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Fisio traumato ortopedia no hospital

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CENTRO UNIVERSÍTARIO ESTÁCIO DO CEARÁ
CURSO DE FISIOTERAPIA
ESTÁGIO SUPERVISIONADO V
FISIOTERAPIA EM TRAUMATO-ORTOPEDIA NO AMBIENTE HOSPITALAR
Aléia Náyade
Ana Rosalba
Cecília Dias
Hidelbania Monteiro
Karla Adriene
Kevin Alef
Lizandra Duarte
Regiane Silva
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
O fisioterapeuta especialista em traumato-ortopedia está capacitado para prestar assistência às demandas traumato-ortopédicas funcionais, desde a prevenção até o tratamento propriamente dito.
INTRODUÇÃO
 Indicações
INTRODUÇÃO
TRAUMAS DESPORTIVOS
INTRODUÇÃO
ACIDENTES DOMÉSTICOS
INTRODUÇÃO
ACIDENTES DE TRÂNSITO
INTRODUÇÃO
ACIDENTES DE TRABALHO
INTRODUÇÃO
QUEDAS
INTRODUÇÃO
BENEFÍCIOS DA FISIOTERAPIA
OBJETIVOS
FRATURAS
Os traumas ao sistema músculo esquelético podem assumir muitas formas diferentes; tem origem traumática e/ou patológica; depende do mecanismo do trauma, da quantidade da força aplicada e local da força:
Quanto a quantidade de força a fratura pode ser completa ou incompleta;
Quanto às partes moles podem ser expostas e fechadas; 
Quanto ao mecanismo podem ser diretas e indiretas.
TIPOS DE FRATURAS
Transversa;
Longitudinal;
Oblíqua Externa;
Oblíqua Desviada;
Espiral;
Simples;
Cominutiva.
SINAIS E SINTOMAS
Dor;
Inchaço;
Equimose, hematoma ou mancha;
Coloração da pele afetada;
Incapacidade do suportar o peso do segmento fraturado;
Não mover o segmento afetado;
Sensação de crepitação;
Hemorragia;
Tontura e naúsea;
Paciente pálido e suado
FRATURAS EXPOSTAS
Apresentam comunicação com o meio externo por meio de uma lesão de partes moles.
Maior possibilidade de infecção – Osteomielite.
Tratamento cirúrgico;
CLASSIFICAÇÃO DE GUSTILO
I - baixa energia, exposição menor que 1cm, baixo grau de contaminação e comunicação;
II – exposição entre 1 e 10cm, contaminação, lesão de partes moles e comunicação moderadas;
III – exposição maior que 10cm, alto grau de lesão de partes moles e contaminação.
IIIA – permite cobertura primária;
IIIB – cobertura primária não é possível;
IIIC – lesão arterial que necessita de reparo.
FRATURA FECHADA
Não apresenta comunicação com o meio externo.
Pode ser tratada tanto de forma cirúrgica como conservadora, por meio de talas gessadas ou órteses.
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
Recursos eletrotermofototerápicos;
Exercícios isométricos na fase aguda;
Ganho de ADM;
Cinesioterapia, com exercícios passivos, ativo-assistidos e ativo resistidos;
Descarga de peso parcial e total sobre o membro afetado;
Exercício de proprioceptivo e de postura.
FIXADORES
As fixações externas e internas são métodos de fixação óssea ou de fragmentos ósseos, utilizando dispositivos compostos de conectores e hastes produzidos em alumínio, que são presos a barras de aço inoxidável com porcas e parafusos do mesmo material. Os conectores são presos por parafusos e porcas que facilitam a regulagem da barra e fixam os pinos que penetram perpendicularmente no esqueleto e formam uma estrutura que é fixada a pinos implantados nos ossos durante o período de recuperação de fratura.
INDICAÇÃO
Fraturas Cominutivas severas
Fraturas Associadas a perda óssea
Fraturas expostas
Fraturas associadas a lesão de partes moles
Fraturas associadas a lesão neurovascular
Fraturas associadas a queimaduras
Tratamento para consolidação
Estabilização das osteotomias
Artrodeses
FIXADORES EXTERNOS
Ilizarov
Linefix
FIXADORES INTERNOS
AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA
Análise geral do paciente;
Análise de grupamentos musculares 
envolvidos;
Verificação dos arcos de movimento das articulações adjacentes ao fixador;
Verificação de pontos dolorosos locais;
Verificação da presença de edema na região ou extremidade adjacente;
Observar a área próxima aos pinos, para verificar se existe presença de infecção.
