP B crônica 3. Presente quando paciente se CURA, cicatriz sorológica 4. Este marcador que nos mostra o contato com o VIRUS SELVAGEM MANIFESTACOES CLÍNICAS Pode aparecer da seguinte maneira: • Assintomática • Hepatite aguda benigna – podendo evoluir para uma grave • Hepatite aguda grave – pode evoluir em 5% para uma HEP fulminante, sendo a hepatite viral com o MAIOR risco de fulminação • Hepatite crônica – Importante saber, pois pode evoluir para CIRROSE ou CARCINOMA HEPATOCELULAR (Caráter oncogênico do vírus) Feito por: Rafael Delgado Observação 1: o risco de CRONIFICAR a HEP B tem a ver com a IDADE que ocorreu a infecção e NÃO com a via de transmissão. Exemplo: Se um bebê se infectar, a chance de cronificar é muito alta (90 a 95%), quando é adulto a chance é de (5 a 10%) Observação 2: A coinfecção HIV/HBV aumenta o risco fulminar, de cronificar a Hepatite B e evoluir para CIRROSE DIAGNOSTICO DICAS • HEP Aguda – fique atento no HBsAg e AntiHBc IgM POSITIVOS • Crônica ATIVA – HbsAg, HBeAg e AntiHBc IgG POSITIVOS • Crônica INATIVA (não tem mais replicação viral ativa) – HbsAg e AntiHBc IgG POSITIVOS • Passado (contato com vírus selvagem e evolui com CURA – imunidade NATURALmente adquirida) – AntiHBc IgG e AntiHBs POSITIVOS • Vacinacao (único anticorpo é HBs) – AntiHBs POSITIVO Feito por: Rafael Delgado VACINACAO Método super eficaz para prevenir a Hepatite B • Melhor prevenção • Em geral em 3 doses (0, 1 e 6 meses)/4 doses em recém-nascidos atualmente, ainda na maternidade recém-nascido recebe dose monovalente da HEP B. (0, 2, 4 e 6 meses) • Resposta = antiHBs >igual 10mUi/ml (Esse teste geralmente faz em profissional do sex e saúde, população em geral não necessita) Obs: se após 3 doses der antiHBs NEGATIVO, repete o esquema COMPLETO (3 doses, novamente), após 2 esquemas continuar negativo, suspende a vacina e se a pessoa for exposta ao HEP B se utilizara IMUNOGLOBULINA como profilaxia. PROFILAXIA TRANSMISSÃO VERTICAL – GRAVIDA PARA O BEBÊ • Todo recém-nascido com mãe HBsAg positivo tem que receber vacina (VACINA + Imunoglobulina) • Se a mãe tem alta viremia (HBeAg positivo), além do recém-nascido a mãe também recebe medicação – TENOFOVIR • Via de parto – indicação obstétrica • Aleitamento estará liberado assim INDIVÍDUOS PÓS EXPOSIÇÃO Após exposição de risco = Vacina + Imunoglobulina (7 a 14 dias) TRATAMENTO MEDICAMENTOS • Interferon peguilhado – pct com HEP B crônica (HBeAg positivo) sem contraindicação e sem cirrose • Tenofovir – se usa em GERAL • Entecavir – Se usa quando o tenofovir for contraindicado Feito por: Rafael Delgado HEPATITE C CARACTERÍSTICAS • Virus de RNA • Família Flaviviridae • Transmissão PARENTERAL, porém, a principal nesse é a PERCUTÂNEA. (Drogas inalatórias e endovenosas) • Que mais SE CRONIFICA INFORMAÇÕES • 70% das causas de Hepatites Crônicas • 60% das causas de CARCINOMA HEPATOCELULAR • Não há profilaxia e NEM Vacina EVOLUCAO Só tem dois marcadores AntiHCV e o HCV-RNA HCV – RNA aparece primeiro Hepatite C nem sempre vai ter aumento de transaminases, pode ter HEP C crônica com transaminase normal MANIFESTACOES CLÍNICAS • Assintomático (Maioria será assim) • Hepatite aguda sintomática (<20% dos casos são sintomáticas) • Hepatite fulminante (muito raro) • HEPATITE CRONICA - a principal manifestação clínica, 80% evolui da aguda para crônica. Principal causa de (CIRROSE, transplante HEPATICO e CARCINOMA HEPATOCELULAR) GRAVAR ISSO Feito por: Rafael Delgado DIAGNOSTICO O AntiHCV é o método de RASTREIO/TRIAGEM – primeiro exame que se faz para investigar HEP C no paciente