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
O tratamento pode ser realizado o mais precoce possível. (Normalmente após 48h);
Devemos encorajar o paciente a realizar movimentos ativos das articulações adjacentes o mais rápido possível;
Estimular o fortalecimento muscular de estruturas acometidas e próximas a colocação do fixador;
Realizar alongamento geral com o paciente, principalmente de músculos com grande facilidade de encurtar, tipo: Isquios Tibio-Fibular.
Trabalho e treinamento de marcha quando possível ou deslocamento de peso corporal.
MOBILIZAÇÃO PRECOCE
A mobilização precoce consiste na aplicação intensa e precoce da fisioterapia ao paciente criticamente enfermo e internado em UTI (geralmente iniciada nos primeiros dias de internação), mesmo nos pacientes em uso de VM invasiva.
MOBILIZAÇÃO PRECOCE
Critérios de segurança para iniciar a
mobilização precoce em pacientes críticos:
 Ausência de recentes mudanças no ECG de repouso;
 PaCO2 de 50-55 mmHg;
 Ventilação minuto pelo peso corporal > 150 ml/kg;
 FR até 30 irpm;
MOBILIZAÇÃO PRECOCE
Contraindicações:
Choque cardiogênico com PAM < 60mmHg;
Ausência de pulso periférico e déficit de perfusão;
Após 2 horas de iniciada a hemodiálise ou já ter sido realizada a filtragem de 3.000ml;
Quadro de TCE grave sem monitorização da PIC.
MOBILIZAÇÃO PRECOCE
Dentre as atividades realizadas pela fisioterapia motora em UTI citam-se mudanças de decúbito e posicionamento no leito, mobilização passiva, exercícios ativo-assistidos e ativo livres, uso de cicloergômetro, eletroestimulação, treino de atividades de vida diária e funcionalidade, sedestação, ortostatismo, marcha estática, transferência da cama para cadeira e deambulação .
MOBILIZAÇÃO PRECOCE
Tem sido adotado programas para início e evolução da mobilização precoce do paciente crítico, e são divididos em 4 ou 5 fases de fácil aplicação:
Fase 1: iniciar a mobilização, logo que uma condição clínica do paciente seja estável. Enquanto o paciente estiver inconsiente deve ser realizada mobilização passiva em todas as articulações dos MMSS e MMII, onde deve ser utilizada toda a amplitude de movimento. 
Fase 2: inclui pacientes cuja condição clínica geral e força permite atividades com maior grau de funcionalidade.Pode-se iniciar exercícios ativos-assistidos ou exercícios livres nas mesmas articulações de MMSS e MMII. Também pode exigir do paciente a manutenção da posição sentada.
MOBILIZAÇÃO PRECOCE
Fase 3: os pacientes devem realizar os mesmos exercícios da fase anterior, mas primeiramente contra a gravidade e depois com auxílio de peso. Utilizam-se também as transferências para a beira do leito e cicloergometria para MMII.
Fase 4: observa-se o atendimento de pacientes que são transferidos para fora do leito, sendo capazes de passarem do leito para uma cadeira, além de permanecer em ortostatismo.
Fase 5: no último estágio do programa de mobilização, podem ser adotados todos os exercícios das fases anteriores, com adição de exercícios de equilíbrio, transferência de peso e deambulação assistida. 
SÍNDROME DO IMOBILISMO
Conjunto de alterações que ocorrem no indivíduo acamado por um período de tempo prolongado;
Considera-se que de 7 a 10 dias de imobilização é um período de repouso;
De 12 a 15 dias já é considerada imobilização propriamente dita;
Períodos de imobilização acima de 15 dias já são considerados decúbitos de longa duração;
Esta síndrome evolui para problemas cardiovasculares, respiratórios, metabólicos, musculoesqueléticos, dermatológicos, digestórios e, muitas vezes, psicológicos.
EFEITOS DA IMOBILIZAÇÃO NO SISTEMA CARDIOVASCULAR:
• Diminuição do volume total de sangue;
• Redução da concentração de hemoglobinas;
• Aumento da frequência cardíaca máxima;
• Diminuição do consumo máximo de oxigênio;
• Diminuição da tolerância ao ortostatismo.