TRATAMENTO Objetivo de cura da Hepatite C = Resposta Virológica Sustentada (RVS) RVS = HCV-RNA negativo após 12 ou 24 semanas Usar antivirais (Interferon peguilado + Ribavirina – Base utilizada por muitos anos e ainda usa em pediatria), também tem os antivirais de ação direta no esquema abaixo: HEPATITE D CARACTERÍSTICAS • Virus RNA • Família Deltavírus • Transmissão parenteral • DEPENDE do VIRUS da HEPATITE B Feito por: Rafael Delgado Observação: Só há duas possibilidades de ter HEP D: 1. Paciente tinha Hep B e depois se infectou com Virus Delta 2. Paciente se infectou AO MESMO TEMPO (JUNTO) Hep B e D. COINFECCAO – INFECCAO SIMULTANEA B E D • Neste caso paciente vai ter um quadro agudo • Tem maior risco para ter hepatite fulminante (5%) • 95% se recuperam por completo (evolução espontânea) SUPERINFECCAO – PCT JÁ TINHA HEP B CRONICA E SE INFECTOU COM VIRUS D • Casos mais graves e pior prognostico • Hepatite fulminante em 20% dos casos • Cronificação em 80% dos casos DIAGNOSTICO Diagnostico é feito de acordo com a Hepatite B Na coinfecção – Lembra que os dois chegaram JUNTOS, ou seja, tem que ser agudo (IgM tem que está positivo) Superinfecção – Paciente já tinha Hep B, ou seja, sente caso foque no IgG positivo. Lembre-se que o Anti-HDV vai estar POSITIVO EM AMBAS HEPATITE E CARACTERÍSTICA • Virus RNA • Família Hepeviridae • Endêmico na Asia, África e Oriente médio (Estamos salvos!) • Transmissão FECAL-ORAL (Como a HEP A, fique ligado) Se assemelha muito com Hepatite A, porém tem algumas situações especiais como: Feito por: Rafael Delgado GESTANTES • Maior Risco de Hepatite Fulminante (até 20%) • Alta mortalidade • Pior prognostico quando ocorre no TERCEIRO TRIMESTREIMUNODEPRIMIDOS • Risco de cronificação • Progressão para CIRROSE Observação: Classicamente a Hepatite C assim como a Hepatite A, não irá se cronificar, há menos que seja em IMUNODEPRIMIDOS HEPATITE TÓXICA HEPATITE CAUSADA POR ALCOOL Risco: > 40 a 80g/dia de etanol Evolução: Esteatose para HEPATITE (10% a 20%) para CIRROSE MANIFESTACAO CLÍNICA • Febre • Dor abdominal • Icterícia • Leucocitose (colangite?) MARCADOR LABORATORIAL AST > ALT (PARA SEMPRE – FOREVER – 4EVER) Lembrete: Szão maior que Lzinho TRATAMENTO Prednisona Opção: pentoxifilina HEPATITE CAUSADA POR PARACETAMOL Dose-dependente > 10 a 15g/24h Antidoto: N-acetilcisteína Feito por: Rafael Delgado INFORMACOES FINAIS TVC – HIC – HSA Entrega n 02/EP2 – Thays Roiz Casarin TROMBOSE VENOSA CENTRAL Etiopatogenia: Predomina em mulheres jovens (20-35 anos) Lesão da parede do endotélio venoso, ou descompensação congênita/adquirida da capacidade trombótica (formar trombos) e trombolítica (desfazer trombos). Quadro clinico: Depende da área afetada. Mais frequente = • seno longitudinal superior (70%) – sintomas: cefaleia por HIC (80%), papiledema (50%), déficit sentitivo o motor focal (35%), convulsão (29%), alteração variável do nível de consciência, afasia, afetação de pares craniais, incoordenação cerebelosa ou nistagmo ou surdez (03%) • seno cavernoso: oftalmoplegia dolorosa, quemosis conjuntival e ptosis ocular (afeta p III, IV e VI par cranial). DX: RMN é o melhor. Porém, a ordem de solicitação de exames será: TC (é insuficiente para fazer o dx), depois RMN e por último punção lombar. Dx diferencial: HIC benigna, pseudotumor cerebral, meningite e encefalite. Tratamento: Heparina em dose plena até alcançar o TTp 2x o valor normal (evita a formação de novos trombos), ACO por 06 meses, HIC = acetozomalida (é um diurético). HEMORRAGIA INTRACEREBRAL Conceito: é uma coleção de sangue em tecido cerebral que é originada pela rotura não traumática de um vaso sanguíneo, quase sempre cerebral. Mas frequentes em homens e em idade avançada. Fatores de risco: TEMA DE EXAMEN Idade (o risco de HIC é 2x maior a cada década a partir dos 50 anos). • < 40 anos = uso de drogas (cocaína) e por má formação vascular • 40-70 anos = hipertensão arterial • >70 anos = angiopatia amieloide e ACO • Colesterol total aumentado • Tabaco • Álcool em excesso • HTA (está presente em 50-70% das hemorragias intracraneais) • Alterações primarias (infância e juventude) e secundarias a coagulação • Tumores • Arteriopatia inflamatória e não inflamatória QUADRO CLINICO: Cefaleia, vomito, perda da consciência (mais frequente) Sintomas similares de AVC que geralmente aparecem em vigília, com ausência de flutuações nos sintomas ou melhoria, e sem história de AIT; Sinais meníngeos Deterioro neurológico progressivo (afeta 1/3 dos pacientes) • < 24 horas: aumento do hematoma • >24 horas: edema perihematoma DX: RMN ou TC (mais rápido e barato); Prognostico: O pior prognostico está relacionado a alteração do estado de consciência, volume sangrado, expansão do volume sangrado e extensão aos ventrículos. TRATAMENTO: Medidas gerais = reabilitação precoce, uso de protetor de mucosa gástrica (omeprazol), hidratação adequada, nutrição a partir de 24 horas; • PAS< 140 • HGT entre 140-180 • Evitar a hipertermia, • HBPM em dose profilática • Não há terapia preventiva para quadros convulsivos • Tratar defeitos da coagulação se necessário (vitamina K) Tratamento cirúrgico: só se opera se a vida está em risco! TEMA DE EXAMEN! Indicação: • hemorragia cerebelosa > 03cmcom deterioro neurológico progressivo ou compressão do tronco ou hidrocefalia por obstrução; • HIC associada a lesão estrutural (aneurisma, MAV o angioma cavernoso) com bom prognostico funcional, com lesão estrutural acessível a cirurgia; • Pacientes jovens com hemorragia lobar moderada ou grande com deterioro neurológico progressivo; • Contraindicação: pacientes com HIC de volume inferior a 10 ml ou com déficit neurológico mínimo; Glasgow < 8. HEMORRAGIA SUBARACNÓIDEA Conceito: extravasamento de sangue ao espaço subaracnóideo ou leptomeningeo; Ela pode ser primária (sangrado se inicia no espaço subaracnóideo) ou secundaria (procede de outra região) Etiopatogenia: Principal causa = aneurisma arterial 85% (sacular); Mais frequente em sexo feminino entre 40-60 anos, raça negra; Quadro clínico: a pior cefaleia da vida! • Cefaleia brusca e de máxima intensidade em segundos, intensa, localizada ou generalizada, espontânea ou após esforços; pode ser antecedida pela cefaleia sentinela (aparece 01 semana antes); • Náusea e vomito • Agitação, confusão metal, diminuição transitória do estado de consciência, crise epilética, focalidade neurológica. • Rigidez de nuca com ou sem sinais de Kerning e Brudzinski • Hipertermia, leucocitose, hiperglicemia, alterações eletrocardiográficas e síndrome de imunodepressão por liberação de catecolaminas; DX: TC cerebral (95% de valor prognostico); Se TC negativa (sem sinais de sangramento) e já houver 12 horas de evolução da clínica = solicitar punção lombar! Doppler transcranial para demonstração e seguimento de vasoespasmo arterial que é uma complicação secundária. DX diferencial: TCE, migrania, meningite viral, encefalopatia hipertensiva, tumor cerebral, abcesso, crise epilética, intoxicação e psicose aguda; PROGNOSTICO: Mortalidade de 40% Indicativos de mal prognostico: cefaleia sentinela, alteração do nível de consciência, focalidade