EFEITOS DA IMOBILIZAÇÃO NO SISTEMA RESPIRATÓRIO:
• A Capacidade Vital está reduzida;
• Diminuição da capacidade residual funcional;
• Diminuição do volume expiratório forçado;
• Alterações na relação ventilação / perfusão;
• Diminuição na pressão arterial de oxigênio;
• Diminuição na diferençaalvéolo-arterial de oxigênio em pacientes anestesiados.
EFEITOS DA IMOBILIZAÇÃO NO SISTEMA METABÓLICO:
• Aumento da excreção de cálcio;
• Aumento da excreção de nitrogênio;
• Aumento da excreção de fósforo;
• Aumento da excreção de magnésio.
EFEITOS DA IMOBILIZAÇÃO NO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO:
• Diminuição  do nível de glicogênio e ATP no ventre muscular;
• Diminuição da força muscular e diminuição do número de sarcômeros;
• Baixa tolerância ao ácido lático e débito de O2 com consequente diminuição na capacidade oxidativa;
• Incoordenação pela fraqueza generalizada resultando em má qualidade de movimento;
• Comprometimento da irrigação sanguínea muscular;
• Dor/desconforto;
• Atrofia das fibras musculares.
EFEITOS SOBRE O SISTEMA TEGUMENTAR
As úlceras de decúbito, que ocorrem quando um pressão extrínseca sobre a pele supera a pressão capilar, diminuindo dessa forma o fluxo sanguíneo e a oxigenação tecidual;
A idade avançada pode aumentar os riscos, devido as alterações na pele, que incluem a menor espessura da pele e menor vascularização dérmica; retardo da capacidade de cura das feridas; e a redistribuição do tecido adiposo das camadas mais superficiais para as camadas mais profundas. 
EFEITOS DA IMOBILIZAÇÃO NO TRATO GASTROINTESTINAL:
Diminuição de apetite; 
Absorção mais lenta de nutrientes devido à redução da peristalse;
Constipação, causada pela redução do volume plasmático e da desidratação provenientes do imobilismo.
AMPUTAÇÃO
Amputação é a retirada, geralmente cirúrgica, total ou parcial de um membro, sendo considerada um processo reconstrutivo de uma extremidade sem função ou com função limitada e sua incidência geral se eleva devido principalmente ao aumento da média de vida e aos acidentes de trânsito e de trabalho.
AMPUTAÇÃO
FISIOTERAPIA APÓS AMPUTAÇÃO
O fisioterapeuta desempenha papel fundamental quanto à reeducação funcional, acompanhando o paciente em todos os estágios do programa de reabilitação, fazendo parte de equipe multidisciplinar, supervisionando e tratando desde o estágio pré e pós-operatório, na educação de mobilidade pré e pós-protética e, se necessário, em cuidados de manutenção das funções músculo-esquelética
FASE PRÉ-PROTETIZAÇÃO
Posicionamento correto
FASE PRÉ-PROTETIZAÇÃO
Enfaixamento
FASE PRÉ-PROTETIZAÇÃO
Cicatrização
 Neuromas e Dessensibilização 
Cinesioterapia
FASE PÓS-PROTETIZAÇÃO
Avaliação protética;
Colocação e retirada da prótese;
FASE PÓS-PROTETIZAÇÃO
Transferências da posição sentada para a de pé e vice-versa;
FASE PÓS-PROTETIZAÇÃO
Equilíbrio e transferência de peso;
FASE PÓS-PROTETIZAÇÃO
Fases de marcha isoladas;
Marcha e dissociação de cinturas;
Marcha em escadas, rampas e terrenos acidentados;
REFERÊNCIAS
CARDOSO, R.T.; SILVA, L.G.; BRAGANTE, L.A.; ROCHA, M.A. Tratamento das fraturas diafisárias da tíbia com fixador externo comparado com a haste intramedular bloqueada. Rev Bras Ortop. 2013;48(2):137-144
GIGLIO, PN et al. Avanços no tratamento das fraturas expostas. Rev Bras Ortop. v.5, n.2, p. 125-30. 2015.
RODRIGUES, G. S. et al. MOBILIZAÇÃO PRECOCE PARA PACIENTES INTERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: Revisão Integrativa. Revista Inspirar v. 13, n. 2, abr-jun, 2017.
SARTI, T. C. et al. Mobilização precoce em pacientes críticos. J Health Sci Inst. V. 34, n. 3, p. 177-82, 2016.

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