neurológica, hemorragias pre retinianas HTA, leucocitose com elevação de CK; COMPLICAÇÕES: • Nova hemorragia • Vasoespasmo e isquemia cerebral tardia • Hidrocefalia • Crises comiciales • hiponatremia TRATAMENTO: Medidas gerais: elevar cabeceira 30 graus, repouso absoluto, manter isoosmolaridade (<320mmol), normonatremia (NA+ entre 135-150), euvolemia (PCV 08-12mmHg), normoglicemia e apirexia. Analgesia. PAS: <220 se aneurisma está tratado e < 170 se o aneurisma não está tratado. Tratar clise epilética (não há profilaxia de crise epilética) Meias compressivas e após a cirurgia realizar HBPM; Usar acido tranexamico por 03 dias diminui o risco de resangramento Trombose do seno venoso Hemorragia intracraneal Hemorragia subaracnoide Predomina em mulheres de 20-35 anos, especialmente durante a gravidez e pós parto; Sintoma: cefaleia (80%) Papiledema (50%), déficit focal motor ou sensitivo (35%); oftalmoplegia dolorosa, quemosis conjuntival e ptose ocular. DX: TC, RMN, Punção lombar (nessa ordem) TTO: heparina em dose plena ate alcançar ttp 2x o valor normal, ACO por 06 meses; acetozolamida (diurético); Predomina em homens e idade avançada; Fator de risco: IDADE! < 40 anos = má formação vascular e drogas; 40-70 anos= hipertensão arterial e >70 anos = angiopatia amiloide e ACO; Sintomas: cefaleia, vomito, perda da consciência; deterioro neurológico progressivo 1/3 dos pacientes - <24 horas indica aumento do hematoma; > 24 horas, edema perihematoma. DX: TC TTO: manter PA < 140; HGT entre140-180, evitar hipertermia, HBPM em dose profilática, tratar defeitos da coagulação se houver; fazer uso de fibrinolíticos e omeprazol; TTO cirúrgico: verifica quem são os candidatos a passar por cirurgia! Predomina em mulheres entre 40-60 anos, raça negra; Principal causa: aneurisma arterial sacular. Sintomas: pior cefaleia da vida, brusca, máxima intensidade em segundos, localizada ou generalizada, espontânea ou após esforços, nausas, vômitos, rigidez de nuca com ou sem sinais meníngeos, hipertermia, hiperglicemia, ECG alterado, focalidade neurológica, cefaleia sentinela. DX:TC TTO: PAS< 220 se aneurisma tratado e <170 se aneurismanão tratado; usar meias elásticas e depois HBPM, ácido tranexámico, nimodipina, elevar cabeceira 30graus; Feito por: Rafael Delgado SINDROME GUILLIAN-BARRÉ INTRODUÇÃO A Síndrome de Guillain-Barré (SGB) é uma doença neurológica rara e potencialmente grave que afeta o sistema nervoso periférico. Ela é caracterizada por uma resposta autoimune anormal que leva à inflamação dos nervos periféricos, resultando em fraqueza muscular, dormência e, em casos mais graves, paralisia. A condição geralmente começa de forma aguda e pode progredir rapidamente. Embora a causa exata da SGB não seja completamente compreendida, muitos casos estão associados a infecções virais recentes, como infecções respiratórias ou gastrointestinais. Dentro da classificação etiológica das neuropatias periféricas adquiridas, encontra-se na subclasse de polineurites idiopáticas agudas com alteração da imunidade. Portanto, é uma doença polineuropática imunomediada de início agudo. Caracteriza-se pela presença de desmielinização segmentar juntamente com infiltrados inflamatórios mononucleares no endoneuro e nas bainhas de mielina. ETIOLOGIA A Síndrome de Guillain-Barré representa entre 25% e 40% das polineuropatias em adultos, e metade dos pacientes relatam um quadro infeccioso nos dias anteriores, frequentemente de natureza gastroenterítica ou das vias respiratórias superiores. Alguns pacientes desenvolvem a condição após vacinação, cirurgia, picada de inseto ou durante a gravidez, ou em associação com a doença de Hodgkin. A etiopatogenia da Síndrome de Guillain-Barré não é conhecida com precisão, embora se acredite que ocorra uma resposta imunológica a um agente desencadeante externo que reage de forma cruzada com componentes nervosos devido a um fenômeno chamado de mimetização molecular (similaridade nos determinantes antigênicos de duas moléculas específicas). QUADRO CLÍNICO A apresentação clínica típica da Síndrome de Guillain-Barré inclui a tríade de parestesias, debilidade ascendente e arreflexia. Geralmente, começa com parestesias leves nos pés e nas mãos com poucas manifestações objetivas. A fraqueza muscular é geralmente simétrica e começa de forma distal, mas progride gradualmente para a musculatura proximal. Em geral, afeta primeiro as pernas e, após alguns dias, os braços, com a progressão ocorrendo ao longo de 1 a 3 semanas. A musculatura respiratória é afetada em cerca de 30% dos casos. É comum a fraqueza dos músculos dos nervos cranianos inferiores, com paralisia facial em até 50% dos casos. Os reflexos musculares desaparecem ao longo do curso da doença. Após um período de estabilidade que dura de 2 a 4 semanas, inicia-se o processo de recuperação, que pode se estender por mais de 6 meses. A mortalidade nos casos mais graves chega a 5%. Entre 10% e 15% dos pacientes ficam com sequelas permanentes, o que depende em grande parte da lesão axonal secundária ocorrida. Feito por: Rafael Delgado ESTUDOS COMPLEMENTÁRIOS As análises laboratoriais são de pouca ajuda no início do processo. Após alguns dias, pode ser detectado um aumento das proteínas no líquido cefalorraquidiano (LCR), atingindo o máximo entre a segunda e a quarta semanas; por outro lado, as células praticamente não se alteram, o que caracteriza a chamada dissociação albuminocitológica. Por meio de estudos neurofisiológicos, em 80% dos casos, é possível identificar um “enlentecimiento” não uniforme, inclusive com bloqueios, na velocidade de condução motora. Em um quarto dos pacientes, podem ser identificados potenciais de denervação no exame de eletromiografia (EMG), um achado de valor prognóstico, pois indica a existência de lesão axonal secundária. A biópsia de nervo não é indicada para o diagnóstico da Síndrome de Guillain-Barré. DIAGNOSTICO Para estabelecer o diagnóstico, geralmente é necessário a presença de arreflexia e progressão da fraqueza em mais de um membro. Deve-se duvidar do diagnóstico em caso de assimetria acentuada ou persistente da fraqueza, existência de nível sensitivo, acometimento dos esfíncteres vesical ou retal, leucocitose ou mais de 50 células mononucleares/ml no LCR. Algumas variantes a serem consideradas: Síndrome de Miller Fisher: caracterizado por oftalmoplegia, ataxia e arreflexia, geralmente com bom prognóstico. Polineurite craniana: que afeta exclusivamente os nervos cranianos, com exceção do 1º e 2º pares. Dentro das formas axonais, podem ser distinguidos dois padrões: um em que tanto as fibras sensoriais quanto as motoras são afetadas, chamado de AMSAN (sigla em inglês para neuropatia axonal sensitomotora aguda), e outro em que praticamente há apenas acometimento motor, chamado de AMAN (sigla em inglês para neuropatia axonal motora aguda). A AMSAN apresenta um curso clínico grave e uma recuperação funcional difícil. A AMAN ocorre de forma epidêmica no verão, afeta principalmente pacientes em idade pediátrica que não desenvolvem sintomas sensoriais e tem um prognóstico mais favorável. DIAGNOSTICO DIFERENCIAL • Difteria: devido à fraqueza muscular que provoca. • Poliomielite: devido à paralisia dos membros inferiores. • Porfiria aguda intermitente: devido à fraqueza muscular. • Botulismo: devido à fadiga intensa e fraqueza muscular acentuada. • Neuropatias tóxicas (por medicamentos como cisplatino, docetaxel, paclitaxel, suramina, vincristina). TRATAMENTO O tratamento é realizado com medidas gerais de suporte e imunoglobulinas intravenosas. A troca plasmática, mais cara e complexa de ser realizada, também é igualmente eficaz. Nas fases iniciais, é importante monitorar a função respiratória com medições seriadas da capacidade vital para determinar se é necessário iniciar suporte ventilatório. Feito por: Rafael Delgado MIASTENIA GRAVIS INTRODUÇÃO A miastenia gravis (MG) é uma doença da junção neuromuscular autoimune mediada por anticorpos direcionados a proteínas localizadas na membrana pós-sináptica da placa motora. Ela se caracteriza pela manifestação de fraqueza muscular após atividade prolongada, com tendência à recuperação após um período de inatividade ou após a administração de medicamentos anticolinesterásicos. EPIDEMIOLOGIA A incidência de novos casos aumenta de 5 a 20 casos por milhão de habitantes na faixa etária de 15 a 65 anos. A relação entre mulheres e homens é geralmente de 2 para 1 na juventude e se iguala na velhice. FISIOPATOLOGIA Está relacionada com a presença de anticorpos circulantes que em mais de 85% dos casos reconhecem os receptores nicotínicos da acetilcolina (anticorpos antirreceptor de acetilcolina [AcRAch]). Está bem estabelecido que a fraqueza muscular e a fadiga apresentada pelos pacientes com miastenia gravis se deve à perda seletiva dos receptores nicotínicos da acetilcolina (RAch) pós-sinápticos na junção neuromuscular. QUADRO CLÍNICO Os pacientes apresentam fraqueza muscular variável nos músculos voluntários da cabeça ou das extremidades, com variação ao longo do dia e com base na atividade física realizada. É clássico que a fraqueza piore à noite e com contração muscular prolongada ou repetida (fadiga anormal). Após o repouso, a força muscular se recupera total ou parcialmente, assim como após doses adequadas de anticolinesterásicos. Principalmente, a musculatura extrínseca do olho é afetada, resultando em diplopia e ptose palpebral, geralmente de forma assimétrica e em constante mudança. Até 90% dos pacientes apresentam sintomas oculares ao longo da doença. Feito por: Rafael Delgado Nas miastenias generalizadas, os músculos das extremidades são afetados, sendo os músculos mais próximos ao tronco afetados antes dos mais distais. A fraqueza e a fadiga dos músculos da região bulbar causam voz nasal, disartria e disfagia. Isso, juntamente com quedas frequentes devido à fraqueza, pode levar a suspeitas incorretas de problemas cerebraisvasculares em pessoas idosas. Os músculos respiratórios também podem ser afetados, causando falta de ar (disnea) e, em alguns casos, insuficiência respiratória aguda. Na avaliação clínica, o paciente costuma apresentar uma expressão facial típica. É fácil notar o cansaço e a fadiga ao falar, ao abrir ou fechar os olhos, ou ao mastigar repetidamente. Os reflexos tendinosos e a sensibilidade estão normais. CLASSIFICAÇÃO Com base na evolução clínica e na resposta aos tratamentos utilizados, tem-se tentado separar diferentes formas ou estágios clínicos. Essa classificação é importante tanto na escolha de tratamento quanto na determinação de um prognóstico individual. A mais utilizada desde o ano 2000 é a classificação da Fundação de Miastenia Gravis da América (MGFA), que divide a miastenia em ocular e generalizada. DIAGNOSTICO O diagnóstico é clínico. O padrão característico de fraqueza muscular após a realização de movimentos repetitivos pelo paciente, bem como a sua recuperação após alguns minutos de repouso, permite estabelecer o diagnóstico da doença. O diagnóstico é confirmado por meio da administração de medicamentos anticolinesterásicos, estudo eletrofisiológico e, principalmente, pela detecção de AcRAch e anticorpos anti-Musk no soro. Feito por: Rafael Delgado A determinação de AcRAch e de anticorpos anti-Musk é o critério diagnóstico mais importante, pois, se for positiva, confirma o diagnóstico de miastenia gravis em caso de dúvidas. Alguns testes (provas) que podem ser realizados: • O teste do edrofonio baseia-se no efeito antimiastênico rápido, porém breve, do cloreto de edrofonio. → São administrados 2 mg por via intravenosa e, se não houver reação de hipersensibilidade, mais 8 mg nos próximos 30 segundos. Deve ocorrer uma melhora significativa na fraqueza muscular em 0,5 a 1 minuto, retornando às condições basais em 4 a 5 minutos. • Outro teste semelhante que pode ser realizado é o teste com piridostigmina. → Nesse caso, é administrado um comprimido de 60 mg e a resposta é avaliada após 30 minutos. Geralmente, não há efeitos muscarínicos, e isso permite avaliar a resposta ao que será posteriormente o tratamento sintomático da doença, mas o tempo é diferente. • Na eletromiografia (EMG), é observada uma diminuição progressiva na amplitude dos potenciais evocados após estimulação elétrica repetitiva (sensibilidade de 77%). Eletromiografia: mostra uma redução na amplitude dos potenciais evocados após várias estimulações consecutivas. TRATAMENTO Tratamento Médico O tratamento baseia-se em terapia sintomática (anticolinesterásicos) que não atua na causa da doença e no tratamento específico ou de base da enfermidade (timectomia, glucocorticoides). A prática de troca plasmática e o uso de imunoglobulinas intravenosas devem ser considerados apenas em situações graves e transitórias. Feito por: Rafael Delgado Sempre é importante considerar os medicamentos que podem agravar a condição e devem ser evitados, como aminoglicosídeos, quinolonas, tetraciclinas, eritromicina, sais de lítio e de magnésio, quinina, procainamida, betabloqueadores, gadolínio, interferon gama e penicilamina, entre outros. Os medicamentos mais utilizados são a neostigmina e a piridostigmina administradas por via oral (VO). Deve ser usado um ou outro, mas não a combinação de ambos, pois isso não melhora os resultados. A piridostigmina causa com menos frequência dores abdominais e diarreia, e as oscilações de seu efeito terapêutico são menos acentuadas. As doses ideais devem ser determinadas por meio do acompanhamento clínico. Em casos de intensidade moderada, o tratamento pode ser iniciado com 60-120 mg de piridostigmina três vezes ao dia. Se os efeitos terapêuticos desejados não forem alcançados, o intervalo entre as doses pode ser reduzido para a cada 4 horas sem modificar a dose total. Se ainda assim não houver melhora, poderá aumentar cada dose tomada. Se for usada a via intramuscular, a dose total deve ser um décimo daquela administrada por via oral, e se a administração for intravenosa, deve ser reduzida em 30 vezes. Os glucocorticoides têm se mostrado muito eficazes no tratamento da miastenia. A dose de início deve ser de 1 mg/kg/dia de prednisona, e ela deve ser reduzida progressivamente se a melhora clínica permitir. Tratamento Cirúrgico O timo é um órgão linfático central e, durante o desenvolvimento dos linfócitos, qualquer exposição a um antígeno resulta em morte clonal ou anergia, garantindo um estado de tolerância a esse antígeno. A ausência ou perda de tolerância a um autoantígeno resulta em autoimunidade. Aparentemente, durante o desenvolvimento no timo, ocorre uma falha que torna os linfócitos intolerantes ao AchR. Acredita-se que a timectomia seja benéfica em pacientes com MG com AcRACh positivo, em pacientes com timoma e, em menor grau, em pacientes seronegativos. A timectomia é indicada em pacientes com MG e AcRACh positivo, com idades entre 18 e 60 anos. EPILEPSIA Causa mais comuns - Criança : Febre -Adulto : TCE (traumatismo Craneoencefálico) - Idoso : AVC Isquêmic Geralmente irá ocorrer por conta de uma descarga eletrica , dificil saber a causa . Paciente/familiar refere como ataque . Convulsas : movimento involutário a consequência de uma descarga ele trica hipersincronica ob SNC Crises Epilética : E UMA MANIFESTAGED CLÍNICA , motora , sensitiva , Sensorial ou psiquica , secundária a una descarga elétrica anormal , sincronizada e excessiva de neurônios corticais. Os episódios sas brusess , breves , paroxis ticos e autolimitados. (paroxístico : começa do nadal Epilepsia : transtorn no SNC))2 ou mais crises Epiléticas) em ausen cia de uma causa / mediata aguda Identificável que a provoque Status Epiléptico : É a forma mais grave . Crise comicial cuja duraças >30 min on várias crises sem recuperaças as nivel de consciência entre elas. Segund Classificaças da Epilepsia (Comissão Internacional ...) Crise parcial (focais) a) Parcial Simples : Apresenta sintomas motores, sensitivos , autonômicos on psiquicos /apresenta com uma aurea , ve Luzes) >alt consciencia . Mirada ausente , automatism oral on marnal on postura distônica b) Parciais Complexas : Apresentam diminuiças do nível de consciência -Parcial simples seguidas de uma complexa -Crises complexas desde o incis a) Crise parciais complexas que evoluem para uma genera lizaçãs secundária ↳ com uma tônica - ale Crises Generalizadas nica a) has convulsivas - Ausência (comum na infâncial - Atônica (Desmais) b) Convulsivas - Crises generalizada tônico-clonica (grande mal , prograstics ruim) - Tônicas (aumento do to nus muscular) - misclonicas Crises Sem Classificar -Convulsas neonatal - Espasmos Infantil Classificaças segunds a Etiologia on mecanisms -Idispatica : has conhece a causa. Fatores geneticss . has tem outra enfermidade atem da epilepsia . -Sintomatica : existe uma causa clara subjacente . Exemplo : transform m SNC, TCE , AVC , meningite , patologias metabolicas , etc ... - Criptogenéticas on provavelmente sintomáticas : Se suspeita que exista um transtorns no SNC on causa sintomatica , porém was pode determinar pelos meiss atuais Etiologia segundo a Idade · heonatos(mês) : Hipoxia e Isquemia Perinatais · Lactantes e crianças () 1 mese(12 meses) : Convulsões Febris · Adolescentes (12-18 amos) : Traumatismos · Adultos Jovens (18-35ans) : Traumatismos · Outros Adultos() 35ans) : Enfermidade cerebrovascular e Tumores Cerebrais FISIOPATOLOGIA Desequilibrio entre a atividade de excitaças e inibiças neuronal que pode se dar através de : a) Maior excitaças neuronal : aças Ne excitadores /glutamato e aspartato) e também canais conicos /entrada Nat e Catt) b) menor inibicas neuronal : dan on alt NT inibidores de GABA e os canais I conicos Centrada Cl . e saida de k+) · Estes desequilibriss produzem
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